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sábado, 12 de setembro de 2015

Projeto proíbe professores de falar sobre politica, teoria da evolução e gênero nas escolas

Projeto proíbe professores de falar sobre politica, teoria da evolução e gênero nas escolas

Imagine uma sala de aula onde o professor não pode comentar as notícias do dia, falar de política, ensinar a consagrada teoria da evolução das espécies, de Charles Darwin, ou discutir questões de gênero e de sexualidade. Esse seria o espaço ideal para o aprendizado, de acordo com os defensores do movimento ‘Escola Sem Partido’, que prega o fim da “doutrinação de esquerda” nas instituições de ensino.
Projetos desta natureza tramitam na Câmara dos Deputados e na Câmara de Vereadores do Rio, apoiados pela guinada do conservadorismo e criticados por entidades de professores Brasil afora.
Defensores do projeto creem que falta “neutralidade” e “liberdade” à educação, e acreditam que os alunos vêm sendo expostos à ideologia e aos valores do PT e do governo federal nos últimos anos. O deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF)é autor do projeto que tramita na Câmara e está pronto para ser votado na comissão de Educação.
“A proposta já recebeu parecer favorável. O professor não pode impor o que ele acha que é verdade. Queremos proibir qualquer partido político”, destacou. Segundo ele, o governo tem atuado no sentido de promover a imagem do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff nos livros didáticos. Neles, também há o que ele chamou de “exaltação ao comportamento homossexual”. “Não pode discriminar, mas não pode exaltar”, opinou.
Integrante da comissão de Educação da Câmara, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) não acredita que o texto será aprovado. “Temos educadores sérios aqui, que não vão se aproveitar do clima de divisão do país para aprovar uma ideia tão demagógica”, disse. “Não é adequado para um professor fazer campanha em sala. Mas deve poder ter sua opinião, assim como o aluno. A escola deve debater política, estimular a convivência dos diferentes”, resumiu a petista.
No Rio, votação deve acontecer a partir de outubro
Na Câmara dos Vereadores, o projeto de lei foi apresentado no ano passado por Carlos Bolsonaro (PP). Passou por todas as comissões, mas recebeu emendas e só deve ir a votação a partir do mês que vem.
“Eles querem dizer que o José Dirceu é herói”, critica Bolsonaro, que defende um ensino “diferente” nas escolas do Rio. “A doutrinação é total, a gente está vendo isso aí. O pai deve ter o direito de levar sua insatisfação para escola, para secretaria de educação”, diz. “Se o menino é filho de religiosos, vai crescer pensando na história de Adão e Eva para falar sobre o começo da humanidade. Deve-se respeitar isso.”

