Por que o simulacro que convencionaram supor ser uma chapa de oposição na Apeoc ,
além de não apresentar nada significativo em termos de proposições, limita-se a
cobrar a prestação de contas do sindicato?
De fato estão fazendo uma campanha. Mas não visam as eleições sindicais,
como querem fazer parecer. É apenas o disfarce de que se valem para turbinar a
campanha a que se dedicam obsessivamente desde antes da abertura do processo
eleitoral e que, provavelmente continuará para além dele. A da desconstrução da imagem do sindicato que
sirva para sua posterior extinção. É lamentável que de dentro do movimento
social, surjam agrupamentos que em lugar de construir alternativas que
potencializem nossas lutas, dediquem se somente a destruir o já existente. Não
se empenham pela Apeoc, mas contra a Apeoc.
Não escondem esse despropósito nem mesmo em seus materiais de campanha,
feitos na base do Fora Apeoc.. Pode ser
um ato falho...O que não muda muito as coisas, já que, como Freud
explica, o ato falho não é mais do que a manifestação involuntária daquilo que
está latente, recalcado no interior da psique.
Ato falho ou não, o fato é que não se propõem seriamente a ser
alternativa à atual direção do sindicato.
Sua participação na disputa visa apenas reproduzir em escala
ampliada o que já fazem nas assembleias.
Seu nome é tumulto. Tumultuando, fica mais fácil confundir o debate, até
nem permitir que aconteça. Em lugar de propostas, a pauta acabará por resumir
se à disputa judicial e ao denuncismo. Sobre o que fazer no tocante ás lutas da
categoria, das formas de intervir nelas, isso parece não importar. Nem mesmo a
proposta de realização de um congresso, que tanto nos cobram.... Mais do que o
balanço financeiro, que já tem data marcada, ficará sacrificado o balanço
político, cuja data é essa agora.
Até o momento, o que
tem se revelado para a oposição como tema mais fundamental no espaço virtual
das redes sociais?
De algo “mais
concreto” em suas propostas nada se sabe, a não ser, ao que podemos
deduzir, apresentar a prestação de
contas da entidade. Só falam nisso porque só pensam nisso. É possível que
possamos identificar aí, mais um ato falho. Para quem até ontem não se prestava
a contribuir política e financeiramente com a entidade é estranho que passem a
ficar tão preocupados com a sua saúde financeira. Antecipo que está muito bem,
apesar de suas sistemáticas campanhas de desfiliação em massa. Frustrem se com
a constatação de seu fracasso. Certamente não estaria tão bem se estivesse nas
mãos de corruptos, outra gentileza com que nos brindam chamar. Se estamos
dizendo agora sobre sua boa saúde, não tarda em breve demonstraremos.
É possível que tenham
se enganado de sindicato, confundindo com o dos contabilistas.
Nosso balancete é
feito anualmente no mês de março, exposto em jornal de grande circulação e no
site do sindicato. Inclusive estamos em fase de organização desse documento
para efetiva exposição no mês vindouro. Não podemos é antecipa-lo em função dos
caprichos de nossos opositores. É um
trabalho meticuloso que não permite lacunas
nem margem para dúvidas. Se
aguentarem mais um pedaço, botaremos tudo que é de dever botar. Nada ficará de
fora, de tal modo que facilmente se perceba qualquer rombo nas finanças do
sindicato.
O que subjaz a essa
cobrança obsessiva das contas é uma trama ardilosa. Com ela querem deixar
subentendido que, diferente das demais entidades, a Apeoc não divulga seus
balancetes. Mantendo-o em segredo ninguém perceberá o “ esbanjamento” dos recursos amealhados
junto à categoria. Espero sinceramente que quando chegar a hora, tenham bem
ajustados os óculos para a pesquisa que deverão empreender em busca do seu tão almejado rombo.
Se por acaso referem-se a balancetes passados, ao contrário do que querem fazer parecer , não só a Apeoc, mas muitas entidades, quiçá a maioria, não
fixam balancetes em seus sites. Esses
apenas são expostos em sua devida data.
