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quinta-feira, 20 de julho de 2017

SARAU PARA TODOS: Assassinato de catador pela PM evidencia pena de m...

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SARAU PARA TODOS: Desde quando você odeia o Lula…

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Hoje é um dia de luta e também de luto profundo. – Democracia no Ar

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Sede da CUT no Ceará é atacada durante reunião da Frente Brasil Popular — Rede Brasil Atual

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WhatsApp e as alternativas brasileiras – JOTA

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Uruguai começa a vender maconha estatal em farmácias | Internacional | EL PAÍS Brasil

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terça-feira, 18 de julho de 2017

Vídeo: Naomi Klein e Jeremy Corbyn debatem o mundo que queremos - Carta Maior

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O Rio de Janeiro tem em média oito tiroteios por dia. na Destaques do Programa Democracia no Ar - Edição 183

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Por ter apoiado o golpe, Cristovam não consegue lançar livro em Minas | Brasil 24/7

Cavou sua própria cova no golpe

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Emir Sader: A aventura golpista da direita brasileira - Xapuri

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Aécio é o principal articulador por trás do duro ataque da Record à Globo - Blog do Rovai

Demorou pra captar, mas é isso que há...

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Toda a educação assenta nestes dois princípios... - Franz Kafka - Frases

O ideal elitista da exclusão

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segunda-feira, 17 de julho de 2017

Lula: Fantástico prova que Moro precisa da Globo | Brasil 24/7

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Carta em defesa da posição histórica do Brasil sobre offsets florestais – Observatório da sociedade Civil

Carta em defesa da posição histórica do Brasil sobre offsets florestais – Observatório da sociedade Civil

Folha Diferenciada: Mauro Santayana: O MOMENTO DA VIRADA.





O grande jornalista, veterano de tantas outras lutas pela democracia, chama atenção para a gravidade do momento, apontando algumas iniciativas e atitudes que podem ser tomadas para enfrentar o aprofundamento do golpe que, se não for detido, terá desfecho funesto, com a consolidação do fascismo.
Santayana toca naquilo que está ao alcance de cada um de nós executar. A batalha pelas ideias e pela narrativa na internet, praticamente o único espaço de mídia à nossa disposição; mas não só nela, como também no quotidiano partilhado com os outros fora das redes sociais.
A nossa presença nos sites de publicações anti golpistas, e ate mesmo nas que ´promovem o golpismo, se faz mais necessária ainda. Tanto para fazer frente a fakes e troleros mercenários pagos para intimidar, como para fazer a defesa da democracia que está sob ataque cerrado. .
O momento exige que façamos a disputa pelas consciências.
Se prendem Lula, podem estar certos de que viveremos o horror em toda sua crueza, expostos à violência e humilhação sem medida.
Folha Diferenciada: Mauro Santayana: O MOMENTO DA VIRADA.: xxxxx

Folha Diferenciada: As 11 técnicas de manipulação midiática contra Lula. Por Willy Delvalle

estudo de caso

Alguns textos são bastante esclarecedores, proporcionando valioso suporte para a boa argumentação na batalha pela narrativa. Este é um. Enfrentamos uma mídia poderosa, um gigantesco Golias, muito bem servido de profissionais gabaritados e dos equipamentos mais modernos que lhes propicia maior capacidade de difusão e de convencimento.   

A esquerda tem de se virar com sua guerrilha midiática.     



Não há problemas em um veículo declarar uma tendência de direita ou de esquerda, favorável a esse ou àquele partido. A princípio, declarar-se como tal seria transparência com o público.



Afinal, se um veículo defende alguém é melhor que ele diga isso do que fingir ser isento, imparcial e objetivo. O problema é quando esse veículo usa uma concessão pública para fazê-lo.



Por mais que sejam empresas, que naturalmente têm interesses econômicos, elas têm responsabilidades definidas pela Constituição. Seu dever é servir a sociedade e não se servir dela. Assim, a busca pela objetividade torna-se uma lei.



Mas não é o que acontece. A condenação do ex-presidente Lula e a cobertura dos processos envolvendo o petista escancaram uma série de mecanismos de manipulação, sutis porém não menos perigosos, que mostram uma tentativa de destruir a imagem do ex-presidente, do PT e até da esquerda, preservando a de quem for conveniente.



Confira 11 técnicas de manipulação que vêm sendo utilizadas na cobertura desse momento político:



1 – DESQUALIFICAÇÃO DE UM LADO



No dia da condenação de Lula, uma reportagem dos noticiários da Globo repercutia a sentença com parlamentares petistas. Antes da presidente do partido falar, a repórter se referia a Gleisi Hoffman como “ré na Lava-Jato”. O mesmo foi feito com o senador Humberto Costa, “investigado na Lava Jato”. A mensagem que fica é que são corruptos defendendo um corrupto.



O problema não é citar o histórico judicial de um político. Problemático é fazer isso só quando se trata do PT. No caso da direita, não se faz o mesmo a todo tempo. Na mesma reportagem em que Gleisi é chamada de “ré na Lava Jato”, por exemplo, Paulo Bauer, que já foi condenado por improbidade administrativa em Santa Catarina e gravado falando de um esquema de contratação de funcionários fantasmas, é citado apenas como “senador pelo PSDB”.



O mesmo tratamento é dado à senadora Ana Amélia (PP), indicada pelo marido na década de 1980 para ocupar um cargo comissionado em Brasília e acusada anos mais tarde de ocultar uma propriedade rural. No vídeo, ela defende que “a lei é para todos”.



2 – FALSA UNANIMIDADE



Uma grande comunidade de juristas criticou a sentença contra Lula, alegando inexistência de provas, assim como a denúncia apresentada no ano passado pelo procurador Deltan Dallagnol. As críticas quase não apareceram no rádio ou TV. É como se ninguém sério fosse contra a conduta adotada pelos magistrados de Curitiba, só o PT.