Por diversas vezes, o vereador manifestou preocupação com o fato de que os alunos com ideologias diferentes possam ser hostilizados em sala de aula e defendeu gabaritos múltiplos. “Quem cassou o presidente em 1964 foram os deputados, não foram os militares, por exemplo. Isso é uma resposta válida”, afirma.
O projeto de lei apresentado na Câmara tem como base o texto publicado no portal do movimento Escola Sem Partido, que foi criado em 2004 pelo advogado Miguel Nagib, em Brasília.
O vereador Paulo Messina (PV) é autor de emendas ao projeto que, segundo Bolsonaro, torna a proposta “menos inconstitucional”. “O movimento é muito mais emocional que racional”, destaca.
Centenas debatem projeto na Uerj
Evento na Uerj reuniu cerca de 170 pessoas para discutir o projeto ‘Escola Sem Partido’ na última quinta-feira. Organizado pela coordenação do Programa de Iniciação à Docência (Pibid), ligado à Capes e ao Ministério da Educação, a conversa reuniu educadores e estudantes de diversas instituições. Se no debate o clima foi ameno, nas redes sociais, onde foi convocado, houve ameaças. “Tenham medo, abusadores de crianças. Vocês vão se arrepender por mexer com nossos filhos, isso é uma promessa”, ameaçou no Facebook um internauta em uma das postagens. A organização chegou a pedir o reforço da segurança para o evento, mas não nenhum incidente foi registrado. Será realizado um debate, em outubro, na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) para discutir o tema.
A Associação Brasileira do Ensino de História (Abeh)e a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped) divulgaram notas contestando o projeto.
Historiadora da Uerj, uma das coordenadoras do Pibid e do evento, Carina Martins criticou o fato de que, nas entrelinhas, o projeto de lei querer transformar os professores em meros “instrutores”. “O professor não é apenas um transmissor de conhecimento, isso contraria o que está na Constituição e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lá, está escrito que o professor precisa preparar para cidadania, para vida profissional. Estamos voltando a um debate do começo do século XX, colocando os valores da família sobre o conhecimento científico”, opina a professora.
Ela já participou da equipe do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do MEC, e afirma que o Ministério tem controle sobre a doutrinação nos livros didáticos. “Eu já vetei um livro com base nesse critério. O MEC está atento a ideia de que a história não pode ter apenas uma versão. Não significa que queremos uma escola com partido: a escola deve estimular o aluno a tomar partido, se envolver”, resume.
Miguel Nagib, do Escola Sem Partido
“O movimento surgiu em 2004, quando a gente se deu conta de que as escolas estavam sendo usadas para doutrinação. Criou-se uma mentalidade progressista, favorável ao PT, que auxiliou a manutenção deles no poder.Um dos pontos é que em sala de aula, o professor não pode ter liberdade de expressão. Ali, ele é obrigado a transmitir o conteúdo, só. Ao tratar da evolução, por exemplo, ele não pode desqualificar a religião.
Não se pode obrigar os filhos a aprenderem o que os pais não querem. O governo vem tentando naturalizar o comportamento homossexual, e isso pode atingir o que um pai ensina ao seu filho. Promover os próprios valores morais é violar os direitos dos pais, e isso é ilegal. O pai pode processar o professor por abuso de autoridade de ensinar, e dizer que isso é preconceito é autoritário.
Não é prudente que se debatam assuntos que estão no noticiário dentro de sala de aula, por exemplo. O debate pode trazer problemas para a escola. O que nós queremos são cartazes em sala de aula lembrando os deveres dos professores, mas não queremos ideologia de direita, e sim que o aluno não seja intimidado e nem tenha medo de discordar”.
Fernando Penna, professor UFF
“O impacto imediato de um projeto como esse é a desconstrução das bases da educação escolar. Este projeto de lei fala em pluralidade de ideias, mas determina a proibição de ‘atividades que possam estar em conflito com as convicções religiosas e morais dos pais’. Como o professor pode evitar discutir todos os assuntos que possam estar em conflito com a diversidade de crenças dentro de uma sala de aula? Seria o fim de qualquer diálogo na escola. A organização ‘Escola Sem Partido’ defende que o ‘professor não é educador’.
É falácia que haja doutrinação de esquerda, pois as escolas são plurais como a sociedade. Ao discutir este projeto em escolas, já conversei com professores que adotavam diferentes posicionamentos políticos.
É no diálogo entre professores e alunos em sala de aula que o conhecimento escolar é construído.
Qualquer ameaça a essa pluralidade e à possibilidade de uma argumentação aberta e franca é um ataque à educação como um todo. Nesse sentido, a moral dos pais deve ser respeitada sempre que ela não entre em choque com os valores característicos da vida em regime democrático. A pluralidade é a base do processo educativo”.
Com informações do Jornal O Dia, reportagem de Leandro Resende 
Projeto proíbe professores de falar sobre politica, teoria da evolução e gênero nas escolas

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador - Carta Maior

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador - Carta Maior

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador - Carta Maior

É a Globo que dá ao Brasil uma nota de mau pagador - Carta Maior

O despertar da ultradireita - Carta Maior

SERÁ UM FENÔMENO GLOBAL?



O despertar da ultradireita - Carta Maior

O despertar da ultradireita - Carta Maior

SERÁ UM FENÔMENO GLOBAL?



O despertar da ultradireita - Carta Maior

O que 11 setembro de 1973 tem a dizer 2015? - Carta Maior

UMA LIÇÃO ESSENCIAL PARA TODOS



11/09/2015 00:00 - Copyleft

O que 11 setembro de 1973 tem a dizer 2015?

Sem maioria, o governo chileno foi submetido a um esfarelante jogo parlamentar, obrigado a demitir ministros, sendo desautorizado em inúmeros projetos.

por: Saul Leblon


reprodução
Não foi qualquer apego a efemérides que motivou Carta Maior a reeditar o Especial ‘Chile de Allende', 42 anos depois do golpe.
 
Não se mira o passado. Mas a atualidade de certas perguntas que preservam sua atualidade desde que os Hawkers-Hunters da Força Aérea passaram a disparar contra o La Moneda, naquela terça-feira cinzenta de 1973.
 
Algumas falam diretamente ao Brasil dos dias que correm.
 
Exemplos.
 
O que acontece em um país quando o conservadorismo forma a percepção de que as possibilidades democráticas e eleitorais de seu retorno ao poder se estreitaram?
 
Que contrapesos poderiam, ou melhor, deveriam ser acionados quando a judicialização da política e o golpismo midiático compõem um corredor polonês asfixiante em torno de um governo democrático e progressista?
 
Em que medida é realista apostar em um alicerce defensivo ancorado exclusivamente na institucionalidade existente, quando não sucumbir implica superar os limites que elas guarnecem?
 
É um primeiro indicativo.
 
Há outros a sinalizar que não estamos falando de ontem.
 
Mas das evocações que 1973 inspira nos dias que correm.
 
O processo chileno tem recados a dar ao governo do PT.
 
E aos que se definem à esquerda do PT.
 
A coragem e a dignidade inexcedíveis de Salvador Allende e a de milhares de homens e mulheres que, a exemplo dele, perderam a vida e entes queridos no golpe, não estão em questão.
 
