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sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

A sociedade do cansaço e do abatimento social - Carta Maior

06/01/2016 - Copyleft

A sociedade do cansaço e do abatimento social

Um dito da revolução de 1968 dizia: 'metrô, trabalho, cama'. Agora se diz: 'metrô, trabalho, túmulo'. Quer dizer: doenças letais, perda do sentido de vida


Leonardo Boff

Arquivo RBA
Há uma discussão pelo mundo afora sobre a “sociedade do cansaço”. Seu formulador principal, é um coreano que ensina filosofia em Berlim, Byung-Chul Han, cujo livro com o mesmo título acaba de ser lançado no Brasil (Vozes 2015). O pensamento nem sempre é claro e, por vezes discutível, como quando se afirma que “cansaço fundamental” é dotado de uma capacidade especial de “inspirar e fazer surgir o espírito” (cf. Byung-Chul Han, p. 73). Independentemente das teorizações, vivemos numa sociedade do cansaço. No Brasil além do cansaço sofremos um desânimo e um abatimento atroz.
  
Consideremos, em primeiro lugar, a sociedade do cansaço. Efetivamente, a aceleração do processo histórico e a multiplicação de sons, de mensagens, o exagero de estímulos e comunicações, especialmente pelo marketing comercial, pelos celulares com todos os seus aplicativos, a superinformação que nos chega pelas mídias sociais, nos produzem, dizem estes autores, doenças neuronais: causam depressão, dificuldade de atenção e uma síndrome de hiperatividade.
  
Efetivamente, chegamos ao fim do dia estressados e desvitalizados. Nem dormimos direito, desmaiamos.
  
Acresce ainda o ritmo do produtivismo neoliberal que se está impondo aos trabalhadores no mundo inteiro. Especialmente o estilo norteamericano que cobra de todos o maior desempenho possível. Isso é regra geral também entre nós. Tal cobrança desequilibra emocionalmente as pessoas,  gerando irritabilidade e ansiedade permanente. O número de suicídios é assustador. Ressuscitou-se, como já referi nesta coluna, o dito da revolução de 68 do século passado, agora radicalizado. Então se dizia: “metrô, trabalho, cama”. Agora se diz: “metrô, trabalho, túmulo”. Quer dizer: doenças letais, perda do sentido de vida e verdadeiros infartos psíquicos.  


  
Detenhamo-nos no Brasil. Entre nós, nos últimos meses, grassa um desalento generalizado. A campanha eleitoral turbinada com grande virulência verbal, acusações, mentiras e o fato de a vitória do PT não ter sido aceita, suscitou ânimos de vindita por parte das oposições. Bandeiras sagradas do PT foram traídas pela corrupção em altíssimo grau, gerando decepção profunda. Tal fato fez perder costumes civilizados. A linguagem se canibalizou. Saiu do armário o preconceito contra os nordestinos e a desqualificação da população negra. Somos cordiais também no sentido negativo dado por Sergio Buarque de Holanda: podemos agir a partir do coração cheio de raiva, de ódio e de preconceitos. Tal situação se agravou com a ameaça de impeachment da Presidenta Dilma, por razões discutíveis.  
 
Descobrimos um fato, não uma teoria, de que entre nós vigora uma verdadeira luta de classes. Os interesses das classes abastadas são antagônicos aos das classes empobrecidas. Aquelas, historicamente hegemônicas, temem a inclusão dos pobres e a ascensão de outros setores da sociedade que vieram ocupar o lugar, antes reservado apenas para elas. Importa reconhecer que somos um dos países mais desiguais do mundo, vale dizer, onde mais campeiam injustiças sociais, violência banalizada e assassinatos sem conta que equivalem em número à guera do Iraque. Temos ainda centenas de trabalhadores vivendo sob condição equivalente à  escravidão.  
 
Grande parte destes malfeitores se professam cristãos: cristãos martirizando outros cristãos, o que faz do cristianismo não uma fé mas apenas uma crença cultural, uma irrisão e uma verdadeira blasfêmia.  
 
Como sair deste inferno humano? A nossa democracia é apenas de voto, não representa o povo mas os interesses dos que financiaram as campanhas, por isso é de fachada ou, no máximo, de baixíssima intensidade. De cima não se há de esperar nada pois entre nós se consolidou um capitalismo selvagem e globalmente articulado, o que aborta qualquer correlação de forças entre as classes.  
 
Vejo uma saída possível, a partir de outro lugar social, daqueles que vêm debaixo, da sociedade organizada e dos movimentos sociais que possuem outro ethos e outro sonho de Brasil e de mundo. Mas eles precisam estudar, se organizar, pressionar as classes dominantes e o Estado patrimonialista, se preparar para eventualmente propor uma alternativa de sociedade ainda não ensaiada mas que possui raízes naqueles que no passado lutaram por um outro Brasil e com projeto próprio. A partir daí formular outro pacto social via uma constituição ecológico-social, fruto de uma constituinte exclusiva, uma reforma política radical, uma reforma agrária eurbana consistentes e a implantação de um novo design de educação e de serviços de saúde. Um povo doente e ignorante nunca fundará uma nova e possível biocivilização nos trópicos.
 
Tal sonho pode nos tirar do cansaço e do desamparo social e nos devolver o ânimo necessário para enfrentar os entraves dos conservadores e suscitar a esperança bem fundada de que nada está totalmente perdido, mas que temos uma tarefa histórica a cumprir para nós, para nossos descendentes e para a própria humanidade. Utopia? Sim. Como dizia Oscar Wilde:  “se no nosso mapa não constar a utopia, nem olhemos para ele porque nos está escondendo o principal”. Do caos presente deverá sair algo bom e esperançador, pois esta é a lição que o processo cosmogênico nos deu no passado e nos está dando no presente. Em vez da cultura do cansaço e do abatimento teremos uma cultura da esperança e da alegria.
 
Leonardo Boff, colunista do JB on line e escritor
Créditos da foto: Arquivo RBA
A sociedade do cansaço e do abatimento social - Carta Maior

Maioria quer mudanças na economia, e não na Previdência Social, diz pesquisa | Brasil de Fato

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Celular da OAS revela um câncer: a doação privada | Brasil 24/7

Por que Jaques Wagner e Patrus Ananias não disseram a coisa certa? O PT acertou errando, ou errou para acertar. Ainda em favor do PT pesa o fato de que, mesmo tendo se utilizado das doações empresariais de campanha se propôs a suprimi-las.

