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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

TODOS À ASSEMBLÉIA

AOS COMPANHEIROS DA RESISTÊNCIA

Extraimos da caixa de comentários do texto Não Fiquemos Apenas Olhando Para Trás Com Ira, em nosso  Blog, a mensagem de um companheiro de Itapagé que ilustra o quadro confuso que se estabeleceu na categoria antes mesmo de  esgotar-se o prazo estabelecido pelo governo para o retorno às aulas:

Aqui em Itapajé a maioria dos professores que estavam em greve desde o começo da greve estadual retornaram as aulas ainda nesta terça-feira(dia 13/09) , mas há ainda professores em greve, só que da forma como foi colocada em uma rádio local por um destes professores ficou parecendo que todos retornaram, eu mesmo liguei para a rádio e avisei que ainda haviam professores grevistas, mas a informaçã só saiu bem no final, e até mesmo alguns radialistas desta rádio parece que querem agir na contrainformação pois postaram em seus blogs a informação sem a minha ressalva , ou seja : colocaram que todos voltaram as aulsa e alguns podem voltar desde que caia a liminar, E NÓS que estamos em greve, não somos dignos nem de ser citados, obedecemos democraticamente a vontade da maioria , da Assembléia.
Peço que quem ler este desabafo e seja favorável a greve que "bombardeie" os sites destas rádios e os blogs de seus radialistas com mensagens, não ofensas, mas tornando claro que a GREVE em Itapajé ainda continua , que há professores obedientes a Assembléia geral, pode parecer pouco, eles podem até ser indiferentes a este"bombardeio" ,mas para nś aqui já seria de grande ajuda, há tb o fone de uma das rádios : a Atitude FM ,aqui de Itapajé que é
(85) 3346-1000 begin_of_the_skype_highlighting              (85) 3346-1000      end_of_the_skype_highlighting ,todos os dias a partir de 12 horas vai ao ar nela o jornal integração , que é o principal veiculo da informação da cidade, eles às vezes gravam e editam as notícias por isso, nos ajudem digam bem claro que em Itapajé há professores estaduais em greve,uma minoria,da escola monsenhor catão(GRUPÃO),mas há e que estes estão respeitando a Assembleia geral dos professores estaduais ,colaborem conosco, pois até mesmo alguns de nossos colegas não o fazem mais, liguem ,liguem, peçam para bombardear de telefonemas esta rádio e bombaredeiem principalmente este blog que discorda da verdade: http://www.blogdomardem.blogspot.com/
Os sites das rádios são: http://www.atitudefm969.com.br/
http://www.radioguanaces.com.br/novo/
http://hawaifm.com.br/


Agradeço desde já , para vcs pode parecer pouco,mas para nós uma ligação que for levada ao ar, ou uma nota de apoio já é grande coisa.


Devemos guardar respeito pela valentia de valorosos lutadores que defendem ardentemente a manutenção da greve, conforme deliberado pela assembléia. Aos que  abandonam por derradeiro o campo da batalha o general confia o arremate final na vitória ou a proteção da retaguarda de seu exército em retirada. Dão inegável prova de coragem e destemor. Nesse caso,  são um exemplo a ser seguido.
Entretanto, não se diga que os que retornam à sala de aula não já tenham dado ampla demonstração de  coragem também. Talvez a única diferença entre os dois segmentos resida no fato dos últimos serem  mais sensatos. Não retornam por medo, talvez para algum assim o seja, o que é natural, pois quem tem, tem medo. Perceberam que o movimento perdeu seu impacto inicial e tende a cair em  cansativa e perigosa queda de braço com o governo e o judiciário, perdendo-se cada vez mais do foco inicial que impulsionou a sua deflagração.   Além do mais, abrem-se novas perspectivas de retomada de negociações com o governo. Resistir a isso é nos colocar na melindrosa situação de intransigência que  poderá comprometer a situação da categoria frente à opinião pública, incluindo-se nela principalmente,  nossos alunos e seus pais. Guardemos nossas energias e disposição para  momentos mais decisivos  em que se farão  muito necessárias. Com certeza acontecerão.  O sinal está dado. A luta não deve cessar. Apenas procura outras formas de continuidade, sem desconsiderar a possibilidade de retomada da forma ainda há pouco descartada. Mas para isso temos de reparar nossos equipamentos, cuidar das provissões , curar as feridas, enfim , arrumar o acampamento e se colocar em estado de prontidão. Enfim, é na sabedoria estratégica dos antigos romanos que mais uma vez encontramos as palavras  que descrevem melhor a disposição do espírito que podemos e devemos incorporar nessa circunstância:
Si vis Pacem, Para Belum;  Se queres a paz, prepara-te para a guerra.

