Procedimento padrão. Hoje não só não negam, como deram ares de legitimidade à intervenção direta na Síria.
Agência Prensa Latina - EUA preparou golpe de estado contra presidente sírio, afirma jornal
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sexta-feira, 25 de dezembro de 2015
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Defesa vai pedir indulto de Natal para Dirceu | Brasil 24/7
A DIREÇÃO CAVALO DE TROIA DO PT.
Condenado num julgamento onde os próprios juízes assumiram não contar com provas suficientes para condená-lo, tendo de apelar para uma inusitada Teoria do Domínio do Fato para justificar a pena.
Depois de cumprir parte da sua pena em regime fechado, conquistou o direito de concluí-la em regime semi aberto, em seguida voltou para a cadeia por conta de uma medida abusiva de Sérgio Moro, supondo seu envolvimento com a indústria das propinas na Petrobras. Mesmo depois de desmentida a hipótese através das declarações de um empreiteiro detido nas masmorras na Lava Jato, continuou na cadeia, por ter perdido o direito ao semi aberto.
Todas essas atribulações aconteceram e acontecem sob o peso de cruel humilhação promovida proporcionada por intensa campanha midiática, repercutida pela policia federal e o judiciário.
No entanto, não receio dizer que a condenação mais perversa sofrida por José Dirceu não foi aquela que lhe imprimiu o STF, senão aquela que o partido que fundou ao lado de Lula e que passou a ser dirigido por antigos adversários internos, decretou contra ele, através do seu silêncio obsequioso.
A direção do Partido dos Trabalhadores, completa por dentro, o serviço sujo que os seus inimigos fazem por fora dele.
Mas afinal, de quem os atuais dirigentes do PT são amigos? E quem são eles? Poucos sabem e quase ninguém conhece aqueles que precisam de um pacto de mediocridade para sustentar se no poder.
Por uma nova direção para o PT
Por um novo congresso partidário para passar a limpo o Mensalão .
Defesa vai pedir indulto de Natal para Dirceu | Brasil 24/7
Condenado num julgamento onde os próprios juízes assumiram não contar com provas suficientes para condená-lo, tendo de apelar para uma inusitada Teoria do Domínio do Fato para justificar a pena.
Depois de cumprir parte da sua pena em regime fechado, conquistou o direito de concluí-la em regime semi aberto, em seguida voltou para a cadeia por conta de uma medida abusiva de Sérgio Moro, supondo seu envolvimento com a indústria das propinas na Petrobras. Mesmo depois de desmentida a hipótese através das declarações de um empreiteiro detido nas masmorras na Lava Jato, continuou na cadeia, por ter perdido o direito ao semi aberto.
Todas essas atribulações aconteceram e acontecem sob o peso de cruel humilhação promovida proporcionada por intensa campanha midiática, repercutida pela policia federal e o judiciário.
No entanto, não receio dizer que a condenação mais perversa sofrida por José Dirceu não foi aquela que lhe imprimiu o STF, senão aquela que o partido que fundou ao lado de Lula e que passou a ser dirigido por antigos adversários internos, decretou contra ele, através do seu silêncio obsequioso.
A direção do Partido dos Trabalhadores, completa por dentro, o serviço sujo que os seus inimigos fazem por fora dele.
Mas afinal, de quem os atuais dirigentes do PT são amigos? E quem são eles? Poucos sabem e quase ninguém conhece aqueles que precisam de um pacto de mediocridade para sustentar se no poder.
Por uma nova direção para o PT
Por um novo congresso partidário para passar a limpo o Mensalão .
Defesa vai pedir indulto de Natal para Dirceu | Brasil 24/7
Agência Prensa Latina - Parlamento Comunal: assegurar recursos e participação na Venezuela
Parlamento Comunal: assegurar recursos e participação na Venezuela PDF Imprimir E-Mail
Imagen de muestraCaracas (Prensa Latina) Depois do revés sofrido pela esquerda nas eleições legislativas do dia 6 de dezembro, as autoridades venezuelanas começaram uma estratégia para proteger a Revolução bolivariana e os programas sociais impulsionados pelo governo.
Como primeira linha de defesa, nesses planos figuram as diferentes instâncias do poder popular e, em especial, o Parlamento Comunal.
Segundo o advogado constitucionalista Herman Escarrá, depois da instalação dessa instituição no país (15 de dezembro) setores adversos à Revolução iniciaram uma campanha dirigida a fazer os cidadãos acreditarem ser uma estratégia para usurpar funções da Assembleia Nacional, onde a direita terá maioria qualificada a partir de 5 de janeiro de 2016.
Porta-vozes da oposição local desconsideraram a entidade legislativo e questionaram seu constitucionalidade e alcance em matéria de políticas públicas.
De acordo com Escarrá, essas acusações estão muito afastadas da realidade, pois o Parlamento Comunal, compreendido na Lei Orgânica das Comunas, funciona como um mecanismo para a descentralização para os municípios e localidades do planejamento orçamental em áreas como educação, saúde e moradia.
O especialista enfatizou que essa ação está apoiado no parágrafo 184, numeral 1, da Constituição da República Bolivariana da Venezuela (aprovada em 1999).
A instância parlamentar comunal pode atuar sobre os problemas do bairro, como expressão do Estado social, democrático, de direito e justiça referendado na Lei Fundamental, disse.
Depois de sua vitória a 6 de dezembro, a oposição anunciou planos que executará da Assembleia Nacional contra as leis do trabalho, os preços justos, as terras e a responsabilidade social da rádio e a televisão, entre outras.
Para os cidadãos próximos à esquerda e ao Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), o Parlamento Comunal será um bastião para evitar que a direita triunfe nessas tentativas, as quais também incluem a privatização de empresas estatais e travas aos programas sociais impulsionados pelo governo bolivariano.
Na perspectiva de Diosdado Cabelo, vice-presidente do PSUV e máxima autoridade da Assembleia Nacional que termina seu período, o mencionado organismo popular é uma ferramenta para assegurar aos cidadãos a disposição de recursos e sua participação na tomada de decisões.
Ao mesmo tempo, o chefe de Estado, Nicolás Maduro, garantiu que do poder Executivo se dará todo o apoio necessário a esse mecanismo legislativo.
ATRIBUIÃ�ÕES DO PARLAMENTO COMUNAL
O artigo 21 da Lei Orgânica das Comunas da Venezuela assinala que o Parlamento Comunal é a instância máxima do autogoverno na comuna e suas decisões se expressam mediante a aprovação de regulamentos para regular a vida social e comunitária, defender os direitos humanos e contribuir com a ordem pública, a convivência e a primazia do interesse coletivo sobre o interesse particular.
Também atua em atos de governo sobre os aspectos de planejamento, coordenação e execução de planos e projetos no âmbito da comuna.
Esta última instância é definida como um espaço socialista caracterizado pela integração de comunidades vizinhas que compartilham traços culturais e costumes, além de se reconhecerem nas atividades produtivas mediante as quais se sustentam e no território onde exercem os princípios de soberania e participação. Segundo o referido na lei, o Parlamento Comunal tem entre suas atribuições certificar o plano de desenvolvimento comunal, sancionar as cartas comunais (documentos de regulação da vida social e contribuição com a ordem pública) e dar o aval aos projetos submetidos a sua consideração pelo Conselho Executivo.
Igualmente encarrega-se de debater as solicitações para a transferência de ocorrências e serviços das entidades político-territoriais do poder público.
Ademais, deve aprovar os relatórios do Conselho Executivo, Conselho de Planejamento, Conselho de Economia, Conselho de Controladoria e Banco da comuna.
Segundo o advogado Jesús Silva, o Parlamento Comunal é um dos meios de participação do povo no exercício de sua soberania, como indica o artigo 70 da Constituição.
Essa instituição inclui as assembleias de cidadãos dentro das formas de protagonismo popular na política, bem como as instâncias de autogestão na categoria econômico-social.
De acordo com especialistas venezuelanos, um dos possíveis cenários depois do dia 5 de janeiro é o uso irresponsável por parte da direita de sua maioria na Assembleia Nacional e o entorpecimento de programas sociais como a entrega de moradias ou a atenção especializada a adultos maiores e estudantes.
Se isso ocorrer, então o Parlamento Comunal poderia gerar espaços para, da legalidade, defender nas comunidades as conquistas da Revolução bolivariana.
* Correspondente da Prensa Latina na Venezuela.
arb/ga/tgp/cc
Modificado el ( jueves, 24 de diciembre de 2015 )
Agência Prensa Latina - Parlamento Comunal: assegurar recursos e participação na Venezuela
Imagen de muestraCaracas (Prensa Latina) Depois do revés sofrido pela esquerda nas eleições legislativas do dia 6 de dezembro, as autoridades venezuelanas começaram uma estratégia para proteger a Revolução bolivariana e os programas sociais impulsionados pelo governo.
Como primeira linha de defesa, nesses planos figuram as diferentes instâncias do poder popular e, em especial, o Parlamento Comunal.
Segundo o advogado constitucionalista Herman Escarrá, depois da instalação dessa instituição no país (15 de dezembro) setores adversos à Revolução iniciaram uma campanha dirigida a fazer os cidadãos acreditarem ser uma estratégia para usurpar funções da Assembleia Nacional, onde a direita terá maioria qualificada a partir de 5 de janeiro de 2016.
Porta-vozes da oposição local desconsideraram a entidade legislativo e questionaram seu constitucionalidade e alcance em matéria de políticas públicas.
De acordo com Escarrá, essas acusações estão muito afastadas da realidade, pois o Parlamento Comunal, compreendido na Lei Orgânica das Comunas, funciona como um mecanismo para a descentralização para os municípios e localidades do planejamento orçamental em áreas como educação, saúde e moradia.
O especialista enfatizou que essa ação está apoiado no parágrafo 184, numeral 1, da Constituição da República Bolivariana da Venezuela (aprovada em 1999).
A instância parlamentar comunal pode atuar sobre os problemas do bairro, como expressão do Estado social, democrático, de direito e justiça referendado na Lei Fundamental, disse.
Depois de sua vitória a 6 de dezembro, a oposição anunciou planos que executará da Assembleia Nacional contra as leis do trabalho, os preços justos, as terras e a responsabilidade social da rádio e a televisão, entre outras.
Para os cidadãos próximos à esquerda e ao Partido Socialista Unido de Venezuela (PSUV), o Parlamento Comunal será um bastião para evitar que a direita triunfe nessas tentativas, as quais também incluem a privatização de empresas estatais e travas aos programas sociais impulsionados pelo governo bolivariano.
Na perspectiva de Diosdado Cabelo, vice-presidente do PSUV e máxima autoridade da Assembleia Nacional que termina seu período, o mencionado organismo popular é uma ferramenta para assegurar aos cidadãos a disposição de recursos e sua participação na tomada de decisões.
Ao mesmo tempo, o chefe de Estado, Nicolás Maduro, garantiu que do poder Executivo se dará todo o apoio necessário a esse mecanismo legislativo.
ATRIBUIÃ�ÕES DO PARLAMENTO COMUNAL
O artigo 21 da Lei Orgânica das Comunas da Venezuela assinala que o Parlamento Comunal é a instância máxima do autogoverno na comuna e suas decisões se expressam mediante a aprovação de regulamentos para regular a vida social e comunitária, defender os direitos humanos e contribuir com a ordem pública, a convivência e a primazia do interesse coletivo sobre o interesse particular.
Também atua em atos de governo sobre os aspectos de planejamento, coordenação e execução de planos e projetos no âmbito da comuna.
Esta última instância é definida como um espaço socialista caracterizado pela integração de comunidades vizinhas que compartilham traços culturais e costumes, além de se reconhecerem nas atividades produtivas mediante as quais se sustentam e no território onde exercem os princípios de soberania e participação. Segundo o referido na lei, o Parlamento Comunal tem entre suas atribuições certificar o plano de desenvolvimento comunal, sancionar as cartas comunais (documentos de regulação da vida social e contribuição com a ordem pública) e dar o aval aos projetos submetidos a sua consideração pelo Conselho Executivo.
Igualmente encarrega-se de debater as solicitações para a transferência de ocorrências e serviços das entidades político-territoriais do poder público.
Ademais, deve aprovar os relatórios do Conselho Executivo, Conselho de Planejamento, Conselho de Economia, Conselho de Controladoria e Banco da comuna.
Segundo o advogado Jesús Silva, o Parlamento Comunal é um dos meios de participação do povo no exercício de sua soberania, como indica o artigo 70 da Constituição.
Essa instituição inclui as assembleias de cidadãos dentro das formas de protagonismo popular na política, bem como as instâncias de autogestão na categoria econômico-social.
De acordo com especialistas venezuelanos, um dos possíveis cenários depois do dia 5 de janeiro é o uso irresponsável por parte da direita de sua maioria na Assembleia Nacional e o entorpecimento de programas sociais como a entrega de moradias ou a atenção especializada a adultos maiores e estudantes.
Se isso ocorrer, então o Parlamento Comunal poderia gerar espaços para, da legalidade, defender nas comunidades as conquistas da Revolução bolivariana.
* Correspondente da Prensa Latina na Venezuela.
arb/ga/tgp/cc
Modificado el ( jueves, 24 de diciembre de 2015 )
Agência Prensa Latina - Parlamento Comunal: assegurar recursos e participação na Venezuela
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados | MariaFrô
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados
Por redacao
novembro 24, 2014 12:42
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados
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Em alguns posts da semana passada escrevi sobre a corrupção endêmica no país, mas calhordamente vendida pela mídia monopolizada como escândalo seletivo pra atacar o governo que mais combateu a corrupção no Brasil.
Reproduzo mais um texto para os que costumam se alimentar do partidarismo criminoso da mídia monopolizada e ampliar seu ódio irracional contra um partido político. Resultado disso é que uma parcela de brasileiros, certamente com boas intenções, mas sem perspectiva histórica, não usa sua indignação para combater a corrupção. Assim, os corruptores que dominam o poder econômico, ampliam ainda mais seus tentáculos sobre o Estado brasileiro, saem ilesos de operações espetacularizadas da PF e o real problema não é discutido e exterminado.
Ao atacarem irracionalmente o governo Dilma, responsabilizando-a por uma corrupção que ela é a principal combatente, essa mesma massa permite que os corruptores que há décadas enriquecem superfaturando obras faraônicas, se apropriando de concessões estatais, criando lobbies no Congresso com suas bancadas que só asseguram seus próprios interesses, sigam intactos cometendo os mesmos crimes contra o patrimônio público.
Sugiro a leitura de pesquisas acadêmicas sobre o período: Moralismo capenga: O combate à corrupção foi palavra de ordem durante a ditadura. Nos porões do regime, porém, a ilegalidade prevaleceu de Heloisa Maria Murgel Starling
Leia também:
Casamento de empreiteiras com poder começou com JK e teve lua de mel na ditadura
Pablo Villaça: A corrupção é sistêmica, mas é tolice atribuí-la ao PT
Denuncias a serem investigadas pela Comissão da Verdade
Por Sindipetro AL e SE
30/01/2013 15:04
Existem algumas verdadeiras lendas que se construíram da época da ditadura, por exemplo, que no regime ditatorial não havia corrupção e nem mordomias, ou então, que os militares eram nacionalistas e defendiam o patrimônio nacional.
Isso não é verdade. A ditadura cívico militar de caráter imperialista beneficiou os patrões e os grandes empresários brasileiro e principalmente as multinacionais, além disso, a corrupção e as mordomias rolavam em grande quantidade.