Mas o debate sobre os equívocos do processo e, sobretudo, a busca de alternativas, devem ser retomados à luz da nova realidade latino-americana.
 
Hoje ela é recortada de dificuldades regionais e globais já se entrelaçam a estreitar a capacidade progressista de expandir as fronteiras da justiça social na região.
 
Allende endossou no seu cálculo político dois mitos, para o bem e para o mal, debilitados hoje na América Latina.
Mas sem que se extraia disso as consequências políticas cabíveis.
 
A propalada solidez de 100 anos de democracia congressual chilena; e a decantada postura profissional do Exército do país formavam a pedra angular do projeto da Unidade Popular.
 
O ponto de partida ensejou certa prostração do Estado e da sociedade diante da beligerância progressiva da mídia e dos interesses locais e estrangeiros, que nunca endossaram a ideia de uma transição democrática para o socialismo.
 
Instalou-se a partir daí uma contradição latejante no motor da Unidade Popular.
 
De um lado, por eleger como ancora da travessia uma institucionalidade sobre a qual nunca teve domínio. E dentro da qual jamais conseguiu construir uma maioria.
 
De outro, e em decorrência do anterior, por desestimular a organizações operárias de autodefesa, fiel ao princípio de que um ‘exército profissional’ zelaria pela higidez do processo constitucional e popular.
 
À natureza bipolar da engrenagem interna viria se somar certa subestimação das determinações mais gerais da desordem capitalista em curso no plano mundial.
 
Nela, o poder americano, fustigado por múltiplos reveses, armava as garras para recompor sua supremacia geopolítica.
 
Havia um contra fluxo conservador em marcha no mundo quando Allende chegou ao poder, em 21 de setembro de 1970, mostra o Especial de Carta Maior, de oportuna releitura no front brasileiro.
 
A luta armada contabilizava derrotas sucessivas na América Latina.
 
Ditaduras e frentes conservadoras multiplicavam-se.
 
O poder americano estava corroído pelo déficit e a inflação decorrentes do choque do petróleo e dos gastos na guerra do Vietnam.
 
Uma espiral adversa empurrava a máquina de guerra mais poderosa do mundo para uma derrota humilhante, consumada em 1975, quando Saigon caiu nas mãos das tropas comunistas.
 
A emergência de um Chile embalado na sedutora mescla de democracia e socialismo era o lança-chamas solto no paiol de um império inflamável e inflamado.
 
"Não permitiremos que isso dê certo".
 
Foram essas as palavras imperiais de Henry Kissinger a uma delegação de autoridades chilenas, logo após a vitória da Unidade Popular.
 
A subestimação do cerco internacional e da correlação de força adversa em marcha, então, nos campos político e econômico, explica um pedaço da mortal luta fraticida travada no ambiente progressista chileno.
 
A fragmentação das energias ajudou o conjunto a perder o foco do principal. Ou seja, a necessária construção de uma frente ainda mais abrangente e coesa do que a que elegeu Allende para resistir a um revés anunciado por generosos e explosivos indícios.
 
“Allende nacionalizou 79 grandes empresas industriais (as minas de cobre entre elas), 16 dos 18 bancos comerciais existentes, expropriou cem milhões de hectares de terra, completando-se assim o processo de reforma agrária iniciado no governo de Eduardo Frei (1964-70). Além disso, foram incorporadas às instâncias do poder, à cúpula do Estado, à administração pública e à direção das estatais representantes do povo e da classe operária. Foi o primeiro governo da história do Chile que contou com a participação de quatro ministros operários, três comunistas, um socialista".
 
"A direita não tolerou isso”.
 
A contabilidade histórica é feita por quem viveu esse filme como o segundo homem da estrutura da Unidade Popular, depois de Allende.
 
Luís Alberto Corvalán Lepe, (1916-2010), o lendário dirigente comunista chileno, coordenador da campanha da UP, foi entrevistado por Gilberto Maringoni em 1993.
 
A conversa, mantida inédita desde então, é publicada pela primeira vez neste especial de Carta Maior
 
Corvalán disse algo especialmente sensível ao impasse brasileiro atual; ele afirmou a Maringoni que a questão política acabaria pesando ainda mais que a crise econômica na consolidação do ambiente golpista.
 
Guardadas as devidas proporções é o mesmo que Lula diz hoje sobre o impasse brasileiro.
 
Esse tema é retomado no texto produzido especialmente para Carta Maior pelo jornalista Martín Granovsky .
 
Um dos expoentes do jornal Página 12, Granovsky recupera o relato do encontro tenso e premonitório, ocorrido em Washington , entre a delegação oficial chilena e a cúpula do Departamento de Estado norte-americano.
 
O governo Allende apenas se desenhava.
 
Henry Kissinger foi completo no seu estilo: rude, insolente, imperial, preconceituoso.
 
