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sexta-feira, 27 de março de 2015

Beijo gay e vaias para Eduardo Cunha em SP — JORNALISTAS LIVRES — Medium



A matreirice subliminar da mídia se constitui da seguinte manobra. Primeiramente pauta a questão de gênero de uma maneira espetacular, apresentando numa novela duas mulheres maduras se beijando. Ora, se o ato homo afetivo por si só já constitui um fenômeno gerador de forte antipatia na mentalidade conservadora que perpassa todos as classes e em numerosos grupos sociais presentes em nossa sociedade, quando envolve duas pessoas das quais se esperaria uma postura recalcitrante em relação a gesto de tal natureza, o choque é de uma intensidade exponencialmente maior.
Não será ao instrumento midiático que se dirigirá a indignação e revolta desse público, mas aos de orientação sexual diversa daquela que é convencionalmente aceita.
Em seguida, criado o clima de animosidade em relação ao tema, agora colam no a todo movimento de esquerda ou que conteste os esquemas de poder afinados com seus interesses, posicionado agora no centro das atenções do conservadorismo mais vulgar do populacho.
Assim conseguem ofuscar outras pautas como a da constituinte da reforma política e da democratização da mídia, pondo em primeiro plano aquela com a qual seja mais fácil despertar hostilidade ao conjunto de propostas que apontam no sentido da ampliação e do aprofundamento da democracia.
Beijo gay e vaias para Eduardo Cunha em SP — JORNALISTAS LIVRES — Medium

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