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terça-feira, 22 de setembro de 2015

12 razões da guerra contra a Síria - Carta Maior

ERETZ ISRAEL...A DESGRAÇA DIVINA



22/09/2015 - Copyleft

12 razões da guerra contra a Síria

A Líbia, dona de imensos campos de petróleo foi dividida entre os jihadistas sócios da OTAN. Agora, é a vez da Síria. E o próximo passo, o Irã.


Nazanín Armanian

UNRWA
A destruição da Síria, membro do chamado “Eixo do mal”, foi planejada em 2003, uma vez que a OTAN já tivesse desmantelado o Iraque, o Irã e a Líbia. O motivo, obviamente, não era e nunca foi acabar com outro dos “regimes patrocinadores do terrorismo” – basta ver que o Paquistão e a Arábia Saudita não formam parte da lista, que foi elaborada durante o governo de George W. Bush. Os objetivos, na verdade, são outros:

1) Eliminar os rivais de Israel, sem parecer que “destruir países muçulmanos configura islamofobia”, como afirmam alguns, mas sim concordar com outros, que advogam que “o extremismo islâmico é inimigo do ocidente”. O fato de os regimes de Saddam Husein, Gadafi e Assad tenham sido semi laicos, e que o “ocidente” mantenha magníficas relações com os ortodoxos obscurantistas sauditas, invalidam ambos os argumentos

2) Engendrar “o Novo Oriente Médio”, o que teria que ser acompanhado de grandes e inevitáveis “dores de parto”, como dizia Condoleezza Rice. Seu desenho exige despedaçar os grandes Estados, formando mini-protetorados, garantindo assim o domínio duradouro do império sobre a estratégica região com a maior reserva de petróleo e gás do mundo, disputada pela China, pela Rússia e pela Europa.
 
O plano foi um sucesso: no Anos 90, já conseguiram desmembrar o Iraque (já que o Curdistão é praticamente independente), a Iugoslávia, o último país socialista da Europa, e também o Sudão, o maior país da “África Muçulmana”, também detentor de importantes bolsas de petróleo. A Líbia, defensora de Palestina, dona de imensos campos de petróleo e de bolsões de água doce, foi dividida entre os jihadistas sócios da OTAN. Agora, é a vez da Síria, mais um passo rumo ao verdadeiro troféu: o Irã, a maior reserva de gás e a terceira maior de petróleo do mundo.


Uma desgraçada localização


Após transformar o moribundo Iraque num monte de escombros, George W. Bush se concentrou no Irã, seguindo a doutrina de “dupla contenção” (“dual containment”), que propõe frear o desenvolvimento do Irã e do Iraque em beneficio da supremacia de Israel. Para isso, além de impor sanções econômicas e castigos políticos ao Irã, tinham que desintegrar o chamado “eixo de resistência” (a Israel), a aliança criada por Teerã, com três vizinhos do país judeu: Síria, Hezbollah (no Líbano) e Hamas (na Palestina) – que lhes entregava apoio financeiro, político e militar, enquanto o Irã contaria com sua cooperação no caso de ser atacado por Israel. Por isso:

1) Para realizar uma agressão militar efetiva contra o Irã, a equipe de Bush decidiu primeiro desestabilizar a Síria – com isso, desativaria também o Hamas e o Hezbollah. A estratégia é confirmada pelas informações vazadas pelo WikiLeaks, em 2006, a respeito das operações encobertas da CIA contra Damasco. Este é o principal motivo da guerra que vem devastando a Síria, aproveitando a situação de crise econômica e social do país. Enquanto Barack Obama aponta sua prioridade em conter o crescimento da China, seu governo se nega a uma guerra bélica contra o Irã – mas não a uma ciberguerra e a uma guerra econômica –, e optou por fazer da Síria uma armadilha para os rivais de Israel, prolongando o conflito até hoje. A “crise dos refugiados” sírios na Europa será um catalisador na hora de desmantelar o Estado sírio e por fim ao regime de Assad.

2) Que os Estados Unidos pretenda:

3) Tomar o controle militar de todo o mediterrâneo: a Síria, depois da queda da Líbia de Gadafi, é o único país fora da área da OTAN na zona.

4) Dominar a Eurásia – a “heartland” ou “Área Pivô” – a partir da Síria.

5) Desmantelar a base militar russa no porto de Tartus. Destruir o exército sírio, por seus tradicionais e profundos vínculos com Moscou – o mesmo foi feito com os exércitos do Iraque e da Líbia.

6) Cortar a rota da seda da China, que passava pela Síria.

7) Apresentar a “queda de Assad” como um troféu – às vésperas das eleições presidenciais de 2016, os democratas não podem permitir que Assad sobreviva a Obama.

8) Arábia Saudita e Qatar necessitam instalar, no Iraque e na Síria, regimes sunitas aliados, para poder traçar o “Gasoduto Árabe”, que deve atravessar ambos os países, para chegar ao Mediterrâneo. Pretendem substituir a Rússia como principal fornecedor de gás à Europa, e anular o projeto de um gasoduto Irã-Iraque-Síria-Mediterrâneo. Seu objetivo de manter os preços do petróleo baixos é para forçar a Rússia e o Irã – fortemente dependentes da renda do petróleo e do gás – a abandonarem Assad.

9) A Turquia pretendia recuperar a hegemonia otomana e sunita (versão Irmãos Muçulmanos), sobre a Síria, seu mercado e suas reservas de gás e petróleo. Ao não conseguir isso, agora se dedicam à criação de uma autonomia curda no país. Para isso, planeja inclusive invadir a Síria, apesar do risco de se desgastar política e militarmente com essa movida.

10) Israel, que continua bombardeando a Síria, conseguido seu objetivo de acabar com esse Estado e deixar o Irã sem sua “profundidade estratégica”. Graças a uma insólita aliança anti-iraniana com a Arábia Saudita e a Turquia, conseguiu aumentar a pressão do Estado Islâmico ao Irã, que já está rodeado por milhares de soldados da OTAN.

11) A Rússia, através do território sírio, tentou impedir o avanço dos jihadistas, com muitos chechenos em suas filas, para manter esse grande mercado de armas, salvar sua base naval em Tartus e evitar o domínio absoluto dos Estados Unidos sobre o Oriente Médio.