“A América Latina é uma região de quase nenhuma importância…”. começou dizendo o falcão de Nixon logo no início da conversa. “ O Chile não tem nenhum valor estratégico. Nós podemos receber cobre do Peru, Zâmbia, Canadá. Vocês não têm nada que seja decisivo. Mas se estabelecido esse projeto rumo ao socialismo, conforme Allende fala, teríamos problemas sérios na França e na Itália, onde há socialistas e comunistas divididos, que com esse exemplo poderiam unir-se. E isso afeta substancialmente o interesse dos Estados Unidos".
 
"Não vamos permitir”.
 
Encerrou assim. Quase como um tiro à queima-roupa.
 
Termos ainda menos elegantes ele utilizaria um pouco mais adiante, como relata o próprio embaixador dos EUA no Chile (até agosto de 1973), Edward Kerry.
 
Sua entrevista no imperdível ‘O último combate de Salvador Allende’’, documentário incluído no Especial de Carta Maior, é desconcertante.
 
O conjunto dos relatos indica que enquanto a Unidade Popular evocava estrito respeito à ordem democrática, um programa de desestabilização financiado pela CIA minava a sociedade e a economia, determinado a não permitir que do coração da América Latina emergisse uma referência bem sucedida de construção de uma sociedade mais justa, soberana e próspera.
 
O contrafogo a esse contágio partia de quatro frentes, três das quais latejam sua atualidade no objetivo e no método:
 
A saber:
 
I)  criar a sensação de caos econômico (‘fazer a economia gritar”, era a diretriz do departamento de Estado);
 
II) promover o descrédito através dos meios de comunicações (o El Mercúrio pautava diariamente os demais veículos);
 
III) seduzir fileiras das Forças Armadas (US$ 8 milhões da CIA estavam disponíveis...) e
 
IV) multiplicar protestos e conflitos de rua, com atentados a cargo de grupos paramilitares.
 
As coincidências ensejam variados alertas e reflexões.
 
Está claro que condenar  a priori a desgastante busca de uma base parlamentar de governabilidade, ainda que sempre movediça e melíflua, significa entregar ao conservadorismo um território político estratégico, sem disputá-lo.
 
Ademais do enorme potencial de ressonância, trata-se de um poder dotado de instrumentos e legitimidade para paralisar um governo e um país.
 
Eduardo Cunha dispensa-nos de insistir nesse tópico.
 
Mas está claro também que a exclusiva e predominante concentração de forças nessa frente é insuficiente.
 
Para não dizer mortal.
 
Sem maioria, Allende foi submetido a um esfarelante jogo parlamentar, obrigado a demitir ministros, sendo desautorizado em inúmeros projetos e iniciativas sabotadas pelo Legislativo chileno.
 
Ao destinar um papel subordinado à dinâmica da mobilização popular, tornar-se-ia refém de uma centralidade institucional claramente determinada a desossar seu poder de governo para em seguida devorá-lo.
 
Nesse roldão, cederia também em outro terreno familiar ao processo brasileiro.
 
O da mídia.
 
Pressionado, liberou 155 rádios de integrarem o guarda-chuva da cadeia nacional.
 
Ou seja, sancionou uma rede de radiodifusão autônoma e golpista.
 
Que martelava diuturnamente a insatisfação popular provocada por um desabastecimento deliberadamente produzido.
 
Em setembro de 1973  ‘a economia gritava’.
 
A encomenda de Washington estava pronta para ser servida.
 
A sensação dos gritos era amplificada pelo aparato midiático conservador.
 
E retornava às ruas numa espiral de crispação inflamável.
 
A inexistência de uma estrutura popular ampla, organizada e unida, mas sobretudo, preparada para responder ao golpe e defender o governo evidenciaria, então, o preço caro da aposta na democracia representativa como fiadora exclusiva da travessia para uma sociedade mais justa.
 
E note-se, estamos falando do Chile que, diferente do Brasil atual,  levou muito longe a capilaridade da mobilização popular.
 
Coube ao general Augusto Pinochet, de forma sangrenta, reafirmar o ditado segundo o qual, a democracia liberal promete mais do que o sistema está disposto a conceder.
 
Os textos reunidos no Especial de Carta Maior merecem leitura atenta nos sinais que emitem ao presente.
 
Como um velho farol solitário, o ano de 1973 lança alertas sobre os rochedos e as armadilhas que, no presente, como há quatro décadas, separam os vagalhões da terra firme.
 
Reveses históricos seguidos, intercalados recentemente pela emergência auspiciosa de um colar de governos progressista que agora enfrenta também sua hora da verdade, mostra que as questões essenciais de 1973 continuam atuais e em aberto.
 
O tempo cuidaria de cristalizar o isolamento de algumas concepções, a prostração de outras e a rendição mercadista de muitas.
 
A tese da radicalização da democracia política ocuparia esse espaço como uma legenda-ônibus, recheada da difusa intenção de atravessar um vazio estratégico sem refletir nem providenciar as pontes necessárias para isso.
 
