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terça-feira, 6 de maio de 2014

O EPISÓDIO QUE A MÍDIA POLICIALESCA FAZ QUESTÃO DE SER LOGO ESQUECIDO


Interessante como o episódio do linchamento de Fabiane Maria de Jesus não causou a mesma comoção que causou o igualmente odioso que vitimou Claudia Silva Ferreira, arrastada viva e baleada em uma viatura policial no Rio de Janeiro. E não causa porque não interessa a alguns setores que nesse país têm o poder de fazer sorrir, chorar, aplaudir ou odiar. E foi regando o ódio cotidianamente que fizeram gerar o caso do linchamento de uma pessoa inocente.
Casos de linchamento voltaram a tornar se banais, principalmente depois que a mídia passou a intensificar o discurso alarmista do crescimento da violência, que nunca abandonou, é verdade, da inoperância do Estado, da necessidade de uma reação da sociedade. Tudo na linha posta no buraco da agulha pelas manifestações retro fascistoides de  junho de 2013. Os índices de crescimento da violência cresceram sobremaneira desde então. Assim, com uma cajadada, mata se uma manada de coelhos. Conseguem fazer parecer ao público que o país vive no caos e no desgoverno, aterrorizam a quem do exterior  pretenda vir  prestigiar a Copa do Mundo, colocam as pessoas em estado de pânico permanente e de quebra, levam a população a dar seu consentimento às ações criminosas de grupos de extermínio que convenientemente podem ser utilizados para fins políticos.
Esses grupos escolhem suas vítimas entre aqueles que contam com histórico de crimes, tráfico ou uso de drogas, de forma que para muitos, são promotores de uma verdadeira limpeza no tecido social. Matá los se torna muito fácil, pois ninguém terá o mínimo interesse em cobrar um esclarecimento sobre sua morte. Contam ainda com o efeito de gerar números para as estatísticas que serão alardeadas e suas imputadas ao governo "incompetente". Ninguém saberá se de fato, entre os executados e/ou chacinados, encontram se pessoas inocentes. Se for, certamente algum procedimento secreto, que passou ao largo da vista da comunidade deve ter contribuído para o desfecho fatal.
Enfim, por trás do linchamento de um inocente ou mesmo de um culpado, podem existir  motivações sinistras e inconfessáveis que vão bem além da revolta de uma turba ignara.






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