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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Para economista, Petrobras está sob ataque internacional apoiado em forças locais — Rede Brasil Atual

Observações muito precisas de Dowbor.



ESPECULAÇÃO

Para economista, Petrobras está sob ataque internacional apoiado em forças locais

Perda de grau de investimento ou a exclusão do índice Dow Jones de sustentabilidade são fatos que têm de ser vistos num plano geopolítico, diz Ladislau Dowbor: 'É um sistema especulativo planetário'
por Eduardo Maretti, da RBA publicado 21/03/2015 16:13, última modificação 23/03/2015 10:10
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DIVULGAÇÃO/PETROBRAS
Plataforma
Produção de petróleo e gás natural, em fevereiro de 2015, chegou a 2 milhões e 801 mil barris
São Paulo - A queda do preço das ações da Petrobras e fatos que se originam em entidades do chamado mercado, como a perda de grau de investimento, em 24 de fevereiro, ou a exclusão do índice Dow Jones de sustentabilidade, como na segunda-feira (16), fazem parte de uma estratégia deliberada de ataque à estatal brasileira, com motivações político-econômicas internacionais. A avaliação  é do professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), consultor da ONU e economista Ladislau Dowbor,
“Essas coisas têm que ser vistas num plano geopolítico. Fazem parte da mesma guerra que levou à invasão do Oriente Médio, às tentativas de desestabilização do governo da Venezuela, outra grande fonte de petróleo. No nosso caso, é o pré-sal que desperta interesse internacional”, diz Dowbor. “A Petrobras está num processo de pressão internacional que se apoia em forças locais.”
O preço das ações preferenciais da Petrobras caiu 52%, considerando o preço em real convertido em dólar, na comparação entre o que valia em 19 de março de 2014 e um ano depois, 19 de março de 2015. "Não tem nada de incorreto nessa conta. O que é incorreto é achar que isso significa o que realmente a Petrobras está perdendo em valor”, afirma Dowbor.
O professor vê ingenuidade na crença largamente alimentada pela imprensa tradicional de que é apenas o mercado ou seus mecanismos que promovem fatos como a queda do preço do petróleo, que em junho de 2014 custava US$ 115 o barril e hoje está em US$ 54. Em artigo que publicou em seu blog, Dowbor afirma: “A visão que temos, em grande parte devida aos comentários desinformados ou interessados da imprensa econômica, é que as flutuações de preços da commodities resultam das variações da oferta e da demanda”.
“Não são mecanismos de mercado que fazem cair o preço para a metade. Isso tem que ser visto pela área política, e não pela econômica. É um sistema especulativo planetário. É a mesma coisa que aconteceu com a degradação do grau de investimento (da Petrobras, em fevereiro). Faz parte de um ataque”, completou à Rede Brasil Atual.
A conta do economista se baseia no fato real de que as reservas do pré-sal não se desvalorizaram e o estoque de petróleo continua sendo o mesmo. “Se, com todo o ataque, conseguirem mudar a situação política do país, com a troca de presidente ou o que seja, e conseguirem privatizar a Petrobras, as ações vão explodir e quem tiver comprado na baixa vai ganhar. São os mesmos especuladores. O ataque é esse, é um ataque nacional e internacional. Estão fazendo isso com a Argentina, com a Venezuela, com os países que não se dobraram aos interesses do ‘mercado’.”
O secretário de Relações Internacionais da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, analisa da mesma forma os fatos gerados por entidades vinculadas ao mercado ou que refletem seus índices. “O Brasil está sob um cerco de ataques. A Petrobras, como maior agente econômico do país, está neste contexto. É uma ação internacional muito bem montada que busca abalar o Brasil.”
Moraes acredita que o governo brasileiro teria como, no mínimo, minimizar os efeitos dos ataques. Para ele, o país deveria se aproveitar do momento em que as ações da Petrobras estão baixas e comprar papeis da companhia. “Essa medida teria dois efeitos: aumentaria o controle do povo sobre a empresa, tão estratégica, e ajudaria a derrubar a tática deles de prejudicá-la.”

Recorde

Mesmo sob ataque especulativo, a produção da companhia na camada pré-sal das bacias de Santos e Campos bateu novo recorde em fevereiro. No dia 26 a produção diária própria chegou a 555 mil barris por dia (bpd).
A produção total de petróleo e gás natural, em fevereiro, foi de 2,801 milhões de barris de óleo. Do total, 2,612 milhões de barris foram produzidos no Brasil, que importou os outros 189 mil barris, segundo a estatal.
Para economista, Petrobras está sob ataque internacional apoiado em forças locais — Rede Brasil Atual

Diário do Centro do Mundo » O Ibope traçou o retrato dos manifestantes de agosto — e é o que você esperava. Por Kiko Nogueira

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O novo normal e o cemitério das nações - Carta Maior

