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segunda-feira, 25 de julho de 2016

Diário do Centro do Mundo O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes

O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes



Postado em 01 May 2016
Em Brasília, eleitores desvotaram em Cristovam Buarque neste 1.o de Maio em Brasília
Em Brasília, eleitores ‘desvotaram’ em Cristovam Buarque neste 1.o de Maio em Brasília
Houve um tempo em que o senador Cristovam Buarque representava uma das raras ilhas de lucidez e coerência em meio a um oceano de hipocrisia, ignorância e estupidez política.
Para ele não importava o problema secular que o país enfrentasse, a educação, e só ela, era a solução definitiva. Não é exagero falar que Cristovam dedicou uma grande parte de sua vida em defesa de uma educação pública inclusiva e de qualidade para todos. Sobretudo para os menos favorecidos.
Durante muito tempo utilizou de sua erudição para divulgar a importância do ensino público, dos profissionais da educação e das políticas governamentais para a democratização do ensino como as cotas raciais e o financiamento público para estudantes pobres em universidades particulares.
É justamente em função desse histórico invejável que Cristovam Buarque é hoje a maior decepção entre os principais traidores da jovem e inexperiente democracia brasileira.
Que víboras como Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves e todos os seus asseclas acampem no pantanoso terreno de um golpe de Estado não é surpresa alguma. Mas alguém com as credenciais de CB aderir a um expediente tão avesso à democracia e à Constituição Federal é realmente desalentador.
Não é à toa que está em curso no Distrito Federal um dos movimentos mais impressionantes e conscientes de agravo a um político feito exatamente pelos eleitores que o elegeram.
A outrora referência de dignidade, Cristovam Buarque, agora é alvo de uma campanha de “desvotação”. Nem Eduardo Cunha, um energúmeno, conseguiu tamanha desonra.
A revolta com que os cidadãos que votaram em Cristovam acreditando ser ele um porto seguro contra toda essa insanidade é gritante. É enorme a desilusão dos movimentos sociais que o ajudaram durante tanto tempo a estar no lugar de destaque que ocupa atualmente.
As evidências do descontentamento já são claras. O senador foi hostilizado recentemente numa livraria. Entre palavras de ordem, foi obrigado a ouvir de pessoas que provavelmente nutriam grande afeto por ele o estigma de “fascista” e “golpista”.
É inegável que o Brasil de transformou numa grande dicotomia ideológica. Chega a ser deprimente constatar que CB optou por opor-se ao lado onde se encontram todos os movimentos sociais, todos os partidos políticos de esquerda, a Organização dos Estados Americanos – OEA, a Organização das Nações Unidas -ONU, toda a imprensa internacional especializada, um vencedor do Pulitzer, um Nobel da Paz e até o Papa mais socialista da história recente da Igreja Católica.
Mais deprimente ainda é constatar que o homem que defendia a educação agora é defensor de um governo ilegítimo que, ao que tudo indica, trará um crápula como José Serra para o Ministério da Educação. Na prática é impor o desastre do governo Alckmin nesse setor a todo o país.
Trocando em miúdos – para não deixar Chico Buarque fora dessa discussão em que o outro Buarque faz um papel tão abjeto – Cristovam nega, descaradamente, Darcy Ribeiro, talvez o maior educador da história desse país.
É imprevisível saber como Dilma Roussef sairá dessa monstruosidade a que está sendo submetida. Mas uma coisa é certa. Ou Cristovam Buarque retorna urgentemente às suas origens ou um dos maiores perdedores de toda essa história será exatamente ele. Depois, é claro, da democracia e de toda a população brasileira.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).




