O PT tem de fazer um exame de consciência sim, como diz Patrus Ananias. Mas não exatamente pelas razões que alega. Motivo mais forte pra isso existe no fato de deixarem seus quadros fritarem em escândalos forjados ou turbinados contra o partido, como foi o Mensalão. Petistas foram condenados, inclusive dirigentes históricos. Dirceu e Genoíno por exemplo, são fundadores e desempenharam papel determinante na escalada do partido ao governo federal. O julgamento da AP470 deu-se em clima de linchamento e obedeceu aos ditames de um verdadeiro auto de inquisição. Genoíno saiu desse processo alquebrado e com a saúde gravemente abalada. Foi lhe concedida anistia, que chamam "perdão", e ao que parece, não manifesta mais interesse direto na atividade política.
José Dirceu, por sua vez, voltou para a cadeia, atendendo ao capricho de um mentecapto meretríssimo em busca de notoriedade graciosa Mesmo não se comprovando a suspeita levantada pela metralhadora giratória da lava jato, arrisca permanecer na cadeia, justamente por conta dessa suspeita não confirmada. Ao ser indiciado, embora inocente, perdeu o direito de cumprir a pena em regime semi aberto, como vinha cumprindo.
Enfim. assistisse-se a uma sucessão de ações abusivas cometidas contra um dirigente do peso e com a história de José Dirceu, e não se viu até agora o partido protestar oficialmente e nem seu presidente esboçar qualquer reação, fosse de repúdio ou ao menos, de solidariedade para o "companheiro". Pelo contrário, em entrevista fez distinção entre seu caso e o de Vaccari, descartando defender o ex presidente do partido por entender que sua prisão deveu-se às suas atividades privadas...Portanto, sem relação com o PT. Mas a defesa de Vaccari também não se vê sendo feita em lugar algum. Ou limita-se ao pagamento de um advogado.
Com esse comportamento, dão todo cabimento ao que o anti petismo diz acerca do PT ter se tornado o partido dos traidores. Claro que não é.,,Mas a indiferença em face desses eventos. desperta crescente suspeita entre muitos petistas.
Mais do que qualquer outra coisa, isso exige do PT, especialmente de sua elite dirigente, um minucioso e mui rigoroso exame de consciência.
Mas não é só isso. Entre algumas observações pertinentes acerca da burocratização do partido e da inserção de oportunistas em suas estruturas, Patrus decidiu ilustrar sua fala com um exemplo daquilo que segundo ele, estaria a exigir do PT um profundo exame de consciência. E foi bastante infeliz na escolha do pecado. Chovendo no molhado, condena o recebimento de doações de empresas para o partido em campanhas passadas. Não se pode dizer que aceitar esse meio de sustentação de campanha eleitoral tenha sido um procedimento correto e mais de acordo com os princípios que nortearam o programa político do PT. Mas não seria o caso de interrogar sobre se havia escolha ou alternativa, para quem realmente tinha o propósito de eleger o presidente da república? Acaso lograria a vitória sem receber esse tipo de financiamento? Era isso, ou resignar-se a denunciar perpetuamente o abuso econômico das campanhas tucanas e afins. Claro que essas denúncias restariam engavetadas pelo procurador de plantão e levadas ao esquecimento pela omissão da mídia.
Esqueceu que o PT propõe o fim desse tipo de financiamento desde há muito tempo e nesse ano que findou-se o Diretório Nacional decidiu por não mais receber doações de pessoa jurídica. O 5° Congresso reafirmou corretamente a defesa da constituinte da reforma política e pelo fim do financiamento privado de campanha por empresas. Não aprovou a posição do DN, é verdade, mas se o fizesse e o STF decidisse de modo diferente de como veio a decidir posteriormente? .O PT deveria resignar-se a enfrentar uma eleição com uma campanha franciscana enquanto seus adversários, que não têm nada de pobres, promoveriam a festa em comícios suntuosos.
Com isso deixou de realçar a luta histórica do partido pelo financiamento público de campanha, sendo que a decisão do STF apenas corroborou um dos aspectos fundamentais dessa luta. .
Triste é ver que não está sozinho nessa toada. O ministro Jaques Wagner adotou a mesma linha. Para ele os petistas lambuzaram-se no melaço do poder. Gostaria de saber em qual governo ele seria ministro da casa civil se o PT não tivesse se "lambuzado". Por acaso foi o PT quem criou a regra? Por acaso acomodou-se a ela, abandonando a luta pelo financiamento público já que estavam se beneficiando com o financiamento privado? Por acaso não foram os petistas os únicos a pagarem com o preço de suas reputações e de sua liberdade, por terem ousado entrar numa seara que as elites reputavam como de seu exclusivo usufruto? Quantos tiveram contas secretas em paraísos fiscais reveladas? Quantos ficaram notoriamente ricos? E qual político ou qualquer outro no país, já foi preso, e no caso, sendo do partido do governo, e que, por falta de provas convincentes, mesmo assim foi condenado com base na esdruxula (no contexto) "teoria do domínio do fato"? E afinal, foi tão ruim assim para o povo e para o Brasil?