12) Os militares iranianos, que se negam a perder um aliado como Assad (e olham com preocupação o aumento da tensão no Líbano), se envolveram diretamente na guerra, enquanto o governo de Hasan Rohani já fala de uma Síria sem Assad. Uma divisão, ainda que normal, poderá gerar uma perigosa fratura política no seio da República Islâmica.

Com tantos interesses em conflito, será possível alcançar a paz na Síria?


* Nazanín Armanian é iraniana, residente em Barcelona desde 1983. Formada em Ciências Políticas, dá classes em cursos online da Universidade de Barcelona e é colunista do diário online Público.es.
 
Tradução: Victor Farinelli
12 razões da guerra contra a Síria - Carta Maior

Por um Congresso com a cara do povo - Carta Maior





22/09/2015 - Copyleft 

Por um Congresso com a cara do povo

A retirada dos financiamentos empresariais pode representar a verdadeira possibilidade de se eleger Congressos com a cara do povo e não das suas elites.

por Emir Sader em 22/09/2015 às 06:06




Emir Sader
Nos sistemas políticos representativos, os cargos executivos representam a maioria da população. Os legislativos deveria representam as distintas posições em suas devidas proporções, espelhando a diversidade – social, politica, cultural – da sociedade.
 
No entanto, não há nada mais oposto à cara da sociedade brasileira do que a composição dos parlamentos, a todos os níveis. É como se os congressos fossem a sociedade invertida: há muito mais parlamentares representando o agronegócio do que as trabalhadores rurais enquanto que, na realidade do campo, são milhões de trabalhadores trabalhando a terra por um lado e um punhado de donos de agronegócio por outro.
 
Acontece que, entre a realidade concreta e essa representação invertida intervém o poder do dinheiro, produzindo todas essas distorções. Se os grandes temas discutindo pelo Congresso fossem debatidos e definidos pela sociedade realmente existente, frequentemente as resoluções seriam o oposto do que os parlamentares decidem.  
 
O financiamento privado de campanha elegeu, até aqui, não bancadas de partidos, mas de empresas que os financiam, os conhecidos lobbies: do agronegócio, da educação privada, da mídia, da bala, da vaca, dos evangélicos, dos planos privados de saúde, etc., etc. O financiamento é um investimento, que tem como retorno o apoio aos interesses dos que financiaram os parlamentares. É na verdade uma compra do mandato deles pelo dinheiro que os financia. Torna abertamente a vida política parlamentar um negócio.
 
É o neoliberalismo invadindo a política. A concepção de que tudo tem preço, tudo se vende, tudo se compra, tudo é mercadoria. Então parlamentares e partidos inteiros são reduzidos a mercadorias, compradas, vendidas, reduzindo a isso o que deveria ser a vontade popular.
 
Dados mostram que os parlamentares que mais foram financiados pelas grandes empresas, são os mais votados. Que um total de menos de 10 grandes empresas sao responsáveis pela eleição da maioria dos parlamentares. 
 
A retirada dos financiamentos empresariais pode representar a verdadeira possibilidade de se eleger Congressos com a cara do povo e não das suas elites. Deve haver um rígido controle – talvez levado a cabo pela OAB – das campanhas, mas a possibilidade de uma disputa menos desigual é real. Menos desigual, porque a mídia seguirá sendo um instrumento de promoção das candidaturas conservadoras, mas as escandalosas campanhas recheadas de grana, com outdoors, cartazes, cabos eleitorais, etc., etc..
 
Mas será necessário também uma mudança de atitude dos movimentos populares em relação à luta politica. A influência liberal levou à exaltação da “sociedade civil” e ao desprezo pela política, pelos partidos, pelos governos – típica das ONGs. Mas como a via insurrecional atualmente é inviável, porque a correlação de forças levaria a um massacre dos movimentos populares que se aventurassem por essa via, a alternativa para realizas as profundas transformações necessárias para democratizar radicalmente a nossa sociedade passa pela democratização do Estado e da política. Provavelmente até mesmo da refundação do Estado mas, de qualquer maneira, evitar retrocessos e avançar, requer uma maioria popular, de esquerda, no Congresso.
 
Para isso, é preciso eleger bancadas que representem diretamente o movimento popular, por exemplo, da educação publica, da saúde pública, dos setores do movimento sindical – metalúrgicos, bancários e tantos outros. Traduzir a maioria social em maioria parlamentar. Só quando a esquerda conseguir maioria no Congresso, poderá se desvencilhar de aliados incômodos e poderá realizar seu programa político.
 
O fim dos financiamentos empresariais é uma grande oportunidade para realizar isso.    



Tags: Política 
Por um Congresso com a cara do povo - Carta Maior

Petróleo é pilar da soberania e desenvolvimento - Carta Maior

22/09/2015 - Copyleft

Petróleo é pilar da soberania e desenvolvimento

A Petrobrás e as reservas descobertas pela empresa podem abrir muitas perspectivas para o Brasil, mas também abrigam desafios para um projeto soberano.


Rogério Lessa | Via AEPET

wikipedia
O petróleo tem papel fundamental na estratégia das superpotências interessadas em segurança energética e acesso às reservas fora de seus territórios, bem como pode ser uma garantia para projetos de desenvolvimento em países produtores e exportadores. Neste caso, a Petrobrás e as reservas descobertas pela empresa podem abrir muitas perspectivas para o Brasil, mas também abrigam desafios para um projeto soberano de desenvolvimento.
 
Segundo o professor Maurício Metri, economista da UFRJ, além da segurança energética há outras três razões estratégicas pelas quais o uso deste recurso natural ainda permanecerá importante por bastante tempo: influência decisiva na hierarquia monetária internacional, alívio para o estrangulamento externo do balanço de pagamentos (no caso dos exportadores) e instrumento de política externa.
 
“O petróleo tem papel central nas estratégias das superpotências e o objetivo primordial é mitigar suas vulnerabilidades de abastecimento, algo decisivo na Segunda Guerra. Tanto que Hitler rompeu o tratado de não agressão que tinha assinado com Stalin e atacou a União Soviética”, disse Metri em sua palestra no seminário “Uma estratégia para o Brasil, um plano para a Petrobrás – Aspectos estratégicos e geopolíticos que influenciam o planejamento estratégico e de negócios da Petrobrás”, em andamento no Clube de Engenharia, no Rio.
 
