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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Pesquisa mostra que programas policiais violam direito humanos - Observatório do Direito à Comunicação

É nosso propósito apresentar nesse espaço algumas pesquisas sobre a relação existente entre a violência que se pratica cotidianamente em nossas cidades e zonas rurais e os programas policiais que proliferam nos meios de comunicação de massa. Tratam com desdém qualquer movimento em favor dos direitos humanos e pregam abertamente a adoção da pena de morte e a redução da maioridade penal como soluções para o estado de violência presente. Extrapolando de suas pautas tradicionais agora tentam inserir-se nos movimentos sociais, interferindo nas ações sindicais, principalmente quando envolvem governos do PT e aliados. Alguns de seus apresentadores já ocupam cadeiras no parlamento, geralmente eleitos na esteira de programas políticos reacionários coerentes com a perspectiva adotada em seus programas policiais.
Pesquisa mostra que programas policiais violam direito humanos - Observatório do Direito à Comunicação

ENTREVISTA COM O COMPANHEIRO HELDER MOLINA

CADERNO ESPECIAL, abordando VALORIZAÇÃO DOS(AS) TRABALHADORES DA ESCOLA PÚBICA, CONDIÇÕES DE TRABALHO, DIGNIDADE PROFISSIONAL, EXCESSO DE TRABALHO, PRECARIZAÇÕES, DIREITOS, SINDICATOS, SALÁRIOS, GREVES, DEFESA DA ESCOLA PÚBLICA, E O PRAZER DE SER EDUCADOR (A)
FOLHA DIRIGIDA:
1- Qual análise o senhor faz das greves e paralisações feitas pelos professores no Brasil?
Quando os trabalhadores da educação entram em greve e porque já se esgotaram todos os espaços de mediação, os canais de negociação já estão totalmente obstruídos pela intransigência dos governos. Nenhum trabalhador ou trabalhadora gosta de fazer greve, ela é uma medida extrema. Uma greve desgasta todos que vivem e precisam da escola.
Os alunos, os pais, a comunidade, o currículo, o desenvolvimento das atividades pedagógicas, a produção do conhecimento, o planejamento didático, as férias, enfim. Mas a verdade é que, se os professores e funcionários de escola não fazem greve, suas vozes não são ouvidas, suas reivindicações não são seque conhecidas pela sociedade e reconhecidas pelos governos.
Vivemos uma crescente e degradante precarização das condições de trabalho e de salário, principalmente na escola pública. Mas de metade dos professores e funcionários trabalham com contratos temporários, vivem em situação de precarização, são garantias de salários, direitos fundamentais, como férias, 13o terceiro, aposentadoria, previdência, etc. Uma nova escravidão, de salários indignos e condições degradantes de trabalho.
Vejam as condições das escolas, a situação das salas de aulas, faltam equipamentos, materiais. Os concursos públicos são cada vez mais demorados, e só existem a custa de muitas lutas, denúncias, mobilizações dos próprios professores e funcionários. E os concursados ficam meses, até anos, aguardando para serem convocados, e quando são, já praticamente duplicou, ou triplicou, a falta de profissionais, e novamente os governos buscam o "exército intelectual de reserva", isto é, uma enorme quantidade de profissionais que se subordinam a trabalhar por condições precárias e contratos temporários. Por isso todo ano tem que fazer campanha salarial, mobilização, passeatas, paralizações, greves.
A terceirização, precarização, degradação dos direitos, desvio e má gestão dos recursos, e abandono da escola, este é o retrato da escola, o quadro tétrico que temos que, infelizmente, apresentar no dia do professor. A educação como prioridade é uma demagogia barata nas bocas dos candidatos e governantes. A verdade é que a escola pública ainda resiste porque os trabalhadores que nela estão são convocados, dia apos dia, a resistir e defendê-la.
Hoje a educação é tratada como mercadoria, há uma crescente mercantilização do ensino. A escola privada é um grande negócio de empresários, e a escola pública, na visão empresarial, deve ser gerida baseada na meritocracia, produtivismo, mercantilismo, e outros ismos do neoliberalismo