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Transexual assume a Secretaria de Direitos Humanos da República | Superpride

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Caracas anuncia deportação de colombianos e prisão de supostos paramilitares na fronteira | Brasil de Fato

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Motorista de Hilux ameaça ciclista: "Vagabunda, aqui não é Amsterdã" - SPressoSP

A CICLO GUERRA PAULISTANA

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Caros Amigos - Primavera grega foi esmagada não por tanques, mas por bancos, diz Varoufakis

O que representou para a esquerda mundial, particularmente a européia,  a malfadada experiência do Syriza? Em algum momento se fará esse balanço, depois de passado o espasmo. Mas, onde estão os "especialistas" em Syriza, que recomendavam o PT copiar o modelo grego? 

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CHINA – Parte 1 CRISE OU CRESCIMENTO? – Alejandro Acosta

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Por que a Finlândia quer pagar um salário mínimo a todos - BBC Brasil

Na Finlândia é chique. No Brasil seria bolsa vagabundo classe média. Comparando os valores, não duvide que a oposição venha demagogicamente a exercer pressão pela majoração do bolsa família ao mesmo tempo em que atua por cima e por fora do congresso, via TCU, para estrangulá-lo.

Por que a Finlândia quer pagar um salário mínimo a todos - BBC Brasil

Quase 25% das investigações contra parlamentares prescrevem | Congresso em Foco

Essa matéria é muito sugestiva de uma reflexão rasa, no sentido de que não precisa mergulhar muito fundo para qualquer leigo concluir que a corrupção nem de longe é uma invenção petista. Na verdade a inovação que o PT promoveu tem mais a ver com o combate à corrupção. Daí que o velho sistema se volta todo contra ele, imputando-lhe tudo de podre que promoveram, ainda promovem e querem voltar a promover na escala da impunidade que prosperava em tempos d'antanho. Claro que falta entre os poucos exemplos dados os casos envolvendo os tucanos do PSDB, sempre blindados.

Quase 25% das investigações contra parlamentares prescrevem | Congresso em Foco

Xeque-Mate- Notícias: Teorias da conspiração à parte... Mas sobre a crise econômica Mundial, me vem um cheiro de vingança no ar. Parece que essa novela eu já assisti!

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Dilma Rousseff anuncia agenda de visita ao Ceará

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Por que o Facebook mantém no ar páginas que pregam morte a políticos? - BBC Brasil

O FACEBOOK  DIZ ASSIM..

Ataques a figuras públicas: que tipo de proteção figuras públicas recebem no Facebook? 
Permitimos discussões abertas e críticas sobre pessoas que são noticiadas na mídia ou que possuem um público mais amplo devido à profissão ou às atividades de sua escolha. Removemos ameaças reais feitas a figuras públicas, bem como discursos de ódio direcionados a elas, assim como fazemos com indivíduos privados.


Por que o Facebook mantém no ar páginas que pregam morte a políticos? - BBC Brasil

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Por que a direita saiu do armário? - Carta Maior

23/08/2015 - Copyleft 

Por que a direita saiu do armário?

Essas manifestações são a prova mais eloquente que os governos do PT não amaciaram a luta de classes, mas a acirraram.

por Emir Sader em 23/08/2015 às 07:46





Emir Sader
Quando se usa essa expressão, não se está querendo dizer que ela estivesse escondida até recentemente. A direita, na era neoliberal, no Brasil, é representada pelos tucanos e seus aliados e sempre esteve ocupando o campo político como alternativa aos governos do PT.
 
O que há de novo é a consolidação de um setor de extrema direita na classe média, que teria colocado recentemente as manguinhas pra fora, constituindo-se no fator novo no cenário politico nacional. E que parece que veio para ficar.
 
Sem discutir a tese da Marilena Chauí – que esse setor insiste em confirmar – de que a classe média seria fascista, é inegável que pelo menos um setor dela assume teses fascistas e o faz da maneira mais escancarada, quase como um clichê, pelos slogans que exibe, pela atitude agressiva e discriminatória, pelo racismo, pelo antiesquerdismo, pelo anticomunismo.
 
Mas por que agora, há 12 anos do começo dos governos do PT, essa ultra direita sai do armário? Onde estava ela? Por que resolveu sair agora do armário?
 
Essas manifestações são a prova mais eloquente que os governos do PT não amaciaram a luta de classes, mas a acirraram. Caso os governos do PT fossem apenas uma variante do neoliberalismo – como algumas atitudes sectárias, que não conhecem o país e não sabem das profundas transformações operadas no Brasil desde 2003 – a direita só poderia estar satisfeita, teria que estar comemorando a cooptação de um PT tão expressivo do campo popular – o mais importante de toda a trajetória da esquerda brasileira -, para o seu campo. Menos ainda teria por que se empenhar com todas suas forças para tirar o PT do governo e tentar desqualificar o Lula, para inviabilizar seu retorno à presidência.
 