Celular da OAS revela um câncer: a doação privada | Brasil 24/7

A audácia do TCU contra os acordos de leniência - Carta Maior

A audácia do TCU contra os acordos de leniência - Carta Maior

Alarme na Venezuela - Carta Maior


Não dá pra dizer que não é motivo para mal estar e desconforto. As experiências progressistas na A L estão em sério risco. Assim como a paz no continente. É triste e amedrontador. Justo quando portas promissoras pareciam se abrir, alimentando esperanças num futuro mais digno, tiram o oxigênio.

Alarme na Venezuela - Carta Maior

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Irã acusa Arábia Saudita de bombardear embaixada iraniana - Carta Maior

O REINO DO TERROR ACOSSA O IRÃ

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Alte Othon: a quem serve o Moro? — Conversa Afiada

Moro, um lesa pátria

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A política de vazamentos da Lava Jato - Carta Maior

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Dilma critica “dois pesos e duas medidas” no Brasil | Brasil 24/7

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Diário do Centro do Mundo » Por que os países do Ocidente evitam criticar a Arábia Saudita?

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Tortura de Moro é desmascarada em vídeo, de novo - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

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Procurador diz que é um “absurdo” Dilma salvar empresas da Lava Jato | GGN

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Canetada de Aécio Neves provoca demissão de quase 60 mil em MG - Carta Maior

Meritocracia tucana, pero no mucho!



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Uma conversa interditada: o país que o Brasil poderia ser - Carta Maior

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Central de Abastecimento em Santo André monitora agrotóxicos

É preciso entender a China: não é crise - é política econômica

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Encontro de Vênus e Saturno poderá ser visto esta madrugada | Agência Brasil

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Dr. Moro, o senhor sabia que os carros da PF/PR tinham R$ 202 mil para peças? - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Denúncias extremamente graves. Exigem no mínimo esclarecimento dos órgãos e autoridades mencionados. Silêncio não é resposta. O que dizem e quais medidas serão tomadas sobre? Não estão acima da lei...Ao menos, não deveriam...



Dr. Moro, o senhor sabia que os carros da PF/PR tinham R$ 202 mil para peças? - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

A "doação" de Moro para a PF: "embora não seja apropriado"? - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Como pode ser levada a sério a operação mega espetáculo coordenada por Sérgio Moro!? Não é sério...

A "doação" de Moro para a PF: "embora não seja apropriado"? - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Lula à PF: MP só prorrogou incentivo de FH e foi aprovada por unanimidade - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Estão querendo incriminar Lula tão desesperadoramente, que chegam a perder toda compostura. 

Lula à PF: MP só prorrogou incentivo de FH e foi aprovada por unanimidade - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Diário do Centro do Mundo » Dirceu “atrás das grades” é expressão “imprópria”, diz secretário do STJ

O cinismo institucional: Por que o presidente do STJ não se pronuncia?

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Depois do "banho" de Putin, é o Irã quem põe os EUA em "saia-justa" - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Depois do "banho" de Putin, é o Irã quem põe os EUA em "saia-justa" - TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

O ódio e a revanche de Mauricio Macri - Carta Maior


06/01/2016 - Copyleft
O ódio e a revanche de Mauricio Macri
A república macrista fantástica que se prometia em Clarinlândia era mentira. O eleitorado argentino deu um prêmio à direita mundial.

Raul Fitipaldi, no site Desacato (via Blog do Altamiro Borges)
Casa Rosada
Os primeiros 30 dias do governo de Maurício Macri estão por concluir. Como me comentou a colega argentina Nora Veiras, do programa 6,7,8, não há como desconhecê-lo. Macri conduz o Executivo argentino pela via democrática do voto representativo. Não há como negar sua procedência para estar onde está. A pequena margem da sua vitória não é tema que discuta a legalidade do lugar que ocupa. O que sim não é recomendável é reconhecer suas medidas e as do seu governo como democráticas, muito menos como populares, já que a maioria estão tingidas por uma pátina de ilegalidade, ou de legalidade discutível.

O eleitorado argentino deu um prêmio quase inesperado à direita mundial, aos capitais internacionais, aos banqueiros, às transnacionais e, muito em particular, aos Estados Unidos. Mas, em menos de 30 dias já suspeita que deu um tiro no pé. A república macrista fantástica que se prometia em Clarinlândia era mentira, como a maioria do que vende Clarín, e vendeu gato por lebre. Macri está destruindo a Argentina para dentro do país, e para fora, entregando-a de mão beijada. A democracia presente na Argentina é atingida de forma violenta e ícones e símbolos da malha social e pensante do país sofrem a perseguição diária, simbólica e prática, por parte desta espécie de “ditadura democrática” que encarnam Macri e sua equipe. Não se salva ninguém, nem sequer o Parlamento, nada. A buldozzer macrista não descansa.

A soberania monetária foi atingida na linha de largada. A moeda argentina foi desvalorizada com relação ao dólar um 40%. O passo imediato foi atingir a Lei de Meios que durante mais de 20 anos o povo argentino procurou com debates setoriais e populares ao longo do país. Um agrado especial ao CEO do Grupo Clarín, Héctor Magnetto, capo da campanha de toda e qualquer direita argentina, especialmente das ditatoriais. O seguinte foi uma agressão não muito bem explicada à Sede da Rádio das Mães de Praça de Maio, com apedrejamento e agressão a um funcionário da emissora. Dias depois foram liberados da prisão 5 militares da repressão. Depois veio o anúncio da demissão em massa de 2.035 trabalhadores do Senado argentino e, a repressão social, a proibição de trabalhar aos médicos formados em Cuba, e um ar de ameaças de clausura contra o Centro Cultural Néstor Kirchner além de demissões de 85% dos trabalhadores. Essas são as ações na linha de largada imputáveis a este governo antipopular e conservador que votaram os argentinos.

Muita pressa para tanta medida? Pode ser, é um direito do novo chefe da Casa Rosada, mas, o que se observa nos jornais e nas redes sociais é o desejo de enterrar a chamada “era K” (assim chamada em função dos mandatos do falecido Néstor Kirchner e de sua esposa, Cristina Fernández de Kirchner). Não se trata de apagar da história o peronismo, o que além de não ser possível não sugere nenhum desconforto ao capital nacional e internacional. A era K não foi uma era convencionalmente de esquerda, porém com avanços progressistas. Avanços especialmente importantes em algumas áreas sensíveis da política, a economia e a sociedade argentina. A reestatização de empresas estratégicas de transporte e energia, o bônus em favor dos aposentados, e o bônus por filho e gravidez, a legalização do casamento igualitário, o julgamento a genocidas da ditadura, a liberação do futebol de forma gratuita por via da tevê aberta, a repatriação de científicos que estavam no exterior, a lei de regulação da mídia e o ataque aos fundos abutres foram um acinte para os interesses da oligarquia argentina e seus sócios no exterior. A relação com a Venezuela bolivariana, com Cuba e a aproximação com outros países da região tornou-se inaceitável para o compadrio burguês.