FOLHA DIRIGIDA
2- Fazer greve todo ano, no Brasil, já faz parte do calendário das redes públicas? Pode ter virado uma questão cultural?
Não se trata de uma questão cultural, se trata de uma luta por direitos, de um grito dos profissionais da escola. A escola pública é uma conquista da sociedade democrática, da luta contra o elitismo que impera na nossa cultura. Uma conquista de muitos movimentos, dos sindicatos, da cidadania democrática, das organizações populares, dos partidos progressistas.
O povo precisa da escola pública, os trabalhadores só terão acesso ao conhecimento, à ciência, à tecnologia, se existir a escola pública, seja ela fundamental, média ou superior. Os ricos não precisam da escola pública, eles já têm acesso aos bens culturais e educacionais, produzidos pela divisão de classes, pela segmentação dos lucros, pelo acesso ao Estado, enfim.
Não há um calendário dizendo que tem greve anotada na agenda, quem diz isso são os sacerdotes da privataria, os intelectuais que defendem a escola como mercado e a educação como mercadoria. Todos os anos nos planejamos para dar o melhor de nós, produzir boas aulas, fazer o melhor para nossos alunos, desenvolver conhecimentos, enfim. Mas, vejam os salários dos professores e professoras? Vejam os salários dos profissionais de apoio?
Acha que dá apara viver com essa miséria no final do mês? ter que trabalhar em três ou quatro escolas, para poder pagar as contas no final do mês de trabalho? Como se qualificar? trabalhando em tantos lugares, parecendo mascates, peregrinos andarilhos, de ônibus, de trem, de carona, pagando de seu próprio bolso, pois os penduricalhos que pagam como benefício mal dá para pegar ônibus, muitas viajam de carona, ou mesmo a pé.
Dá para falar em questão cultural? quem diz isso não conhece o cotidiano de quem vivem com R$ 800, 00, R$ 900,00 por mês. Nenhum profissional merece condição tão degradante, sem falar no assédio moral, no adoecimento psíquico, na depressão, insônia, angústia por ver a situação da escola como está, na violência que cerca a escola, e a invade e a domina?
FOLHA DIRIGIDA
3- Por que estes movimentos ainda são tão ineficazes e pouco rentáveis?
Depende do ponto de vista que se olha. Como disse anteriormente, só existe escola pública porque milhares de profissionais se dedicam a ela, e não é só pelo salário, é pela ideologia da defesa do público, pelo compromisso da garantia do espaço de produção do conhecimento útil aos trabalhadores, aos pobres, único espaço onde os pobres podem sonhar em serem sujeitos, terem futuro.
Pensemos sinceramente: há futuro para os pobres, para os excluídos, se deixam de existir a escola pública? E não se trata de pensar que as greves sejam rentáveis, se trata de lutar pela sobrevivência material, mais que isso, de garantir que o conhecimento, a ciência, a tecnologia seja protagonizada pelos trabalhadores.
E verdade que as greves se arrastam, pois os governos viram as costas, greve de educadores não mexe na taxa de lucros, não produz mais valia, enfim, não se trata de um setor produtivo, do ponto de vista de mercadorias, como uma fábrica, um banco, enfim. Mas se tratam de um setor extremamente importante para a democracia, a cidadania, os direitos sociais.
São eficazes porque denuncia os descasos, os desrespeitos, a escravidão vivida pelos profissionais de apoio, e pelos educadores, nas injustas e indignas condições de vida e de trabalho. Do ponto de vista do mercado, rentável é taxa de juros altos, financeirização da educação, vender ações nas bolsas de valores, trocar professor de carne e osso, por televisão, aulas à distância, tutoria, etc. Não produzimos para o mercado, produzimos para a sociedade, para os setores mais marginalizados, mais abandonados pelo Estado oficial e pela lógica econômica da eficácia e da eficiência.
FOLHA DIRIGIDA
4- a sociedade ainda é insensível às causas da educação e dos professores?
