A OPOSIÇÃO APODRECE, MAS NÃO AMADURECE.
Diz a lei de Murphy que nada é tão ruim que não possa
piorar. Parece ser esse o quadro geral, não só aqui na província, mas inclusive em âmbito internacional. No Brasil a indústria da cara de
pau associada à do santo do pau oco ameaçam a existência de nossas florestas. Aposta-se de modo aberto e descarado no caos e na derrota, não permitindo o
florescimento de nada que possa ser tido como positivo.
No que tange à nossa atividade sindical, temos enfrentado a oposição sectária e inconsequente de quem parece obedecer aos mesmos imperativos
deletérios.
Ao longo de toda a campanha salarial de 2015 o consórcio de
agrupamentos políticos que se opõem ao sindicato Apeoc, em vão procurou obstar as negociações com o
governo. Vendo fracassadas suas intenções na medida em que
avançávamos positivamente na pauta, a cada etapa vencida reagiam com o desdém,
o achincalhe e o apequenamento de tudo que se conquistava..
Conforme o habitual, promoveram
a desinformação e a falácia tendo em vista confundir a categoria, desviando sua
atenção dos fatos e dessa maneira dificultar uma avaliação honesta e criteriosa ao final do processo.
Não é nosso propósito fazer o balanço geral da campanha salarial., mas somente contribuir para esse esforço, abordando aspectos que costumam fugir aos
sóbrios comunicados do sindicato
A pauta foi cumprida em seus eixos fundamentais. Não foi a última coca cola do deserto, é verdade,
mas antes de qualquer coisa, deve-se considerar que a perfeição é uma prerrogativa concedida
somente aos seres divinos. Certamente que erros foram cometidos e talvez não tenhamos ainda a percepção de vários deles. Para
isso deve-se estar sempre aberto à crítica e disponível para o debate.
Também deve se ter consciência de que, mesmo acertando, o fruto do acerto nem sempre sai
conforme a expectativa. O que pode ter sido o caso dos aposentados. Há de se reconhecer que os colegas que estão nessa condição têm todo o direito de se mostrarem contrariados em um primeiro momento, devido ao prazo de recebimento do retroativo diferenciado em relação ao da ativa. Mas qualquer um
que se interesse em ler os esclarecimentos da Apeoc sobre tudo o que foi acordado, de fácil acesso na internet, compreenderá que dificilmente se conseguiria
fazer diferente. Mais do que as questões orçamentárias em si, se impuseram limitações de ordem legal e não tem-se ao certo ser conveniente ocupar a categoria com uma greve pela supressão da Lei
de Responsabilidade Fiscal. Por mais famigerada que ela seja, é a lei. Seria enxugar gelo.
O que não tem cabimento é achar que não se pode proclamar como uma vitória a convocação de todos os concursados aprovados no concurso 2013. Assim como também não considerar uma vitória a conquista do vale refeição para os temporários, contrapondo a ela de modo falacioso a questão da sua universalização que, de resto, está sempre presente como uma pauta de fundo desde que passamos a gozar desse direito. O que estava em evidência era a demanda mais imediata de sua ampliação para os professores temporários, nas mesmas condições e critérios estabelecidos para os efetivos. Nada além disso. E foi conquistado!
Também não podemos comungar com o uso da trapaça por quem não dispensa qualquer recurso para convencer sobre a validade de uma tese falida. Onde a oposição leu que a lei garantia a aplicação do reajuste do piso em toda a carreira e que deveria somar-se ao reajuste linear concedido ao conjunto dos servidores? Em lugar nenhum porque simplesmente não existe. Nem de direito e nem de fato, já que não se tem notícia que confirme ter sido assim em algum lugar. O que existiu, era apenas tapeação na boca da oposição.
Encasquetaram que o reajuste linear somado ao diferenciado não dava como resultado o mesmo percentual do piso. Não conseguem entender que o essencial é o fato de termos contado com o reajuste diferenciado. O fato de ter o mesmo valor nominal do piso nacional reforça nossa luta para que sua repercussão na carreira esteja garantida em lei.
Tomada de crescente desespero a oposição entendeu encerrar sua "participação" de modo espetacular, convocando uma manifestação no palácio do governo no dia do professor. A iniciativa revelou-se um fiasco, a começar pelo manifesto em que expunham os motivos do ato. Seu conteúdo revelou o elevado grau de degeneração e esquizofrenia que domina esse pessoal. Tiraram da foto a complementação, fazendo projeção das supostas perdas inflacionárias futuras com base somente no valor do reajuste linear, como se esse tivesse sido o único ganho da categoria. Para a oposição os professores resumiram-se a receber apenas 6,5% de reajuste salarial, o que não é de modo algum, verdadeiro.
Não consta terem renunciado a ele, porque essa opção não é disponibilizada na legislação e duvido que se fosse, realmente assim fizessem. E se fizessem certamente o sindicato cobraria a parte renunciada para efeito de rateio entre os demais.
Com efeito, aquilo que começou com uma trapaça terminou mergulhada numa patética trapalhada. O protesto festivo parece não ter contado com a presença massiva de professores, a não ser daqueles que por ingenuidade ou por má fé, se dispuseram a corroborar a charlatanice. Parte considerável dos presentes era constituída de alunos e convidados de outros segmentos, a maioria deles vinculados ao CSP Conlutas. Em verdade a manifestação obedecia ao calendário da campanha Outubro de Lutas, uma iniciativa da central dirigida pelo PSTU. Apareceram também os "penetras", black blocks que ensaiaram uma queima de pneus no local. E apareceu a repressão... Entretanto, seria mais apropriado dizer que foi a salvação. O festival pirotécnico dos black ploc arriscou provocar uma tragédia de consequências inimagináveis, não apenas para os manifestantes, mas também para os que trabalham e habitam nas imediações do palácio da abolição, visto que a tal fogueira foi acesa em meio a dois postos de gasolina que ali funcionam. De modo que graças à intervenção policial, o que poderia ter sido uma tragédia de terríveis consequências, terminou como uma simples comédia.
Por tudo que foi exposto é inevitável concluir que a oposição apodrece, mas não amadurece.
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