José Dirceu, por sua vez, voltou para a cadeia, atendendo ao capricho de um mentecapto meretríssimo em busca de notoriedade graciosa Mesmo não se comprovando a suspeita levantada pela metralhadora giratória da lava jato, arrisca permanecer na cadeia, justamente por conta dessa suspeita não confirmada. Ao ser indiciado, embora inocente, perdeu o direito de cumprir a pena em regime semi aberto, como vinha cumprindo.
Enfim. assistisse-se a uma sucessão de ações abusivas cometidas contra um dirigente do peso e com a história de José Dirceu, e não se viu até agora o partido protestar oficialmente e nem seu presidente esboçar qualquer reação, fosse de repúdio ou ao menos, de solidariedade para o "companheiro". Pelo contrário, em entrevista fez distinção entre seu caso e o de Vaccari, descartando defender o ex presidente do partido por entender que sua prisão deveu-se às suas atividades privadas...Portanto, sem relação com o PT. Mas a defesa de Vaccari também não se vê sendo feita em lugar algum. Ou limita-se ao pagamento de um advogado.
Com esse comportamento, dão todo cabimento ao que o anti petismo diz acerca do PT ter se tornado o partido dos traidores. Claro que não é.,,Mas a indiferença em face desses eventos. desperta crescente suspeita entre muitos petistas.
Mais do que qualquer outra coisa, isso exige do PT, especialmente de sua elite dirigente, um minucioso e mui rigoroso exame de consciência.
Mas não é só isso. Entre algumas observações pertinentes acerca da burocratização do partido e da inserção de oportunistas em suas estruturas, Patrus decidiu ilustrar sua fala com um exemplo daquilo que segundo ele, estaria a exigir do PT um profundo exame de consciência. E foi bastante infeliz na escolha do pecado. Chovendo no molhado, condena o recebimento de doações de empresas para o partido em campanhas passadas. Não se pode dizer que aceitar esse meio de sustentação de campanha eleitoral tenha sido um procedimento correto e mais de acordo com os princípios que nortearam o programa político do PT. Mas não seria o caso de interrogar sobre se havia escolha ou alternativa, para quem realmente tinha o propósito de eleger o presidente da república? Acaso lograria a vitória sem receber esse tipo de financiamento? Era isso, ou resignar-se a denunciar perpetuamente o abuso econômico das campanhas tucanas e afins. Claro que essas denúncias restariam engavetadas pelo procurador de plantão e levadas ao esquecimento pela omissão da mídia.
Esqueceu que o PT propõe o fim desse tipo de financiamento desde há muito tempo e nesse ano que findou-se o Diretório Nacional decidiu por não mais receber doações de pessoa jurídica. O 5° Congresso reafirmou corretamente a defesa da constituinte da reforma política e pelo fim do financiamento privado de campanha por empresas. Não aprovou a posição do DN, é verdade, mas se o fizesse e o STF decidisse de modo diferente de como veio a decidir posteriormente? .O PT deveria resignar-se a enfrentar uma eleição com uma campanha franciscana enquanto seus adversários, que não têm nada de pobres, promoveriam a festa em comícios suntuosos.
Com isso deixou de realçar a luta histórica do partido pelo financiamento público de campanha, sendo que a decisão do STF apenas corroborou um dos aspectos fundamentais dessa luta. .
Triste é ver que não está sozinho nessa toada. O ministro Jaques Wagner adotou a mesma linha. Para ele os petistas lambuzaram-se no melaço do poder. Gostaria de saber em qual governo ele seria ministro da casa civil se o PT não tivesse se "lambuzado". Por acaso foi o PT quem criou a regra? Por acaso acomodou-se a ela, abandonando a luta pelo financiamento público já que estavam se beneficiando com o financiamento privado? Por acaso não foram os petistas os únicos a pagarem com o preço de suas reputações e de sua liberdade, por terem ousado entrar numa seara que as elites reputavam como de seu exclusivo usufruto? Quantos tiveram contas secretas em paraísos fiscais reveladas? Quantos ficaram notoriamente ricos? E qual político ou qualquer outro no país, já foi preso, e no caso, sendo do partido do governo, e que, por falta de provas convincentes, mesmo assim foi condenado com base na esdruxula (no contexto) "teoria do domínio do fato"? E afinal, foi tão ruim assim para o povo e para o Brasil?
Seria interessante saber o que os militantes petistas (eles existem, apenas não são escutados), pensam sobre isso. Algumas lideranças estão mostrando o que pensam. E pensam muito mal. Resilientes e mais pragmáticos do que aqueles a quem implicitamente acusam de terem sido demais pragmáticos.Tem se a impressão de que no interior do PT há um quadro de degeneração que preocupantemente se acelera, a ponto de trocarem a exposição na mídia por um discurso que soe agradável aos ouvidos do golpismo e do anti petismo..
VOLTA DIRCEU!.
VOLTA DIRCEU!.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1725212-o-pt-se-lambuzou-diz-jaques-wagmer-ministro-da-casa-civil.shtml
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