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terça-feira, 28 de julho de 2015

Causa Operária - Tirem as mãos das organizações dos trabalhadores



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27 de julho de 2015 07:54 PM

PF e Estadão atacam a gráfica dos Bancários
Tirem as mãos das organizações dos trabalhadores
Em mais uma operação fraudulenta, direita golpista que comanda a PF e imprensa burguesa tentam incriminar dirigentes e organizações sindicais para buscar conter reação dos trabalhadores à ofensiva golpista e aos brutais ataques aos trabalhadores que pretendem impor

 Denunciar o ataque golpista contra as organizações dos trabalhadores em favor dos banqueiros e outros inimigos dos trabalhadores
Por Ricardo Machado, bancário do BB, coordenador daCorrente Bancários em Luta e membro da direção nacional do PCO

O jornal O Estado de S.Paulo (Estadão) publicou matéria em seu site no dia 22 último acusando a editora Atitude, responsável por projeto de comunicação em conjunto com 40 entidades sindicais e coordenada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, de movimentação financeira, “que teria servido para ocultar propina para o PT”.

Tal denúncia tem por objetivo criminalizar, através da “Operação Lava Jato”, sindicalistas, sindicatos filiados à CUT, ao MST e organizações de esquerda e da luta dos explorados, e mostra que a articulação para o golpe de Estado no Brasil está a todo vapor.

O título da matéria estampada no site do Estadão diz que “gráfica ligada ao PT girou R$ 67 mi em cinco anos, aponta PF”, e que o “relatório da Inteligência financeira da Operação Lava Jato mostra que a Editora Gráfica Atitude, sob suspeita de ter sido usada para captar propinas para o PT, movimentou R$ 67,7 milhões entre junho de 2010 e abril de 2015”. Cita ainda a relação, segundo os investigadores, da empreiteira Odebrecht com a Gráfica Atitude, e um dos fatos dos relatórios consta que houve um jantar organizado pelo empreiteiro em sua residência, em 2012, a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e entre os convidados estariam Juvandia Morandia Leite, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Sérgio Aparecido Nobre, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ambos administradores da gráfica Atitude. Desta forma, o fato de que duas pessoas tenham estados juntas em um determinado lugar, em um certo dia, poderia ser usado como prova de que as duas pessoas estaria associadas em qualquer tipo de suposto ilicito que a outra tenha cometido, uma conclusão arbitraria e totalmente "sem pé nem cabeça".

Pelo mesmo raciocinio seria possivel condenar qualquer pessoa que um dia tenha estado no mesmo lugar que um criminoso. Por exemplo: todos os deputados poderiam ser colocados imediatamente na prisão, pois todos eles conviveram - não por algumas horas, mas por vários dias - no mesmo local que outros notórios criminosos, o Congresso Nacional.

Esse tipo de atitude a imprensa capitalista não é novidade em matéria de atacar as organizações dos trabalhadores, foram com essas mesmas "investigações" e reportagens dela derivadas contra os sem-terra - por exemplo - que levou a revista Veja publicar acusações contra o Movimento dos Sem Terra (MST), de que este seria financiado pelo governo para a realização de ocupações de terra, e que acabou sendo ponto de apoio para a direita no Congresso Nacional abrir uma CPI contra o movimento.

A imprensa golpista, especificamente o Estadão em relação à denúncia referente à Gráfica Atitude, tem apenas um objetivo golpista de atacar o governo do PT, comprometer Lula e atacar o movimento sindical para colocaa-lo na defensiva diante das operações golpistas em curso. É mais um esquema para levar adiante a política de colocar o PT na ilegalidade que tem como objetivo de atacar não apenas o governo Dilma e o PT, mas também os próprios trabalhadores.

Para os golpistas, colocar o PT na ilegalidade não seria suficiente para liquidar o partido e suas lideranças. Por issso, a direita colocou na ordem do dia um ataque geral aos sindicatos e à maior organização do movimento operário brasileiro, a CUT e a todas aquelas que possam mobilizar contra o golpe, como é o caso do MST.

Trata-se de um ataque que tem como alvo inicial Dilma e o governo petista tende a se tornar um ataque a toda a esquerda nacional e todas as organizações de luta dos explorados, com o fim último de garantir a vitória da direita golpista e a imposição de seus planos de ataque aos trabalhadores.

Reproduzir estes ataques, sem denunciar seu caráter de classe, ou mais grave ainda apoiá-los, como fazem certos setores da esquerda pequeno burguesa, como os candidatos rejeitados a tendência do PSOL, o MRT (ex-LER-QI) - que reprozudiu os ataques da direita e a reportagem policial do Estadão (veja in http://www.esquerdadiario.com.br/Grafica-controlada-pelo-Sindicato-de-Bancarios-de-SP-suspeita-de-envolvimento-na-Lava-Jato) -, bem como a direção da Conlutas/PSTU - que se declararam a favor da derrubada do governo Dilma - , além de uma total incompreensão  da luta de classes em curso no País é um verdadeiro ato de suicídio político, pois significa apoiar os maiores carrascos dos trabalhadores.

A operação está também e claramente à serviço dos banqueiros, uma vez que busca atacar a organziação sindical da categoria, por meio do atque à gráfica, no momento em que esta se organiza para realizar sua campanha salarial, reivindicando reposição de perdas e o fim das demissões, contra os maiores abutres e sanguessugas deste País. Uma situação em que ficar do lado da PF e do Estadão significa também - de forma objetiva - ficar do lado dos banqueiros contra os trabalhadores.

Nós de Bancários em Luta/PCO nos opomos sistematicamente à política sindical da direção sindical dos bancários, por conta de sua capitulação diante dos banqueiros e do governo, mas jamais poderíamos no calar ou ficar do lado dos maiores inimigos dos bancarios e de todo o povo brasileiro, que são os banqueios e a direita golpista, quando atacam nossas organizações de luta, seja sob qual pretexto for.

Causa Operária - Tirem as mãos das organizações dos trabalhadores

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