Total de visualizações de página

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Olha o respeito, seu governante mal educado! Valorização do professor não é favor - Guilherme Perez Cabral - UOL Educação

Olha o respeito, seu governante mal educado! Valorização do professor não é favor

Guilherme Perez Cabral

Guilherme Perez Cabral

 Ouvir texto
 
0:00
 Imprimir Comunicar erro
  • Lucas Gabriel Marins/UOL
Nesses tempos em que professores que reivindicam direitos apanham da polícia, vale parar e pensar um pouco nas (in)competências do Poder Público, em matéria de valorização do docente.
Valorização que não quer dizer outra coisa senão respeito ao profissional, reconhecendo a importância do papel social por ele exercido. Isso envolve bastante coisa: remuneração digna; condições adequadas para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; espaço escolar seguro, limpo, sem goteiras, provido de recursos necessários (carteira, lousa, computador, etc.). Demanda tempo para estudar, para preparar aula, para se dedicar aos alunos e às suas particularidades.
Mas a história não é nova. Sempre volta e tem se repetido, ultimamente, de forma preocupante. Temas sociais, ligados ao acesso a direitos fundamentais, são tratados como problema de segurança pública, caso de polícia. Tem se discutido a redução da maioridade penal, enrijecimento de penas, criminalização de tudo. Chamou atenção, dia desses, no Paraná, professores recebidos, pelo Governo do Estado, com bordoadas.
Não parece que essa solução (a truculência), aparentemente rápida, seja, de fato, uma solução. Não parece que haja soluções rápidas para problemas de longa data, que tanto afetam a população, no caso, a precariedade de nosso sistema público de educação. Exigem, sem dúvida, políticas cujos efeitos não são tão imediatos como os de gás lacrimogêneo.
Ao direito de todos à educação corresponde um conjunto de deveres do Poder Público, repartido com a família e a sociedade civil. No exercício de suas competências, cumpre à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios prestar educação e zelar por sua qualidade. E, para tanto, cumpre-lhes valorizar o profissional da educação. Trata-se de um princípio constitucional. Está no Artigo 206 da nossa Constituição.
Nesse cenário, a valorização já aparecia como objetivo e prioridade do Plano Nacional de Educação (Lei no 10.172/2001). Tendo vigorado até 2010, previa, como parte dela integrante, a garantia de condições adequadas de trabalho, incluindo tempo de estudo e preparação de aulas, salário digno e carreira de magistério. Está presente, agora, como diretriz e em meio a estratégias, no novo Plano (Lei no 13.005/2014), a vigorar até 2023.
Voltando à Constituição, ela faz referência, ainda, em sua parte final – o denominado Ato das Disposições Finais Transitórias –, à remuneração condigna dos trabalhadores da educação (sim, isso é verdade), prevendo a manutenção de um Fundo com recursos públicos para esse fim.
Abaixo do texto constitucional, com suas Emendas e Disposições Finais Transitórias, e junto com os Planos Nacionais, vem um amontoado de leis e regulamentações prometendo direitos e garantias no campo da educação. Aliás, a Constituição do Estado do Paraná – os Estados (e Municípios) têm, também, suas constituições próprias – assegura o direito à educação de qualidade, projetando a valorização dos profissionais do ensino.
Mas tudo isso, evidentemente, não basta. A lição extraída da poesia Drummond merece mais atenção. As leis não bastam / Os lírios não nascem da lei. Apesar dessa estrutura legislativa – tanta norma, tantos direitos e deveres –, quando se olha para a realidade, o que se vê, ainda, é desrespeito e incompetência do Poder Público. No descompasso entre o que a lei proclama e o que, de fato, os governantes pretendem, o professor do Paraná (que apanhou na manifestação), o de São Paulo, o do Brasil inteiro continua ganhando pouco. Muito pouco.
Sem a valorização docente não haverá educação de qualidade. Se nosso objetivo é trazer o projeto constitucional para a prática do cotidiano, precisamos fazer mais. Os professores estão reivindicando. Não é um pedido. Não é um favor. Muito menos assunto de polícia.
Olha o respeito, seu governante mal educado! Valorização do professor não é favor - Guilherme Perez Cabral - UOL Educação