3 – ASSOCIAÇÃO DESPROPORCIONAL



No dia da condenação, William Waack, apresentador e editor do Jornal da Globo, abriu o noticiário comemorando a sentença, dizendo que representava um feito contra os “poderosos”. Não mencionou que os processos contra os típicos representantes das elites andam bem mais devagar e com menos rigor, como no caso de Aécio Neves, Michel Temer, os presidentes das duas casas no Congresso, Geddel Vieira Lima e por aí vai…



A Revista Veja, em capa recente, coloca Aécio, Lula e Temer na imagem de um mesmo barco. Ignora que a robustez das acusações contra Aécio e Temer é flagrantemente muito maior do que em relação a Lula.



4 – DISTANCIAMENTO SELETIVO



Na hora de ler o posicionamento do PT à sentença de Moro, o repórter no Jornal Nacional diz: “segundo o partido, trata-se de uma medida equivocada, arbitrária e absolutamente ilegal. Afirma ainda que o processo foi conduzido por um juiz parcial, que segundo o PT, presta contas aos meios de comunicação e àqueles que não aceitam a trajetória de sucesso de Lula na presidência”.



Na segunda frase, utiliza-se novamente “segundo o PT”, sendo que o início da frase já introduzido pelo verbo “afirma”, cujo sujeito é o Partido dos Trabalhadores. Isto é, já foi dito que quem fala é o partido. Então, qual a necessidade de reafirmar essa informação num intervalo de tempo tão curto?



5 – ASSUMIR O DISCURSO DA PROCURADORIA COMO VERDADE



Reportagem do G1 ilustra uma postura recorrente em parte da grande imprensa brasileira: “A acusação é pela ocultação da propriedade de uma cobertura triplex em Guarujá, no litoral paulista, recebida como propina da empreiteira OAS, em troca de favores na Petrobras”. O trecho dá como verdade que houve ocultação da propriedade.



A imprensa internacional sempre menciona “de acordo com a procuradoria, …”.



6 – ASSUMIR O DISCURSO DO JUIZ COMO VERDADE



Ainda na abertura do Jornal Nacional do dia 12 de julho de 2017, William Bonner diz: “Moro analisa provas documentais, periciais e testemunhais”. E mais à frente: “Sérgio Moro analisa minuciosamente as provas documentais, periciais e testemunhais para concluir: ‘o ex-presidente Lula é culpado dos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro’”.



O apresentador chama de “provas” aquilo que parte da comunidade jurídica entende como “indícios”. Ao dizer que Moro “analisa minuciosamente” as chamadas provas, Bonner defende a atuação do magistrado, o que, numa concessão pública e em tempos de tanta desconfiança e polarização, não é uma postura “prudente”.



7 – ASSUMIR O DISCURSO DOS DELATORES COMO VERDADE



“Na sentença, o juiz Sergio Moro também cita o depoimento do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, que confirmou que o triplex foi reservado à família de Lula em 2009, que a OAS não poderia vender o imóvel e que a diferença de preço do imóvel e o custo das reformas seriam abatidos das dívidas de propinas do Grupo OAS com o PT, ligado ao esquema da Petrobras.”



O trecho de reportagem do G1 traz um problema também recorrente na conduta de parte da mídia brasileira. Usar verbos como “confessar” e “confirmar” denotam verdade, o que não sabemos estar havendo ou não na palavra dos delatores.



No ano passado, por exemplo, o delator Otávio Azevedo, da empresa Andrade Gutierrez, afirmou que havia depositado um cheque no valor de R$ 1 milhão como propina à campanha de Dilma Rousseff, discurso que foi desmontado quando a defesa dela apresentou um comprovante de que o cheque foi, na verdade, depositado para Michel Temer.



Sendo assim, quando se trata da palavra de um delator, é mais prudente usar os verbos “dizer” e “afirmar”.



8 – APONTAR CONTRADIÇÕES



Quando Lula prestou depoimento a Moro, William Bonner frisou que, em um determinado momento, o juiz Sérgio Moro percebeu uma contradição de Lula.



No entanto, não menciona contradições de outro tipo, como a de que o delator Léo Pinheiro, da OAS, primeiro inocentou Lula e obteve vasta condenação. E que só depois de mudar de discurso, obteve acordo de delação premiada e redução da pena.



9 – ESCONDER QUE OUTROS PARTIDOS DE ESQUERDA CONDENARAM A DECISÃO



Quando só petistas são ouvidos para criticar a condenação de Lula, esconde-se que outros partidos, inclusive críticos ao PT, também são contrários. Exemplo foi o comunicado do PSOL, que pouco ou nada repercutiu na grande imprensa. A posição do partido foi publicada no mesmo dia.



10 – ASSOCIAÇÃO VISUAL



A imagem de um esgoto por onde escorre dinheiro como plano de fundo para a imagem de quem é acusado já é uma condenação implícita, a exemplo do que sempre fazem os noticiários da TV Globo. Não sabemos e não importa se uma pessoa é inocente ou culpada, mas a prática dos jornais da emissora é colocar a imagem do acusado sobre a do dinheiro sujo. Assim, desrespeita-se o princípio constitucional de presunção de inocência. O que há é a presunção de culpa. Assim, basta ser investigado para ser automática e imediatamente condenado.



11 –  POUCA VISIBILIDADE ÀS PESQUISAS DE ELEITORADO



Diversas pesquisas eleitorais vêm sendo realizadas, apontando Lula como o líder das intenções de voto para as eleições do ano que vem. A baixa visibilidade que as pesquisas encontram em parte da imprensa, principalmente na TV Globo, contribui para a tese de que é esse o verdadeiro motivo pelo qual Lula está sendo condenado.