O professor da UFRJ destacou o papel decisivo do petróleo na manutenção do dólar como moeda de referência para trocas internacionais, com óbvias consequências na política externa das superpotências, que inclui a inserção de suas petroleiras neste cenário, tanto pela via diplomática quanto pelo caminho da guerra. “Como estamos submetidos a um sistema competitivo, a expansão de uns pode significar o estrangulamento de outros. Precisando garantir abastecimento, muitos dos aliados dos EUA saíram da Segunda Guerra endividados em dólar”, comentou.
 
Numa fase seguinte, aproveitando as tensões entre China e União Soviética, os Estados Unidos abririam seu mercado interno para os chineses e se aproximariam da Arábia Saudita. “A China se tornou o novo grande parceiro estratégico nesta diplomacia triangular desenvolvida pelos EUA. Em 1973, antes do choque do petróleo, Kinsinger (Henry Kissinger, secretário de Estado de Richard Nixon) e bancos ingleses e americanos se uniram para exigir que a Arábia Saudita permanecesse comercializando seu petróleo em dólar. Assim, garantiram a cotação do petróleo em dólar e os depósitos dos recursos financeiros continuassem sendo feitos em sistemas que operassem em dólar”, lembrou.

Em seu processo de industrialização, vivido entre os anos 1930 e 1980, o Brasil saiu-se bem, segundo o palestrante, ao enfrentar o problema da dependência de dólares ao usar as exportações de café como meio driblar o estrangulamento externo, enquanto a União Soviética usou o petróleo para o mesmo fim. No entanto, “a pressão competitiva, a elevação das taxas de juros e a derrubada dos preços do petróleo deram à vitória aos EUA na Guerra Fria sem necessidade de confronto armado com os russos, já que geraram incapacidade de importação na URSS”, disse Metri.
 
O seminário “Uma estratégia para o Brasil, um plano para a Petrobrás – Aspectos estratégicos e geopolíticos que influenciam o planejamento estratégico e de negócios da Petrobrás”, é uma realização da Associação de Engenheiros da Petrobrás (AEPET), em parceria com a UFRJ e o Clube de Engenharia. O evento, que conta com o apoio da Carta Capital, prossegue nesta quarta-feira (23), com palestra do economista e pesquisador da UFRJ, Raphael Padula.


Créditos da foto: wikipedia
Petróleo é pilar da soberania e desenvolvimento - Carta Maior

Exemplo mundial, Bolsa Família aumenta permanência na escola - Carta Maior

22/09/2015 - Copyleft

Exemplo mundial, Bolsa Família aumenta permanência na escola

Dados da PNAD e do IBGE apontam que o tempo de permanência na escola entre os mais pobres com até 21 anos aumentou em 36% entre 2003 e 2013.


Vermelho.org

Ubirajara Machado/MDA
A cada dois meses, gestores municipais alimentam um sistema de informações do Ministério da Educação (MEC) que possibilita acompanhar e avaliar, entre outros dados, a frequência de alunos no ensino público no Brasil. Segundo essas informações, a população mais carente tem estudado mais nos últimos anos. Um dos motivos para a permanência na escola é o Bolsa Família. Frequentar as aulas regularmente é um dos compromissos que os beneficiados devem cumprir para continuar participando do programa.
 
Um levantamento dos meses de junho e julho de 2015 acompanhou a frequência escolar de mais de 14,7 milhões de estudantes que recebem a complementação de renda. Desses, 95,7% alcançaram o mínimo de presença exigida em sala de aula: 85% para alunos dos seis aos 15 anos e 75% para adolescentes com idades entre 16 e 17 anos.


Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apontam que o tempo de permanência na escola entre os mais pobres com até 21 anos aumentou em 36% entre 2003 e 2013. Também cresceu o número de alunos com 15 anos de idade estudando na rede pública na série adequada. A quantidade dos alunos mais pobres no nível escolar correto foi de 24,4% para 63% entre 2001 e 2011.

 
Manutenção do benefício


Famílias que recebem o Bolsa Família e que tenham dificuldade em manter os filhos frequentando a escola podem ter seus benefícios bloqueados e suspensos. Diretor de Condicionalidades do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Eduardo Pereira explica que a condicionalidade não tem caráter punitivo. “As famílias têm que perceber que frequentar a escola é um direito que as crianças têm. Além do direito, é uma condição essencial para que a família tenha condições de superar a condição de pobreza”, ressalta. Os cancelamentos do Bolsa Família só ocorrem em último caso, após acompanhamento da assistência social.


E, para garantir a oferta do serviço educacional à população e acompanhar, por meio da rede de assistência social, as famílias em situações mais vulneráveis, é necessário manter atualizadas as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Beneficiados pelo Bolsa Família precisam alterar seus dados sempre que necessário. Mudanças na renda, no número de pessoas da família e transferência de escola, por exemplo, devem ser atualizadas no Cadastro.


A ferramenta identifica e caracteriza os mais pobres e permite conhecer sua realidade socioeconômica. As informações do Cadastro são a base para formular e implementar políticas específicas para auxiliar essas famílias.

ONU: Brasil é exemplo de combate à fome

Para a ONU, políticas adotadas pelo Brasil, como o Bolsa Família, podem servir de exemplo para os países que querem evitar retrocessos em seus indicadores sociais.

Em seu mais recente relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) faz um alerta sobre a necessidade de estratégias que consolidem os avanços obtidos nas áreas de educação, saúde e renda em diversos países.

No ranking elaborado pela ONU com base no IDH de 187 países, o Brasil teve uma ligeira melhora e subiu uma posição para o 79º lugar.

Segundo a organização, nos últimos anos teria ocorrido uma desaceleração no progresso do índice de desenvolvimento humano no mundo.