O que intriga, não se sabe se por cinismo ou simples
ignorância, é os companheiros não olharem para dentro de sua casa, antes de
condenarem a quem ocupa a que eles pretendem ocupar. Isso porque sindicatos que
seus partidos dirigem, co dirigem, ou depositam simpatia, também não apresentam balancetes em seus
sites. Nos quatro que são dirigidos pelo PSTU, nem sequer disponibilizam caixa para consulta de qualquer
assunto por seus filiados. N em o
Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil da Região
Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF), nem o SINTRO, dos motoristas de
Fortaleza. O SINDURCA dos professores da universidade do Cariri também não e
nem o dos Servidores de Juazeiro do Norte SISEMJUN.
Pesquisando em outros ligados a trabalhadores do serviço público nas
diversas esferas, vimos que o SINDIUTE, que co dirigem, SINDFORT dos servidores
de Fortaleza , ASSEEC, associação dos servidores da SEDUC, que presta lhes apoio político e material e
SINDSEP, servidores de Caucaia, nenhum deles apresenta informações fixas de balancetes
passados. Apenas o SINDUECE conta com uma entrada para consulta de suas contas;
mas ao acessá-la, depara- mo- nos apenas com o balancete de
2011 registrado.
Para não dizer que seja assim em todos, logramos encontrar
no site do sindicato dos policiais federais
do Ceará e no dos servidores públicos do estado, MOVA SE, a presença desses registros. Porém não sabemos se ficam
fixados ou estão lá por conta de ser a fase de sua apresentação.
É necessário frisar que não listamos essas entidades com o
fito de denuncia-las ou critica-las. Seria um verdadeiro despautério, já que a
própria APEOC também não o faz. Apenas para efeito de ilustração de como nesse
quesito, a Apeoc não se comporta de maneira anormal em relação à maioria dos
sindicatos. E assim como deve ser com eles, todos os documentos relativos aos
balancetes passados ficam arquivados, com seus comprovantes em anexo, a total
disposição do associado que queira consultá-los.
No entanto, não deixa de ser procedente debater-se sobre a
metodologia de exposição dessa informação e o caso de adotarem-se formas mais
transparentes. Um pleito que podemos considerar como absolutamente legítimo. Poderia figurar como um ponto no programa da
oposição. Mas como parece acharem indigno portar-se com dignidade, preferem fazer uso da maledicência e da criminalização, tão
ao gosto do anti sindicalismo que a mídia reacionária e golpista propala. Para
a oposição que ostenta com orgulho o vídeo de uma assembleia onde professores
comportam se como uma multidão barbarizada, atentando contra a vida de um grupo
de colegas porque não sabem assimilar a derrota numa votação, é digno bater se
com o adversário na base do pescoço pra baixo é canela. De outra forma não
conseguem, pois do pescoço pra cima, a boca mal consegue verter a água choca
que fermenta em suas cabeças.
Se a prestação de contas anual de nossas finanças está na
iminência de ser apresentada, não tem
faltado a prestação de conta diária de nossas atividades. Quem visita ao
nosso site, um dos mais frequentados do estado, diga-se, encontrará no quadrante inferior a direita da tela, o
quadro de registro de nossos compromissos para que o associado tenha ideia das
ações que desenvolvemos e indiretamente possa ter noção de como seu dinheiro
está sendo utilizado.
Mas seria somente isso o que moveria e a que se reduziria a
missão de uma entidade sindical? Qual é afinal, o programa da oposição em que
se proponham a fazer algo diferente e melhor do que já fazemos na Apeoc?
Apresentaram de fato um esboço vago e genérico, que não
avança em nada do que a Apeoc apresenta.
Tão improvisado quanto a própria “chapa” e absolutamente carente de elementos “mais concretos”, como
costumam referir se aos nossos encaminhamentos.
Sem nada de sólido desmancha-se no ar.
De mais concreto mesmo, apresentam a mesma e recorrente latomia, caquética e
démodé de denúncias e mais denuncias. Na hora das ideias e do debate
construtivo, a oposição silencia.
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