DCM
Folha Diferenciada: As 11 técnicas de manipulação midiática contra Lula. Por Willy Delvalle: xxxxx

‘TE APRESENTO, SENHOR’ –   TEMPO POLÍTICO E HISTÓRIA(Por Selvino Heck) | Luíz Müller Blog

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Um estado de "Mais Vida": Uma realidade Guarani-Kaiowá no MS - Xapuri

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domingo, 16 de julho de 2017

SENTENÇA OU AUTODEFESA? UMA PEÇA JURIDICAMENTE INEXISTENTE E UM BREVE OLHAR DA PSICANÀLISE SOCIAL - www.apostagem.com.br

UMA SENTENÇA ASQUEROSA

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A Farsa dos Índices de Liberdade Econômica: sua real função é ideológica

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IFCE abre 30 vagas para mestrado em Ensino de Ciências e Matemática | O POVO

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Morte de Castelo Branco: mistério que dura meio século

No Brasil os obstáculos são removidos no ar

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Ford tenta driblar pagamento de horas extras e mostra o que esperar do pós-Reforma Trabalhista

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Reforma no Ensino Médio: crime de lesa-pátria! — Jornal Inverta

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O recado de Rodrigo Janot para Raquel Dodge | Brasil 24/7

Rodrigo Janot, recomendou a sua sucessora, Raquel Dodge, “vigilância redobrada” contra os “perigos que espreitam” o Ministério Público e disse esperar que a gestão dela mantenha a instituição “no caminho virtuoso da combatividade e da independência, de forma a preservar o íntegro o ethos institucional.” 



Os fatos demonstram que,  diferente do que diz R. Janot,  o MP nem sempre trilhou o caminho virtuoso, exceto talvez no mandato do Procurador Cláudio Fonteles (2003-2005), no primeiro governo Lula, e só veio a cruzar com a virtude, agora, próximo ao fim do mandato de Janot. 
Desde o mensalão que o MP opera ao lado de outros atores na efetivação do plano golpista

Se fosse como diz, Dilma não teria perdido o cargo.   



O recado de Rodrigo Janot para Raquel Dodge | Brasil 24/7

sábado, 15 de julho de 2017

É hora de lutar pelo Estado de Direito | Brasil 24/7

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Por que a ideologia da classe média é tão conservadora?

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Perguntas Frequentes | Prêmio Culturas Populares

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Estudantes de SP convocam novos protestos contra redução do passe livre | Brasil 24/7

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Industrialização da Inglaterra: Liberalismo ou Intervencionismo?

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Geração Y: superpreparados e frustrados | Atualidade | EL PAÍS Brasil

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Dilma vence na Justiça e Istoé terá que publicar direito de resposta da ex-presidenta - Portal Fórum

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sexta-feira, 14 de julho de 2017

Plano Atlanta: o golpe judicial-midiático na América Latina | Brasil 24/7

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OpenStreetMap, o mapa mundial livre e colaborativo | Em Rede

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Ameaçadas, defensoras de direitos humanos fogem de casa: "Ou a gente sai, ou morre" - Notícias - Cotidiano

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Como ir ao trabalho de bicicleta? – VITOR VALDIR RAMALHO SOARES – Medium

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Para cientista, é prematuro prever impacto na carreira de Lula - Jornal do Commercio

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Moniz Bandeira: 'Tudo indica que pode haver uma convulsão social no Brasil' | Brasil 24/7

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Comparato: condenação de Lula mostra obediência total do Brasil aos Estados Unidos | Gilson Sampaio

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Brasil: la función antidemocrática del sistema judicial en su punto más alto | Diario Contexto

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Operación Venezuela: doce pasos para un golpe | Diario Contexto

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Atilio Boron: La canalla mediática y la violencia

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Atilio Boron: El Che Guevara contra todo dogmatismo

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Em 48 horas, golpistas matam CLT, condenam Lula e salvam temer | Blog da Cidadania

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Professor da PUC desmonta argumentos de Moro para condenar Lula

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Blog da Bê: Dirceu com revolta e fúria

O PT precisa de um dirigente da estatura de Zé Dirceu

Blog da Bê: Dirceu com revolta e fúria: Em texto publicado no site Conversa Afiada, o ex-ministro José Dirceu presta homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condena...

Revista Xapuri - Ed. 33 - Julho, 2017

Revista Xapuri - Ed. 33 - Julho, 2017

O 5º Poder (1962) Filme Completo

Filme nacional de 1962.  Recorre a uma metáfora para retratar o ambiente político brasileiro nos anos imediatamente anteriores ao golpe de 1964  

Os sintomas parecem demais com os que se manifestaram em 2013



quinta-feira, 13 de julho de 2017

A esquerda atual e seus moinhos de vento, parte I – Nacionalismo, por Gustavo Castañon – Revista Lingua de Trapo



(Este é o primeiro de cinco pequenos e informais artigos nos quais defendo que a razão pela qual a esquerda não consegue retomar o protagonismo político num capitalismo em crise são cinco adversários desnecessários e insuperáveis.)