Há mais de uma década que a direita, a oligarquia, alguns setores militares, os juízes conservadores e, especialmente, os grupos de Clarín e La Nación, vem acumulando ódio contra os governos kirchneristas e seus seguidores. Esse ódio e sua natureza de classe e econômica precisava sangue. A revanche está servida no pacote governamental de Maurício Macri.

Paralelamente, as ruas começam a se manifestar com formas parecidas àquelas que devolveram De la Rua de helicóptero. Em dois parques simbólicos da cultura portenha, o ex-ministro de economia de Cristina Axel Kicillof e o ex-titular da autarquia que regulava a Lei de Meios, Martin Sabbatella, mais os jornalistas do programa 6,7,8, reuniram algumas dezenas de milhares de pessoas que afirmaram, em primeiro lugar, que os movimentos sociais não consideram que a “era K” tenha terminado, com ou sem Cristina Fernández.

O que que que aconteça nos próximos 30 dias definirá com mais clareza como se comportarão Maurício Macri e a oposição capitaneada por Cristina Fernández. O que é seguro é que as veredas se manterão paralelas e enfrentadas até o final. Quem garantiu esse clima é o governo entrante de Macri com suas medidas de “choque elétrico” como alguém as batizou.

A América Latina, onde também venceu no parlamento a direita neoliberal venezuelana, passará por dura prova este ano. O setores progressistas precisam reagir de forma vigorosa pois, o vento traz ódio, revanche e o que é muito pior, ataque com e sem quartel às conquistas, pequenas que fossem, que os trabalhadores, os excluídos e as minorias obtiveram na primeira década do século, quando Hugo Chávez ainda estava presente para liderar e aconselhar os caminhos a serem transitados na região.

* Com colaboração de Tali Feld Gleiser.



Créditos da foto: Casa Rosada

O ódio e a revanche de Mauricio Macri - Carta Maior

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Fim dos ‘autos de resistência’ em ações policiais fortalece cidadania, diz secretário » Blog do Planalto

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"Bovinos" do Ceará são campeões de Matemática — Conversa Afiada

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Governo assina contratos de concessão de 29 hidrelétricas — Portal Brasil

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Movimentos sociais estão otimistas com a retomada do crescimento | Ceilândia em Alerta

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Mídia ignora operação da PF que prendeu 'doutores' ladrões do SUS — Rede Brasil Atual

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Brasil tem 6 das 100 obras mais importantes do mundo | Brasil 24/7

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'Não acredito que haja um futuro se o patriarcado continuar' - Carta Maior

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Kátia Gerab Baggio: Hipocrisia da oposição e síndrome de Estocolmo do governo Dilma - Viomundo - O que você não vê na mídia

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Eduardo Cunha e Gilmar Mendes, justiça poética para duas almas gêmeas | bloglimpinhoecheiroso

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Macri (Aecím) manda médicos cubanos embora — Conversa Afiada

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Direita chilena propõe castigar quem enaltecer Salvador Allende - Portal Vermelho

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A sociedade do cansaço e do abatimento social - Carta Maior

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CLAUDICANDO: O pior governo do mundo

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CLAUDICANDO: Como os EUA e a UE manipulam a consciência pública – O caso de Montenegro

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Diário do Centro do Mundo » Existe apenas uma coisa pior do que FHC no Manhattan Connection. Por Paulo Nogueira

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Onde o PSDB se elege, o PCC governa | Ficha Corrida

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Lula e Dilma discutem nova política econômica | Brasil 24/7

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INFORMAÇÕES EM FOCO: Governo deve tratar mídia como partido de oposição...

Governo deve tratar mídia como partido de oposição, diz sociólogo Emir Sader



A mais significativa e a mais grave afirmação feita pelos órgãos da mídia brasileira nos últimos tempos foi de autoria de Judith Brito, executiva da empresa Folha de S. Paulo, em 2010, quando ela era presidente da Associação Nacional de Jornais:



"Na situação atual, em que os partidos de oposição estão muito fracos, cabe a nós dos jornais exercer o papel dos partidos. Por isso estamos fazendo."

A declaração é extremamente grave para a democracia brasileira – afetando tanto o papel dos partidos, quanto da mídia e, especialmente, o processo de formação da opinião pública. Ela não foi tomada a sério em todas as suas consequências, como se se tratasse de uma confissão de sinceridade de uma executiva, sem refletir processos profundos, que pervertem a democracia brasileira.

É verdade que há uma crise generalizada de representação dos partidos, processo para o qual a própria mídia colabora cotidianamente, ao desqualificar a política, os políticos, os governos e os próprios partidos e, promover, de forma implícita ou explícita, os mercados. Uma crise que é generalizada praticamente em todos os países, porque as formas de fazer política se esgotaram, dado o caráter extremamente formal das formas de representação mas, sobretudo, pela perversão que o poder do dinheiro introduz cotidianamente na política, nas eleições, nos próprios governos.

Mas a mesma mídia que promove diariamente o desprestígio da política se vale disso para – como declarou a própria executiva da Folha – substituir os partidos. Com isso, produz um duplo efeito negativo para a democracia: enfraquece as formas tradicionais de representação, fundadas no voto popular, e deforma profundamente o papel da mídia, ao fazer com que ela assuma o papel de partido de oposição.

A formação da opinião pública é um componente essencial da democracia, porque nela deveriam expressar-se a diversidade de pontos de vista, de reivindicações e de interesses existentes na sociedade. Quando a mídia, que tem um papel central nesse processo, se alinha, de forma confessa, como partido e partido de oposição, renuncia completamente a desempenhar esse papel.

No Brasil, desde 2003, esse papel da mídia é evidente. Em primeiro lugar, pela sua escandalosa parcialidade na informação. Há uma censura evidente, que seleciona, deformando conscientemente as informações contrárias ao governo – como se constata no Manchetômetro -, como deixando de difundir, ou fazendo-o de maneira deformada, toda informação favorável ao governo. Em segundo lugar, atuando efetivamente como partido, ao desenvolver campanhas sistemáticas, sempre contra o governo, de pessimismo econômico e de denuncismo.

