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terça-feira, 30 de junho de 2015

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Os professores e o antifascimo

Essa matéria foi publicada na Edição 479 do Jornal Inverta, em 30/06/2015
Os professores, em todos os níveis, têm fundamental importância para a luta contra o fascismo. Seja do Ensino Fundamental I, com a formação das primeiras noções imagéticas e linguísticas do aluno, mostrando ao educando a simbologia fascista para que o aluno desenvolva familiaridade e capacidade de reconhecimento destes signos, sendo-lhes introduzido de maneira ainda bem simplificada nas primeiras aulas de História.
Este aspecto é importante, pois se queremos combater o fascismo, devemos mostrá-lo aos nossos alunos, e não tratá-lo como um tabu, algo que deva ser escondido.
Seja no Ensino Fundamental II, com a iniciação à temática do fascismo, normalmente no 9° ano, fazendo trabalhos de cartazes no qual sejam espalhados pela escola com a função de conscientizar outros alunos e mostrar que aquela turma tem consciência do que é o fascismo e que se tornou um local antifa.
Seja no Ensino Médio, com a busca por uma ação mais efetiva dos alunos contra qualquer tipo de manifestação fascista na escola ou através da denúncia de alguma atividade dos fascistas em sua comunidade, sempre tendo o cuidado de não incentivar a ação direta, e sim a observação e a denúncia para o professor.
Os professores precisam conscientizar os alunos da perigo fascista, e um excelente mecanismo para chamar a atenção dos discentes, é de forma radical expor a eles a violência fascista e o perigo que suas vidas correm, principalmente se forem em sua maioria possíveis vítimas da bestial violência do fascio.
É importante mostrar aos alunos quais são os principais grupos fascistas que atuam no Brasil para evitar o risco de um contato que possa atrair o adolescente.
Mostrar ao jovem quais os símbolos e ritos fascistas, sem cair no crasso erro de imaginar que “não se falando do fascismo, ele desaparece”.
Professores, não esqueçam sua responsabilidade, torne-se um símbolo do antifascismo na sua escola. Torne-se aquele que os alunos procuram quando testemunham um caso de racismo.
Torne-se referência quando os educandos pensarem em alguém que defende o direito dos homossexuais.
Lembre-os dos grupos que lutaram contra o fascismo para que os jovens tenham uma referência histórica.
O aniversário de 70 Anos da Vitória na II Guerra Mundial é um exemplo; outro é o episódio da “revoada dos galinhas verdes”, na Lapa em São Paulo, quando comunistas e socialistas arrasaram um comício integralista em 1934.
Combater o fascismo é dever de todos os educadores.


Vinícius Ramos

Mestrando em História pela UERJ. Pesquisador do Centro de Educação Popular e Pesquisas Econômicas e Sociais (CEPPES). Professor efetivo da rede municipal de Magé, RJ

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