Créditos da foto: Ubirajara Machado/MDA
Exemplo mundial, Bolsa Família aumenta permanência na escola - Carta Maior

Toda a Verdade - Índia - Sempre Coca-Cola - SIC Noticias

CUT - Central Única dos Trabalhadores - CE - Frente Brasil Popular é lançada nacionalmente

Manifesto ao Povo Brasileiro
Vivemos um momento de crise. Crise internacional do capitalismo, crise
econômica e política em vários países vizinhos e no Brasil.
Correm grave perigo os direitos e as aspirações fundamentais do povo
brasileiro: ao emprego, ao bem-estar social, às liberdades democráticas, à
soberania nacional, à integração com os países vizinhos.
Para defender nossos direitos e aspirações, para defender a democracia e outra
política econômica, para defender a soberania nacional e a integração regional,
para defender transformações profundas em nosso país, milhares de brasileiros
e brasileiras de todas as regiões do país, cidadãos e cidadãs, artistas,
intelectuais, religiosos, parlamentares e governantes, assim como integrantes e
representantes de movimentos populares, sindicais, partidos políticos e
pastorais, indígenas e quilombolas, negros e negras, LGBT, mulheres e
juventude, realizamos esta Conferência Nacional onde decidimos criar a Frente
Brasil Popular.
Nossos objetivos são:
1- Defender os direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras: melhorias das
condições de vida, emprego, salário, aposentadoria, moradia, saúde, educação,
terra e transporte público!
Lutamos contra o atual ajuste fiscal e contra todas as medidas que retiram
direitos, eliminam empregos, reduzem salários, elevam tarifas de serviços
públicos, estimulam a terceirização, ao tempo em que protegem a minoria rica.
Defendemos uma política econômica voltada para o desenvolvimento com
distribuição de renda.
Lutamos contra a especulação financeira nacional e internacional, que transfere
para uma minoria, por vias legais ou ilegais, através da corrupção e de contas
bancárias secretas, parte importante da riqueza produzida pelo povo brasileiro!
Lutamos por uma reforma tributária que – por meio de medidas como o
imposto sobre grandes fortunas e a auditoria da dívida – faça os ricos pagarem
a conta da crise.
2.Ampliar a democracia e a participação popular nas decisões sobre o presente
e o futuro de nosso país.
Lutamos contra o golpismo – parlamentar, judiciário ou midiático – que ameaça
a vontade expressa pelo povo nas urnas, as liberdades democráticas e o caráter
laico do Estado!
Lutamos por uma reforma política soberana e popular, que fortaleça a
participação direta do povo nas decisões políticas do País, garanta a devida
representação dos trabalhadores, negros e mulheres, impeça o sequestro da
democracia pelo dinheiro e proíba o financiamento empresarial das campanhas
eleitorais!
Lutamos contra a criminalização dos movimentos sociais e da política, contra a
corrupção e a partidarização da justiça, contra a redução da maioridade penal e
o extermínio da juventude pobre e negra das periferias, contra o machismo e a
homofobia, contra o racismo e a violência que mata indígenas e quilombolas!
3. Promover reformas estruturais para construir um projeto nacional de
desenvolvimento democrático e popular: reforma do Estado, reforma política,
reforma do poder judiciário, reforma na segurança pública com desmilitarização
das Polícias Militares, democratização dos meios de comunicação e da cultura,
reforma urbana, reforma agrária, consolidação e universalização do Sistema
Único de Saúde, reforma educacional e reforma tributária!
Lutamos pela democratização dos meios de comunicação de massa e pelo
fortalecimento das mídias populares, para que o povo tenha acesso a uma
informação plural, tal como está exposto na Lei da Mídia Democrática.
4.Defender a soberania nacional: o povo é o dono das riquezas naturais, que
não podem ser entregues às transnacionais e seus sócios!
Lutamos em defesa da soberania energética, a começar pelo Pré-Sal, a Lei da
Partilha, a Petrobrás, o desenvolvimento de ciência e tecnologia, engenharia e
de uma política de industrialização nacional!
Lutamos em defesa da soberania alimentar e em defesa do meio ambiente, sem
o qual não haverá futuro.
Lutamos contra as forças do capital internacional, que tentam impedir e
reverter a integração latino-americana.
Convidamos a todas e a todos que se identificam com esta plataforma a somarse
na construção da Frente Brasil Popular.
O povo brasileiro sabe que é fácil sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um
sonho. Mas sabe, também, que sonho que se sonha junto pode se tornar
realidade.
Vamos lutar juntos por nossos sonhos!
Viva a Frente Brasil Popular!
Viva o povo brasileiro!
Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, Setembro de 2015.
Frente Brasil Popular

CUT - Central Única dos Trabalhadores - CE - Frente Brasil Popular é lançada nacionalmente

PSDB DEIXOU O BRASIL NA LAMA COM DESEMPREGO EM MASSA

[ENTREVISTA] – Noam Chomsky e Michel Foucault – “On human nature” (legendas em português) | Filosofia em Vídeo

[ENTREVISTA] – Noam Chomsky e Michel Foucault – “On human nature” (legendas em português) | Filosofia em Vídeo

Causa Operária - O fascismo é SIM de direita. Entenda

rtigo da revista eletrônica InfoMoney
O fascismo é SIM de direita. Entenda
O fracasso do neoliberalismo colocou muitos economistas liberais na defensiva. Agora, procuram recuperar o fôlego num sistemático ataque, não à esquerda propriamente dita, mas à história e à verdade
A direita resolveu reescrever a história. De uns anos para cá, um intensa propaganda, generosamente financiada do estrangeiro, vem procurando incutir ideias direitistas na mente das pessoas. Procuraram desacreditar os líderes da esquerda, difamar os revolucionários e exaltar figuras medíocres como Milton Friedman, Von Mises e outros. E o objetivo não era apenas promover ódio contra o Partido dos Trabalhadores e seus correlatos sul-americanos, embora também fosse.

A história demorou, por exemplo, para escrever que a chamada “Revolução de 64” não passou de um golpe militar, o que é admitido, hoje, por qualquer pessoa sensata. Mas a direita guarda, ainda, uma certa nostalgia da época em que ninguém podia falar nada e expressar ideias era crime. Pouco importa, contanto que calassem a boca dos “comunas”.

Passados 50 anos do Golpe, reeditou-se a famigerada “Marcha da família com Deus pela liberdade”, marcha essa que antecedeu o Golpe de 1964. E, com um gigantesco financiamento por parte do PSDB (a reedição da UDN) e de agências norte-americanas (além, é claro, da ajuda do monopólio dos jornais e televisão) conseguiu-se levar às ruas uma multidão enfurecidas pedindo a derrubada da Presidenta da República.

Agora, surge, uma nova onda: a tentativa de provar que a direita é boa (depois de anos de miséria) e que a esquerda é má. Mas, para isso, era preciso livrar-se de um aliado incômodo: o fascismo.

No sítio Infomoney, saiu uma reportagem, publicada em 27/8/2015, com o título: “O fascismo não é de direita. Entenda”. Mas não conseguimos entender.

O texto começa com a ladainha de sempre: “Desde o colégio até a faculdade, ouvimos dos nossos ‘professores’ que o fascismo é de direita, que Cuba é um paraíso social e que os EUA e o capitalismo são responsáveis por todas as desgraças da humanidade.”