Os jornais e revistas não se limitam a emitir suas opiniões nos seus editoriais, entregando informação de maneira mais ou menos objetiva e abrigando nas colunas de opinião diversidade de pontos de vista. Tudo é editorializado, é deformado pelo ponto de vista partidário dos donos das publicações.

A executiva da Folha tem razão: dada a fraqueza dos partidos de oposição, a mídia tem desempenhado o papel de partido de oposição. Portanto, já não são formadores democráticos de opinião, são partidos políticos e têm que ser considerados assim. (Lembremo-nos que Obama caracterizou a Fox como um partido político de oposição e passou a tratá-lo dessa maneira.) Se há essa confissão da então presidente da ANL, basta isso como prova: devemos considerá-los formalmente como partido de oposição e o governo também deve fazê-lo, para todos os efeitos.


Fica fazendo falta então partidos representativos e mídia democrática. O fim dos financiamentos empresariais pode ajudar aos partidos, mas sua desmoralização requer lideranças de forte legitimidade popular para recuperar formas democráticas de representação política. E a democratização da formação da opinião pública requer que se termine com essas formas pervertidas de mídia-partido opositor, que fazem mal para a política, para a mídia e para a democracia.

INFORMAÇÕES EM FOCO: Governo deve tratar mídia como partido de oposição...: Do Brasil 247 A mais significativa e a mais grave afirmação feita pelos órgãos da mídia brasileira nos últimos tempos foi de autoria d...

Diário do Centro do Mundo » Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise. Por Carlos Fernandes

Diário do Centro do Mundo » Bolsa da China deixa clara cafajestice com que imprensa e oposição trataram da crise. Por Carlos Fernandes

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Mídia esconde que novo chefe do Congresso venezuelano provocou chavistas | Brasil 24/7

Mídia esconde que novo chefe do Congresso venezuelano provocou chavistas | Brasil 24/7

UMA LAMBUZADA NO "EXAME DE CONSCIÊNCIA'!

O PT tem de fazer um exame de consciência sim, como diz Patrus Ananias. Mas não exatamente pelas razões que alega. Motivo mais forte pra isso existe no fato de deixarem seus quadros fritarem em escândalos forjados ou turbinados contra o partido, como foi o Mensalão. Petistas foram condenados, inclusive dirigentes históricos. Dirceu e Genoíno por exemplo, são fundadores e desempenharam papel determinante na escalada do partido ao governo federal. O julgamento da AP470 deu-se em clima de linchamento e obedeceu aos ditames de um verdadeiro auto de inquisição. Genoíno saiu desse processo alquebrado e com a saúde gravemente abalada. Foi lhe concedida anistia, que chamam "perdão", e ao que parece, não manifesta mais interesse direto na atividade política. 
José Dirceu, por sua vez, voltou para a cadeia, atendendo ao capricho de um mentecapto meretríssimo em busca de notoriedade graciosa Mesmo não se comprovando a suspeita levantada pela metralhadora giratória da lava jato, arrisca permanecer na cadeia, justamente por conta dessa suspeita não confirmada. Ao ser indiciado, embora inocente, perdeu o direito de cumprir a pena em regime semi aberto, como vinha cumprindo.
Enfim. assistisse-se a uma sucessão de ações abusivas cometidas contra um dirigente do peso e com a história de José Dirceu, e não se viu até agora o partido protestar oficialmente e nem seu presidente esboçar qualquer reação, fosse de repúdio ou ao menos, de solidariedade para o "companheiro". Pelo contrário, em entrevista fez distinção entre seu caso e o de Vaccari, descartando defender o ex presidente do partido por entender que sua prisão deveu-se às suas atividades privadas...Portanto, sem relação com o PT. Mas a defesa de Vaccari também não se vê sendo feita em lugar algum. Ou limita-se ao pagamento de um advogado.
Com esse comportamento, dão todo cabimento ao que o anti petismo diz acerca do PT ter se tornado o partido dos traidores. Claro que não é.,,Mas a indiferença em face desses eventos. desperta crescente suspeita entre muitos petistas.
Mais do que qualquer outra coisa, isso exige do PT, especialmente de sua elite dirigente, um minucioso e mui rigoroso exame de consciência.

Mas não é só isso. Entre algumas observações pertinentes acerca da burocratização do partido e da inserção de oportunistas em suas estruturas, Patrus decidiu ilustrar sua fala com um exemplo daquilo que segundo ele, estaria a exigir do PT um profundo exame de consciência. E foi bastante infeliz na escolha do pecado. Chovendo no molhado, condena o recebimento de doações de empresas para o partido em campanhas passadas. Não se pode dizer que aceitar esse meio de sustentação de campanha eleitoral tenha sido um procedimento correto e mais de acordo com os princípios que nortearam o programa político do PT. Mas não seria o caso de interrogar sobre se havia escolha ou alternativa, para quem realmente tinha o propósito de eleger o presidente da república? Acaso lograria a vitória sem receber esse tipo de financiamento? Era isso, ou resignar-se a denunciar perpetuamente o abuso econômico das campanhas tucanas e afins. Claro que essas denúncias restariam engavetadas pelo procurador de plantão e levadas ao esquecimento pela omissão da mídia.
Esqueceu que o PT propõe o fim desse tipo de financiamento desde há muito tempo e nesse ano que findou-se o Diretório Nacional decidiu por não mais receber doações de pessoa jurídica. O 5° Congresso reafirmou corretamente a defesa da constituinte da reforma política e pelo fim do financiamento privado de campanha por empresas. Não aprovou a posição do DN, é verdade, mas se o fizesse e o STF decidisse de modo diferente de como veio a decidir posteriormente? .O PT deveria resignar-se a enfrentar uma eleição com uma campanha franciscana enquanto seus adversários, que não têm nada de pobres, promoveriam a festa em comícios suntuosos.
Com isso deixou de realçar a luta histórica do partido pelo financiamento público de campanha, sendo que a decisão do STF apenas corroborou um dos aspectos fundamentais dessa luta. .
Triste é ver que não está sozinho nessa toada. O ministro Jaques Wagner adotou a mesma linha. Para ele os petistas lambuzaram-se no melaço do poder. Gostaria de saber em qual governo ele seria ministro da casa civil se o PT não tivesse se "lambuzado". Por acaso foi o PT quem criou a regra? Por acaso acomodou-se a ela, abandonando a luta pelo financiamento público já que estavam se beneficiando com o financiamento privado? Por acaso não foram os petistas os únicos a pagarem com o preço de suas reputações e de sua liberdade, por terem ousado entrar numa seara que as elites reputavam como de seu exclusivo usufruto? Quantos tiveram contas secretas em paraísos fiscais reveladas? Quantos ficaram notoriamente ricos? E qual político ou qualquer outro no país, já foi preso, e no caso, sendo do partido do governo, e que, por falta de provas convincentes, mesmo assim foi condenado com base na esdruxula (no contexto) "teoria do domínio do fato"? E afinal, foi tão ruim assim para o povo e para o Brasil?
Seria interessante saber o que os militantes petistas (eles existem, apenas não são escutados), pensam sobre isso. Algumas lideranças estão mostrando o que pensam. E pensam muito mal. Resilientes e mais pragmáticos do que aqueles a quem implicitamente acusam de terem sido demais pragmáticos.Tem se a impressão de que no interior do PT há um quadro de degeneração que preocupantemente se acelera, a ponto de trocarem a exposição na mídia por um discurso que soe agradável aos ouvidos do golpismo e do anti petismo..
VOLTA DIRCEU!.