A esquerda atual está perdida numa conjuntura global altamente desfavorável para o capitalismo.
Isolada, não consegue responder ao chamado de nosso tempo porque, entre outras coisas, não pode mobilizar ao seu lado, na luta contra o capital internacional, forças e ideias às quais se opõe em razão de seus erros teóricos históricos.
O nacionalismo é uma dessas forças. Esse poderoso vetor de mobilização da sociedade geralmente é rejeitado pela esquerda e, como sempre, apropriado pela direita.
Donald Trump, Marine Le Pen e o Brexit não são resultado de um racismo redivivo no primeiro mundo como a mídia globalista quer mostrar, mas da revolta crescente contra a globalização e os efeitos da destruição progressiva dos estados nacionais.
São resultado basicamente de a esquerda não ser capaz de empunhar essas bandeiras.
Especialmente o povo europeu está a cada dia mais revoltado com suas elites econômicas e políticas (e isso inclui seus partidos social-democratas), rendidas ideologicamente ao neoliberalismo e ao projeto neocolonial da União Europeia.
Ele quer defender tudo o que a Europa conquistou no pós-guerra, guiada pelo keynesianismo e pelo projeto de construção de um estado de bem-estar social.
Essas políticas nacional-desenvolvimentistas construíram um parque industrial, um mercado interno e uma rede de proteção social que o mundo jamais havia visto, o ponto mais alto a que a civilização já chegou em liberdade, igualdade, justiça e riqueza.
O ataque a esse modelo começa nos anos 80, com Thatcher no Reino Unido e o projeto da União Europeia centrado da destruição do principal instrumento do estado nacional: a moeda própria.
Com o neoliberalismo e a era das grandes corporações, o conceito de “nacionalismo” se torna um anátema para o capital. As multinacionais há muito tinham relativizado as fronteiras nacionais. Elas não exploravam mais somente seus trabalhadores, mas países inteiros. Seus lucros não dependiam mais do mercado interno.
Ao contrário, boa parte do produto nacional bruto dos países de primeiro mundo vinha da atividade das grandes corporações no exterior. A partir desse momento, o estado nacional se tornou um obstáculo ao seu lucro e poder. Um dos últimos.
Mas boa parte da esquerda permaneceu imune à nova realidade. Isso porque, para o marxismo-leninismo, a classe trabalhadora é uma só, internacional, e deve se opor ao nacionalismo como parte da luta contra o capitalismo.
O nacionalismo é visto como parte do aparato de propaganda ideológica da classe dominante para preservar o modo de produção, mascarando a verdadeira natureza da divisão social que existe, não entre nações e povos, mas entre classes sociais.
Mais recentemente, a esquerda incorporou a esse rechaço do nacionalismo o rechaço do chauvinismo, racismo e xenofobia. Parece justo.
Mas não é.
Nacionalismo não é sinônimo de isolacionismo, chauvinismo, racismo, xenofobia ou belicismo.
Essas barbáries podem sim se agregar a alguns movimentos nacionalistas, mas não são sua essência.
Nacionalismo está para a nação como as liberdades individuais estão para o sujeito.
Nacionalismo não é uma doutrina imbecil que defende que sua cultura é a melhor, que sua nação é formada por uma raça superior ou que deve se fechar ao imigrante.
Nacionalismo é o sentimento de família estendido a um grupo cultural, às vezes étnico, que compartilha a mesma região geográfica e defende seu direito de se auto-organizar, de se autodeterminar segundo sua cultura, para alcançar o máximo potencial de sua forma de vida, para escolher seu próprio destino.
Como tal, ele pode ser poderosa ferramenta de libertação.
Ele não é nada mais do que a crença de que devemos cuidar dos interesses de nosso povo antes do interesse de outros povos, mas não necessariamente contra eles.
Exatamente pelos mesmos motivos que devemos salvar nossa vida antes que a dos outros, que devemos cuidar de nossa família antes que das outras.
E não é porque ela mereça mais que as outras. Mas porque sabemos que, se nós não cuidarmos, ninguém mais o fará. Porque é nosso quinhão de responsabilidade nesse mundo.
Não se podem suprimir sentimentos nacionalistas. Eles são fruto do mais natural sentimento de amor que brota na pessoa saudável pela terra e pelo povo que lhe deu a vida e o viu crescer, pela cultura que o nutriu, além de pelos filhos e gerações que virão.
A esquerda não deve deixar de se apropriar desse sentimento natural e poderoso para impedir que sejamos um país sem indústria, sem estado, sem futuro.
Não pode fazer coro distraído com os interesses do capital apátrida corporativo contra anseios populares de retomar o controle sobre sua moeda, mercado e governo, tratando o nacionalismo como uma coisa anacrônica.
Pois é isso o que fazem os mais odiados pela população europeia hoje, os neoliberais que se proclamam cidadãos do mundo para virar as costas a sua gente e servir às grandes corporações e seus interesses financeiros.
Porque quem não considera os interesses de seu povo é somente cidadão de si mesmo, sua pátria é seu ego.
E assim como quem não ama seus filhos não pode amar ninguém, quem não é cidadão nem de sua própria pátria, não pode ser cidadão do mundo.
A luta da esquerda no século XXI ou será contra as transnacionais, ou não será.
Lutemos. Essa é uma luta que não poderá ser travada sem o estado nacional.
A esquerda atual e seus moinhos de vento, parte I – Nacionalismo, por Gustavo Castañon – Revista Lingua de Trapo

Políticas Para Crianças E Adolescentes Ameaçadas Em Tempos De Golpe | Brasil de Fato

Brasil sombrio. Por que deixamos?

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Dos 104 Mortos Na Venezuela, Apenas 35 Estavam Em Atos Contra Governo, Diz Relatório | Brasil de Fato

Conforme foi dito em outra postagem nesse blog (Aqui) é maior o número de vítimas por conta das ações criminosas da oposição do que opositores do governo bolivariano..

Dos 104 Mortos Na Venezuela, Apenas 35 Estavam Em Atos Contra Governo, Diz Relatório | Brasil de Fato

BNDES é "capitalismo de compadrio"? Isso é birra de quem não entende o Capitalismo

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Condenação gera onda de solidariedade a ex-presidente Lula | Partido dos Trabalhadores

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A misteriosa tribo tasaday | Leituras da História

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Lula: “Quero o direito de me colocar como postulante a candidato à Presidência” | Partido dos Trabalhadores

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Amigo Neoliberal, sua defesa do Liberalismo não o livra de ser um fascista

AMIGO NEOLIBERAL, SUA DEFESA DO LIBERALISMO NÃO O LIVRA DE SER UM FASCISTA

Os “liberais” podem ser chamados de fascistas? A chave para responder a essa pergunta vem da filosofia e da psicologia, não da história.