Em primeiro lugar, só ouvimos algo parecido a isso ultimamente, depois que reconquistamos nossa frágil democracia e mesmo assim em alguns nichos do sistema educacional. Quem se educou no Brasil de 1900 a 1985 nunca escutou algo nem de longe parecido com isso. Em segundo lugar, o texto já começa exagerando. Cuba sempre foi atacada como sendo um lugar onde existe uma terrível ditadura. Quando Fernando Moraes publicou A Ilha, mostrando os avanços sociais que o país tinha alcançado pela revolução, a imagem de Cuba, no Brasil, começou a mudar. Na verdade, Cuba era considerada um paraíso, pelos americanos, antes da revolução. De fato, era um paraíso para os americanos,  da prostituição, da corrupção, dos jogos, da máfia, mas não para os cubanos.

Quanto ao capitalismo, qualquer um que ler Marx verá quantos elogios ele faz ao capitalismo. O problema do capitalismo não é que ele seja bom ou ruim, mas que ele esgotou totalmente seu papel progressista e criador e, hoje, promove um verdadeiro retorno à barbárie no terreno social, econômico, político e cultural.

E, depois, colocar “professores” entre aspas, já demonstra a tendência do articulista, que é a de dizer que só diziam bobagens e que Cuba não é nada disso que disseram e que o capitalismo é uma verdadeira maravilha.

E, aí, vem a grande bobagem: “ser de direita é defender a liberdade individual”. Isso não é verdade. Essa pretensa defesa da liberdade individual (na realidade, uma defesa pura simples do individualismo, baseada na discutível teoria de que todo ser humano é egoísta por natureza) aplica-se apenas a um setor da direita, os ultraliberais e, mesmo assim, de maneira absolutamente platônica.

A velha pregação de Estado mínimo, seja lá o que for que isso signifique no mundo da fantasia, o livre mercado e a democracia, que se apresentam como bandeiras da direita, é, por essa mesma direita rejeitada. São palavras e nada mais do que palavras.

Sem a muleta do Estado, o capitalismo e a direita simplesmente deixariam de existir. O Estado é o sustentáculo político e econômico da direita, do capitalismo, em suma. Estado mínimo teria, portanto, a cínica missão de proteger os poderosos e oprimir ainda mais a classe operária e os pobres da sociedade. O Estado mínimo, nesse sentido, só é mínimo do ponto de vista social, mas continuaria a ser o mecanismo por meio do qual se transfere a riqueza social dos pobres para os ricos.

Quanto ao livre mercado, já é demais. O livre mercado é uma ilusão estúpida e uma relíquia do passado longínquo, e quem se apega a essa ideia ou é ignorante ou é demagogo ou, mais frequentemente, ambos. O surgimento dos monopólios foi o canto de cisne do livre mercado. Já há mais de 100 anos. As corporações dominam o mercado; aqui, elas mandam de maneira totalitária; e as pequenas empresas sobrevivem graças à ilusão de um dia serem grandes.

Mas a tese do articulista do Infomoney, o Sr. Alan Ghani, é de que o nazifascismo não poderia ser de direita pois os governos fascistas, todos eles, tinham controle absoluto sobre o Estado. E o autor demonstra sua profunda ignorância com um argumento que nunca colou, o de que o nazismo era socialista por que nazismo quer dizer nacional-socialismo. Quanta bobagem!

Mas, para que o leitor daquele arremedo intelectual entenda o que é o fascismo, o Sr. Ghani recomenda um artigo de Flávio Morgenstern, um blogueiro, cujo sítio, O Implicante, registrado no exterior, recebe fundos de fontes, no mínimo discutíveis. Mas, estaria esse Flávio Morgenstern apto para dizer o que é o fascismo? Claro que não. Tudo que diz o pretencioso entendido é que ele fica muito ofendido quando o chamam de fascista e dá a definição de fascista por meio de uma citação de um jornalista chamado John T. Flynn.

John T. Flynn era uma jornalista que tinha a estranha ideia de que nada era socialismo e que nada era liberalismo. Parece racional, não fosse isso uma crítica ao New Deal, programa do governo norte-americano para conter a crise de 1929. Flynn quer dizer, com isso, que o governo americano estava mais para o socialismo do que para o capitalismo. Na verdade, o New Deal foi um programa emergencial cujo propósito era salvar o capitalismo. E, sempre que o capitalismo precisa de uma injeção de ânimo, recorre a algumas melhorias sociais para evitar a contaminação da miséria sobre o restante da sociedade burguesa.

O mesmo ocorre com o fascismo. O fascismo é, sempre, o último recurso da direita diante do avanço do movimento operário. A esse assunto dedicaram-se intelectuais mais importantes do que qualquer blogueiro. Não apenas um teórico marxistas da estatura de Leon Trótski, que descreve em detalhes o que viria a ocorrer caso Hitler conquistasse o poder na Alemanha como ocorreu, mas inúmeros intelectuais como Walter Benjamin e Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse, Erich Fromm, Jean Paul Sartre e tantos outros, que definiram o fascismo como o desespero do capitalismo.

O fascismo procurou, diante da ascensão do movimento operário, diante do crescimento do Partido Comunista no mundo todo, diante das greves que ameaçavam pôr corporações inteiras na rua da amargura, diante das revoluções na Rússia, na Hungria e na Alemanha, sequestrar a classe operária, controlar os sindicatos e impor uma sanguinária ditadura para conter toda e qualquer manifestação operária e calar a boca do movimento comunista internacional.

O fascismo e sua vertente alemã, o nazismo, foram criados pelo próprio sistema capitalista e orquestrados nas grandes corporações para deterem o controle sobre a vida de todos os cidadãos. Hitler, para tornar-se senhor absoluto da Alemanha (na verdade era um fantoche na mão do exército e do grande capital), mandou pôr fogo no Parlamento e colocou a culpa nos comunistas. O mesmo estratagema foi usado no Brasil por Getúlio Vargas para impor ao Brasil o Estado Novo e anular a constituição democrática de 1934.

Vargas, como Hitler, colocou o Partido Comunista na ilegalidade. E Professor algum, quer na Alemanha, quer no Brasil, ousaria elogiar minimamente um Estado operário. É importante também deixar estabelecido que liberais dogmáticos como Von Mises não apenas saudaram o surgimento do fascismo salvador do capitalismo como participaram de governos fascistas.

