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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

GOVERNADOR JOGA COM OS PROFESSORES, COM A EDUCAÇÃO E COM O FUTURO DE MILHARES DE JOVENS!

 Dia 30/09, sexta feira, nova assembléia. Aguarda-se em clima de suspense. A última, em 23/09, no Aécio de Borba revelou vertiginoso crescimento da adesão ao recuo tático na greve, com sua suspensão imediata em favor da retomada das negociações com o governo do estado. Contou com frequência menor do que as anteriores, refletindo a realidade do refluxo do movimento grevista. As  professoras e professores preferiram não provar o gosto amargo da derrota, e dar ainda uma chance à vitória. Até porque, vitoriosa, essa greve  já é!
Em alguns  momentos verifiaram-se condições suficientes para que se retomassem as negociações, mas foram desperdiçadas. Em parte por conta da forte influência que os pontos de vista mais radicalizados exerceram até recentemente, criando obstáculos suficientes para promover factóides que visavam manter o impasse, como o mitológico TAC. Esse documento não garante, porque não obriga seu cumprimento pelas partes. Nesse sentido não tem mais peso que a ata assinada pelo Governador Cid Gomes, sindicato APEOC e demais integrantes do Comando de Greve. Se existe alguma  vantagem adicional, essa reside no fato de ter a autoridade do Ministério Público atuando como mediador do processo. Nada além disso. Mas em 2009, em meio a uma grande greve, o governo foi levado a assinar documento de mesma natureza junto à essa  instituição e, no entanto foi desdenhado pelos mesmos que na greve atual o elegeram como condiçaõ necessária para sua suspensão!E assim vai se mantendo a categoria marchando em círculos, promovendo eventos que se repetem e a cada repetição, mais se fragiliza e compromete as energias e a disposição para os esforços que venham a ser necessários em breve futuro.
Por outro lado, faz-se cada vez mais notória a manobra mesquinha do governo que consiste em dar com uma mão e tirar com a outra. Nãoapostou seriamente em sua primeira tentativa de negociação quando apelou para a intermediação do ministério público. Assinou a ata se comprometendo com a retomada das conversações e ao mesmo tempo providenciou a decisão judicial que exigia a suspensão da greve. Na assembléia do dia 02/09, quando apresentamos a proposta do recuo, tratou de fazer divulgar o pedido de embargo declaratório junto ao STF, gerando grande revolta na categoria que optou mais uma vez pela continuidade da greve. Isso sem falar nos comentários maldosos que fez  questão de divulgar pela imprensa. Agora mesmo, diante da possibilidade do recuo organizado da categoria, acena com o envio de mensagem à assembléia que gera fratura em nosso plano de carreira.
Essas iniciativas aparentemente desencontradas obedecem a um plano perverso por dentro de um jogo midiático em que procura se mostrar para o público como estando aberto ao diálogo e ao mesmo tempo faz provocações de modo a incendiar a assembléia da categoria mantendo-nos irredutíveis na greve. O governo leva a disputa para o campo do simbólico, empurrando-nos para o isolamento no seio da sociedade, uma vez que, através dessa manobra,  consegue demonstrar nossa aparente intransigência. 
Da mesma maneira como foi o primeiro a votar pela deflagração da greve, o Governador continua brincando com nossos destinos, com os da educação e pior ainda, com o futuro de milhares de jovens e trabalhadores que se servem da escola pública para sua formação, agitando seu voto de considerável peso, pela manutenção da greve.









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