A luz intermitente do farol de 1973 parece dizer que, mesmo para quem vai devagar, é necessário ter clareza do porto a que se quer chegar.
 
E, sobretudo,  dispor das velas adequadas para isso.
 
O risco de não faze-lo é ser tragado pelas correntezas permanentes do caminho.
 
Boa leitura.







O que 11 setembro de 1973 tem a dizer 2015? - Carta Maior

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Sartori apresenta projeto de lei para privatizar ensino público gaúcho | Rachel Duarte

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Frente de movimentos sociais precisa dialogar com a classe média, defende militante | Consulta Popular

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As perspectivas da economia brasileira diante da crise | GGN

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Os projetos estratégicos da Marinha | GGN

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Dizem que ela não tentou



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Causa Operária - Não à militarização das escolas

Quando se debate a desmilitarização das polícias, militarizam as escolas.



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Caso Dirceu: a narrativa dentro da história, por André Araújo | GGN

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quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Ministério da Educação vai lançar curso de formação para diretores de escolas — Rede Brasil Atual

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Movimentos sociais e sindical definem data para mobilização nacional: 03 de outubro - CUT - Central Única dos Trabalhadores

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Instalação do Fórum 21 no DF tem forte participação da sociedade civil - Carta Maior

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Espaço Público recebe o deputado federal Jean Wyllys | | TV Brasil

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Espaço Público recebe o senador Roberto Requião | | TV Brasil

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AO SUL DA FRONTEIRA, DE OLIVER STONE

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A fala de Dilma e a mídia sem ter do que falarTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

A fala de Dilma e a mídia sem ter do que falar

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Deu para sentir como nossos jornais se condoeram pelo fato de não terem havido manifestações massivas contra o Governo no Sete de Setembro.

Fora uns poucos fanáticos – Batman, Bolsonaro, Revoltados, carregadores de “pixulecos” e outros que tais –  foi como qualquer outro desfile, com as famílias mais preocupadas em assistir à passagem dos militares, suas bandas, da Esquadrilha da Fumaça e dos equipamentos bélicos.

Claro que, mesmo assim, o poder de foco da mídia se voltou para o grupo de alucinados que batia como podia numa cerca que isolava – como é normal – a área diante do palanque presidencial. Não era de se esperar outro cuidado, depois que um facínora ameaçou “arrancar a cabeça” da Presidenta, não é?

Apesar do esforço da mídia, porém, o  “acontecimento” do Sete de Setembro, foi a fala de Dilma Rousseff na internet, para driblar o inevitável “panelaço” – mesmo que este seja apenas em áreas mais nobres do país – e que reproduzo abaixo.

A mídia, nela, prende-se à desnecessária frase: “Se cometemos erros, e isso é possível, vamos superá-los e seguir em frente”.

Ora, não existe a hipótese de terem-se cometido erros, pois erros sempre se comete.

O problema do governo Dilma é apontar saídas e apontá-las objetivamente.

Saídas, não milagres.

E nenhuma outra há senão a de voltarmos a crescer, sabe disso e quer isso a Presidenta.


Faltou reafirmar compromissos, como o de não arrochar salários dos mais humildes, os trabalhadores de salário-mínimo, como está sendo cumprido com a proposta orçamentária .

Faltou dizer que, nos “remédios amargos” – como ela própria definiu as medidas necessárias para os ajustes – a dose maior ficará para quem está mais gorducho e não para quem sempre pagou pelas crises no Brasil.

Faltou dizer que, a propósito do desfile das Três Armas, o Brasil não abre mão de defender suas riquezas, de equipar suas Forças Armadas para isso e de tê-las como projeção de nossos propósito de paz e de humanismo, como demonstraram os tripulantes da Corveta Barroso  nas águas do Mediterrâneo.

Que lindo o nosso Sete de Setembro ser comemorado lá, naquelas lonjuras, com 220 vidas sendo salvas!

Faltou dizer mais do que foi dito sobre a democracia expressar-se no voto, o dizer que ela não tem medo de grito, porque no grito não se vence discussão.

Faltou, sim, embora não tenha faltado muita coisa, a começar pela menção humanista e generosa sobre o destino de milhões de pessoas que estão balançando nas ondas e fronteiras da morte e que são, afinal, os mesmos que são avós, bisavós, antepassados de milhões de brasileiros de origem árabe, negra, pobre.

A Presidenta da República, entretanto, não tem porque e do que se desculpar: tem de agir.

Não é mais que isso o que espera o povo brasileiro daquela a quem concedeu a legitimidade necessária para dirigir o país.

Que não deve ser exercida com soberba, mas com autoridade.

Se há um erro que a Presidenta possa ter cometido é o de não ser clara e afirmativa, permitindo que a onda golpista semeasse a incerteza no Brasil.

Este é o erro que deve ser superado, com a afirmação clara de para onde se quer ir e  e a quem será necessário impor sacrifícios para chegar lá.