Hitler levou o mundo à guerra para salvar o capitalismo.

Mas o artiguinho da Infomoney dá prosseguimento à sua tentativa de transformar a realidade. E vai bem, citando Luiz Felipe Pondé, como se esse senhor fosse alguma coisa além de lixo intelectual, além de um “filósofo” (esse sim merece aspas e não os professores que são muito mais honestos do que ele) venal, que escreve o que lhe mandam escrever, estilo revista Veja.

De acordo com o articulista, esse “filósofo” teria dito que foi a própria esquerda que criou, dialeticamente, o seu contrário, uma direita. Mas não é uma direita qualquer e sim uma direita maravilhosa, formada por anjos, emprestados por Deus do paraíso, para formar um grupo de jovens “que se identifica com Margareth Thatcher e Ronald Reagan e passa longe de qualquer ditadura, seja ela militar ou a do politicamente correto”.

Uma direita que se identifica com Margareth Thatcher e passa longe de qualquer ditadura. Mas, se a própria Margareth Thatcher, bem como os liberais Friedman e Hayeck, admirava Pinochet, um dos mais sanguinários ditadores que a América Latina já teve. Essa mesma Margareth Thatcher que impediu que Pinochet fosse levado ao Tribunal de Haia e que deu asilo temporário a Pinochet, dizendo a ele, em conversa televisionada para o mundo inteiro, que ele, Pinochet, havia prestado grandes favores ao Reino Unido.

E o que dizer de Ronald Reagan, responsável pela invasão de Granada, em 1983, e que financiava exércitos na América Central para derrubar o regime sandinista na Nicarágua? Será possível dizer que ditaduras passam longe desses sujeitos?

As ditaduras mais sangrentas do mundo foram financiadas pelos países de Thatcher e Reagan, além da França. Se O livro negro do comunismo fala da ditadura de Pol Pot no Khmer, esquece-se de falar das ditaduras da Indonésia, do Brasil, do Chile, da Argentina, do Paraguai, da Bolívia, do Uruguai, etc. Esquece-se de falar do domínio das companhias açucareiras sobre a América Central, da miséria que a dominação americana provocou em todos esses países, sobretudo em Cuba, que, antes da revolução, era um país controlado pela máfia do jogo e da prostituição, máfia essa que tinha sede em Miami. Cuba seria sim um paraíso social, se comparada com o que era antes da revolução.

E esses “professores” que teriam ensinado isso, valem muito mais do que os Pondés, Olavos de Carvalho, Morgensterns e toda essa direita opressora que hoje quer posar de defensora da liberdade individual.

*          *          *

Em tempo. Para entender o que são direita e esquerda.

A primeira vez que essa nomenclatura apareceu na política, foi durante a formação do primeiro parlamento britânico após a Revolução Gloriosa (1688). Lá, os conservadores, sentavam-se à direita (os Tories); os liberais, sentavam-se à direita (os Whigs). Vê-se, que nessa época, os liberais representavam a esquerda.

Mas o termo popularizou-se mesmo a partir da Revolução Francesa (1789), em que, mais uma vez, os democratas (burgueses) sentavam-se à esquerda, enquanto os conservadores (monarquistas) sentavam-se à direita. Não há dúvida que os liberais (democratas) eram de esquerda. E o eram pois a esquerda representava sempre a tendência revolucionária, reformadora de uma sociedade capenga, em ruínas.

No início do século XX, a direita era neoliberal, enquanto a esquerda era representada pelos socialistas e anarquistas. O anarquismo, no Brasil, controlava, na prática, grande parte dos sindicatos.

Depois da Revolução de Outubro (1917), na Rússia, houve um grande alastramento da influência dos partidos comunistas e social-democratas (socialistas), que passaram a tomar dos anarquistas o controle sindical.

O fascismo, tendência política que existia desde o início do século, a partir da década de XX, procurou captar para si a influência que a esquerda exercia sobre o operariado. A característica fundamental do fascismo era o nacionalismo, o qual, com o tempo, acabou por desenvolver-se em nacionalismo imperialista, ou seja, entendia-se que para que a nação se firmasse no mapa era necessário promover uma nova repartição da espoliação mundial, dominada completamente pelas “democracias”..

Para justificar esse predomínio, recorreu-se ao mito da raça superior ou da proteção da cultura e da religião nacionais. E para atingir esse predomínio era necessário um grande desenvolvimento industrial, e, para isso, a proteção da indústria nacional, ainda que se procurasse impor essa indústria aos países conquistados, anexados ou colonizados.

O fascismo procurou, em determinado momento, imitar as formas exteriores do comunismo para iludir a classe operária. Se fizeram nacionalizações, foi como parte de uma politica de crise, apoiada por toda a burguesia liberal que acabou por apoiar Hitler. Todavia, quando era necessário, recorria-se ao inverso, a privatização, que era, de fato a sua política fundamental.

O objetivo primeiro do fascismo, para que se construísse um Estado forte, era necessário promover o capitalismo. Era mister, portanto, controlar o movimento operário.

Hoje os teóricos do neoliberalismo, sobretudo os economistas de Chicago, entendem que para a implantação de uma economia cem por cento liberal é preciso controlar o movimento operário. Foi o que Margareth Thatcher fez na Grã-Bretanha e foi o que Pinochet fez no Chile. E, diga-se de passagem, tanto Margareth Thatcher como Pinochet seguiam as ideias de Friedrich Hayek, economista da famigerada Escola Austríaca, e professor da London School of Economics.

A Operação Condor, que coordenava a repressão entre os regimes militares da América do Sul nas décadas de 1971-80, foi apenas uma etapa desse controle. E as próprias ditaduras sul-americanas foram tramadas na própria Escola de Chicago.

Liberalismo, hoje, não tem outro sentido senão o controle da mentes das pessoas e uma acérrima ditadura.

Liberalismo hoje é a direita da direita. Não se pode dizer que o Partido Democrático nos Estados Unidos seja um partido de esquerda e que o Republicano seja de direita. O que se pode dizer, sim, é que o Partido Democrático está à esquerda do Republicano.

O Partido Republicano é um partido conservador. Prega o livre-mercado e colocou em prática uma politica neoliberal, a partir de Reagan, que resultou em um gigantesco fracasso. Daí, surgir uma tendência mais radical ainda: o Tea Party, que se situa à direita do Partido Republicano. O Tea Party não é um partido, mas um movimento. É contra qualquer assistencialismo por parte do Estado. E pregam: quem tem dinheiro para pagar um tratamento médico, que pague; que não tem, que morra.