Só mesmo porque sentiram que seus interesses estavam sendo afetados, que já não dispunham do governo a seu bel prazer e correm o risco de ver este período se estender muito mais, com uma eventual volta do Lula à presidência, é que a direita saiu do armário e passou a exibir sua cara de ultra direita. 
 
De que forma esses interesses foram afetados? Em primeiro lugar, na prioridade das políticas sociais e na extensão do mercado interno de consumo de massas, com a distribuição de renda que acompanhou a retomada do desenvolvimento econômico. Se interrompeu a política econômica implantada por Collor e continuada por FHC. Seu fracasso abriu os espaços para governos que romperam com eixos fundamentais do neoliberalismo, em primeiro lugar, a prioridade dos ajustes fiscais e a centralidade do mercado.
 
Em segundo lugar, pela ruptura com o projeto da Área de Livre Comércio das Américas – ALCA -, levado a cabo pelos EUA, em complacência com o governo de FHC, que deu lugar ao fortalecimento dos processos de integração regional, do Mercosul à Celac, passando pela Unasul. Um processo que inclui os estratégicos projetos dos Brics, em que o Brasil tem papel chave, e que desenha um mundo multipolar na contramão dos projetos norteamericanos.
 
Em terceiro lugar, porque a centralidade do mercado deu lugar a espaços para a recuperação da capacidade de ação do Estado, tanto como indutor do crescimento econômico, como da afirmação dos direitos sociais e como ator nos processos de soberania externa.
 
A já clássica frase de que “os aeroportos estão virando rodoviárias” segue sendo a mais significativa da reação de setores da classe média à ascensão de amplos setores populares. Afora exacerbada, desde a Copa do Mundo, em que a vaia à Dilma foi como que a abertura da porteira da falta de qualquer respeito por parte de setores da direita.
 
A campanha eleitoral do ano passado foi um aquecimento em relação ao que se vive agora. Tanto Aécio quanto a mídia, exacerbaram sua linguagem e suas formas de atacar o governo, gerando a ideia de que tudo tinha se tornada insuportável, não apenas a situação das classes privilegiadas, mas o próprio país, pela corrupção e pela suposta incompetência do governo. Pela primeira vez na história do país um candidato a presidente triunfou nas eleições contra praticamente a totalidade do grande empresariado – confirmando como estes consideram que seus interesses fundamentais são afetados profundamente pelos govenos do PT.
 
Para os que nunca aceitaram que os governos do PT tenham sido qualitativamente diferentes dos governos neoliberais, tudo isso é incompreensível. Na sua incapacidade de apreender a realidade concreta, tem que culpar o PT por tudo. Até pela direita ter saído do armário, usado por alguns para atribuir também aí a culpa ao PT.
 
Por isso a ultra esquerda não conseguiu, ao longo destes 12 anos – nem no Brasil, nem nos países com governos posneoliberais na América Latina -, construir uma alternativa e esta está sempre situada à direita dos governos do PT. Porque acredita que o os governos do PT são neoliberais, a ultra esquerda não compreende a realidade do Brasil hoje e não consegue construir raízes no seio do povo.
 
O PT é responsável pela saída da direita – e da ultra direita – do armário, porque afetou profundamente os seus interesses.


Tags: Política

Por que a direita saiu do armário? - Carta Maior

Na hora da crise - Carta Maior

Esses ataques, no entanto, apenas revelam a cada vez mais importante posição geopolítica do Brasil no novo mapa mundial que está se desenhando. Iniciativas como a Organização de Cooperação de Xangai e os Bancos de Desenvolvimento dos BRICS apontam para um mundo cada vez mais bipolar, reminiscente da Guerra Fria, e prenhe de oportunidades de alianças estratégicas e de desenvolvimento. Este mundo contará com a presença relativa cada vez menor da Europa – fustigada pela sua crise interna e pelo malogro absoluto de suas guerras civilizacionais na África e no Oriente Médio – e verá regiões como o Pacífico e a América do Sul cada vez mais disputadas pelos dois blocos principais de poder que caracterizarão as próximas décadas: um liderado pelos Estados Unidos e outro liderado pela China.
 
A América do Sul e o Brasil, em particular, terão, portanto, que decidir se perseguem uma estratégia autônoma ou se aderem às zonas de influência de uma das duas grandes potências. Mas contra toda ideologia, a história nos mostra que não é principalmente a “escolha” por uma potência particular o que promove o desenvolvimento, mas sim a capacidade de se articular uma estratégia nacional que aproveite as oportunidades e saiba exigir as contrapartidas que os sucessivos quadros geopolíticos oferecem, em menor ou maior grau.  