Para acabar com estas lendas e, aproveitar, exigir que a Comissão da Verdade investigue e coloque a público todos os crimes ocorridos na época da ditadura de maneira que depois possamos puni-los, publicamos aqui algumas denuncias apresentadas na época que demonstram, que havia muita corrupção e mordomia para os ricos na época da ditadura, e que nunca a soberania nacional foi tão vilipendiada e nunca houve tanta entrega do patrimônio nacional ao imperialismo norte-americano.
O mais impressionante é que muitos destes empresários e muitas destas empresas continuaram nas boas nos governos depois da redemocratização, realizando maracutaias, fraudes e negociatas, e até hoje nos governos da Frente Popular, continuam com as mesmas praticas.
PRIVILÉGIOS E MORDOMIAS
Delfin Neto, Mario Henrique Simonsen, Heitor Ferreira, Shiziaki Ueki, Reis Velloso, Armando Falcão, Ney Braga e Mario Andreazza estiveram até a medula envolvida em escândalos de corrupção e recebiam muitas mordomias, entre elas a de poderem assistir os filmes que eram censurados por seu governo.
Na verdade na época da ditadura em Brasília ninguém gastava nada e todos se divertiam muito, à custa dos ministérios. Das suntuosas casas no Lago Paranoá, todas com piscina, aos comes-e-bebes das melhores marcas estrangeiras, passando por garçons e criados, até os carros e motoristas que levam os convivas, além das flores ofertadas às anfitriãs, tudo ficando por conta das verbas de mordomia ou representação – ou seja, tudo é pago pelo governo.
Na casa do ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki, a piscina era térmica. Na do ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto a criadagem fixa era de 28 pessoas. O secretário de Imprensa da Presidência da República, Humberto Esmeralda, e o diretor-geral do DASP, coronel Darcy Siqueira, continuaram ganhando seus salários de funcionários da Petrobrás, assim como todo o pessoal da Petrobrás que acompanhou o presidente Geisel para o Palácio do Planalto.
Na verdade Golbery do Couto e Silva e Ernesto Geisel, mesmo estando no governo, continuaram recebendo salários das multinacionais que trabalharam, obviamente por continuarem prestando serviço a elas.
De maneira geral os monopólios capitalistas lucraram com a ditadura desde o primeiro presidente: marechal Humberto Castello Branco, que buscando atrair investimentos imperialistas, utilizou-se da correção monetária para driblar a inflação e reduzir as perdas dos investidores. E deu um dos maiores presentes para os patrões e o imperialismo: o fim da estabilidade no emprego dos trabalhadores, em 1966.
Com isso além de deixar os trabalhadores a mercê dos empresários criou a poupança obrigatória, ou poupança compulsória, por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que canalizava recursos para financiar os projetos do governo e subsidiar as iniciativas norte-americanas.
Depois vieram Decretos Leis como o 37 e 61574 de 1966, que eliminou toda proteção ainda que precária, a indústria nacional. Ou o decreto 498 de 1969 que isentou de impostos alfandegários, ICM e IPI, as importações de material para a indústria naval. No auge de 1974 as isenções atingiram 76% do total de impostos arrecadados.[1]
Do ponto de vista de ceder ao imperialismo, Roberto Campos foi um dos campeões, e cumpriu seus compromissos com a American Foreing Power (Amforp) a comprar suas 10 subsidiárias de energia elétrica no Brasil pagando 135 milhões de dólares, por este ferro-velho, embutindo ai a correção monetária do investimento histórico, coisa que nenhuma legislação permitia, e aceitou um sobre preço de 17,7 milhões de multa pelos atrasos.[2] Com ele o governo superfaturou também a compra da Light que estava endividada e iria ser devolvida ao Estado de qualquer maneira em 10 anos. Pagamos pela Light e pela sua divida mais de 1 milhão de dólares.
Também houve superfaturamento na construção da Ferrovia do Aço em 1976 e 1977 e na aquisição de guindastes pelo Departamento Nacional e Vias de navegação durante a gestão de Mario Andreazza.
No rol corrupção um dos lideres era Delfin Neto e seus apadrinhados, como Vilar de Queiroz e Carlos Alberto Andrade Pinto, acusados de receber suborno dos banqueiros europeus pelos negócios brasileiros, em 1975. O coronel Saraiva, adido militar em Paris mandou ao Estado Maior do Exercito um relatório sobre as roubalheiras e corrupção na embaixada.[3]
A revista Der Spigel denunciou a corrupção que envolveu a construção da usina nuclear Angra I e II e particularmente o envolvimento de Maio Henrique Simonsen.
Foram denunciados subornos das empresas General Eletric, Ericsson, Goodyear, Lockheed e Coca-Cola a funcionários do governo Geisel.
Para trazer a Fiat para Minas Gerais o Estado lhe deu 50% das ações ao preço de 20% do capital e 10% em contribuição tecnológica, a Fiat recebeu um terreno de 2 milhões de metros quadrados, com toda a infraestrutura, água, luz, esgoto e telefone.
GENERAL ELETRIC
Uma das grandes patrocinadoras do golpe, a General Eletric tinha por trás o JP Morgan Bank. Ela ficou particularmente conhecida mundialmente pelo suborno e a sabotagem, utilização de dupimg contra concorrentes. Ainda que entre suas concorrente encontrava-se a Thomson e a Westinghouse, esta ligada a Mellon Bank de Pittsburg e Kuhn & Loeb de Nova York.
Explicitamente o presidente da GE, Thomas Smiley disse que a empresa pagou suborno a direção da Rede Ferroviária Federal para a aquisição de 195 vagões, assim como a Westinghouse subornou a direção do Metro de São Paulo para realizar um overprice (superfaturamento) pela venda de vagões.[4]
Enquanto Golbery ganhava altos salários da Dow Química o então coronel Alcio Costa e Silva, filho do ex-presidente Costa e Silva, atuou como diretor da General Eletric.[5]
PANAIR
As 3 da tarde do dia 10 de fevereiro de 1965, um telegrama do Ministério da Aeronáutica chegou aos escritórios da Panair do Brasil. Curto e grosso informava a decisão do governo, representado pelo ministro Eduardo Gomes, de cassar o certificado de operação da Panair, com base em uma suposta posição financeira “insustentável”. Com isso se fechou a mais conhecida e glamurosa empresa brasileira de aviação.
Na mesma noite, com os hangares da empresa já ocupados pela tropa, a Varig assumiu todas as rotas internacionais da rival. “Embora a Varig seja uma grande empresa, assumir vôos de outras companhias com horas de antecedência só poderia ser feito se houvesse informação prévia”, afirma o especialista R. Davies, autor de “Airlines of Latin America”.
A Varig e a Cruzeiro do Sul, as grandes daquele momento, ambas com origem alemã e de olhos arregalados nas linhas da Panair para a Europa, haviam se colocado totalmente a serviço dos conspiradores.
No dia seguinte a Panair entrou com pedido de concordata preventiva. Mas o juiz transformou o pedido de concordata em falência, alegando que a empresa, que não tinha um único título protestado e gozava de outras fontes de receita, não teria como saldar suas dívidas por estar proibida de voar. Terminava ali, de maneira kafkiana, uma trajetória de 35 anos de charme e eficiência.
“Fomos vítimas de perseguição política”, resume Rodolfo Rocha Miranda, filho do falecido dono da empresa e atual diretor-presidente da Panair do Brasil, uma holding sem atividade empresarial, mantida com o intuito de lutar por ressarcimento na Justiça. A origem da perseguição é que Celso da Rocha Miranda, o pai de Rodolfo, era um empresário próximo à Juscelino Kubitschek, depois do golpe as outras empresas da família, que atuava no ramo de seguros, perderam todos os contratos com o governo e sofreram seguidas investigações da receita. Além disso o sócio Mario Wallace Simonsen, dono da TV Excelsior e de 40 outras empresas, era considerado como homem do “esquema Jango” de comunicação. Também ele foi perseguido pelo regime e suas empresas sistematicamente prejudicadas. Morreu em Paris em 24 de março de 1965, em depressão, dias depois de ter seus bens seqüestrados pelo governo.
TUCURUI E A CAPEMI
Para atender a demanda crescente por energia que as mineradoras precisavam, o imperialismo que já havia inventariado os rios brasileiros, propôs a ditadura construir megaempresas como Tucuruí e Itaipu.
A hidrelétrica da Tucuruí, no rio Tocantins, em 1975, foi construída supostamente para “preparar a infraestrutura energética necessária para subsidiar o polo mineral e metalúrgico, que seria instalado no oeste do Pará (Albrás/Alunorte/Vale) e Maranhão (Alumar/Alcoa).” Gerou conflitos sociais pela construção das barragens e pela questão agrária (cerca de 3 mil pessoas que haviam sido removidas para áreas em volta do futuro lago, foram expulsas do novo local por uma superpopulação de insetos vorazes, como mutucas e pernilongos, em especial o mosquito do gênero Mansonia), fruto disso já nesta época o Pará se tornou um dos estados com o maior índice de ameaças de morte e de assassinatos, situação que perdura até hoje. Hoje segundo o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) quase dois terços da energia gerada por Tucuruí servem para abastecer indústrias extrativistas, e estranhamente não fornece energia para muitos ribeirinhos do imenso lago.
Sua construção foi envolvida em corrupção e prevaricação que envolveu o governo militar, militares da área de inteligência e a Agropecuária Capemi Indústria e Comércio Ltda. Empresa vinculada à Carteira de Pensões dos Militares (Capemi), fundado e dirigido por militares, responsável pela previdência privada.
Ela foi contratada, em 1980, para extrair e comercializar a madeira da região do futuro lago de Tucuruí. Recebeu aval para a empreitada, sem nenhum know-how e sem garantias. Fez um empréstimo de US$ 100 milhões junto à Maison Lazard Fréres, para aquisição de equipamentos. Faliu, em 1983, após ter conseguido desmatar apenas 10% da área que havia sido contratada. Denunciado que a metade dos 349 mil m³ de madeira extraída havia desaparecido. Desviados pelo diretor-presidente da Agropecuária, Fernando José Pessoa e o representante do governo federal, Roberto Amaral, US$ 10 milhões.
Amaral era homem de confiança do ministro da Agricultura, Amaury Stábile que como o ministro-chefe do Sistema Nacional de Informações (SNI), general Otávio Medeiros estava diretamente metido na maracutaia.
Conclusão o contrato não foi cumprido, a Capemi faliu, e o dinheiro dos pensionistas perdido.
Conta-se que a Capemi convidou o Projeto Jari para se juntar ao empreendimento, mas os gerentes desta não aceitaram pela incompetência técnica do pessoal da Capemi.
JARY FLORESTAL E AGROPECUÁRIA
Os jornais Movimento e Coojornal denunciaram, em 1978, o favorecimento da empresa Jary Florestal e Agropecuária envolvendo Golbery do Couto e Silva e diretamente o secretario particular do presidente Geisel, Heitor Ferreira.
A Amazônia foi Loteada entre o Ludwig, Suya Missu, Codeara, Paragominas, Geórgia Pacific, Bruyzeel, Volkswagem, Robin Mac, Anserson Clayton, Swift Armour, Goodyear, Nestlé, Mitsubishi, Bordon, Mappin, Camargo Correa e Bradesco.
INTERVENÇÃO BRANCA
Um amigo do regime, dono do Grupo UEB/Independencia-Decred, José Luis Moreira de Souza socorreu suas empresas com recursos do Banco Central. Em um procedimento em que a ditadura chamava “intervenção branca”, que evitava a quebra das instituições bancárias e financeiras. Ação na qual o Banco Central, com a ajuda da censura, fazia os arranjos para que as instituições, supostamente solidas, absorvessem as instituições quebradas.[6]
O Banco União Comercial, administrado por Roberto Campos, era o próximo a ir para o estouro, em consequências de erros na administração, particularmente a concentração de empréstimos vultuosos em duas dezenas de grandes empresas comprometidas com investimentos de alto risco, como o Halles, o banco cresceu administrando repasses de créditos externos. Recorreu a formula delfiniana da “intervenção branca” e foi incorporado pelo Banco Itaú.
O coronel Vernon Walters, adido da embaixada norte americana e agente da CIA, trouxe Dan Mitrione a Minas Gerais para treinar a Polícia Militar em técnicas de tortura. Magalhães Pinto, dono do Banco Nacional, financiou do próprio bolso o treinamento. Magalhães depois foi Ministro das Relações Exteriores, inclusive na época do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick. Mas seu banco entrou em crise, mesmo com toda ajuda da ditadura, em 1986, e passou a sobreviver por 10 anos por fraudes e maquiagens bancárias, indo à falencia em 1996 com um rombo de 10 bilhões de reais, coberto com dinheiro publico do Proer, programa de estimulo a reestruturação do sistema financeiro.
A “intervenção branca” era mais ou menos o seguinte, o decreto de liquidação da instituição implicava no congelamento de seu passivo, com isso cessava a incidência de correção monetária e de juros sobre suas obrigações junto ao publico, e até 1976 também os débitos junto a instituições oficiais. A consequência era que o patrimônio ia se valorizando com a evolução do próprio mercado. O Tesouro arcava com os custos da falência. Depois de “limpar” a instituição o governo a repassava, saudável, para outra instituição mais poderosa, e esta ainda recebia um subsidio de brinde.[7]
Participaram desta fraude grupos como: Ipiranga, Lume, Aurea, TAA, UEB/Independencia-Decred. Assim como a Corretora Laureano, pertencente a um grande amigo de Golbery, que foi repassada ao Grupo Coroa Brastel em 1981.
DESVALORIZAÇÃO PARA OS INIMIGOS
Em fins de 79 Delfin, que volta ao governo, substituindo Simonsen, decreta em 7 de dezembro, uma desvalorização de 30% do cruzeiro, como estimulo aos exportadores. É claro que nem todos foram surpreendidos. Simonsen através da Resolução 432 do Conselho Monetário Nacional (CNM) garantiu que qualquer devedor ao exterior poderia transferir ao Banco Central, em caráter temporário ou definitivo, o remanescente da divida nas condições contratadas, desde que depositasse em cruzeiros a divida principal, e o Banco Central arcaria com o prejuízo.
A maxi desvalorização prejudicou os pequenos devedores e os importadores, já o exportadores de manufatura foram as nuvens.[8]
COROA BRASTEL
Em 1980 Assis Paim, da Coroa Brastel, induzido pelos ministros Delfim Netto, Ernane Galvêas e pelo presidente do Banco Central, Carlos Langoni, concedeu à Corretora de Valores Laureano, um empréstimo de 180 milhões de cruzeiros, sendo
o próprio Laureano amigo pessoal do filho do chefe do SNI Golbery do Couto e Silva. Mas após um ano o pagamento não foi realizado. A solução encontrada foi a compra, por Paim, da Corretora de Valores Laureano. Obviamente a corretora não conseguiu saldar suas dívidas, apesar da ajuda de um banco estatal, e muito menos resguardar o prestígio dos envolvidos.
A Coroa Bratel quebrou e com ela o dinheiro do Estado.
O caso Coroa-Brastel foi aberto pela Justiça em 1985, quando uma denúncia chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o empresário e os ministros: Delfim Neto (Planejamento) e Ernane Galvêas (Fazenda). Os ex-ministros eram acusados de desviar recursos públicos na liberação de empréstimo da Caixa Econômica Federal ao empresário em 1981. O empréstimo de, na moeda da época, cruzeiros – Cr$ 2,5 bilhões -, seria utilizado no reforço de capital de giro do grupo e no plano de expansão da Brastel. Segundo a denúncia, o dinheiro teria servido para quitar dívidas junto ao Banco do Brasil e ao Banespa. O caso foi a julgamento no ano de 1994.