72 Comentários 51,632
“A verdade e a mentira são construções que decorrem da vida no rebanho e da linguagem que lhe corresponde. O homem do rebanho chama de verdade aquilo que o conserva no rebanho e chama de mentira aquilo que o ameaça ou exclui do rebanho. (…) Portanto, em primeiro lugar, a verdade é a verdade do rebanho.” (Friedrich Nietzsche)

Introdução

“O trabalho liberta”: como os (neo)liberais, os nazistas também acreditavam em meritocracia e na ideologia do trabalho.
Depois de junho de 2013, explodiu na internet coletivos raivosos que se autointitulam “liberais”. Tais grupos estão se destacando mais pelo voluntarismo e pela agressividade que pelas reflexões que poderiam suscitar. Com exceção do Partido Novo, que não demonstra o mesmo ódio dos colegas, esses grupos são frequentemente acusados de fascistas.
Seus membros se defendem afirmando que o nazi-fascismo era antiliberal e, portanto, fascistas são quem os acusa. Eles estariam supostamente defendendo a liberdade e, por fim, mandam o interlocutor ir estudar história. Pois bem, aceitei o desafio. Será que liberais podem ser chamados de fascistas? Adianto a resposta: podem. E não apenas liberais. Qualquer pessoa pode ter uma atitude fascista. O nazi-fascismo é muito mais amplo e complexo do que esses grupos de direita imaginam. E, sim, eles estão adotando posturas que muito se assemelham às brigadas paramilitares dos anos 1930.
Um dos exemplos da arrogância e pobreza intelectual dos liberais é o texto publicado no site Spotniks. O argumento principal é sempre o mesmo: não somos fascistas, pois defendemos o livre mercado. Os fascistas são estatistas, populistas, trabalhistas e uma séria de outros istas. Lamento informar, mas os atuais “liberais” brasileiros estão mais próximos de Mussolini que de Adam Smith.
Antes de mais nada, gostaria de dizer que sei que fascismo e liberalismo são coisas diferentes. Saber isso, por mais que seja dito com ar de arrogância, não torna ninguém especialista no assunto. Sou professor de história e essa matéria é ensinada no nono ano do ensino fundamental. Para adolescentes de 13/14 anos. Para que possamos aprofundar o debate, é preciso sair da adolescência intelectual.
Não é a intervenção estatal que define o que seria fascismo. A Ditadura Militar brasileira era intervencionista e não era fascista. O mesmo pode ser dito de RooseveltNixonReagan e tantos outros. Governos interferem de uma maneira ou de outra na sociedade e na economia. Até o Macri, recentemente, resolveu levantar barreiras comerciais na Argentina e isso não faz dele um fascista. Portanto, a despeito de ser verdadeiro que os governos fascistas eram intervencionistas, não é essa categoria de análise que os define.
Como, então, entender o fascismo? A chave para responder a essa pergunta vem da filosofia e da psicologia, não da história. Para o historiador cada evento é único. O que ocorreu nos anos 1930 não irá se repetir. Por isso, os atuais radicais de extrema-direita são chamados de neofascistas, para serem diferenciados dos seus avós.
A filosofia, contudo, apreende esse conceito não apenas como um movimento político que, por sua natureza, seria datado. Mas como uma forma de encarar a realidade. Em outras palavras, o fascismo, além de um movimento político, é igualmente uma postura ética.
É desse fundamentalismo ético que os críticos estão se referindo quando chamam esses grupos de fascistas. Não é preciso ter um pôster do Mussolini no quarto para ser considerado fascista, pois ele está na forma como a realidade é estruturada. Está na forma de pensar e ler o mundo. Foi, com efeito, nesse fascismo ético que Hitler e Mussolini estruturam o seu movimento político. O fascismo ético é mais antigo que o político e não morreu em 1945. Por isso, é também mais perigoso. Poderíamos afirmar que essa forma de fascismo nunca desaparece. Mas ele pode ser mantido sob controle. Mas, para isso, é fundamental entendê-lo.

