Total de visualizações de página

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Temos reproduzido neste blog inúmeros artigos e entrevistas esclarecedores da questão das drogas,  com os quais nos identificamos em geral. Voltamos novamente a bater nessa tecla ao repassar o seguinte artigo publicado na Carta Maior. Infelizmente a opinião pública nacional parece ainda se embasar nas velhas ideias proibicionistas que sempre monopolizaram o limitado espaço  reservado ao debate público da questão. Apesar de todos os esforços feitos por seguimentos da sociedade e de parte do próprio poder público, uma vez que o governo federal tem defendido teses diferenciadas do tradicional proibicionismo, em 2013, prevaleceram iniciativas que vão ao encontro dos interesse dos medievos apologistas da repressão. Os defensores da descriminalização ou de políticas de redução de danos, são tratados como apologistas das drogas e até penalizados por isso. Recentemente o governo paulista, achando pouco todo o esforço dispendido na repressão ao comércio e aos usuários de drogas, tratou de reprimir a um programa de recuperação, ainda em fase experimental, da prefeitura de São Paulo, elaborado nos moldes das teses de ressocialização defendidos na esfera federal. É claro que para os proibicionistas, esse tipo de programa não pode dar certo e parecem se empenhar tenazmente no sentido de que não dê certo mesmo.
A matéria é muito elucidativa quando denuncia que muitas das teses vigentes entre aqueles que continuam acreditando na solução repressiva, se baseiam em dados não científicos e em mitos gerados ao longo de muitos anos de intensa  propaganda em favor de uma via que já se revelou ineficaz em todos os sentidos.
Faz também referência ao que já temos denunciado constantemente: a legislação criminal brasileira é muito mais severa com os que comercializam, traficantes e com os usuários de drogas do que com os homicidas, por exemplo. Enquanto se empenham em reprimir as drogas esquecem de caçar os fornecedores de armas, que não passam de traficantes também. Além disso, usuários de drogas têm sido vitimados mais por assassinatos do que pelo uso de drogas exatamente. Raramente se vê alguma notícia dando conta de alguma vítima de overdose, mas execuções de usuários de drogas, tem sido o prato principal no almoço com farta presença de programas policiais nesse horário. É drogado, bota o corpo na bacia e esquece o assunto.



http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Principios-Fundamentais/De-bracos-abertos-para-a-cidadania/40/30168

Nenhum comentário :

Postar um comentário