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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Na hora da crise - Carta Maior

Esses ataques, no entanto, apenas revelam a cada vez mais importante posição geopolítica do Brasil no novo mapa mundial que está se desenhando. Iniciativas como a Organização de Cooperação de Xangai e os Bancos de Desenvolvimento dos BRICS apontam para um mundo cada vez mais bipolar, reminiscente da Guerra Fria, e prenhe de oportunidades de alianças estratégicas e de desenvolvimento. Este mundo contará com a presença relativa cada vez menor da Europa – fustigada pela sua crise interna e pelo malogro absoluto de suas guerras civilizacionais na África e no Oriente Médio – e verá regiões como o Pacífico e a América do Sul cada vez mais disputadas pelos dois blocos principais de poder que caracterizarão as próximas décadas: um liderado pelos Estados Unidos e outro liderado pela China.
 
A América do Sul e o Brasil, em particular, terão, portanto, que decidir se perseguem uma estratégia autônoma ou se aderem às zonas de influência de uma das duas grandes potências. Mas contra toda ideologia, a história nos mostra que não é principalmente a “escolha” por uma potência particular o que promove o desenvolvimento, mas sim a capacidade de se articular uma estratégia nacional que aproveite as oportunidades e saiba exigir as contrapartidas que os sucessivos quadros geopolíticos oferecem, em menor ou maior grau.  


Na hora da crise - Carta Maior

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