Por uma vida não fascista

O filósofo Michel Foucault, ao ser convidado para escrever o prefácio do livro Antiédipo, do seu amigo Gilles Deleuze, disse que essa obra teria um inimigo estratégico: o fascismo. Com efeito, o alvo do filósofo não era Hitler ou o intervencionismo estatal, mas aquilo que Foucault chamou de “fascismo ético”. “O inimigo maior, o adversário estratégico, o fascismo. E não somente o fascismo histórico de Hitler e Mussolini — que soube tão bem mobilizar e utilizar o desejo das massas —, mas também o fascismo que está em todos nós, que ronda nossos espíritos e nossas condutas cotidianas, o fascismo que nos faz gostar do poder, desejar essa coisa mesma que nos domina e explora”.
Essa passagem é perturbadora. Normalmente, o fascista é sempre o “outro”. Assim como Copérnico, que tirou a Terra do centro do universo, Foucault propõe uma “revolução do eixo de gravidade”. O fascismo não está na história, nos alemães, no passado ou em qualquer outro lugar distante, mas ele se encontra vivo dentro de cada pessoa. Em mim, em você e no próprio Foucault.
Esse fascismo pode ser percebido em gestos e atitudes. Portanto, leitor, você não está sendo chamado de fascista, mas lembrado que, como qualquer mortal, é capaz de assumir posturas próximas daquelas que legitimaram as atrocidades do Holocausto.
Se o vírus do fascismo está alojado em nosso DNA, se, como avisou Brecht, a cadela do fascismo está sempre no cio, como fazer para que ele não se reproduza, como impedir que o ovo da serpente não seja chocado? Foucault também nos ajudar a entender essa questão.
Segundo o filósofo, a ética seria um exercício permanente de enfrentamento do fascismo. As armas seriam a constante crítica do sujeito. Ou, em suas palavras, o exercício permanente de construção, ou cuidado, de si. Esse conceito é um pouco complexo e não pretendemos abordá-lo nesse texto. Mas apenas destacar alguns conselhos, do próprio Foucault, para que possamos encarar esse “inimigo estratégico”:
• Liberem a ação política de toda forma de paranoia unitária e totalizante.
• Façam crescer a ação, o pensamento e os desejos por proliferação, justaposição e disjunção, e não por subdivisão e hierarquização piramidal.
• Livrem-se das velhas categorias do Negativo (a lei, o limite, as castrações, a falta, a lacuna) que por tanto tempo o pensamento ocidental considerou sagradas, enquanto forma de poder e modo de acesso à realidade. Prefiram o que é positivo e múltiplo, a diferença à uniformidade, os fluxos às unidades, os agenciamentos móveis aos sistemas. Considerem que o que é produtivo não é sedentário, mas nômade. [(199)]
• Não imaginem que seja preciso ser triste para ser militante, mesmo se o que se combate é abominável. É a ligação do desejo com a realidade (e não sua fuga nas formas da representação) que possui uma força revolucionária.
• Não utilizem o pensamento para dar a uma prática política um valor de Verdade; nem a ação política para desacreditar um pensamento, como se ele não passasse de pura especulação. Utilizem a prática política como um intensificador do pensamento, e a análise como multiplicador das formas e dos domínios de intervenção da ação política.
• Não exijam da política que ela restabeleça os “direitos” do indivíduo tal como a filosofia os definiu. O indivíduo é produto do poder. O que é preciso é “desindividualizar” pela multiplicação e o deslocamento, o agenciamento de combinações diferentes. O grupo não deve ser o liame orgânico que une indivíduos hierarquizados, mas um constante gerador de “desindividualização”.
• Não se apaixonem pelo poder.
Foucault escreve de uma maneira rebuscada e de difícil compreensão. Ele também usa noções que foram explicadas em outras obras, o que aumenta a dificuldade. Minha tarefa aqui é tentar apresentar essas ideias da maneira mais simples possível.
Algumas rápidas explicações. Quando Foucault diz que o indivíduo é produto do poder, ele está se referindo a um conceito muito particular. Ao contrário do senso comum e do liberalismo vulgar, que trabalham com a oposição entre indivíduo x Estado ou tirania X liberdade, Foucault entende o poder de modo diferente. As relações de poder não seriam opostas à individualidade, mas produtora. Explico. Imagine uma mulher qualquer. Pode ser sua mãe, sua filha ou você, caso seja uma leitora. Pense no seu comportamento, na sua forma de pensar e nos seus desejos. Depois, compare com os da sua avó. Vá para a Grécia Antiga e mire-se nas mulheres de Atenas, descritas pelo Chico Buarque. As pessoas são diferentes, não há duas mulheres idênticas no mundo. Porém, caso uma brasileira do século XXI entre numa máquina do tempo, ela não irá se reconhecer nesses outros espaços. A mulher, que eu pedi para você imaginar no início desse parágrafo, é uma representação. E, como tal, ela é socialmente construída.
Essas diferenças, segundo Foucault, são o resultado das relações de poder, que não se limitam a impor castrações, mas também são capazes de produzir modos de vida, ou seja, subjetividade. O poder, portanto, não seria repressor, mas indutor e estimulador de comportamentos. Por tal motivo, fechar-se em sua individualidade pode ser uma maneira de torna-se prisioneiro, não de libertar-se.
Darei outro exemplo para clarear o que estou afirmando. A Voyager, em praticamente todos os artigos que publica, recebe a visita dos famosos liberais de Facebook. Independentemente de quem seja, os argumentos se repetem de modo padronizado: “neoliberalismo não existe”, “olha os índices de liberdade econômica”, “quer dizer então que o Estado irá resolver todos os problemas”, “George Soros financia vocês”, “imposto é roubo”, “monopólio é resultado da ação estatal”, “a crise de 29 foi causada pelo FED”, “Fascismo é de esquerda”, “segundo Mises” etc. E, óbvio, sem esquecer do famoso “vai para Cuba”. “Argumentos” mais repetidos que amém na missa.
Não há nada de inventivo nessas frases. As pessoas que as repetem são apenas “papagaios” reproduzindo modelos prontos de pensamento. Esses argumentos são tão manjados que até adolescentes estão fazendo vídeos “refutando” intelectuais e políticos experientes e analfabetos políticos virando autores “Best Seller” e se arrogando o direito de “debater com qualquer um”.
A forma como atacam também chama a atenção: aparecem sempre em bando, o qual é organizado e até age de maneira sincronizada, o que daria inveja aos organizadores das passeatas militares da Coréia do Norte, cujos participantes esses mesmos liberais de Facebook chamam de “pixels”.
O que é verdadeiramente individual em pessoas que agem sempre em grupo? Em indivíduos que se comportam da mesma maneira? Que repetem os mesmos clichês? Praticamente nada. São apenas rebanhos. Os escravos do poder são os que mais se orgulham da liberdade. Esse é o melhor exemplo do poder que aprisiona pelo desejo, não pela castração. Uma pena Foucault ter morrido antes da era digital.
Por isso, seria preciso desindividualizar pela multiplicação dos deslocamentos. Esse frase inverte e reformula os conceitos. Por mais paradoxal que parece, a individualidade não é individual, mas sim a “desindividualização”, ou seja, a negação dos valores que o status quo impõe, que os liberais de facebook reproduzem muito bem ao defenderem o capitalismo, para ser possível realmente se descobrir como indivíduo. E ética, nesse caso, seria a prática permanente da invenção de novos parâmetros e da produção de novos modos de vida.
É neste exercício individual, de construção de si, que se encontra a liberdade. É preciso que a força criativa supere a identidade. A liberdade consiste em se diferenciar daquilo que se é.
O pensamento fascista reduz o real a explicações totalizantes. O fascista não tem dúvidas, porque para tudo há uma explicação. Por isso, ele não reflete, age. Talvez a principal característica desse tipo de personalidade seja a de colocar o voluntarismo à frente da razão. “Existem momentos na vida em que a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir”. (Foucault).
O fascismo atua no sentido oposto à liberdade. O militante fascista lida com ideias fixas da realidade. Rejeita a multiplicidade. Estereotipa e interdita qualquer modo de contestação. Quando Hitler morreu, foram encontrado milhares de livros em sua biblioteca (cerca de 16 mil). Um número impressionante. Inclusive havia obras de autores sofisticados como Schopenhauer e Nietzsche. Como explicar que uma pessoa tão obtusa fosse um leitor voraz? Simples. O fascista raciocina com um filtro altamente rígido de informações. É como se as informações tivessem que se encaixar num formato pré-definido e rígido em seu cérebro. As ideias, para serem assimiladas, precisam passar por esse molde. Caso contrário, são instantaneamente rejeitadas. Quer outro exemplo? Faça o seguinte, após esta leitura, confira os comentários que fazem os “liberais” de Facebook nos textos críticos do liberalismo econômico ou do neoliberalismo da Voyager, seja aqui no site ou em sua página do Facebook . Ou, talvez este texto se torne um alvo do ataque em bando que costumam fazer, então basta conferir a sessão de comentários logo abaixo.
Foucault aponta que um dos adversários do “antiédipo” são os ascetas da política: “os militantes morosos, os terroristas da teoria, aqueles que gostariam de preservar a ordem pura da política e do discurso político. Os burocratas da revolução e os funcionários da Verdade”. Poderíamos complementar dizendo que o ceticismo e o relativismo são remédios contra essa tendência sedutora de dar ares de verdade aos discursos. Perceber a fraqueza e das suas próprias crenças é uma maneira de não dar a elas um fim messiânico. “É impossível expandir o pensar quando a mente está ancorada em opiniões intocáveis”. (Nietzsche).
Os liberais, que agem de forma raivosa, olham a si mesmos como agente da verdade. Adotam um conjunto de premissas tomadas a priori e, munidos dela, saem propagando aos quatro ventos essas “verdades reveladas”. Mas, no momento que precisam encarar o mundo real, mostram sua incapacidade e impotência diante da pluralidade, restando-lhes empacotá-la dentro de suas noções fixas, limitadas a estereotipadas. Não concorda? É comunista, petista ou qualquer outro ista. A verdade, dizem, é evidente. Países que adotam o livre comércio são mais desenvolvidos. Basta olhar os índices de liberdade econômica. Negá-lo é não querer ver a verdade, culpa do marxismo cultural, da ideologia, da doutrinação das universidades etc. A ironia é tão grande que, essa definição de ideologia, como uma barreira que impede o sujeito de ver o real, foi proposta por algumas correntes marxistas.
Essa lógica binária é fascista. Hitler negava a ciência por ser judaica. O comunismo era judaico. O sistema financeiro idem. “A arte de todo grande líder popular consistiu em todos os tempos em concentrar a atenção das massas num único inimigo” (Hitler).