A denúncia contra Galvêas foi rejeitada. Já a acusação contra Delfim, então deputado pelo PPR-SP, não chegou a ser examinada. A Câmara negou licença ao STF para processá-lo.
O GRUPO DELFIN
Ronald Levinhson começou seu negócio com uma informação privilegiada que antecipava uma mudança. Em 1964 “O Simonsem me disse que eles iriam mudar a lei que dava estabilidade aos empregos do setor privado”, contou[9]. Em vez de empregos estáveis, os trabalhadores teriam o FGTS. Seriam alocados no FGTS 8% dos recursos das folhas de pagamento do Brasil, que seriam usados para financiar habitações de classe média. Era uma montanha de dinheiro e o consultor vislumbrou um grande negócio. “Comprei cinco sociedades de crédito imobiliário”. Nos anos 70, quando surgiram as cadernetas de poupança, também com a finalidade de atrair recursos para a habitação, ele comprou a Delfim.
No final de 1982 veio à tona uma reportagem-denúncia do jornalista José Carlos de Assis expondo a quitação da dívida da empresa Delfin pelo Banco Nacional de Habitação, BNH.
O Grupo Delfin era a maior empresa privada de crédito imobiliário da época, porém com uma divida de 80 bilhões ao BNH. Para quitá-los entregou dois terrenos, no entanto, os terrenos valiam 9 bi. A matéria, ao expor a operação sigilosa, causou uma corrida de Ronald Levinsohn, dono da Delfin, para mobilizar seus contatos influentes e conseguir, mesmo assim, a consolidação do acordo e conter a divulgação do escândalo.
João Carlos Assis em “A dupla face da corrupção“, escreveu: “Em abril de 1982, quando ainda resistia às pressões do empresário para fechar o acordo do “valor potencial”, o presidente do BNH, José Lopes de Oliveira, acompanhado do presidente do Banco do Brasil, Osvaldo Collin, foi a Brasília para assinatura de um convênio com a Poupex, a caderneta de poupança do Exército. Ao entrar no gabinete do Ministro do Exército, Walter Pires, qual não foi sua surpresa ao ver ao lado dele ninguém menos que Ronald Guimarães Levinsohn, logo depois convidado a assinar o convênio como testemunha.”
A reportagem foi publicada no dia 30 de dezembro de 1982 e vinte dias depois acabou levando à falência o grupo Delfin pela retirada de fundos realizada pelos seus clientes, assustados com a possibilidade de um desfalque, mais de três milhões de depositantes.
1983 o Banco Central decretou intervenção no Grupo Delfin com o intuito de que as contas fossem transferidas para agências da Caixa Econômica Federal, até que o grupo Delfin pagasse o que restava da dívida de 80 bilhões ao BNH. Mesmo com a intervenção do Banco Central, a empresa não conseguiu se manter viva por muito tempo e faliu em 1984.
Em 1991, o empresário fechou um acordo com o Banco Central que o permitia levar o que havia sobrado da Delfin, aproximadamente 300 milhões, e pagar a dívida em 13 anos com dois anos de carência. O empresário não pagou nenhuma parte do previsto. O valor da dívida já é maior que um 1 bilhão, embora o empresário só admita 180 milhões desse montante.
Em 16 de março de 2006 o Supremo Tribunal de Justiça reconheceu como justo e apropriado o pagamento com os dois imóveis em questão da dívida da Delfin com o BNH, fechando assim, perante os olhos da justiça, o caso Delfin.
Em 2010, ainda foi possível encontrar clientes que nunca conseguiram recuperar seu dinheiro aplicado na poupança Delfin. Levinshon preside e é o reitor da UniverCidade, (que com a UNIG, e Cândido Mendes foi citada no pedido de abertura de CPI, pelo deputado Paulo Ramos (PDT), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para apurar denúncias gestões fraudulentas, enriquecimento ilícito, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, precarização das relações de trabalho, assédio moral, repressão às representantes de professores, alunos e servidores, criação de monopólios, deterioração da qualidade de ensino entre outros).
YELLOW CAKE
Em 2 de fevereiro de 1983, o Jornal do Brasil publicou o dossiê “Yellow Cake”, do jornalista Alexandre von Baumgarten, escrito em janeiro de 1981. O corpo de Baumgarten foi encontrado na praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, em outubro de 1982, treze dias depois de ter saído para uma pescaria com sua mulher Jeanette e o barqueiro Manoel Valente.
O dossiê revelou o envolvimento de membros do Serviço Nacional de Informações (SNI) do governo militar numa vasta rede de intrigas.
Baumgarten, havia dirigido a revista O Cruzeiro, um projeto do regime militar em parceria com o jornalista para “melhorar” a imagem do governo junto a população. O Cruzeiro se meteu “em íntima colaboração com a sociedade de extrema direita Tradição, Família e Propriedade (TFP), apoiado pelos setores radicais da comunidade de informações.” Prestou serviços relevantes aos extremistas, e “seus artigos provocadores foram reproduzidos pelo Ciex, como parte da campanha de descrédito do general Euler Bentes”.
Ele, como vários da ditadura, meteu-se em diversas desordens contábeis. Havia fechado um contrato de publicidade com a, conhecida, Capemi no valor de Cr$ 12 milhões em fins de 1980. Então o general Ademar Messias de Aragão, presidente da Capemi, comprou a editora de Baugardem em estado falimentar. Foi sucedido no controle dela por Antonio Mourão Abissâmara, parente do chefe do SNI, general Newton Cruz.
No meio da negociação Baumgarten “tomou conhecimento do Projeto Tucuruí”. E aparentemente considerou que os Cr$ 2 milhões pagos por Abissâmara, com dinheiro oriundo da Capemi, com o passivo de Cr$ 112 milhões, no início de 1981, era pouco para comprar também a sua discrição. Pode ter optado pelo caminho da chantagem, mas decididamente não viu a cor do dinheiro.
Baumgarten escreveu no primeiro parágrafo do dossiê: “Nesta data (28 de janeiro de 1981) é certo que minha extinção física já foi decidida pelo Serviço Nacional de Informações. A minha única dúvida é se essa decisão foi tomada pelo ministro chefe do SNI, general Octávio de Aguiar Medeiros, ou se ficou a cargo do chefe da Agência Central do SNI, general Newton de Araújo Oliveira e Cruz.”
BRASILINVEST
Mario Garnero jovem advogado, depois de ter sua casa revistada pela ditadura, trocou a política pela vida empresarial. Em 1970, tornou-se diretor de relações industriais da Volkswagem. A partir de 1974, como presidente da Anfavea, passou a conviver de perto com o poder militar. Em 1976, no governo Geisel, consegui reunir 80 sócios para montar o banco de negócios Brasilinvest. “Cada um entrou com US$ 250 mil e juntamos um capital de US$ 20 milhões”. Seus problemas começaram mais tarde, quando o governo do general Figueiredo, de quem Garnero era amigo, induziu o Brasilinvest a associar-se à NEC japonesa numa joint-venture para a produção de centrais telefônicas digitais no Brasil. “A proposta da Philips era melhor, mas a tecnologia da NEC interessava ao governo”. Garnero pegou e tocou o negócio com sucesso até março de 1985, quando Figueiredo deixou a presidência. No primeiro dia do governo Sarney a Nova República ordenou a intervenção no Brasilinvest. Garnero viveu seu inferno astral. Foi coagido a se desfazer da NEC, que perdeu as encomendas do governo, e a empresa foi parar nas mãos da Globo. Levou 10 anos para Garnero mudar a situação do Brasilinvest na Justiça.
SHARP
Contatos militares fizeram grupo Sharp crescer na ditadura, mas não garantiram sobrevivência. Matias Machline iniciou sua ascensão em 1965, quando obteve dos japoneses a autorização do uso da marca Sharp no Brasil. Construiu um império que, no auge, abrigou cerca de 30 empresas e registrou receitas à beira do US$ 1 bilhão.
Para isso Machline cultivou uma excelente rede de amizades com os ocupantes do poder, colocando as mãos em abundantes recursos financeiros oficiais e conseguindo um mercado fechado à competição internacional. O grande salto aconteceu em 1972, quando se tornou um dos pioneiros na fabricação de eletroeletrônicos na Zona Franca de Manaus. Contou com o apoio e dinheiro do Ministro das Comunicações Higino Corsetti e as portas do governo federal, graças à amizade com o general João Baptista Figueiredo, desde que era colaborador de Médici, este ficou encantado com a promessa de desenvolver uma indústria eletroeletrônica nacional e assistir
a Copa do Mundo de Futebol a cores. O relacionamento entre Figueiredo fez Machline colocar de pé a Lei de Informática, em 1982, quando o general ocupava a Presidência da República. Com a reserva do setor para as empresas nacionais, a Sid Informática, de Machline, se transformou em uma das líderes na fabricação de microcomputadores – e num dos primeiros empregos de Jonnhy, um dos filhos de Figueiredo.
No governo seguinte, Machline continuou circulando à vontade pelos corredores do Brasília. Um de seus principais amigos era José Sarney, por isso arriscou-se no ramo da TV por assinatura, em associação com o Grupo Abril. Mas o negócio não prosperou e ajudou ao Grupo Machiline entrar na trajetória de problemas que o levou á bancarrota dez anos depois.
Seu declínio começou em 1990 com a abertura de mercado. A partir dali, a Sharp mergulhou em uma longa agonia, agravada em 1994, com a morte do próprio Machline, em um acidente de helicóptero nos Estados Unidos. Sete anos depois, com a operação paralisada e vergada por dívidas de US$ 350 milhões, o grupo teve sua falência decretada.
CONCLUSÃO
Os economistas deram um nome cientifico para as relações econômicas e financeiras na ditadura no Brasil: crony capitalism, ou capitalismo de compadres. Um modelo baseado no poder de Estado e no favorecimento dos “amigos”. Havia muito poder e muito dinheiro concentrados em Brasília, e o povo estava sendo reprimido e a imprensa sob censura. Os amigos se deram bem e os inimigos ficaram de fora. Com a ditadura acabou um período selvagem e obscuro da vida econômica brasileira.
O ambiente ditatorial propriciou o crecimento de empresarios como Mário Garnero (grupo Braqsilinvest), Levinhson (grupo Delfim), Machline (grupo Sharp) e Norbert Odebrecht (grupo Odebrecht) que tiveram a seu favor a proteção do Estado e toda sorte de privilégios.
A Comissão Nacional da Verdade deve investigar esta e outras negociatas e apresentar ao Poder Judiciário a denuncia dos envolvidos.
[1] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento, p185
[2] Maria da Conceição Tavares e J Carlos Assis, O Grande Salto para o Caos, a economia politica e a politica economica do regime autoritário, p 19.
[3] Hugo de Abreu, Do outro lado do poder
[4] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento
[5] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento e Hugo de Abreu, Do outro lado do poder.
[6] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário. P 36
[7] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário.P54
[8] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário, p 71
[9] ao editor Leonardo Attuch
C
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados | MariaFrô
Por redacao
novembro 24, 2014 12:42
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados
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Em alguns posts da semana passada escrevi sobre a corrupção endêmica no país, mas calhordamente vendida pela mídia monopolizada como escândalo seletivo pra atacar o governo que mais combateu a corrupção no Brasil.
Reproduzo mais um texto para os que costumam se alimentar do partidarismo criminoso da mídia monopolizada e ampliar seu ódio irracional contra um partido político. Resultado disso é que uma parcela de brasileiros, certamente com boas intenções, mas sem perspectiva histórica, não usa sua indignação para combater a corrupção. Assim, os corruptores que dominam o poder econômico, ampliam ainda mais seus tentáculos sobre o Estado brasileiro, saem ilesos de operações espetacularizadas da PF e o real problema não é discutido e exterminado.
Ao atacarem irracionalmente o governo Dilma, responsabilizando-a por uma corrupção que ela é a principal combatente, essa mesma massa permite que os corruptores que há décadas enriquecem superfaturando obras faraônicas, se apropriando de concessões estatais, criando lobbies no Congresso com suas bancadas que só asseguram seus próprios interesses, sigam intactos cometendo os mesmos crimes contra o patrimônio público.
Sugiro a leitura de pesquisas acadêmicas sobre o período: Moralismo capenga: O combate à corrupção foi palavra de ordem durante a ditadura. Nos porões do regime, porém, a ilegalidade prevaleceu de Heloisa Maria Murgel Starling
Leia também:
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Pablo Villaça: A corrupção é sistêmica, mas é tolice atribuí-la ao PT
Denuncias a serem investigadas pela Comissão da Verdade
Por Sindipetro AL e SE
30/01/2013 15:04
Existem algumas verdadeiras lendas que se construíram da época da ditadura, por exemplo, que no regime ditatorial não havia corrupção e nem mordomias, ou então, que os militares eram nacionalistas e defendiam o patrimônio nacional.
Isso não é verdade. A ditadura cívico militar de caráter imperialista beneficiou os patrões e os grandes empresários brasileiro e principalmente as multinacionais, além disso, a corrupção e as mordomias rolavam em grande quantidade.
Para acabar com estas lendas e, aproveitar, exigir que a Comissão da Verdade investigue e coloque a público todos os crimes ocorridos na época da ditadura de maneira que depois possamos puni-los, publicamos aqui algumas denuncias apresentadas na época que demonstram, que havia muita corrupção e mordomia para os ricos na época da ditadura, e que nunca a soberania nacional foi tão vilipendiada e nunca houve tanta entrega do patrimônio nacional ao imperialismo norte-americano.
O mais impressionante é que muitos destes empresários e muitas destas empresas continuaram nas boas nos governos depois da redemocratização, realizando maracutaias, fraudes e negociatas, e até hoje nos governos da Frente Popular, continuam com as mesmas praticas.
PRIVILÉGIOS E MORDOMIAS
Delfin Neto, Mario Henrique Simonsen, Heitor Ferreira, Shiziaki Ueki, Reis Velloso, Armando Falcão, Ney Braga e Mario Andreazza estiveram até a medula envolvida em escândalos de corrupção e recebiam muitas mordomias, entre elas a de poderem assistir os filmes que eram censurados por seu governo.
Na verdade na época da ditadura em Brasília ninguém gastava nada e todos se divertiam muito, à custa dos ministérios. Das suntuosas casas no Lago Paranoá, todas com piscina, aos comes-e-bebes das melhores marcas estrangeiras, passando por garçons e criados, até os carros e motoristas que levam os convivas, além das flores ofertadas às anfitriãs, tudo ficando por conta das verbas de mordomia ou representação – ou seja, tudo é pago pelo governo.
Na casa do ministro das Minas e Energia, Shigeaki Ueki, a piscina era térmica. Na do ministro do Trabalho, Arnaldo Prieto a criadagem fixa era de 28 pessoas. O secretário de Imprensa da Presidência da República, Humberto Esmeralda, e o diretor-geral do DASP, coronel Darcy Siqueira, continuaram ganhando seus salários de funcionários da Petrobrás, assim como todo o pessoal da Petrobrás que acompanhou o presidente Geisel para o Palácio do Planalto.