Na hora da crise - Carta Maior

Capital simbólico de Lula é atacado pela direita - Carta Maior

24/08/2015 - Copyleft

Capital simbólico de Lula é atacado pela direita

A pesquisadora Liziane Guazina, da UnB, analisa a 'guerra semântica' da direita para desconstruir a imagem de Lula e acabar com seu capital simbólico.


Darío Pignotti - Página/12

EBC
Fascismo politicamente correto. A garota de 17 anos vestida com uma camiseta verde e amarela contou porque marchou pela queda de Dilma Rousseff, com a mesma superficialidade que descreveria os posters da banda pop One Direction que adornam o seu quarto. “Este é o meu primeiro protesto, claro que quero o impeachment… precisamos de um país melhor”, disse Fernanda, reproduzindo o jargão das centenas de milhares de brasileiros que se mobilizaram no dia 16 de agosto, em favor da quebra institucional, mesmo que seja via intervenção militar, contra a presidenta eleita há dez meses atrás, com 54 milhões de votos. Quando lhe preguntaram se ela é de “direita ou esquerda”, não houve dúvidas: “Sou de direita”. Ao ter que explicar sua opção, vacilou alguns segundos, até pedir auxílio: “mãe, por que eu sou de direita mesmo?”.
 
Depois de ver as respostas de Fernanda, a investigadora Liziane Guazina observou, em entrevista com o Página/12, que “nestas imagens, há muitos elementos que sintetizam o ambiente político de hoje no Brasil”.
 
A direita hegemoniza as ruas
 
Responsável pelo núcleo de estudos de Meios e Política da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, Liziane Guazina constata que a esquerda brasileira perdeu sua influência sobre as ruas, a partir da onda conservadora. “O grande paradoxo do momento atual é que a direita se tornou forte no espaço público que sempre havia sido dominado pela esquerda. Na marcha do dia 16 de agosto, assim como nas de março e abril, todas defendendo a queda de Dilma, vemos uma direita querendo ser e sendo protagonista. A direita brasileira se apropriou da necessidade de participação. A crise de representatividade que existe no Brasil, devido a um sistema político superado, terminou sendo uma bandeira dos conservadores, que estão liderando o processo político, com a anuência dos grandes meios, e tudo isso faz com que os métodos autoritários terminem se legitimando”.
 
“O outro paradoxo é que essa maior participação nos pode levar a menos democracia. Um dos princípios defendidos historicamente pela esquerda era o que dizia que havia que participar mais para ampliar a democracia, para haver mais pluralidade, para conquistar mais direitos. Agora, essa maior participação conservadora faz o contrário. A direita foi às ruas para defender menos liberdade (querem governos mais duros), menos direitos (pela redução da maioridade penal, contra a legalização do aborto), mais exclusão (um discurso contra o Bolsa Família e o programa de saúde Mais Médicos). Se essas manifestações crescem, nos poderiam levar a situações limite, mas ainda é cedo para afirmar que se esse cenário é realmente possível”.
 
Logo após descrever como a frente destituinte tomou conta das grandes iniciativas políticas do país, Guazina retornou ao vídeo da jovem Fernanda, a garota de direita que marchou com a mãe e os grupos de direita, enquanto outros manifestantes faziam selfies junto com os policiais militares armados que escoltavam amavelmente os participantes.
 
“Essa garota é a um exemplo adequado do que vemos nas manifestações atuais, é a personificação da ignorância política, ela ignora suas raízes históricas, ignora o que é o sistema político do país. Mas ela não pode ser considerada inocente, porque está participando da concentração de São Paulo que foi a mais forte do país. Embora ela ignore o que significa de fato a sua opção política, essa participação tê consequências. Pensando melhor, eu a definiria como a personificação da ignorância participativa, não sei se esse caso em si pode ser considerado uma ameaça à democracia. Teria que estudá-lo melhor para fazer essa afirmação.”
 
O capital simbólico de Lula
 
“A voz rouca das ruas”, “Primeiro presidente operário” são definições citadas para evocar Luiz Inácio Lula da Silva, cujos dois governos costumam ser identificados como os da “Bolsa Família”, ou os do “aumento do valor real dos salários”, da “política externa altiva” e o do “fortalecimento da Petrobras”.
 
Após deixar o governo, no dia 31 de dezembro de 2010, com mais de 80% de respaldo, a imagem de Lula voltou a ser um dos alvos prediletos das empresas de comunicação, através de uma fórmula conhecida: produzir notícias que o vinculem com os casos de corrupção, mesmo que não haja indícios, nem menos documentos que comprovem as denúncias. Há poucas semanas, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) passou a responder os abusos desinformativos da Rede Globo e da revista Veja com processos judiciais, mas isso não acabou com as calúnias.
 