A fala de Dilma e a mídia sem ter do que falarTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

O povo na luta pela Independência  - Portal Vermelho

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O mundo inteiro quer morar no Brasil, diz pesquisa. Menos a elite brasileiraTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Melhor contar com brasileiros por opção do que com quem se empenha pela traição.



O mundo inteiro quer morar no Brasil, diz pesquisa. Menos a elite brasileiraTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

A “grande mídia” se cala: Relatório da ONU diz que fome cai 82% no Brasil | bloglimpinhoecheiroso

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Wikileaks: EUA armaram Estado Islâmico e se recusaram a ajudar Síria no combate ao grupo | Luizmuller's Blog

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O enigma chamado Lula - Carta Maior

O enigma chamado Lula

Os que não conseguem decifrá-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.

por Emir Sader em 07/09/2015 às 07:33





Emir Sader
Lula é um enigma, que não é fácil de ser decifrado. Os que não conseguem fazê-lo, são devorados por ele. Foi o que aconteceu com a direita e com a ultra esquerda brasileiras.
 
Mais além das sua extraordinária biografia – com que nos acostumamos, mas que associa um caráter épico de sobrevivência das famílias pobres do Brasil, com a combatividade do Lula para se projetar como líder politico incomparável -, ele soube, como ninguém, intuitivamente, decifrar as condições contraditórias que ele herdava da era neoliberal e construir um modelo econômico e político que tornou possível a maior transformação social do pais que era o mais desigual do continente mais desigual.
 
Mas que enigma é esse? É o da capacidade de construir alternativa ao neoliberalismo em tempos de absoluta hegemonia neoliberal, em escala mundial, regional e local. Lula soube traduzir a posição histórica do PT – a prioridade do social -, em políticas concretas, para o que teve que construir o esquema político que viabilizasse um governo com essa prioridade, em condições em que não tinha maioria no Congresso e a esquerda não era maioria no país. Soube construir uma aliança com setores do empresariado, para possibilitar a superação da longa e profunda recessão herdada do governo de FHC.
 
Lula soube localizar, antes de tudo, as dificuldades deixadas pelo neoliberalismo. Não apenas a recessão econômica, a desarticulação do Estado, a abertura da economia, a desindustrialização, o peso do agronegócio, a precarização das relações de trabalho, uma política externa de subordinação absoluta aos EUA. Mas também que haveriam de ser mantidos, como o controle da inflação.
 
Por isso Lula combinou um ajuste das contas publicas com a promoção das políticas sociais como a centralidade da ação do seu governo. Os que só olharam para o primeiro aspecto, ficaram na denúncia da “traição” de Lula – a ultra esquerda – ou de seu fracasso – a direita.
 
Lula articulou um ajuste com a promoção das politicas sociais – de combate à fome na sua primeira fase. Quando a direita e a ultra esquerda se uniram numa campanha de denuncias na mídia com acusações no Congresso, acreditavam que tinham derrotado o Lula – não se atreveram a tentar o impeachment com medo da reação popular -, mas tentaram sangrar seu governo até derrota-lo nas eleições de 2006 – os efeitos das políticas sociais começavam a se fazer sentir. Lula os derrotou e conseguiu sua reeleição, apoiado na prioridade das políticas sociais.
 
Combinando a centralidade das politicas sociais, o papel ativo do Estado como indutor do crescimento econômico e a prioridade dos processos de integracso regional e dos intercâmbios Sul-Sul, Lula conseguiu reverter o essencial da herança maldita que ele tinha recebido de 10 anos de neoliberalismo no Brasil: superar a recessão economica e articular o crescimento economico com a distribuição de renda.
 
Essa é a chave do enigma Lula – a construção de alternativas de saída do modelo neoliberal, mesmo com a herança recebida, mesmo em um marco internacional com hegemonia neoliberal. Lula agiu pela ação nos elos de menos resistência da hegemonia neoliberal. Por isso a direita foi derrotada sucessivamente em quatro eleições, por isso a ultra esquerda fracassou sem construir uma alternativa própria, a opção contra os governos iniciados por Lula seguem – no Brasil, como nos outros países com governos progressistas – na direita.  
 
Por isso também Lula mencionou recentemente sua disposição de lutar por um novo mandato presidencial em 2018. Mas esta vez não bastará a menção dos inquestionáveis sucessos das políticas dos governos desde 2003, será necessário propor um novo programa ao país, com o Brasil que queremos, em todos os planos, e construir as alianças políticas, sociais e econômicas que viabilizem esse novo projeto. 


Tags: Economia, História, Política 

O enigma chamado Lula - Carta Maior

Quem é responsável pela crise de refugiados na Europa? - Carta Maior

7/09/2015 - Copyleft

Quem é responsável pela crise de refugiados na Europa?

A crise é o trágico subproduto de uma política criminosa de guerras e de intervenções para mudança de regime, implementadas pelos EUA e pela Europa.