Há uma espécie de anestesiamento social, de individualismo, de domínio da lógica do consumo, do que vale é o indivíduo, o mérito individual, cada um por si. A lógica da competição, do mercado, do lucro. Vale mais o ter do que o ser. O direito à propriedade está acima do direito à vida. Um banqueiro que lucra 1 bilhão de reais, com juros altos, câmbio e bolsa de valores, não é criminoso, mas um sem teto que pede esmolas na porta de um banco é preso como perigo à propriedade privada e à riqueza individual.
Daí se explica o desprezo pelo público, pelo coletivo, um esvaziamento da esfera pública, a morte da política como bem comum, com vontade geral. Quem pode, paga escola particular, quem não pode, que suporte a degradante escola pública. Greve? coisa de preguiçosos, baderneiros, vagabundos, quem mandou escolher ser professor? O desdém e o desprezo com a "rés” pública, isto é, com a coisa púbica, são grandes aliados da privatização e do elitismo, e da exclusão.
FOLHA DIRIGIDA
5- O senhor acha que os alunos são mesmo os grandes prejudicados nesta queda de braço entre professores e o poder público?
Não vejo como queda de braços, vejo como uma luta justa por direitos. os alunos são muito mais prejudicados pela falta de professores, pela carência de material, pela degradante condição física da escola atual,, É degradada pela violência, pelo desemprego, miséria social ausência de políticas pública, enfim. Os professores e os alunos não são inimigos, são aliados, parceiros, na defesa da escola pública, inimigos são os que a querem privatizar, ou simplesmente destruí-las, tornar uma escola pobre para os pobres, e outra escola rica, para os ricos, aprofundando o dualismo educacional.
O poder público, com a lógica privatista, é o grande inimigo da escola pública, da universidade pública, veja o caso da UERJ, onde mais de 50% dos professores são precarizados, com contratos de seis meses, sem direito a pesquisa, sem carreira, sem dignidade profissional, não podem sequer votar nas questões que decidem os destinos de universidade onde trabalham, isso não é uma nova forma de escravidão? escravidão neoliberal, fica bonito falar desse jeito pós moderno
FOLHA DIRIGIDA
6- Estamos atrasados nas nossas demandas, e também nas formas de reivindicação?
Existem muitas formas de lutas, como abaixo assinados, internet, festivais, corridas. passeatas, enfim. Mas a greve ainda é fundamental, não perdeu a validade, e só nela, infelizmente, saímos da invisibilidade, do ostracismo, sem gritar, morremos, matam-nos a voz, depois a alma, depois podem fechar a escola. Nossa alma está no nosso trabalho, nele nos identificamos.
Produzimos nossas vidas, somos dignos pelo nosso trabalho, amamos ser professores, trabalhamos com a produção do conhecimento, com a produção de subjetividade, sensibilidade, buscamos produzir a solidariedade, a troca que gera vida, quer sentido melhor? semear solidariedade, para gerar vida plena?
FOLHA DIRIGIDA
7- É possível fazer um paralelo entre as ações sindicais no Brasil e no exterior?
Sim, os trabalhadores continuam lutando, as crises são dos ricos, dos patrões, dos banqueiros, dos governos que gastam o dinheiro público para salvar e aumentar riquezas privadas, e querem que nós paguemos a conta. Os trabalhadores da educação lutam no Brasil, na América Latina, no mundo, em defesa do direito à educação, pela manutenção da escola pública, dos direitos sociais, dos direitos humanos, enfim, da vida. Só a vida se ela for partilhada. Somos trabalhadores da vida partilhada.
Helder Molina é professor da faculdade de educação da Uerj, disciplina Educação e Movimentos Sociais, é licenciado e bacharelado em História, pela UFF, e mestre em Educação, pela UFF, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana.
É educador popular e sindical, assessor de formação e pesquisador sindical, estuda no doutorado o tema que vincula trabalho-educação- direitos sociais-sindicalismo e consciência de classe e capitalismo.