Na verdade Golbery do Couto e Silva e Ernesto Geisel, mesmo estando no governo, continuaram recebendo salários das multinacionais que trabalharam, obviamente por continuarem prestando serviço a elas.
De maneira geral os monopólios capitalistas lucraram com a ditadura desde o primeiro presidente: marechal Humberto Castello Branco, que buscando atrair investimentos imperialistas, utilizou-se da correção monetária para driblar a inflação e reduzir as perdas dos investidores. E deu um dos maiores presentes para os patrões e o imperialismo: o fim da estabilidade no emprego dos trabalhadores, em 1966.
Com isso além de deixar os trabalhadores a mercê dos empresários criou a poupança obrigatória, ou poupança compulsória, por meio do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que canalizava recursos para financiar os projetos do governo e subsidiar as iniciativas norte-americanas.
Depois vieram Decretos Leis como o 37 e 61574 de 1966, que eliminou toda proteção ainda que precária, a indústria nacional. Ou o decreto 498 de 1969 que isentou de impostos alfandegários, ICM e IPI, as importações de material para a indústria naval. No auge de 1974 as isenções atingiram 76% do total de impostos arrecadados.[1]
Do ponto de vista de ceder ao imperialismo, Roberto Campos foi um dos campeões, e cumpriu seus compromissos com a American Foreing Power (Amforp) a comprar suas 10 subsidiárias de energia elétrica no Brasil pagando 135 milhões de dólares, por este ferro-velho, embutindo ai a correção monetária do investimento histórico, coisa que nenhuma legislação permitia, e aceitou um sobre preço de 17,7 milhões de multa pelos atrasos.[2] Com ele o governo superfaturou também a compra da Light que estava endividada e iria ser devolvida ao Estado de qualquer maneira em 10 anos. Pagamos pela Light e pela sua divida mais de 1 milhão de dólares.
Também houve superfaturamento na construção da Ferrovia do Aço em 1976 e 1977 e na aquisição de guindastes pelo Departamento Nacional e Vias de navegação durante a gestão de Mario Andreazza.
No rol corrupção um dos lideres era Delfin Neto e seus apadrinhados, como Vilar de Queiroz e Carlos Alberto Andrade Pinto, acusados de receber suborno dos banqueiros europeus pelos negócios brasileiros, em 1975. O coronel Saraiva, adido militar em Paris mandou ao Estado Maior do Exercito um relatório sobre as roubalheiras e corrupção na embaixada.[3]
A revista Der Spigel denunciou a corrupção que envolveu a construção da usina nuclear Angra I e II e particularmente o envolvimento de Maio Henrique Simonsen.
Foram denunciados subornos das empresas General Eletric, Ericsson, Goodyear, Lockheed e Coca-Cola a funcionários do governo Geisel.
Para trazer a Fiat para Minas Gerais o Estado lhe deu 50% das ações ao preço de 20% do capital e 10% em contribuição tecnológica, a Fiat recebeu um terreno de 2 milhões de metros quadrados, com toda a infraestrutura, água, luz, esgoto e telefone.
GENERAL ELETRIC
Uma das grandes patrocinadoras do golpe, a General Eletric tinha por trás o JP Morgan Bank. Ela ficou particularmente conhecida mundialmente pelo suborno e a sabotagem, utilização de dupimg contra concorrentes. Ainda que entre suas concorrente encontrava-se a Thomson e a Westinghouse, esta ligada a Mellon Bank de Pittsburg e Kuhn & Loeb de Nova York.
Explicitamente o presidente da GE, Thomas Smiley disse que a empresa pagou suborno a direção da Rede Ferroviária Federal para a aquisição de 195 vagões, assim como a Westinghouse subornou a direção do Metro de São Paulo para realizar um overprice (superfaturamento) pela venda de vagões.[4]
Enquanto Golbery ganhava altos salários da Dow Química o então coronel Alcio Costa e Silva, filho do ex-presidente Costa e Silva, atuou como diretor da General Eletric.[5]
PANAIR
As 3 da tarde do dia 10 de fevereiro de 1965, um telegrama do Ministério da Aeronáutica chegou aos escritórios da Panair do Brasil. Curto e grosso informava a decisão do governo, representado pelo ministro Eduardo Gomes, de cassar o certificado de operação da Panair, com base em uma suposta posição financeira “insustentável”. Com isso se fechou a mais conhecida e glamurosa empresa brasileira de aviação.
Na mesma noite, com os hangares da empresa já ocupados pela tropa, a Varig assumiu todas as rotas internacionais da rival. “Embora a Varig seja uma grande empresa, assumir vôos de outras companhias com horas de antecedência só poderia ser feito se houvesse informação prévia”, afirma o especialista R. Davies, autor de “Airlines of Latin America”.
A Varig e a Cruzeiro do Sul, as grandes daquele momento, ambas com origem alemã e de olhos arregalados nas linhas da Panair para a Europa, haviam se colocado totalmente a serviço dos conspiradores.
No dia seguinte a Panair entrou com pedido de concordata preventiva. Mas o juiz transformou o pedido de concordata em falência, alegando que a empresa, que não tinha um único título protestado e gozava de outras fontes de receita, não teria como saldar suas dívidas por estar proibida de voar. Terminava ali, de maneira kafkiana, uma trajetória de 35 anos de charme e eficiência.
“Fomos vítimas de perseguição política”, resume Rodolfo Rocha Miranda, filho do falecido dono da empresa e atual diretor-presidente da Panair do Brasil, uma holding sem atividade empresarial, mantida com o intuito de lutar por ressarcimento na Justiça. A origem da perseguição é que Celso da Rocha Miranda, o pai de Rodolfo, era um empresário próximo à Juscelino Kubitschek, depois do golpe as outras empresas da família, que atuava no ramo de seguros, perderam todos os contratos com o governo e sofreram seguidas investigações da receita. Além disso o sócio Mario Wallace Simonsen, dono da TV Excelsior e de 40 outras empresas, era considerado como homem do “esquema Jango” de comunicação. Também ele foi perseguido pelo regime e suas empresas sistematicamente prejudicadas. Morreu em Paris em 24 de março de 1965, em depressão, dias depois de ter seus bens seqüestrados pelo governo.
TUCURUI E A CAPEMI
Para atender a demanda crescente por energia que as mineradoras precisavam, o imperialismo que já havia inventariado os rios brasileiros, propôs a ditadura construir megaempresas como Tucuruí e Itaipu.
A hidrelétrica da Tucuruí, no rio Tocantins, em 1975, foi construída supostamente para “preparar a infraestrutura energética necessária para subsidiar o polo mineral e metalúrgico, que seria instalado no oeste do Pará (Albrás/Alunorte/Vale) e Maranhão (Alumar/Alcoa).” Gerou conflitos sociais pela construção das barragens e pela questão agrária (cerca de 3 mil pessoas que haviam sido removidas para áreas em volta do futuro lago, foram expulsas do novo local por uma superpopulação de insetos vorazes, como mutucas e pernilongos, em especial o mosquito do gênero Mansonia), fruto disso já nesta época o Pará se tornou um dos estados com o maior índice de ameaças de morte e de assassinatos, situação que perdura até hoje. Hoje segundo o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) quase dois terços da energia gerada por Tucuruí servem para abastecer indústrias extrativistas, e estranhamente não fornece energia para muitos ribeirinhos do imenso lago.
Sua construção foi envolvida em corrupção e prevaricação que envolveu o governo militar, militares da área de inteligência e a Agropecuária Capemi Indústria e Comércio Ltda. Empresa vinculada à Carteira de Pensões dos Militares (Capemi), fundado e dirigido por militares, responsável pela previdência privada.
Ela foi contratada, em 1980, para extrair e comercializar a madeira da região do futuro lago de Tucuruí. Recebeu aval para a empreitada, sem nenhum know-how e sem garantias. Fez um empréstimo de US$ 100 milhões junto à Maison Lazard Fréres, para aquisição de equipamentos. Faliu, em 1983, após ter conseguido desmatar apenas 10% da área que havia sido contratada. Denunciado que a metade dos 349 mil m³ de madeira extraída havia desaparecido. Desviados pelo diretor-presidente da Agropecuária, Fernando José Pessoa e o representante do governo federal, Roberto Amaral, US$ 10 milhões.
Amaral era homem de confiança do ministro da Agricultura, Amaury Stábile que como o ministro-chefe do Sistema Nacional de Informações (SNI), general Otávio Medeiros estava diretamente metido na maracutaia.
Conclusão o contrato não foi cumprido, a Capemi faliu, e o dinheiro dos pensionistas perdido.
Conta-se que a Capemi convidou o Projeto Jari para se juntar ao empreendimento, mas os gerentes desta não aceitaram pela incompetência técnica do pessoal da Capemi.
JARY FLORESTAL E AGROPECUÁRIA
Os jornais Movimento e Coojornal denunciaram, em 1978, o favorecimento da empresa Jary Florestal e Agropecuária envolvendo Golbery do Couto e Silva e diretamente o secretario particular do presidente Geisel, Heitor Ferreira.
A Amazônia foi Loteada entre o Ludwig, Suya Missu, Codeara, Paragominas, Geórgia Pacific, Bruyzeel, Volkswagem, Robin Mac, Anserson Clayton, Swift Armour, Goodyear, Nestlé, Mitsubishi, Bordon, Mappin, Camargo Correa e Bradesco.
INTERVENÇÃO BRANCA
Um amigo do regime, dono do Grupo UEB/Independencia-Decred, José Luis Moreira de Souza socorreu suas empresas com recursos do Banco Central. Em um procedimento em que a ditadura chamava “intervenção branca”, que evitava a quebra das instituições bancárias e financeiras. Ação na qual o Banco Central, com a ajuda da censura, fazia os arranjos para que as instituições, supostamente solidas, absorvessem as instituições quebradas.[6]
O Banco União Comercial, administrado por Roberto Campos, era o próximo a ir para o estouro, em consequências de erros na administração, particularmente a concentração de empréstimos vultuosos em duas dezenas de grandes empresas comprometidas com investimentos de alto risco, como o Halles, o banco cresceu administrando repasses de créditos externos. Recorreu a formula delfiniana da “intervenção branca” e foi incorporado pelo Banco Itaú.
O coronel Vernon Walters, adido da embaixada norte americana e agente da CIA, trouxe Dan Mitrione a Minas Gerais para treinar a Polícia Militar em técnicas de tortura. Magalhães Pinto, dono do Banco Nacional, financiou do próprio bolso o treinamento. Magalhães depois foi Ministro das Relações Exteriores, inclusive na época do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick. Mas seu banco entrou em crise, mesmo com toda ajuda da ditadura, em 1986, e passou a sobreviver por 10 anos por fraudes e maquiagens bancárias, indo à falencia em 1996 com um rombo de 10 bilhões de reais, coberto com dinheiro publico do Proer, programa de estimulo a reestruturação do sistema financeiro.
A “intervenção branca” era mais ou menos o seguinte, o decreto de liquidação da instituição implicava no congelamento de seu passivo, com isso cessava a incidência de correção monetária e de juros sobre suas obrigações junto ao publico, e até 1976 também os débitos junto a instituições oficiais. A consequência era que o patrimônio ia se valorizando com a evolução do próprio mercado. O Tesouro arcava com os custos da falência. Depois de “limpar” a instituição o governo a repassava, saudável, para outra instituição mais poderosa, e esta ainda recebia um subsidio de brinde.[7]
Participaram desta fraude grupos como: Ipiranga, Lume, Aurea, TAA, UEB/Independencia-Decred. Assim como a Corretora Laureano, pertencente a um grande amigo de Golbery, que foi repassada ao Grupo Coroa Brastel em 1981.
DESVALORIZAÇÃO PARA OS INIMIGOS
Em fins de 79 Delfin, que volta ao governo, substituindo Simonsen, decreta em 7 de dezembro, uma desvalorização de 30% do cruzeiro, como estimulo aos exportadores. É claro que nem todos foram surpreendidos. Simonsen através da Resolução 432 do Conselho Monetário Nacional (CNM) garantiu que qualquer devedor ao exterior poderia transferir ao Banco Central, em caráter temporário ou definitivo, o remanescente da divida nas condições contratadas, desde que depositasse em cruzeiros a divida principal, e o Banco Central arcaria com o prejuízo.
A maxi desvalorização prejudicou os pequenos devedores e os importadores, já o exportadores de manufatura foram as nuvens.[8]
COROA BRASTEL
Em 1980 Assis Paim, da Coroa Brastel, induzido pelos ministros Delfim Netto, Ernane Galvêas e pelo presidente do Banco Central, Carlos Langoni, concedeu à Corretora de Valores Laureano, um empréstimo de 180 milhões de cruzeiros, sendo
o próprio Laureano amigo pessoal do filho do chefe do SNI Golbery do Couto e Silva. Mas após um ano o pagamento não foi realizado. A solução encontrada foi a compra, por Paim, da Corretora de Valores Laureano. Obviamente a corretora não conseguiu saldar suas dívidas, apesar da ajuda de um banco estatal, e muito menos resguardar o prestígio dos envolvidos.
A Coroa Bratel quebrou e com ela o dinheiro do Estado.
O caso Coroa-Brastel foi aberto pela Justiça em 1985, quando uma denúncia chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o empresário e os ministros: Delfim Neto (Planejamento) e Ernane Galvêas (Fazenda). Os ex-ministros eram acusados de desviar recursos públicos na liberação de empréstimo da Caixa Econômica Federal ao empresário em 1981. O empréstimo de, na moeda da época, cruzeiros – Cr$ 2,5 bilhões -, seria utilizado no reforço de capital de giro do grupo e no plano de expansão da Brastel. Segundo a denúncia, o dinheiro teria servido para quitar dívidas junto ao Banco do Brasil e ao Banespa. O caso foi a julgamento no ano de 1994.
A denúncia contra Galvêas foi rejeitada. Já a acusação contra Delfim, então deputado pelo PPR-SP, não chegou a ser examinada. A Câmara negou licença ao STF para processá-lo.
O GRUPO DELFIN
Ronald Levinhson começou seu negócio com uma informação privilegiada que antecipava uma mudança. Em 1964 “O Simonsem me disse que eles iriam mudar a lei que dava estabilidade aos empregos do setor privado”, contou[9]. Em vez de empregos estáveis, os trabalhadores teriam o FGTS. Seriam alocados no FGTS 8% dos recursos das folhas de pagamento do Brasil, que seriam usados para financiar habitações de classe média. Era uma montanha de dinheiro e o consultor vislumbrou um grande negócio. “Comprei cinco sociedades de crédito imobiliário”. Nos anos 70, quando surgiram as cadernetas de poupança, também com a finalidade de atrair recursos para a habitação, ele comprou a Delfim.
No final de 1982 veio à tona uma reportagem-denúncia do jornalista José Carlos de Assis expondo a quitação da dívida da empresa Delfin pelo Banco Nacional de Habitação, BNH.
O Grupo Delfin era a maior empresa privada de crédito imobiliário da época, porém com uma divida de 80 bilhões ao BNH. Para quitá-los entregou dois terrenos, no entanto, os terrenos valiam 9 bi. A matéria, ao expor a operação sigilosa, causou uma corrida de Ronald Levinsohn, dono da Delfin, para mobilizar seus contatos influentes e conseguir, mesmo assim, a consolidação do acordo e conter a divulgação do escândalo.