AOS COMPANHEIROS QUE JÁ ESTÃO EM SALA DE AULA
Indo mais amiúde na mensagem do companheiro de Itapagé, é importante esclarecer que em seu conteúdo descreve a situação que já denunciávamos no texto no qual o comentário foi postado. Como o companheiro mesmo descreve, a maioria dos professores retornou à sala de aula, enquanto uma minoria permanece em greve. Podemos concluir com base em seus argumentos, ser possível que já não creia que se logre alguma vitória por essa  via, ao menos nesse momento, uma vez que alega a permanência na greve fundamentalmente por respeito à decisão da assembléia.  
Não comungamos com a atitude dos colegas que retornaram para as escolas e, antes disso, não foram à assembléia apoiar essa proposta,  há dias defendida pelo sindicato.  Por que agem assim? Por acaso lhes é menos vergonhoso quebrar a disciplina de nosso movimento e deixar que os demais permaneçam  sozinhos em greve, do que voltar para sala de aula como se estivessem com medo das ameaças do governo? É bem provável que,  entre os que retornam  estejam muitos que aplaudiam calorosamente  àqueles que os chamavam a enfrentar até às últimas consequências, as ameaças do governo às sanções previstas por ele e o judiciário. Certamente estão os que há tempo  já atinavam com a possibilidade do recuo, mas perderam a paciência com o regime das assembléias, onde essa proposta era tratada de forma religiosa, como um verdadeiro pecado, digno de excomunhão. Se a causa é essa, até se compreende, embora com isso não se procure justificar sua conduta.
Mas não cabe a nós fazer juízo de valor sobre as atitudes de nossos colegas. Que cada um o faça consigo em sua consciência.  Mas é fato que parcela considerável da categoria retornou às escolas enquanto outra permanece em greve. Nossos esforços foram envidados no sentido de se evitar esse quadro. Se tivéssemos providenciado um recuo tático de fato, como uma ação organizada pelo conjunto  conforme viemos defendendo até aqui, não estaríamos  vivenciando essa situação. Agora, não podemos afirmar categoricamente que não haverá punições e que o temor dos companheiros é infundado, apenas para garantir a continuidade da greve até não se sabe quando; muito embora achemos, pelo andar da carruagem, que a próxima assembléia dificilmente endosse essa proposta mais uma vez.
Esta é a hora do sindicato APEOC apresentar um plano de lutas compatível com a situação, apesar das coisas estarem acontecendo fora do tempo que pretendíamos para encaminhar a resistência por dentro das escolas.  
Digno de louvor a atitude dos companheiros e companheiras que convencidos de que era hora de promover o recuo, muito embora  até a véspera apostassem na  sua continuidade, dirigiram-se à assembléia para defender e votar nessa proposta. Demonstraram correção e responsabilidade com a condução do processo. Um outro grande exemplo a ser seguido.
Quanto aos companheiros e companheiras em sala de aula ainda estão em tempo de contribuírem no sentido de  corrigir essa anomalia do movimento, se fazendo presentes na assembléia contribuindo com o debate e o fortalecimento de nossa organização e de sua instância maior. Se enfrentaram até agora o governo, suas manobras  e, até há pouco, suas ameaças, não devem temer aos colegas que promovem o assédio moral como arma de convencimento. Não podemos na qualidade de cidadãos e, entre todos os cidadãos, professores, se curvar diante desse método nefasto.
Exercitemos a divergência  mantendo profundo respeito pelo outro que pensa diferente e embora discordando de sua opinião, defender-lhe o direito de portá-la, expô-la e nela votar sem nenhum constrangimento. Respeitando esses valores estaremos cumprindo o papel de educadores que educam para a democracia porque sabemos praticá-la em nossos  espaços de debate e decisão.

TODOS À ASSEMBLÉIA!

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