Será que não se percebe que por trás da nova onda de denuncismo que prima pela inconsistência e pelo que poderíamos chamar de "vício de origem", uma vez que o delator situa-se numa posição em que para ele é muito interessante servir de catapulta para o retorno do clima de crise e insegurança institucional que se instalou em 2005, se ocultam variados propósitos? Passado o julgamento(linchamento) da AP 470, o "mensalão", na sequencia deveria, ou deve, acontecer o julgamento(?) do mensalão tucano que tentam fazer prescrever e para isso, nada melhor do que encher os noticiários com a prorrogação do "Mensalão" do PT. Está em curso a CPI do Cachoeira, que no retorno para a cadeia, já dispara em uníssonos com MV, prometendo denúncias de envolvimento de petistas com a Delta, e isso, se for verdade, já parece inocentar todos os demais envolvidos no seu esquema criminoso. Não se descarte sequer a possibilidade de uma anistia para Demóstenes. As revelações em torno dos processos de privatização no governo FHC, a Privataria Tucana, arrisca, apesar do PIG ter conseguido em parte arrefecer os impactos do livro do Amaury, de se converter em futuro próximo em motivo de CPI. Então, nada melhor do que se embolar o meio de campo agora para impedir que isso venha a acontecer. Além de tudo, o PIG teme pela adoção de uma lei de regulação da mídia que, ao estilo do que acontece na Argentina, venha a impor limites aos seus super poderes advindos de anos de monopólio e associações espúrias com governos conservadores e ditaduras. Enfim, ficar nessa de exigir novas investigações em torno de denuncias diversionistas é fazer o jogo sujo do golpismo galopante.
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