Patrus Ananias: PT precisa de “exame de consciência” | Brasil 24/7

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1725212-o-pt-se-lambuzou-diz-jaques-wagmer-ministro-da-casa-civil.shtml

Contrariando a Folha, de 100 metas de Haddad, apenas 5 falham | GGN

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Milícia armada desafia autoridades norte-americanas ocupando parque nacional - AFP - UOL Notícias

Milícia armada desafia autoridades norte-americanas ocupando parque nacional - AFP - UOL Notícias

Currículo do Secretário de Comunicação do STJ pode explicar o tweet do STJ sobre José Dirceu | MariaFrô

UM CORRUPTO SECRETARIANDO A COMUNICAÇÃO DE UM TRIBUNAL SUPERIOR, ZOMBANDO DA SORTE DE UM INOCENTE CONDENADO.

Currículo do Secretário de Comunicação do STJ pode explicar o tweet do STJ sobre José Dirceu | MariaFrô

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

TORTURA EM ZÉ DIRCEU


A tortura em Zé Dirceu.


Quando o Juiz Sérgio Moro decretou a prisão de José Dirceu, o envolvendo diretamente na Operação Lava Jato, os militantes do Partido dos Trabalhadores perceberam que o Comandante, aquele que transformou um amontoado de ideias, na mais respeitada e vitoriosa agremiação partidária do Brasil sabia ele que aquele momento era um grande baque na moral da tropa. Também sabiam que foi durante o período em que Zé se tornou, em 1995, presidente do PT, que ele teria montado as estratégias que levariam Luís Inácio Lula da Silva e seu grupo a Presidência da Republica no ano de 2002. O que aconteceria novamente quatro anos depois, com a hoje presidenta Dilma Roussef a conseguir dar sequência ao projeto de desenvolvimento e apoio aos mais carentes da sociedade. Transformando, ele e todo o grupo de Petistas, em alvo de perseguição por uma parte da imprensa, dos velhos políticos, da sociedade que agora divide avião com a nova classe, e de parte justiça. Que parece estar empenhada em destruir um dos símbolos da recondução do país a democracia. A militância ficou órfã do seu Comandante.
Distante dos holofotes, o Zé, como amigos e familiares mais próximos o tratam, é uma pessoa comum. Igual a qualquer um de nós. Sorri como um mortal, conversa sobre temas distantes da politica. Gosta de contar, e muito mais de ouvir histórias. Atencioso com quem o visitava em casa. Estava sempre a disposição de um bom papo. Certa feita, ele foi visitado por alguns políticos. Conversa vai, conversa vem, Zé foi perguntado sobre o que estava achando da situação do país. Isto aconteceu no inicio de 2015, em Brasília. Ele então falou da situação politica na Bahia, da força de Wagner, discorreu sobre o que acontecia em Sergipe, e perguntou sobre Márcio Macedo, que veio mais tarde se tornar o Tesoureiro do PT, após a prisão de Vaccari, do Rio lembrou da liderança de Cantalice, em Minas falou sobre Pimentel e Durval Ângelo. O velho Comandante mostrava que estava privado da circulação, mas que tinha o controle de tudo o que acontecia na politica nacional. Não ficou uma região de fora daquela conversa.
Naquele dia, percebemos o carinho que Zé demostrava com sua filha, a caçula, do atual casamento dele. Enquanto rolava a conversa, por várias vezes ele se levantou para dar atenção a garota. Hora era para ajuda-la com uma moto elétrica, outra para atender ao chamado da mesma e ver algo no celular da filha.
No dia em que Zé foi levado, novamente a prisão, por determinação de Moro, aquele momento já era esperada por todos, ele estava cumprindo a prisão domiciliar. Foi o que alguns juristas chamaram de “prisão da prisão”. Caracterizando um fato extraordinário na justiça, não tendo registros anteriores na literatura. E mesmo sendo algo difícil de ser aceito por todos, eles tiveram que superar mais esse baque. Com certeza, o que mais doeu em Zé, provavelmente, foi ter que ficar distante de sua família. Esse “medo” era visível no rosto dele. O amor demostrado por ele aos filhos esteve presente, e pode ser visto por quem esteve com eles. Levado, encarcerado, acusado por criminosos confessos, o maior estrategista é vitima da tal “delação premiada”. Que consiste na deduragem de um bandido, em acordo com um juiz, para acusar, mesmo que não tenha nenhuma prova, pessoas que terão que se defender. O quadrilheiro, depois de fazer as denuncias que agradam a justiça, recebe como prêmio a diminuição de sua pena, e em alguns casos, a sua liberdade. Deixando que todos os supostos envolvidos tenham que se explicar.
Preso desde o dia, 03 de agosto de 2015, Zé está na cadeia no estado do Paraná, onde está a base da justiça que tenta desvendar os crimes que envolvem recebimento de dinheiro por ex-funcionários da Petrobras em conluio, segundo as delações, com políticos. Mas ele ainda não foi ouvido pela justiça. E enquanto outras pessoas que foram encarceradas, Zé Dirceu já deixou bem claro que não participará de nenhuma delação, seja ela premiada ou não. Talvez esteja nesta informação, o que realmente acontece naquela prisão. Zé está sendo torturado psicologicamente para que, cansado, humilhado, venha a falar de algo que não teve a sua participação.
Lembremos o caso da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, que em seu voto contra ele, no caso Mensalão, declarou “Não tenho provas contra Dirceu, mas vou condena-lo porque a literatura jurídica me permite”. Ou seja, ela o condenou sem que tivessem uma única prova contra ele. O que mostra que mais do que qualquer coisa, o objetivo era o de destruir a cabeça que comandava o Partido dos Trabalhadores. E que o fez ser o maior da esquerda nas Américas.
Mas há uma certeza no seio da família do Dirceu. As coisas estão difíceis, mas vão ser superadas. Para o filho, e Deputado federal Zeca Dirceu, que o visita semanalmente na prisão. Uma coisa importante para a militância cobrar, é que o Zé seja ouvido, e não continue a ser torturado psicologicamente. E que o Moro ouça, investigue e julgue, imparcialmente. Não como a Rosa Weber, mas segundo o que determina o inciso LVII do art. 5º da Constituição Federal de 1988: "ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória".
A atual prisão no Paraná não se justifica juridicamente, há não ser do ponto de vista politico. Viés que vem sendo praticado pelos membros do comando da operação lava jato.
Na prisão o Zé Dirceu passou por problemas de saúde. Hipertenso, ele teve complicações por ter ficado sem os seus medicamentos nos primeiros dias de sua prisão, agravando seu quadro de saúde. O que poderia levar a complicações mais sérias, caso a justiça demorasse ainda mais a autorizar o uso das mesmas. Naquele momento, ele teria, segundo relato, entrado em um quadro inicial de depressão. Não agravado porque os familiares providenciaram médicos e organizaram as visitas. Hoje ele está em um centro médico. Sua saúde melhorou bastante, e ele está com o moral elevado, esperando que seja feito justiça em seu caso. Que um criminoso, por força de uma delação sem provas, não possa ter a força que vem alcançando nos tribunais. Hoje, qualquer bandido acusa alguém e sai da cadeia, deixando para trás, pessoas que irão enfrentar as barras da justiça para provar a sua inocência. Invertendo o sentido do Direito. “Há dois pesos e duas medidas” disse Zeca, se referindo a justiça contra as lideranças de esquerda, e aquela que não faz o mesmo quando são lideranças do PSDB e da Direita Brasileira. Evidenciados na postura da policia federal, do ministério público, e do judiciário. A única coisa que se espera é justiça!
Dimas Roque.
Foto: G1.
DIMAS ROQUE