João Carlos Assis em “A dupla face da corrupção“, escreveu: “Em abril de 1982, quando ainda resistia às pressões do empresário para fechar o acordo do “valor potencial”, o presidente do BNH, José Lopes de Oliveira, acompanhado do presidente do Banco do Brasil, Osvaldo Collin, foi a Brasília para assinatura de um convênio com a Poupex, a caderneta de poupança do Exército. Ao entrar no gabinete do Ministro do Exército, Walter Pires, qual não foi sua surpresa ao ver ao lado dele ninguém menos que Ronald Guimarães Levinsohn, logo depois convidado a assinar o convênio como testemunha.”
A reportagem foi publicada no dia 30 de dezembro de 1982 e vinte dias depois acabou levando à falência o grupo Delfin pela retirada de fundos realizada pelos seus clientes, assustados com a possibilidade de um desfalque, mais de três milhões de depositantes.
1983 o Banco Central decretou intervenção no Grupo Delfin com o intuito de que as contas fossem transferidas para agências da Caixa Econômica Federal, até que o grupo Delfin pagasse o que restava da dívida de 80 bilhões ao BNH. Mesmo com a intervenção do Banco Central, a empresa não conseguiu se manter viva por muito tempo e faliu em 1984.
Em 1991, o empresário fechou um acordo com o Banco Central que o permitia levar o que havia sobrado da Delfin, aproximadamente 300 milhões, e pagar a dívida em 13 anos com dois anos de carência. O empresário não pagou nenhuma parte do previsto. O valor da dívida já é maior que um 1 bilhão, embora o empresário só admita 180 milhões desse montante.
Em 16 de março de 2006 o Supremo Tribunal de Justiça reconheceu como justo e apropriado o pagamento com os dois imóveis em questão da dívida da Delfin com o BNH, fechando assim, perante os olhos da justiça, o caso Delfin.
Em 2010, ainda foi possível encontrar clientes que nunca conseguiram recuperar seu dinheiro aplicado na poupança Delfin. Levinshon preside e é o reitor da UniverCidade, (que com a UNIG, e Cândido Mendes foi citada no pedido de abertura de CPI, pelo deputado Paulo Ramos (PDT), na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para apurar denúncias gestões fraudulentas, enriquecimento ilícito, desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro, precarização das relações de trabalho, assédio moral, repressão às representantes de professores, alunos e servidores, criação de monopólios, deterioração da qualidade de ensino entre outros).
YELLOW CAKE
Em 2 de fevereiro de 1983, o Jornal do Brasil publicou o dossiê “Yellow Cake”, do jornalista Alexandre von Baumgarten, escrito em janeiro de 1981. O corpo de Baumgarten foi encontrado na praia da Macumba, no Recreio dos Bandeirantes, em outubro de 1982, treze dias depois de ter saído para uma pescaria com sua mulher Jeanette e o barqueiro Manoel Valente.
O dossiê revelou o envolvimento de membros do Serviço Nacional de Informações (SNI) do governo militar numa vasta rede de intrigas.
Baumgarten, havia dirigido a revista O Cruzeiro, um projeto do regime militar em parceria com o jornalista para “melhorar” a imagem do governo junto a população. O Cruzeiro se meteu “em íntima colaboração com a sociedade de extrema direita Tradição, Família e Propriedade (TFP), apoiado pelos setores radicais da comunidade de informações.” Prestou serviços relevantes aos extremistas, e “seus artigos provocadores foram reproduzidos pelo Ciex, como parte da campanha de descrédito do general Euler Bentes”.
Ele, como vários da ditadura, meteu-se em diversas desordens contábeis. Havia fechado um contrato de publicidade com a, conhecida, Capemi no valor de Cr$ 12 milhões em fins de 1980. Então o general Ademar Messias de Aragão, presidente da Capemi, comprou a editora de Baugardem em estado falimentar. Foi sucedido no controle dela por Antonio Mourão Abissâmara, parente do chefe do SNI, general Newton Cruz.
No meio da negociação Baumgarten “tomou conhecimento do Projeto Tucuruí”. E aparentemente considerou que os Cr$ 2 milhões pagos por Abissâmara, com dinheiro oriundo da Capemi, com o passivo de Cr$ 112 milhões, no início de 1981, era pouco para comprar também a sua discrição. Pode ter optado pelo caminho da chantagem, mas decididamente não viu a cor do dinheiro.
Baumgarten escreveu no primeiro parágrafo do dossiê: “Nesta data (28 de janeiro de 1981) é certo que minha extinção física já foi decidida pelo Serviço Nacional de Informações. A minha única dúvida é se essa decisão foi tomada pelo ministro chefe do SNI, general Octávio de Aguiar Medeiros, ou se ficou a cargo do chefe da Agência Central do SNI, general Newton de Araújo Oliveira e Cruz.”
BRASILINVEST
Mario Garnero jovem advogado, depois de ter sua casa revistada pela ditadura, trocou a política pela vida empresarial. Em 1970, tornou-se diretor de relações industriais da Volkswagem. A partir de 1974, como presidente da Anfavea, passou a conviver de perto com o poder militar. Em 1976, no governo Geisel, consegui reunir 80 sócios para montar o banco de negócios Brasilinvest. “Cada um entrou com US$ 250 mil e juntamos um capital de US$ 20 milhões”. Seus problemas começaram mais tarde, quando o governo do general Figueiredo, de quem Garnero era amigo, induziu o Brasilinvest a associar-se à NEC japonesa numa joint-venture para a produção de centrais telefônicas digitais no Brasil. “A proposta da Philips era melhor, mas a tecnologia da NEC interessava ao governo”. Garnero pegou e tocou o negócio com sucesso até março de 1985, quando Figueiredo deixou a presidência. No primeiro dia do governo Sarney a Nova República ordenou a intervenção no Brasilinvest. Garnero viveu seu inferno astral. Foi coagido a se desfazer da NEC, que perdeu as encomendas do governo, e a empresa foi parar nas mãos da Globo. Levou 10 anos para Garnero mudar a situação do Brasilinvest na Justiça.
SHARP
Contatos militares fizeram grupo Sharp crescer na ditadura, mas não garantiram sobrevivência. Matias Machline iniciou sua ascensão em 1965, quando obteve dos japoneses a autorização do uso da marca Sharp no Brasil. Construiu um império que, no auge, abrigou cerca de 30 empresas e registrou receitas à beira do US$ 1 bilhão.
Para isso Machline cultivou uma excelente rede de amizades com os ocupantes do poder, colocando as mãos em abundantes recursos financeiros oficiais e conseguindo um mercado fechado à competição internacional. O grande salto aconteceu em 1972, quando se tornou um dos pioneiros na fabricação de eletroeletrônicos na Zona Franca de Manaus. Contou com o apoio e dinheiro do Ministro das Comunicações Higino Corsetti e as portas do governo federal, graças à amizade com o general João Baptista Figueiredo, desde que era colaborador de Médici, este ficou encantado com a promessa de desenvolver uma indústria eletroeletrônica nacional e assistir
a Copa do Mundo de Futebol a cores. O relacionamento entre Figueiredo fez Machline colocar de pé a Lei de Informática, em 1982, quando o general ocupava a Presidência da República. Com a reserva do setor para as empresas nacionais, a Sid Informática, de Machline, se transformou em uma das líderes na fabricação de microcomputadores – e num dos primeiros empregos de Jonnhy, um dos filhos de Figueiredo.
No governo seguinte, Machline continuou circulando à vontade pelos corredores do Brasília. Um de seus principais amigos era José Sarney, por isso arriscou-se no ramo da TV por assinatura, em associação com o Grupo Abril. Mas o negócio não prosperou e ajudou ao Grupo Machiline entrar na trajetória de problemas que o levou á bancarrota dez anos depois.
Seu declínio começou em 1990 com a abertura de mercado. A partir dali, a Sharp mergulhou em uma longa agonia, agravada em 1994, com a morte do próprio Machline, em um acidente de helicóptero nos Estados Unidos. Sete anos depois, com a operação paralisada e vergada por dívidas de US$ 350 milhões, o grupo teve sua falência decretada.
CONCLUSÃO
Os economistas deram um nome cientifico para as relações econômicas e financeiras na ditadura no Brasil: crony capitalism, ou capitalismo de compadres. Um modelo baseado no poder de Estado e no favorecimento dos “amigos”. Havia muito poder e muito dinheiro concentrados em Brasília, e o povo estava sendo reprimido e a imprensa sob censura. Os amigos se deram bem e os inimigos ficaram de fora. Com a ditadura acabou um período selvagem e obscuro da vida econômica brasileira.
O ambiente ditatorial propriciou o crecimento de empresarios como Mário Garnero (grupo Braqsilinvest), Levinhson (grupo Delfim), Machline (grupo Sharp) e Norbert Odebrecht (grupo Odebrecht) que tiveram a seu favor a proteção do Estado e toda sorte de privilégios.
A Comissão Nacional da Verdade deve investigar esta e outras negociatas e apresentar ao Poder Judiciário a denuncia dos envolvidos.
[1] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento, p185
[2] Maria da Conceição Tavares e J Carlos Assis, O Grande Salto para o Caos, a economia politica e a politica economica do regime autoritário, p 19.
[3] Hugo de Abreu, Do outro lado do poder
[4] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento
[5] Kurt Rudolf Mirow, A ditadura dos cartéis, anatomia do subdesenvolvimento e Hugo de Abreu, Do outro lado do poder.
[6] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário. P 36
[7] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário.P54
[8] Maria Conceição Tavares e J. Carlos de Assis, O Grande Salto para o Caos, A economia politica e a politica economica do regime autoritário, p 71
[9] ao editor Leonardo Attuch
C
Ditadura Militar e corrupção: os crimes que precisam ser investigados | MariaFrô
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
Polícia argentina baixa o sarrafo em primeiro protesto do governo Macri | Brasil 24/7
Encerrada a ditadura bolivariana kirchnerista, finalmente os trabalhadores voltam a receber a justa e necessária repressão. Suspirem aliviados...Tudo voltou ao normal, funcionando de acordo com a tradição.
Polícia argentina baixa o sarrafo em primeiro protesto do governo Macri | Brasil 24/7
Polícia argentina baixa o sarrafo em primeiro protesto do governo Macri | Brasil 24/7
Altamiro Borges: Alckmin, Doria e o racha do PSDB
Altamiro Borges: Alckmin, Doria e o racha do PSDB: Por Altamiro Borges Na segunda-feira passada (14), num glamoroso jantar na casa de Flávio Rocha, dono da Riachuelo, o governador Gera...
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
O FMI perdoou a dívida da Ucrânia com a Rússia - Carta Maior
Se pode pra Ucrânia, por que não pode para outros?
O FMI perdoou a dívida da Ucrânia com a Rússia - Carta Maior
O FMI perdoou a dívida da Ucrânia com a Rússia - Carta Maior
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
Resposta ao editorial de o Globo que chama o pré-sal de “patrimônio inútil” | Blog dos Desenvolvimentistas
Resposta ao editorial de o Globo que chama o pré-sal de “patrimônio inútil”
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Por Emanuel Cancella | Via emanuelcancella.blogspot
A Globo, em seu editorial de domingo, 20, destila ódio contra a Petrobrás. “O pré sal pode ser patrimônio inútil”. Entendo a ira global contra a Petrobrás, mãe do seu filho mais pródigo, o pré-sal. Já na década de 90, a Globo comparava a Petrobrás a um “paquiderme” e chamava os petroleiros de “marajás”, numa campanha que visava manchar a imagem da empresa. Na ocasião, os petroleiros reagiram a essa farsa global e fomos, em passeata, até o Jardim Botânico, sede da Globo, para protestar contra Roberto Marinho, mas eles não desistiram.
A mais contundente resposta a essas difamações foi o pré-sal que já produz mais de hum milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer juntos todos os países do MERCOSUL. Essa é uma resposta muito dura para a empresa dos marinhos a Globo, sendo uma empresa decadente que vive a perder audiência e a demitir jornalistas, sua principal mão de obra.
Um deles, talvez o mais brilhante, com certeza o mais probo, Sidney Resende, que foi demitido pelo todo poderoso, Ali Kamel, chefe do jornalismo da empresa, por postar em seu facebook a seguinte frase: “Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que, quando adotadas, deram errado, daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.” Rezende continuou: “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever”.
A fama da Globo vai longe. Deu no New York Times: “Rede Globo, a ‘TV irrealidade’ que ilude o Brasil”
A Petrobrás tem sido a principal vítima da Globo e seus erros mostram uma incompetência que vai muito além da região do pré-sal, ela é abissal, onde a luz do sol jamais chega, talvez essa escuridão dificulte o entendimento da Globo. O Custo de produção do pré-sal é de US$ 9/barril, dito em 2015 pela diretora da Petrobrás, Solange Guedes, em Houston, na palestra para as multinacionais de petróleo e diante dos maiores especialistas do mundo. Esse é um dos menores custos de produção no mundo, só conseguido graças à alta produção dos poços do pré-sal.
Se a Globo faz campanha diuturnamente desclassificando a Petrobrás, o mundo a exalta quando lhe concede, pela terceira vez, o principal prêmio da indústria do petróleo, o OCT. Além de premiada, a Petrobrás foi a empresa que conseguiu a maior capitalização da história do capitalismo, em 2010. E para que não falem que isso é coisa do passado, a Petrobrás, em 2015, conseguiu vender, de forma relâmpago, US$ 2,5 Bi, em Nova York, com títulos que só serão resgatados depois de cem anos. Esse sucesso incomoda! Além disso, a Petrobrás, depois de abastecer de derivados de petróleo o Brasil há 62 anos, ininterruptamente, participa em 13% do nosso PIB. E o pré-sal, que a Globo de forma irresponsável chama de “patrimônio inútil”, vai garantir nosso abastecimento no mínimo nos próximos 50 anos. E o petróleo continua a ser a principal matriz energética no planeta.
Também é o petróleo, que a Globo trata como inútil, o centro da maioria das guerras contemporâneas como no Iraque e Afeganistão. Além de guerras, os EUA fazem todo tipo de artimanha como a tentativa de derrubada de governos na Venezuela, onde se localiza a maior reserva de petróleo do planeta, ultrapassando a Arábia Saudita, já que os últimos presidentes do país não têm sido subservientes aos interesses yankees; como também no Brasil, onde está havendo uma gigantesca conspiração contra o governo federal e a Petrobrás, e para isso usam pessoas chamadas de “brasileiras”, como parte da mídia e alguns deputados e senadores entreguistas. Isso tudo é porque o EUA, para quem não sabe, é o maior consumidor de hidrocarboneto da terra, entretanto só possui petróleo para apenas os próximos três anos conspirando assim, em outros países, para abocanhar o petróleo alheio.
A mídia, e principalmente a Globo, tenta fazer agora com a Petrobrás o que fez com a Vale do Rio Doce, maior mineradora de ferro do mundo, no governo de Fernando Henrique Cardoso, depreciando-a através de campanhas sórdidas na mídia, para facilitar a sua venda, a Vale foi vendida a preço irrisório. Com a Petrobrás, a campanha de privatização de FHC e da mídia, principalmente da Globo, falhou! Conseguimos barrar a privatização da Petrobrás, nessa ocasião, década de 90, graças a maior greve de petroleiros da história, de 32 dias, e o ato na porta da Globo. Será que teremos que voltar à porta da Globo?
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2015
***
OAB/RJ 75 300
Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).
OBS: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.