A personalidade autoritária

Outro importante autor, que buscou os mecanismos psicológicos do fascismo, foi o filósofo alemão Theodor Adorno. Adorno propôs o conceito de “personalidade autoritária” para se referir a esta predisposição de alguns para aderirem ao discurso fundamentalista.
Apesar da “palavra” personalidade, tais características não são inatas. E, obviamente, podem ser desconstruídas. Mas essa tarefa não é simples. O preconceito é mais que ideias “pré-concebidas”. Pois, caso fossem apenas isso, seria simples combatê-lo pelo esclarecimento.
A vociferação racista apela para a irracionalidade, para as emoções e constrói afetados extremamente potentes, para os quais, muitas vezes, o discurso racional se trona ineficaz. O indivíduo preconceituoso constrói sua personalidade ancorado nessas ideias. Negá-las é colocá-lo em conflito com a sua identidade e, por isso, ele está disposto a defender seus castelos de areia com unha e dentes, em alguns casos de modo literal.
O fascismo não aceita reflexão. Uma pessoa que não reflete não pode argumentar. Os ataques pessoais e físicos são, com efeito, a única resposta possível de um indivíduo que se vê impotente, incapaz de levar adiante um diálogo racional, mas que se recusa a questionar as categorias mentais que balizam a sua realidade.
Segundo o Adorno estes seriam as características dos sujeitos que possuem tal personalidade:
1. Convencionalismo. Adesão rígida a valores convencionais, de classe média.
2. Submissão autoritária. Atitude submissa, acrítica diante de autoridades morais idealizadas do próprio grupo.
3. Agressão autoritária. Tendência para procurar e condenar, rejeitar e punir pessoas que violam os valores convencionais.
4. Anti-intracepção. Oposição ao subjetivo, ao imaginativo, ao compassivo e ao sensível-terno.
5. Superstição e estereotipia. A crença em determinantes místicas do destino do indivíduo; a disposição para pensar em categorias rígidas.
6. Poder e “Dureza”. Preocupação com a dimensão submissão-dominação, forte-fraco, líder-seguidores; identificação com figuras do poder; sobrevalorização dos atributos convencionalizados do eu; asserção exagerada da força e da dureza.
7. Destrutividade e cinismo. Hostilidade generalizada, aviltamento do humano.
8. Projetividade. A disposição para acreditar que as coisas rudes e perigosas continuam no mundo; a projeção exterior de impulsos emocionais inconscientes.
9. Sexo. Preocupação exagerada com “comportamentos” sexuais.
Como podemos observar, pessoas intolerantes com a diversidade (convencionalismo). Que chamam Bolsonaro de mito (submissão autoritária). Que gritam que “bandido bom é bandido morto” ou que sindicalista precisa apanhar em manifestações por ser vagabundo (anti-intrecepção). Que se autoafirmam como anarcocapitalista e interditam qualquer forma de abertura ao novo, estereotipando a pluralidade das ideias como sendo “coisa de comunista” (supertição estereotipada). Que vão às ruas em grupo atacar ou intimidar aquilo que eles identificam como “inimigos” (poder e “dureza”), etc. Estão apresentando comportamento protofascistas, típicos dessa “personalidade autoritária” que legitima os regimes de exceção.