Alemanha tem maior nível de pobreza desde a Reunificação (Efeitos do Neo liberalismo, que os golpistas querem também no Brasil) | Luizmuller's Blog

A crise econômica não é uma exclusividade brasileira como tentam fazer parecer os noticiários de uma mídia ávida por denegrir o governo do partido dos trabalhadores, Se observarmos melhor veremos que esse governo foi até muito capaz e competente quando em meio ao quadro caótico que desenhou-se no contexto das economias mais ricas, o Brasil, sob a batuta de Dilma e Mantega, conseguiu sustentar elevados índices de empregabilidade, a valorização do salário mínimo  e as políticas sociais inclusivas. Se a crise força a porta e tenta entrar a todo custo em nossa casa, não podemos esquecer que dentro existem aqueles que há muito defendem que se escancarem as portas.



Alemanha tem maior nível de pobreza desde a Reunificação (Efeitos do Neo liberalismo, que os golpistas querem também no Brasil) | Luizmuller's Blog

Perdemos de novo, professora Conceição? - Carta Maior

Perdemos de novo, professora Conceição? - Carta Maior

Da propaganda (i) | Impromptu

Da propaganda (i)

vintage add 6
Ligo o rádio. Ouço Ricardo Boechat, que equivale à voz editorial da Rede BAND, vituperar contra a remuneração exorbitante, superior a 200 milhões de reais, do marketeiro do PT em 7 campanhas políticas. A bagatela de, em média, uns 30 milhões por campanha. Em seguida, o apresentador indignado esbraveja sobre a necessidade urgente e imperiosa de que sejam prestadas contas à sociedade sobre a origem e o destino deste montante, tido como, no mínimo, imoral. Fim do editorial.
Intervalo comercial. Imediatamente após a contundente posição assumida pela emissora por meio de seu mais eminente porta-voz, é veiculado um comercial institucional da mesma cujo teor é perfeitamente resumido pela chamada “propaganda também é conteúdo”.
Cá com meus botões, tento em vão entender por que, sob uma mesma ética e pelos mesmos agentes, a propaganda política é violentamente execrada enquanto a comercial é francamente exaltada e estimulada. Ora, um e outro são, essencialmente, a mesma coisa, a saber, a veiculação ampla de mentiras sem direito à qualquer contraditório.
(pausa para que os publicitários se retirem da sala)
Passei dias, até semanas, pensando sobre a contradição acima. Não me dedicarei, aqui, a esmiuçar os aspectos mais nocivos da propaganda e da representação políticas, até por que muitos já o fazem com bastante brilho e desenvoltura. Já a propaganda comercial, ainda que fundada sobre o mesmo pressuposto – a propagação em mão única de mentiras ou, quando muito, meias verdades, se encontra perfeitamente naturalizada na economia contemporânea. É sobre este mito que, doravante, queremos nos concentrar.
A publicidade de bens e serviços comerciais não passa da faceta mais visível de um modelo econômico fundado sobre a competição pela produção e comercialização de bens em excesso e a custos reduzidos. Para muito além das necessidades humanas. Os carros empacados nos pátios das montadoras de tempos em tempos não nos deixam mentir. Neste contexto, a propaganda existe nos broadcasting media (reparem como campanhas publicitárias não vingam em redes sociais !) unicamente no intuito de dar vazão à produção excessiva por meio tanto da exacerbação das qualidades do que é anunciado como da criação artificial de necessidades até então inexistentes.
O design industrial e a obsolescência programada só existem em razão da manutenção deste ciclo. Ou então por que alguém precisaria trocar de carro ou telefone celular de tempos em tempos ? Inovações tecnológicas ? Bowshit.Toda propaganda é, por definição, anti-ecológica se levarmos em consideração a parte do valor de qualquer produto que é agregada exclusivamente para que o mesmo desfrute de um bom posicionamento no mercado. Hão de dizer, no entanto, que produtos dos quais fossem expurgados todos os valores investidos em sua publicidade teriam, por assim dizer, as “pernas curtas”, ou seja, que o conhecimento sobre a própria existência dos mesmos, independentemente de suas qualidades, estaria irremediavelmente restrito, quando muito, aos círculos locais em que são produzidos. Ao que contraponho: mas por que raios um produto precisa ser comercializado longe de onde é produzido ? Ou, em casos extremos, para além-fronteiras ? Ora, se algo longínquo é, efetivamente necessário, a isto chegamos hoje, facilmente, por meios de buscas informatizadas.