Os membros do Tea Party definem-se como libertários, ou seja, ultraconservadores, que pregam o egoísmo -- pois, segundo eles, o egoísmo é a própria natureza do homem – e o individualismo – segundo eles, só o indivíduo pensa, só o indivíduo age, só o indivíduo tem consciência.

Pois bem, são esses mesmos libertários que divulgam a ideia de que o fascismo é de esquerda. Poderíamos concordar com eles no sentido de que o fascismo seria como o Partido Republicano e m relação ao qual os libertários estariam à direita. Mas a coisa não é assim. Muito pelo contrário. Tudo isso é a direita. Pois direita significa, apenas e tão somente, uma tendência conservadora, que não quer o progresso da humanidade, pois tudo era bom antigamente. A direita é o que existe de reacionário na política. E os próprios libertários se orgulham de serem chamados de reacionários.

Mas os reacionários são aqueles que querem que a sociedade se mantenha como está, ou como era antes de ser corrompida. O americano tem de continuar a ser protestante, branco e de origem anglo-saxônica. A Ku-Klux-Klan, por exemplo, foi um grupo racista formado por libertários. Perseguia negros, da mesma forma que os nazistas perseguiam judeus e ciganos.

Comunismo e nazismo nada têm em comum. Mas o libertarianismo tem muito em comum com o nazismo. E seria ainda pior, não fosse a pequenez de suas ideias e de seus integrantes.


Causa Operária - O fascismo é SIM de direita. Entenda

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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Rússia expõe a estratégia clandestina dos EUA na Síria



Pravda.ru - 17/09/2015

O problema dos refugiados sírios vinha amadurecendo lenta e continuadamente e teria sido o pretexto perfeito para uma 'intervenção humanitária' comandada pelos EUA ["Bombardear para Proteger"] na Síria.  Mas a Rússia chegou antes, e o róseo plano norte-americano pode ter gorado
As políticas dos EUA para o Oriente Médio vêm-se mantendo obcecadamente fixas em 'mudança de regime' na Síria há pelo menos uma década, desde a invasão do Iraque em 2003. (A agenda neoconservadora original planejava 'mudar' regimes no Iraque, Irã e Síria, mas deu em nada, quando os campos de matança no Iraque começaram a ditar a geopolítica.)


Não é difícil entender e acreditar que a inteligência russa, sim, pôs fim à trama diabólica dos EUA para criar um fato consumado em solo, na Síria. O pactofaustiano entre Washington e a Turquia e a autorização do presidente Barack Obama para ataques aéreos na Síria (inclusive contra o Exército Árabe Sírio), o frenesi com que Grã-Bretanha e Austrália uniram-se às missões de bombardeios norte-americanos contra a Síria, declarações da OTAN, os incansáveis esforços dos EUA, por baixo dos panos, para minar o trabalho de Moscou para iniciar e pôr em andamento um processo de paz entre os próprios sírios - de todos os lados abundavam os indícios daquele sinistro plano político-militar.

Mas o suspense subiu à estratosfera, quando a inteligência russa entrou claramente em cena. Numa rara cena de 'revelação', domingo à noite, durante entrevista ao canal estatal de televisão - provavelmente pré-arranjada deliberadamente - o ministro de Relações Exteriores da Rússia semeou 'pistas' crucialmente importantes sobre a agenda norte-americana clandestina para a Síria escondida por trás da chamada luta para 'degradar e derrotar' o Estado Islâmico. Disse Lavrov:

  • "Espero não estar cometendo alguma indiscrição, se disser que alguns de nossos contrapartes, membros da coalizão, dizem que às vezes recebem informação sobre as posições de alguns grupos do Estado Islâmico, mas o comandante da coalizão - nos EUA, naturalmente - nunca entende que seja boa hora para atacar.
  • Ou nossos contrapartes norte-americanos, nunca, desde o início, contaram com coalizão muito coesa, ou, na verdade sempre quiseram atingir outros alvos, diferentes dos declarados. A coalizão formou-se de modo muito espontâneo: em apenas uns poucos dias, declararam que estava tudo pronto, alguns países já se haviam unido, e começaram alguns ataques.
  • Quem analise a aviação da coalizão verá coisas bem estranhas. O que suspeitamos é que, à parte os objetivos declarados de dar combate ao Estado Islâmico, há algo mais nos planos da coalizão. Não quero oferecer conclusões precipitadas - ainda não se entende claramente que impressões, informações ou superiores ideias o comandante acalenta - mas há sinais desse tipo e não param de chegar.

Lavrov é diplomata experiente e brilhantíssimo. De modo algum teria feito esses comentários movido por impulso instantâneo. Verdade é que a guerra à distância dos EUA contra a Síria ganhou um toque de terrível beleza.

Lavrov disse aos EUA, polidamente, que desistam de tentar impedir a Rússia de saltar na jugular do Estado Islâmico. E que, se não desistirem, choverá lama na cabeça de Obama.

Em palavras simples, Lavrov sinalizou a Washington que Moscou já sabe sobre o plano dos EUA de meter os terroristas do Estado Islâmico como sua pata de gato, mais dia menos dia, no baixo ventre macio da Rússia na Ásia Central e no norte do Cáucaso.

É claro que a inteligência russa sabe que centenas de combatentes viajaram da Rússia para se unirem ao EI. (De fato, Abu Omar Shishani, checheno étnico, é alto comandante do EI.) Dada essa sombria realidade, Moscou decidiu traçar sua linha vermelha. Concluiu que o EI é ameaça significativa às regiões russas de maioria muçulmana no norte do Cáucaso.

A seriedade com que Moscou está tratando a ameaça incipiente à sua segurança nacional está evidente na decisão do presidente Vladimir Putin de ir à Assembleia Geral da ONU no final desse mês, para fazer conclamação planetária a favor de os países cooperarem para derrotar o EI.

As duas vias paralelas - aprofundar o envolvimento militar na Síria também em solo e abrir uma via diplomática até o pódio da ONU - visam a derrotar a ação dos EUA que tenta repetir a estratégia da guerra fria, de blindar Washington e jogar o Islã militante contra a Rússia.

