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sábado, 25 de abril de 2015

Professores em greve encerram ato com abraço à Secretaria da Educação — Rede Brasil Atual

Professores em greve encerram ato com abraço à Secretaria da Educação

PM impediu docentes de ocupar o vão livre da Masp, na avenida Paulista. Categoria rejeita proposta de reajuste zero do governo Alckmin
por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 24/04/2015 16:58, última modificação 24/04/2015 19:32
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CRIS FAGA/FOX PRESS PHOTO/FOLHAPRESS
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Professores estão em greve há 42 dias por aumento salarial e melhoria das condições de trabalho
São Paulo – Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo decidiram hoje (24), em assembleia, pela continuidade da greve iniciada há 42 dias. Depois de uma caminhada pela avenida Paulista e rua da Consolação, os docentes "abraçaram" a sede da Secretaria da Educação, na praça da República, no centro de São Paulo. A Polícia Militar cercou o prédio e não permitiu a aproximação dos professores. Ontem (23), o secretário Herman Jacobus Cornelis Voorwald, disse aos professores que não haverá reajuste salarial neste ano.
“A greve continua. E é culpa do governador Geraldo Alckmin (PSDB) e do Herman, que ontem apresentou proposta de reajuste zero aos professores”, afirmou a presidenta da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
Segundo a Apeoesp, 40 mil professores participaram da assembleia no vão livre do Masp e seguiram em passeata até a praça da República, onde fica a secretaria. No início da tarde, ao chegar ao Masp, na avenida Paulista, centro da capital paulista, os professores encontraram o vão livre do local cercado pela Polícia Militar (PM). Sem poder acessar a área, os professores ocuparam as duas faixas da avenida para realizar a assembleia. Ontem, os policiais impediram a chegada dos docentes à praça da Sé, impedindo sua passagem nas ruas da região central.
Os professores anunciaram que ingressaram com pedido de intermediação no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), em São Paulo, para garantir a negociação. E também, com um ação para que o governo Alckmin não possa cortar o ponto dos professores em greve.
A greve objetiva equiparar o salário dos docentes com os de outros profissionais com nível superior, conforme define a meta 17, do Plano Nacional de Educação (PNE). Para isso, o sindicato calcula que o índice de reajuste deve ser de 75,33%. Os trabalhadores afirmam que 70% da categoria aderiram à greve.
Alckmin defende que a categoria teve 45% de reajuste nos últimos quatro anos, contra uma inflação de 24%. A sindicalista corrige a conta do governador. O sindicato contesta os números, e diz que o reajuste foi de 26%, e estaria sendo incorporado o valor de gratificações que não são consideradas na aposentadoria.
Os professores também reivindicam a extensão dos direitos da categoria aos professores de categoria O (temporários) e a reabertura das 3.390 classes fechadas neste ano, sendo 3.300 no ensino médio. Algumas salas de aula chegam a ter até 60 alunos no ensino regular, e 90 em turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). E cerca de 20 mil professores perderam o emprego.
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