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A Globo, em seu editorial de domingo, 20, destila ódio contra a Petrobrás. “O pré sal pode ser patrimônio inútil”. Entendo a ira global contra a Petrobrás, mãe do seu filho mais pródigo, o pré-sal. Já na década de 90, a Globo comparava a Petrobrás a um “paquiderme” e chamava os petroleiros de “marajás”, numa campanha que visava manchar a imagem da empresa. Na ocasião, os petroleiros reagiram a essa farsa global e fomos, em passeata, até o Jardim Botânico, sede da Globo, para protestar contra Roberto Marinho, mas eles não desistiram.
A mais contundente resposta a essas difamações foi o pré-sal que já produz mais de hum milhão de barris por dia, o suficiente para abastecer juntos todos os países do MERCOSUL. Essa é uma resposta muito dura para a empresa dos marinhos a Globo, sendo uma empresa decadente que vive a perder audiência e a demitir jornalistas, sua principal mão de obra.
Um deles, talvez o mais brilhante, com certeza o mais probo, Sidney Resende, que foi demitido pelo todo poderoso, Ali Kamel, chefe do jornalismo da empresa, por postar em seu facebook a seguinte frase: “Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e ‘soluções’ que, quando adotadas, deram errado, daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.” Rezende continuou: “O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever”.
A fama da Globo vai longe. Deu no New York Times: “Rede Globo, a ‘TV irrealidade’ que ilude o Brasil”
A Petrobrás tem sido a principal vítima da Globo e seus erros mostram uma incompetência que vai muito além da região do pré-sal, ela é abissal, onde a luz do sol jamais chega, talvez essa escuridão dificulte o entendimento da Globo. O Custo de produção do pré-sal é de US$ 9/barril, dito em 2015 pela diretora da Petrobrás, Solange Guedes, em Houston, na palestra para as multinacionais de petróleo e diante dos maiores especialistas do mundo. Esse é um dos menores custos de produção no mundo, só conseguido graças à alta produção dos poços do pré-sal.
Se a Globo faz campanha diuturnamente desclassificando a Petrobrás, o mundo a exalta quando lhe concede, pela terceira vez, o principal prêmio da indústria do petróleo, o OCT. Além de premiada, a Petrobrás foi a empresa que conseguiu a maior capitalização da história do capitalismo, em 2010. E para que não falem que isso é coisa do passado, a Petrobrás, em 2015, conseguiu vender, de forma relâmpago, US$ 2,5 Bi, em Nova York, com títulos que só serão resgatados depois de cem anos. Esse sucesso incomoda! Além disso, a Petrobrás, depois de abastecer de derivados de petróleo o Brasil há 62 anos, ininterruptamente, participa em 13% do nosso PIB. E o pré-sal, que a Globo de forma irresponsável chama de “patrimônio inútil”, vai garantir nosso abastecimento no mínimo nos próximos 50 anos. E o petróleo continua a ser a principal matriz energética no planeta.
Também é o petróleo, que a Globo trata como inútil, o centro da maioria das guerras contemporâneas como no Iraque e Afeganistão. Além de guerras, os EUA fazem todo tipo de artimanha como a tentativa de derrubada de governos na Venezuela, onde se localiza a maior reserva de petróleo do planeta, ultrapassando a Arábia Saudita, já que os últimos presidentes do país não têm sido subservientes aos interesses yankees; como também no Brasil, onde está havendo uma gigantesca conspiração contra o governo federal e a Petrobrás, e para isso usam pessoas chamadas de “brasileiras”, como parte da mídia e alguns deputados e senadores entreguistas. Isso tudo é porque o EUA, para quem não sabe, é o maior consumidor de hidrocarboneto da terra, entretanto só possui petróleo para apenas os próximos três anos conspirando assim, em outros países, para abocanhar o petróleo alheio.
A mídia, e principalmente a Globo, tenta fazer agora com a Petrobrás o que fez com a Vale do Rio Doce, maior mineradora de ferro do mundo, no governo de Fernando Henrique Cardoso, depreciando-a através de campanhas sórdidas na mídia, para facilitar a sua venda, a Vale foi vendida a preço irrisório. Com a Petrobrás, a campanha de privatização de FHC e da mídia, principalmente da Globo, falhou! Conseguimos barrar a privatização da Petrobrás, nessa ocasião, década de 90, graças a maior greve de petroleiros da história, de 32 dias, e o ato na porta da Globo. Será que teremos que voltar à porta da Globo?
Rio de Janeiro, 20 de dezembro de 2015
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Como a linguagem da mídia controla os pensamentos - Carta Maior
21/12/2015 - Copyleft
Como a linguagem da mídia controla os pensamentos
Racionamento = 'rodízio de água'; Bumlai = 'amigo do Lula'; tucano condenado = 'ex-governador': com eufemismos e outras técnicas, a mídia constrói opiniões
Léa Maria Aarão Reis*
reprodução
A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator, reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.
Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.
Com os sinais trocados, a velha mídia se vale da novilíngua de Orwell. Restringe ou anula as possibilidades de raciocínio dos leitores, telespectadores/eleitores e vai além ao determinar aos seus editores, redatores, repórteres e produtores de TV o silêncio, o registro ou a ênfase de fatos, coisas e pessoas segundo parâmetros pré-determinados. Ela busca o controle do pensamento, procura abolir a reflexão crítica e tenta impedir que idéias para ela indesejáveis floresçam e dificultem o retorno de um projeto de poder que se esvaiu, porque ficou velho, há 13 anos.
No entender de Venício Lima, professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), a linguagem viciada da velha mídia começa a ser questionada porque sua falta de credibilidade é crescente. “A credibilidade é o seu freio,” ele diz. “A realidade dos fatos e das coisas e o cotidiano das pessoas, cada vez mais, contradizem essa linguagem criada para atender interesses específicos; mas as palavras nela usadas com insistência, conotam, sobretudo, coisas que vêm dessa ‘seletividade jornalística’, uma visão parcial dos acontecimentos - para se dizer o mínimo.”
“As pautas negativas, por exemplo. “A especialidade dos noticiários locais que vão ao ar em três horários diários, país afora, é desgraça. Elas abastecem os telespectadores de dejetos. Quem chega ao Brasil, de repente, e escuta e vê esses jornais de TV não entende nada. Só que este jornalismo ‘vale de lágrimas’ tem um limite. As pessoas se cansam e percebem que nas suas vidas não há só desgraça; acabam não se identificando.”
Na Av. Paulista, dia 13 passado, o apocalipse era agora. O país, destruído, não contava com fio de esperança fora do golpe. “(Foi) uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade,” escreveu o jornalista Paulo Nogueira. “Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam. Cria-se uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.”
O sorriso complacente do editor de Economia da Globonews, esta semana, garantindo que “ninguém espera que a economia do país vá se recuperar no ano que vem” conclui o serviço do jornalismo seletivo ao qual se refere o professor Lima. O jornalismo do quanto pior, melhor.
‘Cartão amarelo ao governo’; ‘atividades ilegais durante ação militar’; ‘técnicas avançadas de interrogatório’ (tortura) são exemplos de expressões cunhadas pela mídia hegemônica e corporativa daqui e de lá de fora. São eufemismos oficiais.
O jornalista americano Adam Gopnik diz que é preciso coragem para eliminar o clichê e o eufemismo do nosso discurso e chegar mais perto da verdade. Ele recorda George Orwell: “Metáforas surradas não passam de uma sopa de palavras destituídas de qualquer poder evocativo; servem de muleta ao orador sem imaginação ou quem tem algo a esconder.”
O professor de Relações Internacionais da Universidade do ABC, escritor e jornalista Gilberto Maringoni, do PSOL, acha que os eufemismos, “algo encontrado na mídia de direita e de esquerda” não são o principal problema da (des) informação.
Na mídia corporativa, no entanto, se lê habitualmente “Bassar, ditador da Síria”, mas não “Aécio, o candidato derrotado nas urnas.”
“Isto vai além de eufemismo,” Maringoni argumenta. “É manipulação de informação mesmo. É o caso de trocar a palavra "ocupação" por "invasão" no caso da luta pela terra. (NR: ou da ocupação das escolas paulistas pelos estudantes.) “Isto se dá não só na mídia corporativa, mas em vários blogs governistas, que propagam notícias falsas ou apurações malfeitas. Foram dramáticos os casos durante as manifestações de junho de 2013 quando blogueiros governistas tentaram imputar ao PSOL, por exemplo, vínculos com os black blocs. E há os cortes de direitos de aposentadoria, no governo Lula, que viraram reforma da Previdência. Prioridade ao pagamento de juros se torna "responsabilidade fiscal".
Para ele, esta “é a luta pela informação; faz parte do jogo. A direita, por exemplo, custou a admitir que em 1964 tenha havido um golpe. Mas foi uma batalha que os democratas venceram. Ninguém mais fala em ‘revolução de 1964’ salvo alguns siderados.”
Até hoje, porém, a mídia hegemônica, siderada, se refere ao golpe de 64 como militar e não civil-militar. E vai trocando a embalagem dos mantras despejados ao sabor dos ventos que sopram. Muda a forma da cantilena. O conteúdo continua o mesmo. Refere-se ao novo golpe com que se pretende destituir o governo atual, há um ano, como ‘impedimento’.
A incompetência do governo de São Paulo no caso da falta d’água e do racionamento é, delicadamente chamada de ‘crise hídrica’. ‘Manobras regimentais’ de Eduardo Cunha, registradas na mídia, na verdade são ataques flagrantes ao ordenamento jurídico, obstrução à investigação e uso do cargo para processá-la como denuncia o jornalista e professor Djair Galvão. O fiasco das manifestações do dia 13 de dezembro, para a mídia velha são apenas um descompromissado ‘esquenta’. Modesto ensaio.
Já o tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, perdeu seu nome – mas por outros motivos, que não os do pecuarista Bumlai. Tratado como "ex-governador de Minas" em reportagem da Veja, deixou perplexo o escritor Fernando de Morais. "Como Minas Gerais teve dezessete governadores nos últimos setenta anos, fiquei sem saber a qual deles a revista se refere", reclamou Morais.
Para um colunista do Globo, num dia em que os tucanos se empoleiraram, nervosos, em cima do seu muro, antes de decidir se jogavam ou não, no lixo, o presidente da Câmara dos Deputados, o registro foi cândido: “Cunha confunde as coisas.”
Expressões como ‘danos colaterais’, ‘guerra ao terrorismo’, ‘libertação do Iraque’, ‘arroubos patrióticos’ – esta, usada pelo diretor de jornalismo da TV Globo, na época, se referindo ao comício das Diretas Já, designado aliás pelos âncoras como ’show de cantores’ - são malabarismos que maltratam o idioma, insultam o cidadão e ocultam a realidade inconveniente. Estes contorcionismos, porém, criam expressões introjetadas em milhares de indivíduos desavisados. E isto é grave.
“O foco da reportagem que o telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional, da Globo, levou ao ar naquela noite das Diretas Já, aliás, foi a comemoração do aniversário dos 430 anos de São Paulo,” lembrou a jornalista Najila Passos em Carta Maior.
A Linguagem do Terceiro Reich, livro de Victor Klemperer, demonstra a importância dos usos da língua para apreensão de uma cultura histórica assim como a linguagem foi usada pelos nazistas como manipulação ideológica. Sua tese é a de que o nazismo se consolidou ao dominar a linguagem: “Ele se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas, inconsciente e mecanicamente”.’
“É grande a quantidade de palavras absorvidas na linguagem corrente do cotidiano, produtos de repetições feitas à exaustão. O poder da linguagem hegemônica é enorme. Para se ter uma ideia, ela foi responsável pela unificação do estado italiano, ressaltou Gramsci. A propósito: aqui, no Brasil, o ano de 2005 ficou conhecido como o ‘ano da crise do mensalão’, comenta o professor Venício Lima.
Um eufemismo clássico se refere à tortura e às ações militares ilegais. Na mídia americana elas se sofisticaram e se transformaram em ‘técnicas de interrogatório avançadas’ e ‘conjunto de procedimentos alternativos.’
Mas há outros recursos tão fortes e tão ou mais sutis que os eufemismos: a harmonia das três manchetes idênticas dos jornalões do eixo Rio/São Paulo no último dia 14 sobre os gatos pingados que miaram pelas ruas a favor do impeachment: ’protestos em todos os estados’, elas anunciaram. E a omissão, na capa do Globo do dia 17, sobre os milhares que marcharam contra o impedimento no centro da capital paulista?
A construção da narrativa do caos, do fracasso econômico e da incompetência do governo foi um dos vértices da cantilena da mídia corporativa, em 2015. O segundo se refere à Lava Jato e à corrupção tentando, de todas as formas, relacioná-las a Dilma e ao Lula, que “começa a aparecer com maior frequência neste tipo de noticiário durante os últimos meses”, informa pesquisa laboriosa da jornalista Tatiana Carlotti. O terceiro, a construção, segundo o evangelho da velha mídia, da construção da legitimidade do impeachment “abarcando uma narrativa “institucional”, diz Carlotti. “TCU, Legislativo, e outra, de massas - o ‘Fora, Dilma’.
Um rápido levantamento deste noticiário viciado mostra que no dia 17 deste mês, a manifestação contra o impeachment não ganhou manchete nem a imagem panorâmica que merecia pela consistência do protesto. No dia 15, o empresário José Carlos Bumlai perdeu seu nome e sobrenome nas manchetes e se tornou ‘o amigo de Lula, denunciado sob suspeita de corrupção’. Com a imagem em meia folha e não mais em folha inteira, na primeira página da FSP, no dia 14, ’40 mil se reúnem no menor protesto anti-Dilma em SP. Um dia antes: ‘Após 13 anos de PT, 68% não vêem melhoria de vida.’
Dia 9 de dezembro, a imagem com a legenda: ‘... governistas obstruíram as urnas’. Silêncio absoluto sobre a eleição da chapa avulsa de Cunha.
‘Para brasileiros, corrupção é o maior problema do país’ é uma das manchetinhas da capa do dia 29 de novembro com destaque para uma chamada menor na mesma primeira página procurando – atenção para a manobra - relacionar os dois assuntos: ‘47% do eleitorado não votaria em Lula em 2018’.
Diante deste panorama infecto, a internet e as plataformas digitais de informação, no médio prazo terão força para reverter o garrote atual do jornalismo no Brasil? “Pelas pesquisas, sabe-se que metade da população possui internet. Mas as principais formas de informação provêm ainda da grande mídia que é predominante. Embora já haja alternativas na internet, qual é o noticiário que cai no celular das pessoas e elas recebem pela internet? Que internet é essa? É a dos sites da grande mídia que têm dinheiro para contratar equipes de repórteres para coberturas 24 horas”, lamenta o professor Venício Lima.
Para o sociólogo João Feres Jr., vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), que faz o levantamento do Manchetômetro, “seria muito otimismo concluir que esses sinais de exaustão são o começo do fim do oligopólio da aristocracia midiática brasileira.”
“Enquanto não criarmos canais de financiamento viáveis para a produção de conteúdo na internet,” diz ele, “ e, talvez, por meio de meios impressos, o jornalismo no Brasil vai ficar na mão das mesmas empresas, ainda que economicamente decadentes. É preciso vontade política para democratizar a comunicação em nosso país – coisa tão fundamental para a saúde da democracia. É preciso ação governamental e políticas públicas que incentivem a produção de conteúdo por canais que não passem pelos bolsos da velha aristocracia.”
