É o tipo da coisa que deixa a gente sem palavra. Embora reconheça que do ponto de vista da segurança e conservação, esse acervo teoricamente estará melhor guardado nos EUA. Mas, algo faz supor que por trás dessa aparente sensatez, resida o fato de que realmente ao governo, melhor dizendo, ao Estado colombiano, não interessou sua aquisição. Uma sucessão de governos de direita, aos quais Garcia Marquez devia incomodar, embora não me recorde de alguma campanha de protesto feita por ele ou de que tenha participado, contra os abusos cometidos pelo narco governo de Uribe, por exemplo. A família nem perdeu tempo esperando por uma proposta decente, por saber que não viria mesmo e se fosse o caso, seria irrisória. Não porque a Colômbia não tivesse dinheiro, porque isso por lá tem demais. Mas sim pelo motivo já alegado acima. Uma situação que poderia tornar se constrangedora para a família se, ao declinar dela, serem tidos como mercenários e não patriotas, etc.
Adital - Venda do arquivo pessoal de García Márquez aos EUA e gera incômodo na Colômbia
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