Durante os atos do dia 16 de agosto, um boneco inflável com a imagem de Lula, vestido como presidiário, surgiu em frente ao Congresso nacional, em Brasília, onde houve cânticos ofensivos repetidos tanto na capital como em outros grandes centros brasileiros.
 
As autoridades do PT denunciaram uma campanha que busca neutralizar o ex-presidente como provável candidato presidencial em 2018, projeto cuja viabilização depende e para isso a oposição o qual será necessário dinamitar o capital simbólico do petista. Ou seja, fazer com que o “significante” Lula saia do mar de conotações positivas ao redor da sua figura e se afogue numa cadeia de conceitos negativos, como a corrupção e o tráfico de influências.
 
Guazina menciona a “batalha semântica em torno do símbolo Lula, que ainda tem uma imagem muito boa perante grande e importante parte da população, que sabe que seu legado é real, porque o Brasil de hoje não é o mesmo de antes de 2003 (início da primeira gestão do PT). Esse boneco inflável, e outros elementos usados pelos manifestantes, nos dizem que há um discurso visando o aniquilamento dessa figura. Para esses grupos conservadores, não basta ser adversários de Lula, é preciso fazer ele desaparecer. Essa retórica pode ser vista nos meios de comunicação, nas redes sociais, onde há várias provocações, ressignificações da imagem de Lula através de memes: Lula num caixão, ou Dilma num caixão, e outras coisas do gênero”.
 
“Outra forma de reverter a força simbólica de Lula é afetando a imagem da Petrobras. Muitos recordarão aquela foto de Lula em 2006, vestido com o macacão laranja, numa plataforma da empresa estatal, com os dedos sujos de petróleo. É uma imagem forte. Não sei se essa simbologia desapareceu totalmente, mas se pode observar que está sendo desconstruída essa ideia da Petrobras como uma grande empresa, como a potência de um Brasil que cresce. Agora, nesse novo contexto político, com esse discurso legitimado pelos meios hegemônicos, vai sendo imposto a ideia de que a Petrobras está ligada ao crime, é uma empresa que significa corrupção”.
 
Nesse punto, a doutora Guazina propõe refletir sobre qual seria a interpretação mais apropriada da liberdade de expressão.
 
“Esse é um dos grandes temas que devemos discutir hoje no Brasil, porque esses grupos conservadores reivindicam seu direito de ter liberdade de expressão para incitar o ódio, eliminar o adversário, até para justificar algo contrário à democracia, como a intervenção militar contra as instituições. Estão planteando uma liberdade sem nenhuma responsabilidade, que não respeita os direitos humanos nem a convivência pacífica. Então, devemos nos perguntar se isso realmente é liberdade de expressão”.
 
Tradução: Victor Farinelli

Capital simbólico de Lula é atacado pela direita - Carta Maior

Capital simbólico de Lula é atacado pela direita - Carta Maior

24/08/2015 - Copyleft

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A pesquisadora Liziane Guazina, da UnB, analisa a 'guerra semântica' da direita para desconstruir a imagem de Lula e acabar com seu capital simbólico.


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EBC
Fascismo politicamente correto. A garota de 17 anos vestida com uma camiseta verde e amarela contou porque marchou pela queda de Dilma Rousseff, com a mesma superficialidade que descreveria os posters da banda pop One Direction que adornam o seu quarto. “Este é o meu primeiro protesto, claro que quero o impeachment… precisamos de um país melhor”, disse Fernanda, reproduzindo o jargão das centenas de milhares de brasileiros que se mobilizaram no dia 16 de agosto, em favor da quebra institucional, mesmo que seja via intervenção militar, contra a presidenta eleita há dez meses atrás, com 54 milhões de votos. Quando lhe preguntaram se ela é de “direita ou esquerda”, não houve dúvidas: “Sou de direita”. Ao ter que explicar sua opção, vacilou alguns segundos, até pedir auxílio: “mãe, por que eu sou de direita mesmo?”.
 
Depois de ver as respostas de Fernanda, a investigadora Liziane Guazina observou, em entrevista com o Página/12, que “nestas imagens, há muitos elementos que sintetizam o ambiente político de hoje no Brasil”.
 
A direita hegemoniza as ruas
 
Responsável pelo núcleo de estudos de Meios e Política da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília, Liziane Guazina constata que a esquerda brasileira perdeu sua influência sobre as ruas, a partir da onda conservadora. “O grande paradoxo do momento atual é que a direita se tornou forte no espaço público que sempre havia sido dominado pela esquerda. Na marcha do dia 16 de agosto, assim como nas de março e abril, todas defendendo a queda de Dilma, vemos uma direita querendo ser e sendo protagonista. A direita brasileira se apropriou da necessidade de participação. A crise de representatividade que existe no Brasil, devido a um sistema político superado, terminou sendo uma bandeira dos conservadores, que estão liderando o processo político, com a anuência dos grandes meios, e tudo isso faz com que os métodos autoritários terminem se legitimando”.
 