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Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.Mateus 22:21
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sábado, 2 de janeiro de 2016

Moreno: PT começa governo solo em 2016 | Brasil 24/7

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Por que a velha mídia, principalmente a Globo, odeia José Dirceu? | bloglimpinhoecheiroso

Por que a velha mídia, principalmente a Globo, odeia José Dirceu?



Pelos seguintes motivos:
1 – Foi José Dirceu, quando ministro da Casa Civil (chefe do Gushiken), que deu a ideia de se regular as mídias. Criar uma Ley De Medios, e a Globo não perdoa.
2 – Foi José Dirceu que acabou com a farra da Globo. Antes de Lula, toda a verba de publicidade do governo era dividida somente entre 499 veículos.
3 – E para cada R$1,00 de verba publicitária do governo, a Globo ficava com R$0,80 (80%).
4 – José Dirceu redistribuiu a verba publicitária do governo entre cerca de 9 mil veículos. Antes eram só 499. Agora, Globo só recebe 16% do total.
5 – Foi ideia do José Dirceu criar o Ministério das Cidades que acabou com o poder dos coronéis locais. Oposição e velha mídia não perdoam.
6 – Foi José Dirceu quem acabou com a farra dos livros didáticos que eram publicados pela Editora Abril e Fundação Roberto Marinho.
7 – Foi José Dirceu que articulou e viabilizou a governabilidade do governo Lula.
8 – Foi José Dirceu que barrou Demóstenes de ser o secretário Nacional de Justiça. Demóstenes e Cachoeira se juntaram para ferrar José Dirceu.
9 – Por que José Dirceu sofre perseguição do Ministério Público? Em 2004, foi ideia de José Dirceu de se criar um controle externo sobre o MP.
10 – Por que Peluso não gosta de José Dirceu? Márcio Thomaz Bastos indicou a Lula o nome de Peluso para o STF. José Dirceu barrou. Márcio Thomaz Bastos forçou a barra.
11 – José Dirceu, quando ministro chefe da Casa Civil, fechou as portas do BNDES à mídia: “Dinheiro só para fomentar desenvolvimento, jamais pagar dívidas.”
12 – José Dirceu fez o BNDES parar de financiar as privatizações e deixar de ser hospital para empresas privadas falidas.
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WhatsApp DE JOSÉ DIRCEU


Não há porque se surpreender com a reporcagem do Estadão sobre José Dirceu,. Mais uma das punhaladas que a mídia golpista, e não só ela,  periodicamente desfere contra ele. Golpear suas feridas  tornou-se costume mais do que banalizado na imprensa brasileira.
O PT tem contribuído com a mídia golpista nesse aspecto, ao adotar silêncio constrangedor face aos ataques contra um dos seus maiores dirigentes e demiurgo.  Foi, e ainda é de longe, o quadro mais capaz e mais completo do Partido dos Trabalhadores. Por isso mesmo tornou-se alvo prioritário da ofensiva da direita e da despeita de obtusos companheiros que não querem mais vê-lo ocupando papel protagonista no partido. Preferem pagar o preço do sangramento da própria reputação, contanto que Dirceu permaneça afastado da militância.
Talvez seja o caso de aliados como o PC do B, ou a Frente Brasil Popular, que inclui o próprio PT, organizarem o movimento por sua libertação, já que não se pode mais esperar que o partido fundado por ele o faça.
Consola saber que o guerreiro não depôs as armas. Para o pavor do anti petismo e dissabor daqueles que o sabotam internamente.



