Professores de Macapá rejeitam proposta de 4% e mantêm greve
Decisão foi acatada em assembleia geral nesta segunda-feira (20).
Categoria quer 13%; prefeitura diz que vai chamar classe para negociar.
Professores decidiram no fim da manhã desta segunda-feira (20) rejeitar a proposta de 4% de reajuste oferecida pela prefeitura de Macapá. O movimento ainda optou pela continuação da greve da categoria, iniciada na quarta-feira (15). As medidas foram tomadas em assembleia geral na escola Amapá, no bairro Trem, Zona Sul da capital. Cerca de 500 professores participaram da reunião, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá (Sinsepeap). A prefeitura de Macapá informou que a mesa de negociação vai continuar aberta com os educadores e que um novo encontro será realizado até sexta-feira (24).
Durante a assembleia, os professores também anunciaram a manutenção da cobrança de 13% de reajuste no salário, mesmo percentual de aumento no piso salarial da categoria, estipulado pelo Ministério da Educação (MEC). Os professores optaram em continuar com plenárias para negociação com o Município.
"O reajuste oferecido pela prefeitura não cobriu nem a inflação deste ano. A nossa intenção é manter o diálogo com o Município porque a cada dia a adesão ao movimento aumenta na greve, sendo uma das maiores ocorridas em Macapá", disse o vice-presidente da executiva municipal do Sinsepeap, Ailton Costa.
O Sinsepeap diz que a adesão dos mais de dois mil professores supera 90% do quadro efetitvo. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) diz, no entanto, que o movimento atinge 60% das 80 escolas públicas rurais e urbanas. O movimento atinge 35 mil alunos matriculados na rede municipal de ensino.
O percentual dado pela prefeitura de Macapá ficou abaixo do reajuste reivindicado e da inflação de 2015, divulgada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), item usado para medir o percentual. Neste ano, segundo o governo federal, a inflação será de 8,2%. O último percentual inflacionário abaixo do reajuste oferecido pela prefeitura de Macapá foi de 2006, quando o índice chegou a 3,14% naquele ano.
saiba mais
Greve
Professores da rede de ensino pública municipal de Macapá estão em greve desde o dia 15. O ato acontece em cobrança aos 13% de reajuste nos vencimentos. A manifestação foi decidida em 11 de abril em assembleia geral da classe. Aprefeitura deixou de apresentar uma proposta no dia anterior alegando "falta de tempo para concluir os estudos".
Professores da rede de ensino pública municipal de Macapá estão em greve desde o dia 15. O ato acontece em cobrança aos 13% de reajuste nos vencimentos. A manifestação foi decidida em 11 de abril em assembleia geral da classe. Aprefeitura deixou de apresentar uma proposta no dia anterior alegando "falta de tempo para concluir os estudos".
A proposta foi apresentada na quinta-feira (16) pela prefeitura aos professores após umasessão tumultuada e com discussões exaltadas na Câmara de Vereadores, durante a manhã daquela dia. Na sexta-feira (17), o movimentou chegou à adesão de 90%, segundo o Sinsepeap.
A prefeitura disse haver indisponbilidade financeira para arcar com os 13%. Em 2015, o orçamento da Educação representa R$ 201 milhões para arcar com as despesas das 80 escolas e 35 mil alunos matriculados. São gastos mensalmente R$ 11 milhões com folha de pagamento, o que, segundo a prefeitura, ao final de cada ano representa a metade do orçamento da Semed.
G1 - Professores de Macapá rejeitam proposta de 4% e mantêm greve - notícias em Amapá
Nenhum comentário :
Postar um comentário