As marcas, que procuram conferir a bens produzidos por conglomerados uma identidade global única, independente das condições frequentemente sub-humanas em que são produzidos, são parte essencial do problema. Vide as roupas e calçados esportivos produzidos para grifes e marcas por meio de trabalho escravo. Ou o recente escândalo de corrupção na FIFA, em que o marketing esportivo foi protagonista absoluto.
Por isto, vejo toda publicidade como um enorme e desnecessário dispêndio energético. A indústria da propaganda não só sabe disto mas, via de regra, opera levando isto em consideração. Pois todo anunciante ou publicitário sabe que, de todos os sujeitos bombardeados por uma mensagem publicitária, apenas uma pequena parte está interessada naquilo que é anunciado. Para os restantes, toda propaganda não passa de ruído, lamentavelmente naturalizado na vida cotidiana. Numa analogia grosseira, então, veicular anúncios por meio de broadcasting (a própria atividade fim da publicidade) é mais ou menos como pulverizar toda uma lavoura com pesticidas de amplo espectro e nocivos quando ingeridos por pessoas apenas para eliminar uma praga específica que esteja a ameaçar a rentabilidade de uma colheita.
* * *
Contra tal visão dos fatos se erguerão, certamente, duas vozes majoritárias, a saber, uma que diz que a indústria da propaganda emprega muita gente e outra que considera que anunciantes sejam benfeitores responsáveis pelo fácil acesso a conteúdos desejáveis. Como, por exemplo, programas de rádio e TV ou matérias impressas em jornais e revistas. Nestes dois casos, apologistas da propaganda comercial recorrem a mitos distintos que, para maior clareza, veremos separadamente.
A ideia de que num mundo livre de toda publicidade muitas pessoas perderiam suas ocupações atuais é corolário de um mito maior, a saber, o de que as atividades humanas a que chamamos de profissões sempre existiram e sempre existirão. Ora, não é preciso muito conhecimento histórico para se intuir que ocupações surgem e desaparecem de tempos em tempos, de acordo com peculiaridades de cada época. De tal modo que pessoas cujas ocupações desaparecem sempre acabam, de um jeito ou de outro, se ocupando de outras coisas. Só que, como o ciclo de existência das profissões é bem longo, geralmente superior à duração de vidas humanas, é perfeitamente compreensível que ocupações tendam a se confundir com as próprias identidades individuais, a ponto de qualquer um não conseguir se enxergar no mundo fora da atividade que exerce e para a qual foi treinado. Estamos, então, aqui, claramente lidando com o medo do desconhecido por excelência, o futuro. As profissões assumindo, neste caso, o mesmo status das religiões. Umas e outras a oferecer conforto contra o grande vazio existencial que representaria não pertencer a nenhum mundo, antes ou depois da morte.
Um bom exemplo deste estado de coisas é a indignação generalizada recém desencadeada pela primeira manifestação no Brasil (pois no “primeiro mundo” já é um tema recorrente há bastante tempo) sobre a obsolescência das orquestras sinfônicas como hoje as conhecemos.
Vejam ainda, sobre a volatilidade das profissões, as facilidades recentemente aprovadas pelo congresso brasileiro para a contratação terceirizada de serviços.
O segundo mito sobre o qual repousa a naturalização da propaganda em nossa economia é o de que, sem ela, teríamos pouco ou nenhum acesso a conteúdos desejáveis (i.e., aqueles pelos quais optamos e que justificam nossa tolerância a todo lixo publicitário). Ora, se a informação ou o entretenimento que queremos só chega até nós por causa da existência de anunciantes que os sustentam, devemos lembrar que isto só é assim por que a sociedade como um todo assim o permite. Mas caso contrário, quem pagaria a conta ? O estado, é claro. Pois se diz das democracias que são os próprios cidadãos que deliberam sobre a alocação dos tributos recolhidos. Não sou tão ingênuo de supor que, na prática, isto seria uma tarefa fácil. Senão já estaríamos, para começar, livres dos representantes parlamentares e das concessões de rádio e TV. Mas toda mudança, para melhor ou pior, passa, necessariamente, por uma discussão. Contra a qual conspiram, além de pessoas e grupos interessados, as ideias naturalizadas.
vintage add 4
Da propaganda (i) | Impromptu