“Seu jornalismo marrom é cada vez mais escancarado”, dispara Feres, “mais despudoradamente parcial, distorcido e politizado, sem nunca assumi-lo. Isso é tão intenso que o público começa a perceber. A internet ajuda muito, porque as distorções, farsas e mentiras são desmascaradas quase que imediatamente por esse exército de anônimos que cisma em defender a esfera pública brasileira dessa súcia de sicofantas – para usar uma expressão de outra era.”
Para quem gosta de decifrar símbolos e atos falhos: a Veja, esta semana, escolheu Sith como o seu autorretrato. Símbolo das trevas, da ambição e dos projetos sombrios.
*Jornalista
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Como a linguagem da mídia controla os pensamentos - Carta Maior
Como a linguagem da mídia controla os pensamentos
Racionamento = 'rodízio de água'; Bumlai = 'amigo do Lula'; tucano condenado = 'ex-governador': com eufemismos e outras técnicas, a mídia constrói opiniões
Léa Maria Aarão Reis*
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A arrogância e a impunidade levam a mídia hegemônica, corporativa e comprometida, que com hipocrisia se diz isenta (!), a prosseguir, como um trator, reforçando seu perfil de partido político inconfessado e espúrio em que se transformou: o PIG.
Parece sem limites a audácia com a qual falseia a realidade objetiva, perseguida, com esforço, no jornalismo ético. A velha mídia usa palavras e expressões que fazem o papel de “agente contaminador” como diz Zygmunt Bauman no seu livro, Medo Líquido. Manipula e asperge mais medo e insegurança àqueles latentes em todos nós, neste mundo do século 21. Distorce significados com eufemismos; entorpece, envenena corações e mentes, confunde os desavisados e silencia quando é conveniente aos interesses dos seus proprietários. Ludibria e mente sem pudor.
Com os sinais trocados, a velha mídia se vale da novilíngua de Orwell. Restringe ou anula as possibilidades de raciocínio dos leitores, telespectadores/eleitores e vai além ao determinar aos seus editores, redatores, repórteres e produtores de TV o silêncio, o registro ou a ênfase de fatos, coisas e pessoas segundo parâmetros pré-determinados. Ela busca o controle do pensamento, procura abolir a reflexão crítica e tenta impedir que idéias para ela indesejáveis floresçam e dificultem o retorno de um projeto de poder que se esvaiu, porque ficou velho, há 13 anos.
No entender de Venício Lima, professor aposentado de Ciência Política e Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), a linguagem viciada da velha mídia começa a ser questionada porque sua falta de credibilidade é crescente. “A credibilidade é o seu freio,” ele diz. “A realidade dos fatos e das coisas e o cotidiano das pessoas, cada vez mais, contradizem essa linguagem criada para atender interesses específicos; mas as palavras nela usadas com insistência, conotam, sobretudo, coisas que vêm dessa ‘seletividade jornalística’, uma visão parcial dos acontecimentos - para se dizer o mínimo.”
“As pautas negativas, por exemplo. “A especialidade dos noticiários locais que vão ao ar em três horários diários, país afora, é desgraça. Elas abastecem os telespectadores de dejetos. Quem chega ao Brasil, de repente, e escuta e vê esses jornais de TV não entende nada. Só que este jornalismo ‘vale de lágrimas’ tem um limite. As pessoas se cansam e percebem que nas suas vidas não há só desgraça; acabam não se identificando.”
Na Av. Paulista, dia 13 passado, o apocalipse era agora. O país, destruído, não contava com fio de esperança fora do golpe. “(Foi) uma prova do serviço horroroso que a mídia presta para a sociedade,” escreveu o jornalista Paulo Nogueira. “Jornais e revistas desinformam, manipulam, escamoteiam. Cria-se uma realidade paralela, uma distopia absoluta que mostra um país em processo de desintegração.”
O sorriso complacente do editor de Economia da Globonews, esta semana, garantindo que “ninguém espera que a economia do país vá se recuperar no ano que vem” conclui o serviço do jornalismo seletivo ao qual se refere o professor Lima. O jornalismo do quanto pior, melhor.
‘Cartão amarelo ao governo’; ‘atividades ilegais durante ação militar’; ‘técnicas avançadas de interrogatório’ (tortura) são exemplos de expressões cunhadas pela mídia hegemônica e corporativa daqui e de lá de fora. São eufemismos oficiais.
O jornalista americano Adam Gopnik diz que é preciso coragem para eliminar o clichê e o eufemismo do nosso discurso e chegar mais perto da verdade. Ele recorda George Orwell: “Metáforas surradas não passam de uma sopa de palavras destituídas de qualquer poder evocativo; servem de muleta ao orador sem imaginação ou quem tem algo a esconder.”
O professor de Relações Internacionais da Universidade do ABC, escritor e jornalista Gilberto Maringoni, do PSOL, acha que os eufemismos, “algo encontrado na mídia de direita e de esquerda” não são o principal problema da (des) informação.
Na mídia corporativa, no entanto, se lê habitualmente “Bassar, ditador da Síria”, mas não “Aécio, o candidato derrotado nas urnas.”
“Isto vai além de eufemismo,” Maringoni argumenta. “É manipulação de informação mesmo. É o caso de trocar a palavra "ocupação" por "invasão" no caso da luta pela terra. (NR: ou da ocupação das escolas paulistas pelos estudantes.) “Isto se dá não só na mídia corporativa, mas em vários blogs governistas, que propagam notícias falsas ou apurações malfeitas. Foram dramáticos os casos durante as manifestações de junho de 2013 quando blogueiros governistas tentaram imputar ao PSOL, por exemplo, vínculos com os black blocs. E há os cortes de direitos de aposentadoria, no governo Lula, que viraram reforma da Previdência. Prioridade ao pagamento de juros se torna "responsabilidade fiscal".
Para ele, esta “é a luta pela informação; faz parte do jogo. A direita, por exemplo, custou a admitir que em 1964 tenha havido um golpe. Mas foi uma batalha que os democratas venceram. Ninguém mais fala em ‘revolução de 1964’ salvo alguns siderados.”
Até hoje, porém, a mídia hegemônica, siderada, se refere ao golpe de 64 como militar e não civil-militar. E vai trocando a embalagem dos mantras despejados ao sabor dos ventos que sopram. Muda a forma da cantilena. O conteúdo continua o mesmo. Refere-se ao novo golpe com que se pretende destituir o governo atual, há um ano, como ‘impedimento’.
A incompetência do governo de São Paulo no caso da falta d’água e do racionamento é, delicadamente chamada de ‘crise hídrica’. ‘Manobras regimentais’ de Eduardo Cunha, registradas na mídia, na verdade são ataques flagrantes ao ordenamento jurídico, obstrução à investigação e uso do cargo para processá-la como denuncia o jornalista e professor Djair Galvão. O fiasco das manifestações do dia 13 de dezembro, para a mídia velha são apenas um descompromissado ‘esquenta’. Modesto ensaio.
Já o tucano Eduardo Azeredo, ex-presidente nacional do PSDB, perdeu seu nome – mas por outros motivos, que não os do pecuarista Bumlai. Tratado como "ex-governador de Minas" em reportagem da Veja, deixou perplexo o escritor Fernando de Morais. "Como Minas Gerais teve dezessete governadores nos últimos setenta anos, fiquei sem saber a qual deles a revista se refere", reclamou Morais.
Para um colunista do Globo, num dia em que os tucanos se empoleiraram, nervosos, em cima do seu muro, antes de decidir se jogavam ou não, no lixo, o presidente da Câmara dos Deputados, o registro foi cândido: “Cunha confunde as coisas.”
Expressões como ‘danos colaterais’, ‘guerra ao terrorismo’, ‘libertação do Iraque’, ‘arroubos patrióticos’ – esta, usada pelo diretor de jornalismo da TV Globo, na época, se referindo ao comício das Diretas Já, designado aliás pelos âncoras como ’show de cantores’ - são malabarismos que maltratam o idioma, insultam o cidadão e ocultam a realidade inconveniente. Estes contorcionismos, porém, criam expressões introjetadas em milhares de indivíduos desavisados. E isto é grave.
“O foco da reportagem que o telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional, da Globo, levou ao ar naquela noite das Diretas Já, aliás, foi a comemoração do aniversário dos 430 anos de São Paulo,” lembrou a jornalista Najila Passos em Carta Maior.
A Linguagem do Terceiro Reich, livro de Victor Klemperer, demonstra a importância dos usos da língua para apreensão de uma cultura histórica assim como a linguagem foi usada pelos nazistas como manipulação ideológica. Sua tese é a de que o nazismo se consolidou ao dominar a linguagem: “Ele se embrenhou na carne e no sangue das massas por meio de palavras, expressões e frases impostas pela repetição, milhares de vezes, e aceitas, inconsciente e mecanicamente”.’
“É grande a quantidade de palavras absorvidas na linguagem corrente do cotidiano, produtos de repetições feitas à exaustão. O poder da linguagem hegemônica é enorme. Para se ter uma ideia, ela foi responsável pela unificação do estado italiano, ressaltou Gramsci. A propósito: aqui, no Brasil, o ano de 2005 ficou conhecido como o ‘ano da crise do mensalão’, comenta o professor Venício Lima.
Um eufemismo clássico se refere à tortura e às ações militares ilegais. Na mídia americana elas se sofisticaram e se transformaram em ‘técnicas de interrogatório avançadas’ e ‘conjunto de procedimentos alternativos.’
Mas há outros recursos tão fortes e tão ou mais sutis que os eufemismos: a harmonia das três manchetes idênticas dos jornalões do eixo Rio/São Paulo no último dia 14 sobre os gatos pingados que miaram pelas ruas a favor do impeachment: ’protestos em todos os estados’, elas anunciaram. E a omissão, na capa do Globo do dia 17, sobre os milhares que marcharam contra o impedimento no centro da capital paulista?
A construção da narrativa do caos, do fracasso econômico e da incompetência do governo foi um dos vértices da cantilena da mídia corporativa, em 2015. O segundo se refere à Lava Jato e à corrupção tentando, de todas as formas, relacioná-las a Dilma e ao Lula, que “começa a aparecer com maior frequência neste tipo de noticiário durante os últimos meses”, informa pesquisa laboriosa da jornalista Tatiana Carlotti. O terceiro, a construção, segundo o evangelho da velha mídia, da construção da legitimidade do impeachment “abarcando uma narrativa “institucional”, diz Carlotti. “TCU, Legislativo, e outra, de massas - o ‘Fora, Dilma’.
Um rápido levantamento deste noticiário viciado mostra que no dia 17 deste mês, a manifestação contra o impeachment não ganhou manchete nem a imagem panorâmica que merecia pela consistência do protesto. No dia 15, o empresário José Carlos Bumlai perdeu seu nome e sobrenome nas manchetes e se tornou ‘o amigo de Lula, denunciado sob suspeita de corrupção’. Com a imagem em meia folha e não mais em folha inteira, na primeira página da FSP, no dia 14, ’40 mil se reúnem no menor protesto anti-Dilma em SP. Um dia antes: ‘Após 13 anos de PT, 68% não vêem melhoria de vida.’
Dia 9 de dezembro, a imagem com a legenda: ‘... governistas obstruíram as urnas’. Silêncio absoluto sobre a eleição da chapa avulsa de Cunha.
‘Para brasileiros, corrupção é o maior problema do país’ é uma das manchetinhas da capa do dia 29 de novembro com destaque para uma chamada menor na mesma primeira página procurando – atenção para a manobra - relacionar os dois assuntos: ‘47% do eleitorado não votaria em Lula em 2018’.
Diante deste panorama infecto, a internet e as plataformas digitais de informação, no médio prazo terão força para reverter o garrote atual do jornalismo no Brasil? “Pelas pesquisas, sabe-se que metade da população possui internet. Mas as principais formas de informação provêm ainda da grande mídia que é predominante. Embora já haja alternativas na internet, qual é o noticiário que cai no celular das pessoas e elas recebem pela internet? Que internet é essa? É a dos sites da grande mídia que têm dinheiro para contratar equipes de repórteres para coberturas 24 horas”, lamenta o professor Venício Lima.
Para o sociólogo João Feres Jr., vice-diretor do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da UERJ e coordenador do Laboratório de Estudos de Mídia e Esfera Pública (LEMEP), que faz o levantamento do Manchetômetro, “seria muito otimismo concluir que esses sinais de exaustão são o começo do fim do oligopólio da aristocracia midiática brasileira.”
“Enquanto não criarmos canais de financiamento viáveis para a produção de conteúdo na internet,” diz ele, “ e, talvez, por meio de meios impressos, o jornalismo no Brasil vai ficar na mão das mesmas empresas, ainda que economicamente decadentes. É preciso vontade política para democratizar a comunicação em nosso país – coisa tão fundamental para a saúde da democracia. É preciso ação governamental e políticas públicas que incentivem a produção de conteúdo por canais que não passem pelos bolsos da velha aristocracia.”
“Seu jornalismo marrom é cada vez mais escancarado”, dispara Feres, “mais despudoradamente parcial, distorcido e politizado, sem nunca assumi-lo. Isso é tão intenso que o público começa a perceber. A internet ajuda muito, porque as distorções, farsas e mentiras são desmascaradas quase que imediatamente por esse exército de anônimos que cisma em defender a esfera pública brasileira dessa súcia de sicofantas – para usar uma expressão de outra era.”
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*Jornalista
Créditos da foto: reprodução
Como a linguagem da mídia controla os pensamentos - Carta Maior
domingo, 20 de dezembro de 2015
Prefeito morde orelha de professor que cobrou três meses de salários atrasados – Realidade em Foco | Notícias de José de Freitas
Não diz qual o partido do prefeito, perfeito canibal...
Logo, por exclusão, não é do PT.
Mas não resiste a uma pesquisa no Google.
Da Troica golpista: PPS....PPS...PPS...PPS...PPS.
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Campanha a favor da Liberdade de Expressão e do blogueiro Tarso Cabral Violin - News
Mais um ataque à liberdade de expressão e à saúde financeira de um internauta que usa um blog como meio de expressar-se na rede.
Gente rica e poderosa querendo ferrar um cara, enquanto fazem o esqu
Campanha a favor da Liberdade de Expressão e do blogueiro Tarso Cabral Violin - News
Escolas públicas retomam nível de excelência em Educação - Correio do Brasil
Escolas públicas retomam nível de excelência em Educação
19 de Dezembro de 2015, 16:34 , por Jornal Correio do Brasil » Educação Arquivo | Jornal Correio do Brasil -
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A pesquisa, feita em parceria pela Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e Itaú BBA, dá continuidade ao estudo lançado no ano passado, referente aos anos iniciais do ensino fundamental
Por Redação, com ABr – de Brasília e Rio de Janeiro
No Brasil, 35 escolas públicas se destacam por conseguir, mesmo em condições adversas, garantir um bom aprendizado aos alunos no ensino fundamental. São escolas que atendem alunos de baixo nível socioeconômico em diferentes regiões do Brasil e conseguem que eles avancem juntos e tenham bons desempenhos nas avaliações nacionais. Os dados são da pesquisa Excelência com Equidade – Os desafios dos anos finais do ensino fundamental.
O estudo mapeia elementos que são comum às escolas e que podem ser replicados em larga escala para melhorar as etapas de ensino. Primeiro, é preciso assegurar condições para que os alunos frequentem e não abandonem a escola. Além disso, o tempo pedagógico é garantido, ou seja, o tempo que o estudante está na escola é ocupado com aulas ou outras atividades que vão ajudar no desenvolvimento. “Educação é um direito independente do contexto social. Todo aluno tem que ter o direito ao aprendizado garantido”, diz o coordenador da Fundação Lemann e coordenador geral da pesquisa, Ernesto Faria.