Conclusão

Em 2015 foi lançado um filme chamado “Ele está de volta”, uma ficção que imaginava o retorno de Hitler 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Na cena final, há um interessante diálogo:
– “Você é um monstro”, diz o protagonista, apontando uma arma para o Hitler, ao que ele responde:
– “Então é melhor você culpar aqueles que elegeram um monstro. Eram todos monstros? Não, eram pessoas normais. Que escolheram alguém diferente para o destino do país. (…). Nunca se perguntou por que as pessoas me seguem? Porque, no fundo, elas são como eu. Têm os mesmos princípios.”
Esse rápido diálogo é um resumo das ideias defendidas ao longo desse texto. O protagonista apontava uma arma para Hitler, ou seja, para a maior representação do fascismo político, na ilusão de que, se atirasse, o fascismo iria desaparecer junto. Porém, Hitler o lembra que o fascismo é mais que um movimento político e matá-lo não iria destruir as ideias que permitiram sua existência. É essa confrontação que devemos fazer.
Em 1961, a filosofa judia Hannah Arendt foi enviada para acompanhar o julgamento de um membro das SS, Adolf Eichmann, em Israel. Para a sua surpresa, o nazista era uma pessoa calma, “assustadoramente normal”. Inspirada nesse choque entre representação e realidade, a pensadora pronunciou a polemica frase: “se Eichmann fosse um monstro a humanidade estaria salva”.
O que ela quis dizer com essa afirmação? Monstros são pessoas que fogem à regra. Basta eliminá-los, como nos filmes de super-herói, e pronto. Temos um final feliz. Mas o Holocausto não foi perpetrado por monstros, mas por pessoas normais. Iguais a mim e a você. Esse fato é infinitamente mais assustador. Ele nos lembra que indivíduos “do bem” são capazes das maiores barbaridades.
Acusar-nos uns aos outros, não nos torna melhores que Eichmann e companhia, mas nos aproxima ainda dessas pessoas. Segundo Arendt, Eichmann tornou-se o carrasco nazista justamente por ser incapaz de raciocinar criticamente. Era um funcionário padrão e eficiente. Seguia ordens. Ele era o responsável por alocar os prisioneiros nos campos de contração. Cumpria sua tarefa sem refletir sobre os motivos e os fins dos seus atos. E supria sua carência reflexiva com preconceitos, seja lá o que esteja acontecendo, não importa, afinal, são todos judeus. Assim, ele se confortava e evitava o confronto consigo mesmo.
O psicólogo social Philip Zimbardo fez uma experiência muita esclarecedora. Ele selecionou algumas pessoas, todas sem nenhum histórico de “anormalidade”. Eram cordiais com os vizinhos, trabalhadoras e sem histórico criminal. O psicólogo colocou esses homens e mulheres numa sala fechada, diante de uma pessoa amarrada numa cadeira por fios elétricos. A cada pergunta errada do prisioneiro, os voluntários deveriam aplicar um choque elétrico, que começava com 15 volts e iria ficando cada vez mais forte, até atingir 450 volts. Era tudo simulação, o homem acorrentado era um ator que fingia estar sendo eletrocutado. Porém, os voluntários não sabiam. Zimbardo queria ver até que ponto essas pessoas aceitariam eletrocutar outra “em nome da ciência”. Enquanto o ator urrava de dor, dizendo que tinha problemas no coração e implorava clemência, alguns voluntários se sentiam incomodados, mas uma voz os dizia: “não se preocupe, eu sou o responsável, continue por favor”. E os choques prosseguiam. No final, 90% das pessoas testadas foram até o fim, apertando o botão dos 450% volts.
Zimbardo concluiu que essa marca foi possível porque estes homens foram colocados numa situação em que a sua responsabilidade havia sido delegada para terceiros. Eles eram apenas cobaias agindo em nome da ciência, do bem maior. Nesse contexto, eles operavam de modo mecânico, sem refletir sobre seus atos. É exatamente a mesma lógica que levou Eichmman a se tornar um genocida. “Pessoas que se enquadram cegamente em coletivos convertem a si próprios em algo como um material, dissolvendo-se como seres autodeterminados. Isto combina com a disposição de tratar outros como sendo uma massa amorfa”. (Adorno).
Comparar-se a Hitler virou a tábua de salvação de muitos. Os integralistas dizem, não somos fascistas porque aceitamos negros e judeus no movimento. Os liberais dizem, não somos fascistas, pois queremos o Estado-mínimo. Os “anarcocapitalistas” também retrucam afirmando defender a liberdade individual. Os conservadores seguem o mesmo caminho. O fascista é sempre o outro. “No meu caso é diferente”. “Minha ideologia é pura”. “É apartidária”. “Defende valores superiores”. Repetem todos, esquecendo-se apenas que essas frases também foram pronunciadas por Hitler.
Enfim, o fascismo não está na sua ideologia. Mas na sua capacidade ou não de contestá-la e relativizá-la. Na indisposição de usar o pensamento contra si mesmo ou utilizá-lo como uma arma política para exercer poder.
A crítica do sujeito é dolorosa porque não admite bode expiatório. Porque lembra ao indivíduo que sua responsabilidade não pode ser delegada. Por este motivo, ela é tão difícil e incomoda. Mas é um exercício ético que precisa ser praticado. Pois, enquanto isso não for feito, Hitler estará andando ao seu lado.
Para Saber Mais
• Theodor Adorno – Educação Após Auschwitz
• Theodor Adorno – Personalidade Autoritária
• Michel Foucault – Introdução à Vida Não Fascista
• Philip Zimbardo – Efeito Lúcifer

Amigo Neoliberal, sua defesa do Liberalismo não o livra de ser um fascista