O Eterno Petralha (por Ayrton Centeno) - Sul 21

 29/mai/2015, 8h02min

O Eterno Petralha (por Ayrton Centeno)

Há uma praga que ameaça o Brasil. Chama-se petralha. “O petralha é o demônio por trás da corrupção”, advertiu um grande homem. Petralhas, como os seus amigos nordestinos ou os sem terras e os sem teto, não gostam de trabalhar. Não se trata de fraqueza. É para atrair piedade. Parecem mas não são pobres. São uma raça de parasitas. Petralhas e outros vagabundos são os perpétuos parasitas. Assim como os ratos.
Uma pesquisa recente indica que petralhas e seus aliados são responsáveis pela existência de 34% dos pedintes, de 47% dos roubos, de 47% dos jogos de azar e de 82% das organizações criminosas em ação. Petralhas são adeptos do comunismo, doutrina de destruição de nações e da luta de classes, que brota de mentes como as de Karl Marx e de Rosa Luxemburgo.
Petralhas e seus iguais não querem nada com o trabalho. Deixam para os brasileiros. Tem um objetivo comum: explorar o país. Enquanto nós brasileiros empobrecemos, os petralhas enriquecem através de fraude, trapaça e usura.
São ladrões que roubaram milhões e milhões do país. Atacam em todas as frentes. Na cultura, promovem uma arte anormal, grotesca e perversa com exaltações à pornografia e à homossexualidade. Mas críticos de arte petralhas as enaltecem como “elevadas expressões artísticas”.
Atrás de tudo está a doutrinação petralha. Seus líderes são, acima de tudo, educadores políticos. A carta de princípios petralha encerra cinco mandamentos: 1) amai-vos uns aos outros; 2) amai o roubo; 3) amai o excesso; 4) odeie seu patrão; 5) nunca diga a verdade.
E assim tem sido. Mas este modo de pensar petralha está chegando ao fim. E não mais poluirá nossa nação.
Se o bravo leitor resistiu até aqui, mesmo ansiando por um engov, prepare-se: vai ficar pior. Porque o que se assemelha a um surto não é um surto, o que parece delírio não é delírio. E aquilo que aparenta ser apenas ficção ruim não é ficção ruim. É realidade ruim. De muito tempo atrás e, como se verá, de agora.
Substitua petralha e seus iguais por judeu, brasileiros por alemães, Brasil por Alemanha, grande homem por Richard Wagner, carta de princípios petralha por Canaã e você terá uma súmula da narração em off daquele que foi considerado “o filme mais imundo jamais feito”: O Eterno Judeu, de Fritz Hippler.
Seguindo as diretrizes de Joseph Goebbels, ministro da cultura e propaganda do Terceiro Reich, Hippler filmou o gueto de Lodz, na Polônia ocupada onde, atrás do arame farpado, o regime confinara 160 mil pessoas. Construiu uma ópera de ódio.
Na montagem, alternam-se cenas de judeus e de ratos. Ambos sujos, detestáveis, ameaças. Subjacentemente, induz-se a necessidade de serem dizimados. O fato de ser um documentário, com gente das ruas e não de atores, robustece a noção de veracidade embutida naquilo que descreve. Em tese, desvela o real, aquilo que o olhar do espectador captaria se estivesse em Lodz. Essa a ideia. Persuadir que algo tão desprezível não merece subsistir. Apronta-se a opinião pública para a solução final.
A analogia entre o inimigo engendrado e as moscas e roedores também é um presságio do modo de operação dos vernichtungslagers, os campos de extermínio. Pestes, os judeus seriam erradicados através de um pesticida, o Zyklon B, que paralisa o sistema respiratório. O Eterno Judeu chegou às telas em 1940. Em setembro de 1941, o Zyklon B estreou em Auschwitz.
Quem vê Der Ewige Jude – está no You Tube – percebe a assombrosa afinidade entre sua escrotidão e a matéria fecal transbordante das caixas de comentários e nas redes sociais. Mas, ojo, o narrador insinua mas não explicita a opção pelo genocídio. Ou seja, a ferocidade está aquém daquela ostentada na internet em 2015. Não duvide disso.
“Tem que começar a exterminar essa raça”, preconizou o internauta Carlos Zanelatto ao saber que o ex-presidente do PT, José Genoíno, poderia cumprir sua pena em prisão domiciliar. “A solução é começar a matar”, concordou outro, identificando-se com o número 010190. “Eu quero a cabeça dele. Pago em dólar”, bravateou Maurício P. Se a sensibilidade feminina faltava ao debate, Márcia TDB supriu a carência: “Dá nojo olhar pra esse safado. Morre camundongo da caatinga”.