“O outro paradoxo é que essa maior participação nos pode levar a menos democracia. Um dos princípios defendidos historicamente pela esquerda era o que dizia que havia que participar mais para ampliar a democracia, para haver mais pluralidade, para conquistar mais direitos. Agora, essa maior participação conservadora faz o contrário. A direita foi às ruas para defender menos liberdade (querem governos mais duros), menos direitos (pela redução da maioridade penal, contra a legalização do aborto), mais exclusão (um discurso contra o Bolsa Família e o programa de saúde Mais Médicos). Se essas manifestações crescem, nos poderiam levar a situações limite, mas ainda é cedo para afirmar que se esse cenário é realmente possível”.
 
Logo após descrever como a frente destituinte tomou conta das grandes iniciativas políticas do país, Guazina retornou ao vídeo da jovem Fernanda, a garota de direita que marchou com a mãe e os grupos de direita, enquanto outros manifestantes faziam selfies junto com os policiais militares armados que escoltavam amavelmente os participantes.
 
“Essa garota é a um exemplo adequado do que vemos nas manifestações atuais, é a personificação da ignorância política, ela ignora suas raízes históricas, ignora o que é o sistema político do país. Mas ela não pode ser considerada inocente, porque está participando da concentração de São Paulo que foi a mais forte do país. Embora ela ignore o que significa de fato a sua opção política, essa participação tê consequências. Pensando melhor, eu a definiria como a personificação da ignorância participativa, não sei se esse caso em si pode ser considerado uma ameaça à democracia. Teria que estudá-lo melhor para fazer essa afirmação.”
 
O capital simbólico de Lula
 
“A voz rouca das ruas”, “Primeiro presidente operário” são definições citadas para evocar Luiz Inácio Lula da Silva, cujos dois governos costumam ser identificados como os da “Bolsa Família”, ou os do “aumento do valor real dos salários”, da “política externa altiva” e o do “fortalecimento da Petrobras”.
 
Após deixar o governo, no dia 31 de dezembro de 2010, com mais de 80% de respaldo, a imagem de Lula voltou a ser um dos alvos prediletos das empresas de comunicação, através de uma fórmula conhecida: produzir notícias que o vinculem com os casos de corrupção, mesmo que não haja indícios, nem menos documentos que comprovem as denúncias. Há poucas semanas, o fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) passou a responder os abusos desinformativos da Rede Globo e da revista Veja com processos judiciais, mas isso não acabou com as calúnias.
 
Durante os atos do dia 16 de agosto, um boneco inflável com a imagem de Lula, vestido como presidiário, surgiu em frente ao Congresso nacional, em Brasília, onde houve cânticos ofensivos repetidos tanto na capital como em outros grandes centros brasileiros.
 
As autoridades do PT denunciaram uma campanha que busca neutralizar o ex-presidente como provável candidato presidencial em 2018, projeto cuja viabilização depende e para isso a oposição o qual será necessário dinamitar o capital simbólico do petista. Ou seja, fazer com que o “significante” Lula saia do mar de conotações positivas ao redor da sua figura e se afogue numa cadeia de conceitos negativos, como a corrupção e o tráfico de influências.
 
Guazina menciona a “batalha semântica em torno do símbolo Lula, que ainda tem uma imagem muito boa perante grande e importante parte da população, que sabe que seu legado é real, porque o Brasil de hoje não é o mesmo de antes de 2003 (início da primeira gestão do PT). Esse boneco inflável, e outros elementos usados pelos manifestantes, nos dizem que há um discurso visando o aniquilamento dessa figura. Para esses grupos conservadores, não basta ser adversários de Lula, é preciso fazer ele desaparecer. Essa retórica pode ser vista nos meios de comunicação, nas redes sociais, onde há várias provocações, ressignificações da imagem de Lula através de memes: Lula num caixão, ou Dilma num caixão, e outras coisas do gênero”.
 
“Outra forma de reverter a força simbólica de Lula é afetando a imagem da Petrobras. Muitos recordarão aquela foto de Lula em 2006, vestido com o macacão laranja, numa plataforma da empresa estatal, com os dedos sujos de petróleo. É uma imagem forte. Não sei se essa simbologia desapareceu totalmente, mas se pode observar que está sendo desconstruída essa ideia da Petrobras como uma grande empresa, como a potência de um Brasil que cresce. Agora, nesse novo contexto político, com esse discurso legitimado pelos meios hegemônicos, vai sendo imposto a ideia de que a Petrobras está ligada ao crime, é uma empresa que significa corrupção”.
 
Nesse punto, a doutora Guazina propõe refletir sobre qual seria a interpretação mais apropriada da liberdade de expressão.
 
