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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Paris 13/11: comportamento estratégico do terrorrismo internacional?, por Marcos Degaut | Mundorama


verifica-se uma transformação em curso na própria natureza do terrorismo. Historicamente, o recurso ao terrorismo apresentava caráter simbólico. De forma geral, não se buscava, de forma imediata, a consecução de objetivos políticos, em uma acepção ampla, com o emprego de técnicas e métodos terroristas. Buscava-se, principalmente, chamar atenção para uma causa por meio da disseminação do pânico, explorar vulnerabilidades do estado ou do inimigo da causa, e atrair simpatizantes e recrutas. Nesse contexto, buscava-se mais amedrontar do que matar, embora  a morte de inimigos fosse aceita com naturalidade, como se fosse um “desejável” efeito colateral. Não mais. Esse caráter simbólico tem sido substituído por um caráter instrumental, em que a brutalidade e a letalidade se tornaram objetivos em si mesmos. A eliminação direta e em grande escala do inimigo se tornou uma meta autônoma, em um contexto em que exibições maciças de força refletem a impossibilidade de se estabelecer qualquer canal de diálogo com essas organizações. Esses terroristas “modernos” não querem diálogo. Querem não só mostrar seu poder e sua capacidade, mas, sobretudo, eliminar aquels percebidos como inimigos.

Paris 13/11: comportamento estratégico do terrorrismo internacional?, por Marcos Degaut | Mundorama

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