Ante a observação de que “o porco sujo” deveria ter sido largado no mato “para ser comido vivo pelas onças”, um tal Denys divergiu: “Culpa foi não ter matado a Dilma”. TSilva111 discordou do discordante: “Culpa disso são (sic) os militares. Deveriam ter acabado com toda essa raça de bandidos na ditadura militar”. Fernando Amorim também xingou os milicos: “Porque diabos não mataram esses vermes na época da ditadura?”
É mole? Não, mas tem mais.
Avisando que seu recado era “sangrento”, João Neto informou que teria “o prazer de fuzilar qualquer petista”. Para ele, “nada irá mudar enquanto não começarmos a invadir as casas desses bandidos e pendurá-los pelo pescoço em praça pública…” Hemer Rivera foi logo buscar a faca e a corda: “Sou a favor disso, pendurar nos postes sem cabeça sangrando e deixar amanhecer para que todos vejam que político corrupto, merece ser decapitado”.
Bastou o ex-ministro José Dirceu sofrer um princípio de AVC, para uma internauta postar no Facebook: “Estamos juntos AVC. Não mata não, por favor, só deixa ele vegetativo, cagando na cama.” Recebeu 844 curtidas. Quando soube que Lula sofria de um tumor na laringe, um cidadão penalizou-se: “Tenho dó do câncer ter que comer carniça petralha”. Outro sugeriu apelar aos EUA “para assassinar Lula e Maduro”. Alguém gritou “Sou a favor. Amém” mas um terceiro propôs um caminho mais direto: “Porque não matamos esse filho da puta do Lula?”
E o que viria depois que “a vaca comunista”, “a puta da Dilma”, o “filho da puta do Lula”, os “vermes”, os “porcos”, a “escória”, a “raça”, a “sujeira”, os “vagabundos”, o “lixo” e – claro – os “ratos” fossem extirpados da face da Terra?
Um certo Rogério Bento rabiscou o novo programa de governo, com direito à “trinta anos de regime militar direitista”, mais “educação cristã”, “estado de sítio”, “pena de morte” e “criminalização do aborto, das ideologias esquerdistas, ateístas, gayzistas e dos direitos dos bandidos”.
Será que o nazista Hippler a serviço do nazista Goebbels insertaria tais falas no filme nazista de ambos? Difícil acreditar. Mesmo os nazistas tem limites. Formais, ao menos.
Sob Hitler, o patrocínio do ódio era oficial, bancado por um estado totalitário. Aqui, os haters são opositores da democracia sob uma democracia. Escancaram as bocarras para rugir sua ferocidade. Diferentemente de 1933 – e de 1964 — são leões desdentados.
Na Alemanha, o fascismo se serviu do governo. Que alimentou, pela propaganda, o horror aos judeus, eslavos, ciganos, comunistas, homossexuais. No Brasil, ao reverso, o governo é o inimigo a ser devorado. Na Alemanha, a escalada de Hitler à chancelaria do Reich foi atapetada pelos jornais de Alfred Hugenberg, o grande magnata da mídia. No Brasil, o governo vive sob estado de sítio midiático há 12 anos. Onde velhas vozes, dia após dia, tangem seu alaúde para lastimar a teimosia petralha em continuar existindo.
São, portanto, situações distintas. O que não muda, salvo alguma cor local, é o fascismo. Seu ingrediente básico é a frustração. Sova-se esta massa, umedecendo-a com algumas colheradas de ignorância e um copo cheio de cólera para fermentar. Deixa-se crescer. Quando as três partes estão bem misturadas, acrescentam-se porções generosas de irracionalismo, machismo, xenofobia, homofobia e intolerância e leva-se ao fogo alto. Na cobertura, um tanto de negação do outro, suspeição da cultura e força bruta.
Sociedades que engolem a gororoba nefasta desembocam, no seu extremo, nos vernichtungslagers. Outras vezes, na maioria, no borbulhar de uma ira estéril porém daninha. Temerosas da ascenção das camadas subalternas, as classes médias são bastante permeáveis ao cardápio. Na expressão de Umberto Eco, elas representam “o auditório do discurso fascistizante”. Mas, aqui, quem as nutre? Quem segrega o rancor espesso que se funde, engrossa e expande como uma nuvem tóxica? Quem ceva a escuridão?
Há uma resposta bem conhecida. Por ironia, de um judeu. O fato de não ser nova não significa que não deva ser apreciada. “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”, pressagiou o jornalista e judeu húngaro Joseph Pulitzer. Diga que o velho Pulitzer não tem razão.
.oOo.
Ayrton Centeno é jornalista.