Nessas escolas, o trabalho dos professores é pautado por avaliações, feitas sistematicamente para medir o aprendizado e orientar as aulas. Além disso, a Secretaria de Educação oferece suporte pedagógico e estrutural e os gestores atuam para fortalecer o vínculo dos profissionais com as escolas. Os professores também levam em conta o contexto de vida dos alunos na prática educacional. Por fim, são feitas mudanças na prática em sala de aula, para melhorar a aprendizagem dos alunos.
— É importante porque não é por um contexto mais vulnerável que se pode perder o aluno. Não se pode cair na armadilha de olhar apenas para o aluno mais engajado, todo aluno importa — diz Faria.
As escolas atendem alunos de baixo nível sócio-econômico, têm um alto percentual de alunos com aprendizado adequado em português e matemática, mostraram evolução no desempenho dos alunos na Prova Brasil, de 2009 a 2013, e pertencem a redes de ensino que melhoraram como um todo nos últimos anos.
A pesquisa avalia escolas em diferentes contextos – urbanas e rurais – inseridas em grandes capitais e em pequenos municípios, com muitos ou poucos alunos. “O estudo desmonta mitos relacionados à educação que são bastante difundidos. O primeiro, é que escola pública é ruim. O segundo, é que criança pobre não aprende. O estudo mostra que as escolas públicas conseguem fazer um trabalho de altíssimo nível”, diz a consultora do Itaú BBA, Ana Inoue.
Excelência com equidade
A pesquisa, feita em parceria pela Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e Itaú BBA, dá continuidade ao estudo lançado no ano passado, referente aos anos iniciais do ensino fundamental, período que vai do 1º ao 5º ano. Agora foi analisado o período escolar do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Se na primeira pesquisa foram encontradas 215 escolas públicas que garantiam educação de qualidade a estudantes de baixa renda, esse número, usados os mesmos critérios, cairia para apenas três nos anos finais do ensino fundamental.
O grupo decidiu então flexibilizar os critérios considerando, entre outros, não apenas os resultados finais, mais o quanto essas escolas evoluíram nos últimos anos, o que elevou o número de escolas a 35, com experiências que podem ser compartilhadas.
De acordo com a pesquisa, a baixa quantidade de escolas evidencia os desafios específicos dos anos finais do ensino fundamental. Entre eles, a heterogeneidade das turmas. A evasão escolar e as defasagens acumuladas no percurso escolar têm mais impacto nos anos finais do ensino fundamental, do que nos iniciais, quando os alunos são mais jovens e estão no início da vida escolar.
O estudo, divulgado esta semana, está disponível na internet.
A escola Miguel Antonio de Lemos fica na zona rural do município de Pedra Branca, a cerca de 18 quilômetros (km) do centro da cidade. A estrutura da escola é simples, falta, por exemplo, água encanada. No entanto, é o único local da comunidade que congrega educação, esporte, arte e lazer, assumindo a função de centro cultural e espaço de eventos familiares, como casamentos e batizados, nos fins de semana. Essa proximidade com a vizinhança favorece a atribuição de valor à escola.
— Vivemos em busca de sucesso e não em função dos problemas. Eles existem em todas as instituições. Nossa comunidade concentra não alfabetizados. A escola procura abraçar isso. Temos dois trabalhos: fazer com que nossos alunos aprendam e fazer com que as famílias tenham consciência de que os filhos precisam aprender — diz o diretor da escola Pedra Branca, Amaral Barbosa. Um terço da população de Pedra Branca com idade igual ou superior a 15 anos não sabe ler nem escrever.
Segundo Barbosa, o envolvimento da família é fundamental. Para aqueles alunos cujos responsáveis não se comprometem com o acompanhamento, a escola tem uma estratégia: o adote um aluno. “Os alunos com dificuldades e ausência de família são distribuídos entre os fucionários e professores, que assumem papel de pai. Acompanham, parabenizam e buscam fazer com que essa ausência da família seja suprida por uma pessoa da escola”, conta Barbosa.
Segundo dados da Prova Brasil, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 84% para 100%. Em língua portuguesa, passou de 77% em 2011, para 83% em 2013. A escola manteve Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 6,2 nos dois levantamentos. Ao todo, são 98 alunos no centro de ensino.
Segundo dados da Prova Brasil, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 84% para 100%. Em língua portuguesa, passou de 77% em 2011, para 83% em 2013. A escola manteve Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 6,2 nos dois levantamentos. Ao todo, são 98 alunos no centro de ensino.
Escolas de alto nível
A escola Maria Leite de Araújo fica a aproximadamente 25 quilômetros do centro do município Brejo Santo. A maior parte dos estudantes usa o transporte escolar para frequentar as aulas. Alguns professores moram próximo às famílias dos alunos e conhecem bem seu contexto de vida. Além disso, o acesso das famílias à escola é informal e rotineiro. Muitas mães de estudantes usam os serviços do posto de saúde vizinho à escola e aproveitam ocasiões de consultas médicas para conversar com os professores e se inteirar sobre o desenvolvimento e comportamento dos filhos.
— O que eu percebo que interfere no resultado dessas escolas é a gestão. Se não tiver uma gestão fortalecida, corre o risco de não ter a eficiência desejada. Tem o envolvimento de toda a equipe, professores, pais e o entendimento dos alunos sobre a necessidade de fazer o melhor. Sabemos o nosso dever na escola e do que precisamos fazer para melhorar. A vontade de fazer é o primeiro passo — diz o coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Brejo Santo, Jucélio Santos.
Ele conta que antes de haver o esforço conjunto, cada professor atuava na sala de aula da maneira que achava que era a melhor. “Agora tem dado sucesso essa cultura do coletivo. Eu sozinho não posso me responsabilizar por todo o trabalho”, diz. Segundo ele, a secretaria reúne-se mensalmente com os diretores das escolas para discutir os trabalhos que estão sendo realizados e compartilhar as experiências exitosas e também os erros, para que não se repitam, entre todas as escolas. Bimestralmente, a reunião é feita com os professores. Há também uma equipe de professores que atuam na formação dos demais docentes e todo o processo é avaliado constantemente.
A escola tem o melhor Ideb entre as visitadas, 7,4. Em 2009, apenas 8% dos alunos tinham aprendizado adequado no 9º ano em língua portuguesa e em matemática. Em 2013, o cenário mudou: 100% tinham aprendizado adequado em matemática e 70% em língua portuguesa. A escola tem 79 alunos do 6º ao 9º ano.
A escola Gerardo Rodrigues fica na periferia da cidade de Sobral, em uma área sem muitas construções nem circulação de pessoas, onde é comum a ocorrência de furtos. A direção escolar adota medidas para coibir situações de conflito e criminalidade, o que faz dela um dos poucos pontos seguros do bairro. A escola pertence à rede de ensino de Sobral, município com uma trajetória de superação do fracasso escolar nos últimos 15 anos e que hoje apresenta um dos melhores indicadores de qualidade da educação do país.
Em Sobral há um grande envolvimento pelo ensino que vai, desde a Secretaria de Educação até os estudantes. Os professores recebem formação mensal para atuar em sala de aula. “Para nós, enquanto professores, esse apoio é extremamente importante”, diz a professora de português da escola, Fernanda Lopes.
Ela diz ainda que o tempo pedagógico é aproveitado ao máximo. “Trabalhamos com habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo do ano. Eu atendo pela manhã e outro professor atende no contraturno. As dificuldades que eu percebi, eu repasso para ele”. A rede de ensino é acompanhada por consultoria e passa por um diagnóstico frequente do desempenho. “Sabemos qual aluno tem dificuldade e qual é a dificuldade”, explica.
Na escola, 80% dos alunos do 9º ano têm o aprendizado adequado em língua portuguesa e 64%, em matemática, segundo os dados de 2013. A escola não oferecia a série nos anos anteriores do levantamento, então não é possível analisar a evolução da porcentagem. O Ideb registrado em 2013 foi 6,9. A escola atende 1.191 alunos.
Na escola, 80% dos alunos do 9º ano têm o aprendizado adequado em língua portuguesa e 64%, em matemática, segundo os dados de 2013. A escola não oferecia a série nos anos anteriores do levantamento, então não é possível analisar a evolução da porcentagem. O Ideb registrado em 2013 foi 6,9. A escola atende 1.191 alunos.
Exames nacionais
A escola Hebe de Almeida Leite Cardoso atende aos bairros de nível socioeconômico mais baixo do município de Novo Horizonte, em São Paulo. A infraestrutura é destoante da realidade das demais escolas públicas: todas as 20 salas de aula são equipadas com ar-condicionado, há salas multimídia, anfiteatro e jardim no pátio. O cenário atual da escola é bastante diferente do que era visto até alguns anos atrás, quando professores e gestores tinham resistência em trabalhar lá, pela fama de ser uma “escola difícil”. As melhorias na estrutura física, junto a outros fatores, são apontadas como importantes para a autoestima da comunidade escolar e foram lideradas pelo educador Paulo Cesar Magri, secretário de Educação do município desde 2001.
Em todo o município, são feitos simulados semanais e avaliações bimestrais. “Sexta-feira na primeira aula os alunos fazem a avaliação e na segunda de manhã eu já tenho os resultados. Tenho uma média da sala e do aluno e qual foi a questão que errou. Consigo saber se ele não entendeu uma charge ou um gráfico. Tenho como medir como está sendo o aprendizado”, diz o professor de história Ademir Almagro.
Para ele, o retorno imediato das avaliações, ao contrário de exames nacionais que levam um ano para ter os resultados divulgados, ajuda no aprendizado do aluno e faz com que dificuldades sejam identificadas rapidamente. Os professores também se reunem semanalmente para trocar experiências e fazer discussões em cada uma das áreas de atuação. Ademir Almagro destaca ainda a participação das escolas na concepção da educação para o município. “Geralmente as mundaças são feitas de cima para baixo. Dessa vez não, é a primeira vez que eu falo”, diz.
Com 662 alunos, a escola registrou Ideb de 5,3 em 2011 e 6,3 em 2013. O percentual de alunos do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 50% em 2011 para 52% em 2013. Em português, o percentual passou de 44% na primeira avaliação para 58%, dois anos depois. A escola não tem avaliações em 2009, porque ainda não oferecia essa etapa de ensino.
A escola fica na periferia de Belo Horizonte e é conhecida na vizinhança por exigir o rígido cumprimento de horários e por não liberar os alunos por falta de professores. A escola faz um acompanhamento também das faltas dos estudantes e aciona os responsáveis daqueles que têm cinco faltas consecutivas ou dez alternadas.
O maior desafio da escola, segundo a vice-diretora, Ivani de Paula, é a localização. “A escola está em uma divisa, entre Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Atendemos alunos de todo o entorno. Temos que lidar com a violência, contê-la dentro e fora da escola”. Uma das estratégias para combater a violência é envolver as famílias e a comunidade na formação dos estudantes. A escola promove chá das mães, bingo dos pais, além de sessões de cinema para a comunidade.
– Quando consigo trazê-los em um momento de lazer para dentro da escola, consigo também em um momento de dificuldade. Quando chamo só para apontar os erros dos filhos, os pais não querem ir. Mas quando sentem que se tem parceria nos momentos agradáveis, facilita – diz.
Para combater a violência, a direção da escola está presente na entrada e na saída dos alunos, na porta da escola.
– Sabemos que ficam pessoas da comunidade para passar drogas na porta das escolas, mas quando sentem a presença da direção, ficam intimidadas – diz Ivani, e acrescenta que a escola conta também com a presença de guardas municipais.
Carga horária
Com 465 alunos, a escola obteve Ideb de 5,3 em 2013. O índice apresentou evolução ante o índice de 3,8 registrado em 2009 e 4,7 em 2011. Na escola, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em língua portuguesa saltou de 27% em 2009, para 47%, em 2013. Em matemática, esse percentual passou de 16% para 36%, no mesmo período.
A escola Rodrigues Alves fica na Barra da Tijuca, região nobre da cidade do Rio de Janeiro, mas atende adolescentes que vivem em comunidades pobres do entorno. A localização facilita a oferta de serviços e infraestrutura e minimiza problemas como a violência. A escola pertence ao programa Ginásio Experimental Carioca (GEC), ou apenas Ginásio Carioca, iniciado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2011, para atender alunos do 7º ao 9º ano, em horário integral. A carga horária estendida, a dedicação exclusiva dos professores e a pequena quantidade de alunos contribuem para a qualidade do ensino e tornam a escola disputada pelas famílias de baixo nível socioeconômico da região.
Segundo a coordenadora pedagógica Maristela Motta, os alunos se tornam parte importante do próprio processo de aprendizagem. “O aluno que tinha dúvida se podia aprender, agora sabe que pode e o professor sabe que pode incentivá-lo”, diz. Os alunos são avaliados e o retorno, de acordo com Maristela, é imediato.
— Recebemos os resultados das provas e imediatamente sentamos e alinhamos ações. Se determinada turma não atingiu os resultados desejados, buscamos saber o que aconteceu — disse.
Os professores todos tem carga horária de 40 horas e dedicação exclusiva à escola. A escola também trabalha com um modelo de tutoria: o aluno escolhe um funcionário que vai fazer o acompanhamento da vida escolar, incentivando os estudos e parabenizando os bons resultados e investigando o que aconteceu, se os resultados não forem bons.
Rodrigues Alves atende 227 alunos do 6º ao 9º ano. O Ideb passou de 4,6 em 2009, para 6,7 em 2013. Em 2009 apenas 25% dos alunos do 9° ano tinham aprendizado adequado em língua portuguesa e 7% em matemática. O cenário mudou em 2013, quando o percentual, em língua portuguesa, passou para 64% e em matemática foi para 58%.
Dilma: “Não se muda o País fechando escolas e reprimindo movimentos pacíficos” | Portal Fórum
Dilma: “Não se muda o País fechando escolas e reprimindo movimentos pacíficos”
dezembro 18, 2015 08:58
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“Sabemos que fechar escolas é extinguir sonhos, é romper relações estabelecidas, é fragilizar de alguma forma o futuro. Nós também não vamos mudar o Brasil reprimindo movimentos pacíficos com forças policiais”, afirmou durante a abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude
Por Redação
Durante a abertura da 3ª Conferência Nacional de Juventude, realizada na quarta-feira (16) em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff ressaltou que há muitas formas de mudar o Brasil, mas que o caminho não seria fechar escolas ou reprimir movimentos pacíficos.
“Não mudaremos o Brasil fechando escolas, isso é certo. Sabemos que fechar escolas é extinguir sonhos, é romper relações estabelecidas, é fragilizar de alguma forma o futuro. Nós também não vamos mudar o Brasil reprimindo movimentos pacíficos com forças policiais”, disse, em possível referência às atitudes tomadas pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo, para oprimir manifestações estudantis.
Dilma destacou os investimentos em educação como um dos principais instrumentos de mudança no Brasil, citou a participação social como necessária para o governo e lembrou a importância dos jovens nesse processo. “Eu não podia deixar de falar aqui sobre uma outra conquista que é o Estatuto da Juventude. É uma verdadeira carta de direitos dos jovens desse País. Essa política está sendo construída com a participação de vocês, por meio do Conselho Nacional da Juventude e da Secretaria Nacional da Juventude”, discursou.
Foto de capa: Roberto Stuckert Filho/PR
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