Bill Van Auken - Global Research

The U.S Army / Flickr
As imagens angustiantes do menino sírio de três anos de idade, primeiro deitado de barriga para baixo, morto, na areia de uma praia turca, em seguida o corpo sem vida embalado por um agente de salvamento, parecem ter aberto os olhos do mundo para a desesperadora crise que tem acontecido diariamente nas fronteiras da Europa.
 
A família do menino, que se chamava Alan Kurdi, vinha de Kobani, fugindo junto com centenas de milhares de outros sírios. O cerco prolongado do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS) e uma intensa campanha de bombardeios dos Estados Unidos deixou a cidade no norte da Síria em ruínas: casas, sistema de abastecimento de água, eletricidade, saneamento e infraestrutura médica, tudo foi destruído. O menino, sua mãe e seu irmão de cinco anos estavam entre os 12 sírios que se afogaram na tentativa de chegar à Grécia. Destruído psicologicamente, seu pai, o único sobrevivente da família, disse que voltaria para a Síria com os corpos, tendo afirmado a parentes que gostaria de morrer e ser enterrado ao lado deles.
 
Há muitos culpados por essas mortes, que são apenas algumas das milhares de pessoas que perderam as vidas tentando atravessar o Mediterrâneo ou morreram sufocadas após se espremer em vans como sardinhas.
 
O Governo do Canadá ignorou o pedido feito em junho pela tia do menino, que vive na Columbia Britânica, para conceder asilo à família de Alan.
 
Os países da União Europeia têm tratado a onda de refugiados com repressão e dissuasão, construindo novas cercas, criando verdadeiros campos de concentração e mobilizando a polícia de choque, para erguer uma Europa fortificada, para manter bem longe famílias desesperadas como a de Alan mesmo que seja preciso condenar milhares e milhares à morte.
 
E os EUA? Os políticos e a mídia americana continuam convenientemente mudos sobre o papel central de Washington na criação desta tragédia que assistimos em diversas fronteiras da Europa.
 
O Washington Post, por exemplo, publicou um editorial no início da semana afirmando que “não se pode esperar que a Europa consiga resolver sozinha um problema originado no Afeganistão, no Sudão, na Líbia e, acima de tudo, na Síria”. O New York Times usou o mesmo raciocínio, escrevendo: “As raízes desta catástrofe estão em crises que a União Europeia não pode resolver sozinha: as guerras na Síria e no Iraque, o caos na Líbia...”
 
Quais são, por sua vez, as "raízes" das crises nestes países, que deram origem a esta "catástrofe"? A resposta a esta pergunta é apenas um retumbante silêncio.
 
Qualquer consideração séria do que está por trás da onda de refugiados dirigindo-se para a Europa leva à conclusão inevitável de que se trata não apenas de uma tragédia, mas de um crime. Mais precisamente, a crise é o trágico subproduto de uma política criminosa de guerras e de intervenções para mudança de regime, implementadas sistematicamente pelo imperialismo norte-americano com a ajuda e a cumplicidade de seus aliados da Europa Ocidental ao longo de quase 25 anos.
 
Com a dissolução da União Soviética, em 1991, a elite governante dos EUA concluiu que estava livre para explorar o incomparável poderio militar do país como forma de compensar o processo de declínio econômico do capitalismo americano. Por meio de agressão militar, Washington embarcou na estratégia de estabelecer sua hegemonia sobre os principais mercados e fontes de matérias-primas, começando pelas regiões ricas em energia do Oriente Médio e da Ásia Central.
 
A estratégia foi resumida de forma simplificada numa frase do Wall Street Journal, logo após a primeira guerra contra o Iraque, em 1991: "O uso da força funciona".
 
O que o mundo testemunha hoje, com os milhares de refugiados desesperados na tentativa de chegar à Europa, é efeito desta política, mantida desde então.
 
Em mais de uma década, as guerras do Afeganistão e do Iraque, travadas com o pretexto de serem "contra o terrorismo", e justificadas com mentiras infames sobre "armas iraquianas de destruição em massa", só foram capazes de devastar sociedades inteiras, matando centenas de milhares de homens, mulheres e crianças.
 
A estas guerras seguiu-se a guerra por mudança de regime – liderada pelos EUA e OTAN – que derrubou o governo de Muammar Gaddafi e transformou a Líbia em um arremedo de país, arruinado pela luta contínua entre milícias rivais. Então veio a guerra civil síria – alimentada, armada e financiada pelo imperialismo norte-americano e seus aliados, com o objetivo de derrubar Bashar Al-Assad e substituí-lo por um fantoche obediente às ordens ocidentais.
 
As intervenções predatórias na Líbia e na Síria foram feitas em nome dos "direitos humanos" e da "democracia", recebendo o apoio de uma série de organizações de pseudo-esquerda que representam camadas privilegiadas da classe média – o Partido da Esquerda, na Alemanha, o Novo Partido Anticapitalista (NPA), na França, a Organização Internacional Socialista, nos EUA, entre outros. Alguns chegaram a saudar as ações de milícias islamistas armadas e financiadas pela CIA e chamá-las de "revoluções".
 