Sul21 reserva este espaço para seus leitores. Envie sua colaboração para o e-mail op@sul21.com.br, com nome e profissão.


O Eterno Petralha (por Ayrton Centeno) - Sul 21

Taxa de desemprego média anual (IBGE). 1994/2002: 12,6%; 2003/2013, 5,4%

CompartilheShare on FacebookTweet about this on TwitterEmail this to someoneShare on Google+
Por: José Prata Araújo
Como pode ser visto na tabela, o desemprego nos governos do PT é menos da metade daquele do governo Fernando Henrique. O emprego é a mais importante política social, pois é com ele que o trabalhador(a) mantém a si e a sua família, nas despesas de alimentação, transporte, moradia, educação, previdência social, etc.
Taxa média anual de desocupação – Regiões metropolitanas
AnoDesemprego – %
200212,6
200312,3
200411,5
20059,9
200610,0
20079,3
20087,9
20098,1
20106,7
20116,0
20125,5
20135,4
Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – IBGE
Desemprego reduziu para menos da metade nos governos do PT
A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. O IBGE mede o desemprego aberto, nestas seis regiões metropolitanas, onde são consideradas apenas as pessoas que procuraram emprego nos 30 dias anteriores à pesquisa e não exerceram nenhum tipo de trabalho (remunerado ou não) nos últimos sete dias.
Pelos dados da pesquisa do IBGE, a taxa de desemprego, no último ano do governo FHC,  atingiu os dois dígitos, de 12,6% em 2002. Nos governos de Lula e Dilma, a taxa recuou de forma expressiva e fechou 2013 em 5,4%, 7% pontos percentuais abaixo do desemprego da era FHC. O patamar de 5,4% é o que economistas chamam de “pleno emprego”. Até mesmo em 2008/2009, numa das maiores crises internacionais da história, o desemprego reduziu-se e os trabalhadores não pagaram a conta da crise. Dez entre dez economistas neoliberais defendem que para a inflação convergir para a meta de 3% a 4% ao ano é preciso aumentar bastante o desemprego para algo próximo de 10% ao ano. Os economistas neoliberais estão tão assanhados que não escondem a diretriz central de combate à inflação: o aumento do desemprego. Veja o que disseram economistas liberais alinhados com o PSDB sobre o desemprego: “Sem aumentar a taxa de desemprego será difícil manter a inflação sob controle num prazo mais longo – a inflação vai se acelerar lentamente.” (José Marcio Camargo, Estadão, 24/03/2013) (…) “A saída é frear a economia. Demitir mesmo!” (Alexandre Schwartsman, O Globo, 25/03/2013).
É comovente a preocupação do mercado financeiro com a inflação e os impactos no poder de compra da população. Que preocupações humanistas os “especialistas” do mercado têm quando defendem baixar a inflação com mais desemprego? Na verdade, quando falam de controle da inflação, estes “especialistas” só pensam naquilo…mais juros!
Não podemos permitir a volta dos fantasmas do passado, onde o desemprego atingia a taxa de dois dígitos. O desafio histórico do Brasil é como manter o desemprego baixo com juros em linha com os padrões internacionais, seja dos países desenvolvidos sejam dos países em desenvolvimento.
Como disse o presidente do PT, Rui Falcão: “A sociedade brasileira quer mudar, mas pensando no futuro e não em um passado que ela repudiou de forma reiterada e contundente nas três últimas eleições presidenciais”.
José Prata Araújo, é economista e autor dos livros Um retrato do Brasil – Editora Fundação Perseu Abramo (2006) e O Brasil de Lula e o de FHC – Bis Editora (2010)
Veja outros posts da série “Futuro X Passado” no 
www.blogdojoseprata.com.br, seção “O Brasil do PT e o do PSDB”. 