Helder Molina
> Assessoria > Formação Política > Planejamento Estratégico de Gestão>
> Cursos, Seminários, Estudos, Palestras >
> Produções de Projetos e Publicações Sindicais >
Blog: heldermolina.blgspot.com
emails: heldermolina@ig.com.br, professsorheldermolina@gmail.com
fones: 21 9769 4933 - 21 2509 6333

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Helder Molina
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Falta de endereço dificulta rematrícula de crianças do Pinheirinho — Rede Brasil Atual

Como diz o ditado, "depois da queda, o coice"! Não foi só tirar o teto, tiraram também o futuro.
Falta de endereço dificulta rematrícula de crianças do Pinheirinho — Rede Brasil Atual

30 de Janeiro - DIA DA NÃO VIOLÊNCIA

BLOG DO RADIALISTA HERLITO FREIRE: FORTALEZA ENTRE AS 50 MAIS VIOLENTAS DO MUNDO.

Fortaleza está cotada por uma ONG mexicana como uma das cidades mais violentas do mundo. Observo que quando o cearense liga a TV em variados horários se depara frequentemente com ao menos um dos dos seis ou sete programas voltados para temas policiais. Até mesmo um que faz uso de formato infantil, Nas Garras da Patrulha. Alguns de seus apresentadores militam nos parlamentos nos seus divesos níveis. Em geral reproduzem preconceitos, mitos e o discurso fácil da repressão. Mais do que contribuir com a cultura de paz, o discurso açodado que adotam parece mais estimular a violência. Existiria alguma relação entre a posição que a cidade ocupa nessa pesquisa e a presença ostensiva desse tipo de programação nos lares e espaços públicos de nosso estado? Falta essa análise ou ao menos se existe, cremos que deva existir, infelizmente seu conhecimento ainda está restrito aos estudiosos da questão.
BLOG DO RADIALISTA HERLITO FREIRE: FORTALEZA ENTRE AS 50 MAIS VIOLENTAS DO MUNDO.: FORTALEZA É APONTADA PELA ONG CONSELHO CIDADÃO PARA SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA PENAL NO MÉXICO, COMO OCUPANTE NA 37º POSIÇÃO, COM T...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Doze Homens e Uma sentença - Em HD



Um filme que ensina muito sobre o juízo crítico. Aprender a analisar os fatos despindo-os de suas determinações secundárias e preconceitos.

Blog do Oliveira | Revista Fórum

A PERSEGUIÇÃO POLÍTICA AO ENEM
Blog do Oliveira Revista Fórum
XIII Encontro Estadual de História do Ceará
Ensino superior · Sobral

Na Europa Oriental, saudades do nazismo

Já alertamos nesse blog sobre o perigoso renascimento das ideologias e práticas nazifascistas, inclusive no meio dos movimentos sociais. É um fenômeno mundial que, como não poderia deixar de ser, apresenta reflexos em nossa região. Isso se tornou visível na greve dos professores do Ceará em 2011. A intolerância, o desrespeito às instâncias democráticas do movimento, a farsa e a dissimulação além da adoção de práticas de violência e intimidação são bem características desses setores. Por mais que se camuflem de vermelho.
Na Europa Oriental, saudades do nazismo

#StopSOPA: hipóteses sobre a luta pela internet livre

Uma grande vitória na luta pela liberdade na Internet. Outros ataques virão.
#StopSOPA: hipóteses sobre a luta pela internet livre

Plenário aprova fundo para garantir empréstimos do Fies - Agência Câmara de Notícias

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Projeto prevê que alunos de mestrado e doutorado tenham acesso ao Fies - Agência Câmara de Notícias

Essa será uma medida que promoverá grande impulso na luta pela formação continuada dos professores!

Projeto prevê que alunos de mestrado e doutorado tenham acesso ao Fies - Agência Câmara de Notícias

Projeto obriga alunos a usar transporte escolar coletivo - Agência Câmara de Notícias

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