“Esse é um dos grandes temas que devemos discutir hoje no Brasil, porque esses grupos conservadores reivindicam seu direito de ter liberdade de expressão para incitar o ódio, eliminar o adversário, até para justificar algo contrário à democracia, como a intervenção militar contra as instituições. Estão planteando uma liberdade sem nenhuma responsabilidade, que não respeita os direitos humanos nem a convivência pacífica. Então, devemos nos perguntar se isso realmente é liberdade de expressão”.
 
Tradução: Victor Farinelli

Capital simbólico de Lula é atacado pela direita - Carta Maior

A economia da China abala o mundo — CartaCapital

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A PM-SP revela sua ideologia em nota oficial — CartaCapital

ALGUMA DÚVIDA SOBRE UMA POLÍCIA IDEOLOGICAMENTE COMPROMETIDA COM O RETROCESSO?

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Dowbor: ausência de reformas bloqueou lulismo

A articulação do rentismo com a mídia
O maior jornal econômico do país, por exemplo, em fevereiro publicou uma matéria que contém um quadro com as projeções de inflação, com o título: “O que os economistas esperam”. E são listadas 21 “apostas” em índices inflacionários feitas por economistas de instituições. Entre eles, não tem nenhum Amir Khair, um Luiz Gonzaga Belluzzo, uma Tânia Bacelar, um Rubens Ricúpero, um Bresser Pereira ou um Márcio Pochmann; sequer um IBGE ou um DIEESE. Apenas de bancos ou consultorias ligadas ao mercado financeiro – e ambos ganham com a inflação. Esses economistas geram expectativas inflacionárias que se autocumprem, pois os agentes econômicos acompanham as expectativas e elevam preventivamente os preços.
Existe um trabalho de chantagem e contaminação pelo aceno do “risco inflacionário” – e todos sabem que a inflação é um golpe mortal em termos políticos. Esse tipo de chantagem segura o governo pelo pescoço. A inflação virou arma ideológica.
Dowbor: ausência de reformas bloqueou lulismo

Arundhati Roy: 'tragédia indiana é que sistema de castas tornou a injustiça algo sagrado' - Geledés

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A lenta democratização da universidade pública

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Programação completa do 21º Curso Anual do NPC | NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

Programação completa do 21º Curso Anual do NPC | NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação

O poder supremo dos “sem-voto”TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Uma verdadeira palhaçada o processo de judicialização da política no Brasil. Estão rindo da nossa cara e brincando com as nossas vidas.


O poder supremo dos “sem-voto”

juiz
Outro dia escrevi aqui sobre o que é, para mim, a maior ameaça à democracia no Brasil: a distorção do papel do Judiciário (e dos organismos que a ele se vinculam), que hoje, sensivelmente, vai assumindo o papel tutelar que, até bem próximo ao final do século passado, os militares tiveram sobre o Estado democrático e que, seja pelo exercício direto do poder, seja pela situação de temor criado sobre governos eleitos, circunscrevia a autonomia dos governantes.
Disse que os juízes, excitados pelo Ministério Público, como os generais empolgados pelo oficialato jovem e ansioso, vão se dando a arreganhos de poder.
E tal como dos fardados, não raramente nem se pode discordar dos togados nas boas intenções, aquelas que lotam o Inferno, como dizia minha avó. Mas, igualmente, jamais se pode deixar de ver que isso altera o fundamento da autoridade popular, que se exerce pelos eleitos ao Executivo e ao Legislativo, entregando-a corporações nas quais, ao contrário das outras, não há confronto de ideias, mas a obediência hierárquica como dever.
Óbvio que governantes e parlamentares não devem estar fora do controle do Judiciário – estamos em uma república – mas é essencial que este controle seja previsível, aberto, prudente; jamais surpreendente e ousado. Ousadia, aliás, é a negação da harmonia que prescreve os poderes  a Constituição.
Juízes não são, nem podem ser – como não podem ser os militares ativos – protagonistas do processo político. E, como há décadas ocorria com os dólmãs, agora a toga projeta sua sombra incontestável sobre os legitimados pelo voto, o qual  mídia – com apoio na mediocridade que construiu na política – encarrega-se de desmoralizar e o dinheiro de comprar.
Porque deles, ao contrário dos integrantes dos demais poderes, não pode o cidadão recorrer senão à própria corporação, onde em geral não há – e há cada vez menos – senão a ratificação do que os membros da corporação decidem.
Ontem, no Facebook, o professor Nílson Lage indica a leitura de um ótimo artigo que, à noite, André Araújo publica no GGN.
Reproduzo-o, com a mesma introdução do velho mestre, que já observou todos estes movimentos da História, desde a segunda metade do século passado:
(O poder) cabe, agora, ao Judiciário.
No momento, é Moro, o Príncipe das Araucárias, Visconde do Lava-jato, que dá uma de Simão Bacamarte e se dispõe a corrigir os pecados do sistema, irracional e corrupto.
Sem quem o dose, remédio perigoso. 
Pode resultar numa ditadura um milhão de vezes pior do que a mais assustadora ditadura militar: ditadores de língua empolada, que se auto-avalizam, auto-remuneram lautamente sem sentimentos de culpa, leem as leis de frente para trás e de trás para a frente, inventam princípios jurídicos convenientes com base em ciência esotérica e, sobretudo, protegem uns aos outros.
Para avaliar até onde podem chegar em matéria de equilíbrio e desprendimento, podem-se lembrar figuras emblemáticas, de Joaquim Barbosa a Gilmar Mendes.