Taxa de desemprego média anual (IBGE). 1994/2002: 12,6%; 2003/2013, 5,4%

Diário do Centro do Mundo » Ibope: 41% dos brasileiros acham que imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade

Ibope: 41% dos brasileiros acham que imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade

Postado em 31 de maio de 2015 às 7:16 pm


Do Ibope, no twitter:
(…)
Os veículos de comunicação podem ter culpa no sentimento de pessimismo dos brasileiros: 41% acham que a imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que o próprio entrevistado percebe no seu dia a dia, contra 28% que discordam dessa posição.
(…)
Diário do Centro do Mundo » Ibope: 41% dos brasileiros acham que imprensa mostra uma situação econômica mais negativa do que a realidade

Provos.Brasil: [EUA] Mumia Abu-Jamal sai do hospital - ANA

DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015

[EUA] Mumia Abu-Jamal sai do hospital - ANA


[EUA] Mumia Abu-Jamal sai do hospital 
Atualização: quinta-feira, 21 de maio de 2015

Na noite da terça-feira passada, 19 de maio, Mumia Abu-Jamal foi transladado de volta à prisão SCI Mahanoy depois de haver passado mais de uma semana em isolamento, algemado a sua cama no Centro Médico Geisinger. Ali lhe fizeram uma biópsia e outros exames, mas não compartilharam os resultados com o médico independente de Mumia.

Na quinta-feira, 21 de maio, Mumia recebeu uma visita de sua esposa Wadiya pela primeira vez em 13 dias. Em uma conferência de imprensa depois da visita, Wadiya relatou que ele apareceu em cadeira de rodas e que ela notou uma leve melhora em sua saúde, mas que ainda tem muita dor e que seus pés e pernas todavia estão muito inchadas e sangrentas. Disse que se portou normal e falou naturalmente, mas que as vezes sonhou acordado e ia “ao outro lado”.

Rachel Wolkenstein, que acompanhou Wadiya, conseguiu falar com Eddie Africa, que também está encarcerado em Mahanoy e às vezes pode ajudar Mumia a chegar de um lugar a outro. Eddie também tem diabetes e não recebeu uma dieta ou tratamento adequado para a enfermidade. Disse que muitos presos estão na mesma situação e também tem raras afecções de pele que não foram diagnosticadas. A Mumia ainda não deram um diagnóstico e não teve um tratamento adequado.

Segue a campanha para exigir visitas e chamadas sem restrições, assim como acesso a seu médico independente e seus advogados, e, sobretudo, sua liberdade!

Chamem a:
• Geisinger Hospital: 001 (570) 271-6211; (570) 271-7907.
• SCI Mahanoy, Superintendente John Kerestes: 001 (570) 773-2158, ramal 8102, ou pressione 0.

Conteúdo relacionado:

agência de notícias anarquistas-ana

Sou casca no chão
Sou raspa de pote
Sou minha insurreição!
Rubens Jardim

Fonte: http://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2015/05/25/eua-mumia-abu-jamal-sai-do-hospital/

Provos.Brasil: [EUA] Mumia Abu-Jamal sai do hospital - ANA