José Dirceu




Sindicalistas e o PT na Câmara, veja no WhastApp de José Dirceu

POR MATEUS COUTINHO E RICARDO BRANDT
30/12/2015, 05h00
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Conversas pelo celular do ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula com sua ex-assessora política Maria Alice Vieira abertas pela Lava Jato revelam como o petista ainda se mantinha ativo politicamente mesmo na prisão domiciliar do mensalão
O ex-ministro José Dirceu, que está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ex-ministro José Dirceu, que está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
Mensagens de WhastApp interceptadas pela Polícia Federal no celular do ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, mostram que ele se mantinha ativo politicamente discutindo sobre indicações políticas no governo, sobre disputas no Congresso e até agendava reuniões com líderes sindicais enquanto cumpria prisão domiciliar no ano passado sua pena de sete anos e 11 meses por corrupção ativa no escândalo do mensalão. Em agosto de 2015 ele foi preso novamente, desta vez acusado de receber propinas no esquema de corrupção na Petrobrás, e atualmente ele é réu na Justiça Federal no Paraná respondendo pelos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Um dos diálogos que mais chamou a atenção dos investigadores da Polícia Federal foi com a historiadora e ex-assessora política do ex-ministro, Maria Alice Vieira. Em 10 de novembro de 2014 ela envia uma mensagem a Dirceu sobre o cenário político. “As coisas estão em total ebulição, mas tem questões imediatas como a disputa da câmara que vai envolver todo mundo”.
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O ex-ministro então responde “eu sei, vamos ver o que dá pra fazer”. Na época, a presidente Dilma havia acabado de ser reeleita e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desafeto do governo, já articulava sua candidatura para a Presidência da Câmara que acabou saindo vitoriosa em fevereiro de 2015 contra o petista Arlindo Chinaglia. Para a Polícia Federal, o episódio aponta que Dirceu “ainda utiliza sua influência no cenário político brasileiro”.
Em outro momento da conversa Dirceu diz que não foi procurado por “Rui”, uma possível referência ao presidente do PT Rui Falcão. “Até agora Rui não me procurou, o que significa que como no (regime ) semiaberto ele não me procurará”, afirmou o ex-ministro em referência ao período em que cumpriu parte de sua pena na penitenciária da Papuda, em Brasília.
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Em seguida ele afirma que vai se encontrar com “Zeca” para discutir a situação da “bancada”. “Zeca vem tomar café comigo amanhã e me relatar como foi o jantar e a situação na bancada”. O filho do ex-ministro, Zeca Dirceu, é deputado federal do PT pelo Paraná. O partido também tem um deputado federal chamado Zeca do PT, do Mato Grosso do Sul.
Mais tarde, na mesma conversa, o ex-ministro faz uma breve análise do cenário político logo após a apertada vitória de Dilma nas eleições presidenciais. “Tudo indica que aos poucos Lula e a própria bancada vão se organizando para a disputa da presidência, formação da maioria e indicação (de) ministério, mas tudo dependerá dela”, afirma.
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Sindicalistas. Outros pontos do diálogo que chamaram a atenção da PF são as reuniões do ex-ministro com sindicalistas enquanto ele cumpria sua pena em regime aberto, no qual o condenado só pode sair de casa para trabalhar e tem que cumprir uma série de restrições. Em oito de novembro Maria Alice cumprimenta Dirceu e este avisa que está em uma reunião com “Jacy”, que segundo a PF seria o secretário de Organização Política e Sindical da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ligada ao PT. O ex-ministro avisa que o sindicalista saiu tarde e pede para conversar no dia seguinte.
No dia 10, então, ele relata: “Jacy Afonso esteve aqui e vamos trabalhar juntos algumas questões, ele está muito interessado na questão da mídia”, e segue “marque com o Wagner Freitas (presidente da CUT) o mais rápido possível”. O ex-ministro é logo respondido por Maria Alice “ok, falo com ele hoje”. Eles então acertam o encontro para uma quinta-feira e Maria Alice questiona se vai ser na residência de Dirceu, ao que ele responde “sim, com descrição total”.
O conteúdo das mensagens confirma o que já havia informado a reportagem do Estado em junho de 2015 que afirmava que Dirceu, embora afastado oficialmente da política, ainda acompanhava de perto as movimentações do PT.
No último dia 24 de dezembro a presidente Dilma publicou um decreto de indulto natalino que pode livrar o ex-ministro de sua pena pelo mensalão. A defesa de Dirceu deve pedir o benefício ao Supremo. O indulto, contudo, não livra o ex-ministro do processo do qual é réu na Lava Jato.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE DIRCEU:
O criminalista Roberto Podval, que defende o ex-ministro, afirmou que “Dirceu foi condenado no mensalão, mas não esta morto, o direito de atuar politicamente não lhe foi tirado, portanto, é obvio que o mesmo mantinha contatos com vários amigos e falava sobre política”.
O advogado lembra ainda que o próprio juiz Sérgio Moro, ao ser confrontado com os diálogos, apontou que eles não implicavam Dirceu em nenhuma irregularidade relacionada ao processo da Lava Jato do qual ele é réu.
COM A PALAVRA, MARIA ALICE VIEIRAS:
“É de conhecimento público que assessorei José Dirceu desde o momento em que o mesmo resolveu defender-se publicamente. Além disso, fui responsável pelas atividades relacionadas à sua história política, recebendo pesquisadores, organizando palestras, realizando pesquisas para artigos e publicações e também sobre a geração de 68.
A partir de sua condenação na AP470, em 2012, e principalmente após sua prisão no final de 2013, meu contato com ele diminuiu muito, mas sempre que possível conversamos e trocamos opiniões sobre episódios relacionados a política brasileira e ao PT. Além disso, inúmeros amigos e companheiros, agentes políticos ou não, me procuravam durante esse período querendo conversar e ver o José Dirceu. E eu, em alguns casos, articulei essas conversas. Vale lembrar que foi mais ou menos nesse período que ele passou ao regime aberto, o que possibilitou ao mesmo retomar contato com pessoas que não o viam há tempos.
Também é público o fato de que a prisão de José Dirceu não anulou seus interesses sobre os rumos do país e sobre a disputa política pesada que por aqui se estabeleceu. Ele sempre acompanhou e, inclusive, posicionou-se diariamente sobre todos os temas relacionados à política e à economia em seu blog, mesmo depois que foi preso.
Diante disso, essas mensagens, telegráficas, entrecortadas e pontuais, nada dizem além disso: troca de impressões e de opiniões. Não tenho a menor ideia dessa fala dele sobre Jacy Afonso e mídia, tanto que não respondi esse comentário. Sobre a disputa da Câmara, o diálogo é genérico e não deve ter maiores significados. Envolver todo mundo quer dizer envolver o conjunto do PT, todos os grupos e correntes. E não tenho detalhes sobre o envolvimento direto dele nessa disputa.
Por último, não tenho cargo no PT nem na Fundação.
Att,
Maria Alice”
Sindicalistas e o PT na Câmara, veja no WhastApp de José Dirceu

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sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz 2016, Zé Dirceu! | Brasil 24/7

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Democracia & Política: LAVA-JATO: 2 PESOS, 2 MEDIDAS

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‘Artigo de Dilma: conteúdo certo, veículo errado’ | Brasil 24/7

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Democracia & Política: SENADOR REQUIÃO DÁ PALMADA NO JUIZ MORO

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
SENADOR REQUIÃO DÁ PALMADA NO JUIZ MORO

Requião dá umas palmadinhas em Sergio Moro

Por Miguel do Rosário

"Quem sou eu para falar mal do juiz Sergio Moro, esse "heroi", esse "paladino glorioso na luta contra a corrupção no país"!