A mudança do eixo de poder

André Araújo, no GGN
Pela primeira vez na República, o eixo determinante do Poder, aquele que rege o Estado, sai do Executivo-Legislativo e passa para o aparelho Judiciário, ai incluída a Polícia Federal, hoje parte desse aparelho e a ele completamente agregado.
A mudança foi pouco percebida pela classe politica, entretida em suas brigas internas de baixa altitude.
Quem manda é quem pode prender qualquer membro dos poderes Executivo e Legislativo a qualquer momento, através de narrativas arbitradas pelo aparelho Judiciário, sem contraste e sem possibilidade de defesa prévia para evitar a prisão, a devassa, o bloqueio de bens, a humilhação, o escracho, a liquidação de empresas tradicionais.
Quem pode prender pode ameaçar de prender e essa ameaça é o Poder de Fato.
Qualquer político hoje pode ser preso a qualquer momento pelo aparelho Judiciário conhecido como “força-tarefa”, que inclui, na prática, não só o juiz federal de Curitiba mas também os Tribunais Superiores que lhe dão aval.
No desenho do Estado Democrático que vem dos clássicos pensadores e operadores, como Charles Louis de Secondat (barão de Montesquieu), Alexis de Tocqueville, Thomas Jefferson e Alexander Hamilton, esse tipo de Estado que se contrapõe ao Estado Autoritário exige o mecanismo conhecido como checks and balances –  que seria “controles e contrapontos” – cada Poder deve ser controlado pelos outros dois, de modo a um fiscalizar o outro.
No momento atual, o governo da força tarefa não se submete ao controle dos outros dois Poderes, é absolutamente autônomo em relação a eles, é o verdadeiro poder de fato e o Estado deixa de ser democrático para ser autoritário.
O Poder Executivo e o Poder Legislativo são hoje menores e mais fracos que o governo da força tarefa que é que dá a agenda da vida política do País. Todos estão na dependência do que é resolvido em Curitiba, nova capital política do Brasil. O domínio do poder não se dá pela lei, mas pela interpretação da lei.
A garantia tradicional do Direito Positivo que é o conjunto de regras escritas que fundamenta o espirito do Estado de Direito no modelo brasileiro herdado dos princípios do Direito Romano transformado pelo Direito Civil francês foi substituído, pela falta de atenção dos outros poderes, por princípios completamente alheios ao direito positivo que é a base do arcabouço do Estado Democrático brasileiro por regras importadas de outro sistema de direito, o anglo-americano e essas Regras são implantes não assimiláveis pelo corpo legal legitimador do Estado Democrático brasileiro.
Regras como domínio do fato e delação premiada são do direito anglo-americano mas lá são aplicadas com muito maior prudência que no Brasil, a delação não se faz com réu preso e nem se vaza imediatamente o teor das delações, por exemplo. Importamos sem critério e sem cuidados, importamos como peça pirata para encaixar no mecanismo original de um sistema jurídico sólido e consolidado, hoje estraçalhado por vírus invasores.
A culpa se deve a incultura, à ignorância , à falta de bons filtros que examinem essas importações exóticas antes que virem leis e jurisprudência. Agora é um pouco tarde e só um novo regime autoritário pode expurgar esses principios estranhos que aboliram as garantias constitucionais, base do Estado Democratico de Direito.
poder de fato, hoje, não tem ” controles e contrapontos”. Os Poderes Executivos e Legislativo não podem indagar por exemplo como se estabelecem metodos e criterios de concursos para juízes e procuradores, quais os mecanismos de promoção na carreira. No entanto o Poder Judiciario pode indagar, investigar e mudar regras dentro dos Legislativos e do Executivo, punir seus membros, mudar procedimentos, dizer o que pode e o que não pode nos outros Poderes.

O poder supremo dos “sem-voto”TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

domingo, 23 de agosto de 2015

Pré-sal: o milhão de barris/dia está chegandoTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

É esta a empresa que estava carcomida e infestada de corrupção?

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Estágio meteorológico da informação cria presunção da catástrofe ~ Cinema Secreto: Cinegnose

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