A situação atual e a pressão insuportável de morte e destruição que leva centenas de milhares de pessoas à fuga desesperada e fatal representam a confluência de todos estes crimes do imperialismo. A ascensão do ISIS e as guerras civis sectárias e sangrentas em curso no Iraque e na Síria são o produto da devastação do Iraque pelos EUA, seguida do apoio da CIA e dos aliados regionais do imperialismo americano ao ISIS e às milícias islamistas semelhantes na Síria.
 
Ninguém foi responsabilizado por esses crimes. Bush, Cheney, Rumsfeld, Rice, Powell e outros do Governo Bush, que travaram uma guerra de agressão no Iraque com base em mentiras continuam totalmente impunes. No Governo atual, de Obama para baixo, ainda precisam dar explicações pelas catástrofes que desencadearam na Líbia e na Síria. Os cúmplices são muitos, do Congresso dos Estados Unidos, que tem atuado como um carneirinho no que diz respeito às políticas de guerra, a uma mídia chapa branca, que ajuda a legitimar perante o público americano guerras baseadas em mentiras, passando pelos pseudo-esquerdistas que atribuem um papel progressista ao imperialismo dos EUA e suas "intervenções humanitárias".
 
Juntos, são responsáveis %u20B%u20Bpelo que acontece hoje nas fronteiras da Europa, que deve ser visto, mais do que uma tragédia, como um prolongado e contínuo crime de guerra.
 
Tradução de Clarisse Meireles



Créditos da foto: The U.S Army / Flickr
Quem é responsável pela crise de refugiados na Europa? - Carta Maior

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

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domingo, 6 de setembro de 2015

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REFLEXÃO DE ANTONIO LISBOA

Na dialética que se faz o mundo, onde os opostos mais se complementam do que se negam, fato que alguns ainda insistem em chamar de "contradição", muitas vezes quem pode pouco faz muito e quem pode quase tudo opta por ser um quase nada. O Brasil, mais uma vez, perdeu uma chance histórica. O momento atual é de crise mundial com enormes desafios pela frente (políticos, econômicos, sociais e culturais), mas a década anterior não foi assim: tivemos uma oportunidade extraordinária de nos fortalecer para o que vem pela frente a qual jogamos fora com o sorriso frágil de personagens de uma propaganda de cerveja. Enquanto grande parte do continente latino-americano soube aproveitar a chegada da esquerda ao poder, o Brasil dormiu no ponto, alheio ao bonde que partia cada vez mais longe. Enquanto países como Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua e República Dominicana investiram, em diferentes graus, na construção de um poder popular consciente de suas responsabilidades e potencialidades históricas, através do contato direto entre governo e sociedade, politizando e fortalecendo a consciência dos mais pobres, o Brasil optou por um pragmatismo voltado para uma tal "governabilidade", a ser construída não a partir da aliança com o povo, mas através de acordos e negociatas com o velho poder constituído (congresso corrupto, grandes bancos, empreiteiras e oligopólio midiático). Enquanto nossos vizinhos tiveram a coragem e a sabedoria de democratizar a mídia e estabeleceram toda uma nova forma de comunicação independente com a sociedade, através de novas leis de meios e da criação de todo um sistema de TVs públicas e comunitárias, o Brasil não alterou um milímetro seu império midiático privado e, ao contrário, ainda o fortaleceu com todo tipo de garantias legais e muitos bilhões em verbas publicitárias. Desmoronado o falso castelo da "governabilidade", o que resta agora são as ruínas de uma sociedade em transe, onde reina a desesperança, a distopia, o descrédito generalizado, e um vazio de identificação coletiva sem precedentes. Matéria farta para o avanço do fascismo, a esquizofrenia política é o que resta inviabilizando a construção de qualquer projeto em meio à completa crise de valores e ausência de rumo. O maior capital de um povo são seus sonhos. Um povo sem sonhos se torna refém de seus próprios pesadelos. Sem projeto de nação livre e sem valores socialistas consolidados, nossa meta se tornou a idade média, e estamos a um passo de alcançá-la! E enquanto matamos nossos índios, queimamos as novas bruxas, exorcizamos os diferentes, fuzilamos os pretos, xingamos os sem terra e apedrejamos ladrões de bicicleta, o diabo segue engravatado e sorridente no poder com seus tentáculos de máfia a controlar os três poderes. Se antes, éramos "sem medo de ser feliz", hoje lutamos apenas pra poder existir e respirar. A melhor forma de se controlar uma multidão de escravos é destruir sua capacidade de sonhar. Esse foi o preço da tal "governabilidade". Sem identidade e projeto coletivo, o que era sonho coletivo de liberdade agora resta como mero aglomerado de projetos individuais de capitães do mato.
                                                                                                                                    Antonio Lisboa

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

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