"O homem que salvou 2015", segundo a "Veja"!

Posso apenas lhe fazer algumas singelas e humildes advertências sobre o que poderiam chamar de "relações promíscuas" com a mídia.

Eu mesmo já andei cometendo a imprudência de associar o "Prêmio Faz Diferença" a uma propina da mídia, ainda mais antiética do que uma propina propriamente dita, porque mais capciosa, mais falsa, mais hipócrita.

Sergio Moro agora é figurinha carimbada em eventos da grande mídia: Faz Diferença, Abraji, reuniões de socialites bancadas por João Dória, evento da Veja.

E agora resolveu retribuir a paparicação com opiniões contrárias à única lei, aprovada há pouco, que protege cidadãos contra os arbítrios de uma mídia cevada na ditadura: a Lei do Direito de Resposta.

O senador Roberto Requião, autor da Lei, tenta explicar a Moro que, ao contrário de ser censura, trata-se de um instrumento de liberdade política, para cidadãos até então vulneráveis a grupos de mídia sem nenhum compromisso com a democracia, liberdades civis e a dignidade humana, direitos consagrados em nossa Constituição.

Leia abaixo:

Requião explica ao Moro o Direito de Resposta

Ele não entendeu...

Do site do senador Roberto Requião (PMDB-PR) (via Conversa Afiada):

O que o juiz Moro não entendeu sobre a Lei de Direito de Resposta

"Como autor da Lei do Direito de Resposta (Lei 13.188/2015), venho retificar erros cometidos pelo juiz Sérgio Moro na consideração dos efeitos da lei, segundo matéria publicada no "Valor" (24/11/2015). As observações equivocadas do jovem magistrado foram dadas à luz no palco da "Associação Nacional dos Editores de Revistas", beneficiários dos equívocos de interpretação.

Dentre os erros que merecem reparo, destaca-se o de que a norma poderia ser usada como instrumento de censura. Definitivamente não. Sou dos que mais lutaram para combater a cassação das liberdades fundamentais instituídas pelo regime militar. Entre as arbitrariedades que nos eram impostas, a censura era uma das mais deletérias e cruéis.

E o que configura a censura? Para a ciência política, ela é o exame prévio de um texto de caráter artístico ou informativo, feito por um ente censor, a fim de autorizar sua publicação, exibição ou divulgação.

O inciso V do art. 5º (que confere, em tese, o direito de resposta proporcional ao agravo) possui todos os elementos naturais de uma norma de eficácia plena; apesar disso, tem sido, na prática, tratado como norma de eficácia limitada, ou seja, como se não pudesse produzir efeitos enquanto não fosse regulamentada por lei.

Daí que quase ninguém que tenha sido ofendido tenha tido, na prática, a tempo e modo, o direito ao contraditório na divulgação de matérias ofensivas. A imprensa acusa, julga e condena, sem direito ao contraditório. Essa era, até agora, a regra.

O que ocorria antes da Lei da Direito de Resposta era que, veiculada uma ofensa pela imprensa, feria-se a honra de uma pessoa sem que a ela se concedesse o direito de ofertar aos mesmos destinatários, seu contraditório, ou seja, sua versão dos fatos.

Antes da Lei do Direito de Resposta, no caso de ofensa divulgada, restava ao ofendido esmolar perante os meios de comunicação ofensores a divulgação de eventual resposta que, no mais dos casos, era noticiada de modo restrito e insuficiente. No caso da imprensa escrita, em geral, em uma irrisória seção de “erramos” ou em notas de rodapé. Isso quando não era simplesmente desconsiderado o pedido de resposta.

Em suma, a resposta proporcional ao agravo, essa sim, era submetida à censura. O censor era o próprio ofensor que, a seu critério (se é que tinha critério) decidia por veicular ou não a resposta, dando-lhe a dimensão e o destaque que desejasse, sem que o ofendido tivesse a quem recorrer. Feria-se, assim, de morte o princípio da proporcionalidade da resposta em relação ao agravo, consagrado no texto do inciso V do art. 5º da Constituição Cidadã.

No mais das vezes, dez, vinte ou mais anos depois, o Poder Judiciário condenava o meio de comunicação a pagar indenizações – muitas delas insignificantes – e a veicular uma resposta que, de forma alguma, surtiria o efeito do dano à honra produzido para divulgação da ofensa.

Ao lado do direito de resposta, a Constituição assegura “a todos o acesso à informação” (inciso XIV do art. 5º). E esse direito de todos a ouvir o contraditório tem sido por anos violado quando a imprensa não atende aos pedidos dos ofendidos de veiculação de suas respostas.

Se o juiz Moro e os leitores do "Valor" refletirem sobre os fatos verão que, se censura houve, foi até à promulgação da Lei do Direito de Resposta. E não só censura, mas também violação do direito de todos à informação. É o que acontece, por exemplo, quando um trecho selecionado de um depoimento de delação em processo criminal é clandestinamente dado a conhecer, em geral com exclusividade, a um determinado órgão de imprensa (o chamado "vazamento seletivo"). Talvez incomode aos beneficiários dessa reprovável prática hoje banalizada que os prejudicados venham a querer fazer uso da Lei do Direito de Resposta para assegurar o contraditório.

A Lei do Direito de Resposta não possui qualquer dispositivo que censure o trabalho da imprensa. Apenas amplia a informação fornecida, por proporcionar aos ofendidos o direito de responder sem ser censurado pela poderosa censora, o quarto poder, a imprensa.

Manifestações como essa do Juiz Moro no palco da "Associação dos Editores de Revista", assim como a da OAB perante o STF, o que revelam é a fabulosa dimensão do poder da grande mídia e sua imensa insatisfação com a Lei do Direito de Resposta, a guardiã da democracia e do contraditório sem censura."

FONTE: escrito por Roberto Requião, Senador da República, e transcrito e comentado nos blogs "Conversa Afiada" e "O Cafezinho" (http://www.ocafezinho.com/2015/12/29/requiao-da-umas-palmadinhas-em-sergio-moro/).
Postado por Tereza Braga às 11:35
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