A diplomacia russa no passado recente trabalhou para desenvolver extensiva rede pelo Oriente Médio muçulmano. O esforço parece ter valido a pena. Interessante: Lavrov praticamente revelou, durante a entrevista pela televisão, ontem, em Moscou, que os aliados regionais dos EUA no Oriente Médio, eles mesmos, também já suspeitam das reais intenções de Washington quanto ao EI. É revelação deveras espantosa.

Lavrov também ergueu outra pontinha do véu, ao fazer saber aos norte-americanos que a inteligência militar russa está não apenas monitorando as operações da força aérea militar norte-americana no Iraque, mas, além disso, já analisou cientificamente os planos de voo dos aviões dos EUA e coisa-e-tal. Em resumo, os russos parecem já ter cacife de inteligência para comprovar algo que os iranianos dizem há muito tempo, a saber - que a aviação norte-americana está regularmente fornecendo suprimentos para o Estado Islâmico.

Fato é que o firme movimento militar russo na Síria colheu Washington de surpresa. A menos que ponha coturnos norte-americanos em solo sírio, as opções de Washington para forçar os russos a recuar são mínimas. Grécia e Irã já fizeram saber aos russos que garantirão direito de trânsito aéreo aos aviões russos em voo para a Síria. (Washington fez de tudo para que Atenas não autorizasse o trânsito dos aviões russos.)

Mas o mais duro golpe que está sofrendo a estratégia norte-americana de contenção contra a Rússia na Síria está vindo da dramática mudança na opinião pública de países europeus, obrigados a lidar com a questão dos refugiados sírios. O sistema de vistos Schengen, que era orgulho e símbolo da União Europeia, foi engavetado do dia para a noite, e reapareceram os postos de controle de fronteira
 (Ver aqui e aqui).

A conclamação feita pela chanceler alemã Angela Merkel de que Europa e Rússia devem cooperar no caso da Síria é sinal claro do que está por vir. Obviamente, Moscou deve estar sentindo que o humor europeu vai-se tornando cada dia mais desfavorável a que os EUA mantenham a estratégia para conter a Rússia - e não só na Síria, como também na Ucrânia (Vide no meu blog Ukraine tensions easing, but EUA won't let go easily [Diminuem as tensões na Ucrânia, mas EUA não admitirão facilmente nenhuma solução].)

O ponto é que os europeus não podem aceitar que estejam sendo convocados pelos EUA para dar conta dos cacos que voam para todos os lados do que restou da estratégia dos EUA de fomentar e insuflar uma guerra civil para derrubar o governo estável e democrático do presidente Bashar Al-Assad na Síria. O presidente Obama tem planos para preparar os EUA para aceitarem quota de 10 mil refugiados sírios no próximo ano - mas é menos que uma gota no oceano, considerando que 4 milhões de pessoas, 1/5 da população síria, foi obrigada a deixar o país desde o início da guerra em 2011.

Tudo isso parece estar-se convertendo no maior desastre de política exterior de toda a presidência de Obama. Os EUA estão presos entre a espada e o paredão. A Rússia dificilmente mudará um passo, apesar dos EUA, porque há interesses centrais da segurança nacional russa envolvidos na luta contra o EI, luta para a qual a Rússia precisa da participação da força militar do governo sírio.

Por outro lado, os aliados regionais dos EUA e os neoconservadores em casa pressionam Obama a 'fazer alguma coisa', ao mesmo tempo em que os aliados europeus já deixaram claro que querem o imediato fim do conflito na Síria.

A única via aberta para os EUA seria detonar, de vez, o EI; e enterrar o projeto de manipular grupos militantes islamistas como se fossem ferramentas naturais das políticas dos EUA na região e recursos para inflar estratégias de contenção contra a Rússia. Mas... cortar na carne da própria carne não há de ser assim tão fácil. *****
14/9/2015, MK Bhadrakumar, Indian Punchline 
Ler original
 
http://blogs.rediff.com/mkbhadrakumar/2015/09/14/Rússia-exposes-EUA-hidden-agenda-in-syria/

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PT defende Vaccari. Dinheiro é tão limpo quanto o do PSDB — Conversa Afiada

PT defende Vaccari. Dinheiro é tão limpo quanto o do PSDB

publicado 21/09/2015
Delação sem prova? Isso vai cair tudo no STF
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Conversa Afiada reproduz, da Agência PT de Notícias,  nota oficial do partido sobre a condenação de João Vaccari Neto:


Em nota, PT afirma que condenação de Vaccari é um ‘equívoco’


Para o presidente Nacional do PT, Rui Falcão, a decisão baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, com o objetivo de criminalizar o PT


O Partido dos Trabalhadores considerou um “equívoco” a condenação, “sem provas”, do ex-secretário de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, nesta segunda-feira (21).

Em nota divulgada no início da noite, assinada pelo presidente Nacional do PT, Rui Falcão, o partido diz que espera que a “injusta sentença” seja revertida em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário.

“A decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas”, rebateu.

Leia a nota na íntegra:

“NOTA OFICIAL

São Paulo, 21 de setembro de 2015

O Partido dos Trabalhadores considera um equívoco a condenação, sem provas, do companheiro João Vaccari Neto. E reafirma sua confiança na reforma da injusta sentença em um novo julgamento nas instâncias superiores do Judiciário. A decisão de primeira instância baseou-se exclusivamente em delações premiadas, sem qualquer prova material, e ainda tentou criminalizar o PT ao insinuar que as contribuições para o partido, todas legais e declaradas ao TSE, constituem-se em doações ilícitas.

João Vaccari Neto construiu sua história nas lutas dos trabalhadores, em particular no Sindicato dos Bancários de São Paulo. Ao longo de sua vida, sempre cultivou a simplicidade e a humildade. Não enriqueceu na política, conforme já demonstrado quando da quebra de seus sigilos bancário e fiscal.

À frente da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT, João Vaccari Neto, no exercício de suas funções, tão somente indicava aos doadores a conta oficial do partido para os respectivos depósitos de contribuições, que foram sempre declaradas à Justiça Eleitoral.

As doações recebidas pelo PT foram, em sua forma e em montantes, semelhantes às recebidas por outros grandes partidos do país. Assim, causa indignação imputarem seletivamente ao PT acusações de ilegalidade.

Por fim, é importante destacar que o advogado de João Vaccari Neto, dr. Luiz Flávio Borges D´Urso, divulgou nota em que aponta falhas no julgamento e demonstra a injustiça da condenação.

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT”
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