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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Reflexões sobre o racha do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Juazeiro/ CONLUTAS/ PSTU Prof. Aurélio Matias

Não é de estranhar a divisão desse Sindicato colocado a pública na última assembleia da categoria realizada dia 23, especialmente quando o dirigente Marcos Chaves envia e-mail aos meios de comunicação, afirmando que a postura conciliatória com o prefeito Raimundão (PMDB), apresentada na assembleia da categoria pela presidente e ex-presidente, Mazé e Edilberto, não era condizente com a opinião da maioria do Sindicato. Eis que no momento o prefeito de Juazeiro promove um verdadeiro desmonte da educação no município. Todos lembram que, no início dessa gestão o mesmo quis reduzir os já poucos salários dos professores, malogro que teve repercussão nacional. Os 5% do reajuste do ano passado até agora não foram pagos, e a sinalização que deu para o sindicato foi parcelar o retroativo em 36 vezes. Não implantou ainda a lei do piso de redução de 1/3 da carga horária dos professores. O estado já implantou. O Governo Federal deu um reajuste do FUNDEB de 8,32% mas o prefeito de Juazeiro informou ao Sindicato que o reajuste no município será de apenas 3%. Com este ensejo, as principais lideranças do sindicato, Mazé e Edilberto, defendem esperar a boa vontade de Raimundão na negociação, enquanto o clima da categoria é de revolta! O que justifica a atitude desses sindicalistas?! Na verdade esse Sindicato há mais de 20 anos é monopolizado pelo PSTU/ CONLUTAS, pequeno grupo da extrema esquerda brasileira, seguidores das ideias do russo Leon Trotsky, conhecidos pelo radicalismo e sectarismo. Consideram-se com o verdadeiro “povo eleito de Deus” na luta dos trabalhadores, os “Puros”, os sem máculas, os donos da ética e da verdade. Utilizam dessa maneira a prática de falsificar a História, excluir e exterminar dissidentes, promover a calúnia como instrumento de disputa e desqualificar os desafetos. Condutas consideradas naturais dentro dessa ótica, maniqueísta. Como estratégia atual, esse grupo, elegeu como seus principais inimigos de “classe” o PT e o PCdoB, partidos que acusam de pelegos( termo sindical utilizado desde o período Vargas para designar os sindicatos controlados pelo estado ou pelos os patrões). No entanto dada a ira contra o PT e o PCdoB, o PSTU vem se aliando com a Ultra-Direita. No Piauí recentemente se aliou ao PSDB numa disputa sindical. Eles acreditam cegamente, que após a derrota do ciclo do PT no governo será a vez do PSTU, PSOL ou coisa do gênero. No Juazeiro, o falatório do PSTU, está tendo um efeito bumerangue, vai e volta para eles mesmos. São mais de sete mil servidores municipais, entretanto não há mil filiados ao sindicato, menos de 20%. Eles têm uma prática de não filiar os servidores, com medo de perde o controle nos períodos eleitorais. Ao contrário, é comum a exclusão de servidores do quadro de sócios, seja por algum momento ocuparem cargos comissionados ou pertencerem a outros grupos políticos. São mesmos “Puros” defensores da democracia!! Sem falar que é comum nas assembleias a hostilização de servidores que pensam diferentes. Até o direito da fala dos contrários é suprimido. Utilizam de maniqueísmo para classificar os outros como a verdadeira encarnação do mal. Contraditoriamente vários de seus membros já ocuparam cargos de confiança nas direções das escolas do estado. Vide Edilberto e Chaves. Mas são Puros! Nas atuais ações do Sindicato, eles olham a realidade pelo retrovisor. Parece até que o prefeito ainda é Santana (PT), de tanto se falar nele. Não estou aqui defendendo o PT. Vejo que houve erros, principalmente, por falta de habilidade política com os professores, e por excessos, foi dado um aumento além do que se podia, e depois quis retirar o que foi dado. Esse foi o grande erro. Faltou habilidade! Hoje o problema não é Santana! Não dá para aplicar as lições do PSTU como receita de bolo na cabeça dos professores de Juazeiro. É claro que os erros da gestão petista devem ser sim interpretados e analisados pelo conjunto das forças que defendem o avanço da cidade e deles se tirarem ensinamentos. O principal problema hoje è a atual gestão, de Raimundão(PMDB), que não respeita o direito dos professores, já quis inclusive reduzir os seus salários, não aplica a lei do Piso, fecha escolas, e faz mau uso dos recursos da educação, inclusive já comprou merenda em papelaria. Agora cabe a categoria ir à luta, para manutenção e ampliação dos seus direitos! Independente da confusa e tendenciosa orientação desses “Puros” Sindicalistas! Juazeiro do Norte, 26 de janeiro de 2014 Aurélio Matias- Professor

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