Carlos Fernandes
Sobre o Autor
Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina
Diário do Centro do Mundo O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes

Diário do Centro do Mundo O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes

O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes



Postado em 01 May 2016
Em Brasília, eleitores desvotaram em Cristovam Buarque neste 1.o de Maio em Brasília
Em Brasília, eleitores ‘desvotaram’ em Cristovam Buarque neste 1.o de Maio em Brasília
Houve um tempo em que o senador Cristovam Buarque representava uma das raras ilhas de lucidez e coerência em meio a um oceano de hipocrisia, ignorância e estupidez política.
Para ele não importava o problema secular que o país enfrentasse, a educação, e só ela, era a solução definitiva. Não é exagero falar que Cristovam dedicou uma grande parte de sua vida em defesa de uma educação pública inclusiva e de qualidade para todos. Sobretudo para os menos favorecidos.
Durante muito tempo utilizou de sua erudição para divulgar a importância do ensino público, dos profissionais da educação e das políticas governamentais para a democratização do ensino como as cotas raciais e o financiamento público para estudantes pobres em universidades particulares.
É justamente em função desse histórico invejável que Cristovam Buarque é hoje a maior decepção entre os principais traidores da jovem e inexperiente democracia brasileira.
Que víboras como Michel Temer, Eduardo Cunha, Aécio Neves e todos os seus asseclas acampem no pantanoso terreno de um golpe de Estado não é surpresa alguma. Mas alguém com as credenciais de CB aderir a um expediente tão avesso à democracia e à Constituição Federal é realmente desalentador.
Não é à toa que está em curso no Distrito Federal um dos movimentos mais impressionantes e conscientes de agravo a um político feito exatamente pelos eleitores que o elegeram.
A outrora referência de dignidade, Cristovam Buarque, agora é alvo de uma campanha de “desvotação”. Nem Eduardo Cunha, um energúmeno, conseguiu tamanha desonra.
A revolta com que os cidadãos que votaram em Cristovam acreditando ser ele um porto seguro contra toda essa insanidade é gritante. É enorme a desilusão dos movimentos sociais que o ajudaram durante tanto tempo a estar no lugar de destaque que ocupa atualmente.
As evidências do descontentamento já são claras. O senador foi hostilizado recentemente numa livraria. Entre palavras de ordem, foi obrigado a ouvir de pessoas que provavelmente nutriam grande afeto por ele o estigma de “fascista” e “golpista”.
É inegável que o Brasil de transformou numa grande dicotomia ideológica. Chega a ser deprimente constatar que CB optou por opor-se ao lado onde se encontram todos os movimentos sociais, todos os partidos políticos de esquerda, a Organização dos Estados Americanos – OEA, a Organização das Nações Unidas -ONU, toda a imprensa internacional especializada, um vencedor do Pulitzer, um Nobel da Paz e até o Papa mais socialista da história recente da Igreja Católica.
Mais deprimente ainda é constatar que o homem que defendia a educação agora é defensor de um governo ilegítimo que, ao que tudo indica, trará um crápula como José Serra para o Ministério da Educação. Na prática é impor o desastre do governo Alckmin nesse setor a todo o país.
Trocando em miúdos – para não deixar Chico Buarque fora dessa discussão em que o outro Buarque faz um papel tão abjeto – Cristovam nega, descaradamente, Darcy Ribeiro, talvez o maior educador da história desse país.
É imprevisível saber como Dilma Roussef sairá dessa monstruosidade a que está sendo submetida. Mas uma coisa é certa. Ou Cristovam Buarque retorna urgentemente às suas origens ou um dos maiores perdedores de toda essa história será exatamente ele. Depois, é claro, da democracia e de toda a população brasileira.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).




Carlos Fernandes
Sobre o Autor
Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina
Diário do Centro do Mundo O crepúsculo deprimente de um ex-defensor da educação brasileira. Por Carlos Fernandes

Para a diretoria do ANDES: Não há golpe e não se deve lutar contra o impeachment – Diário Causa Operária Online

PSTU: FORÇA AUXILIAR DO GOLPE

Para a diretoria do ANDES: Não há golpe e não se deve lutar contra o impeachment – Diário Causa Operária Online

Pré-sal, entre o privatismo e o desenvolvimentismo — CartaCapital

Pré-sal, entre o privatismo e o desenvolvimentismo — CartaCapital

domingo, 24 de julho de 2016

Conheça os senadores que aprovaram retirar a Petrobrás do Pré-Sal – O Cafezinho

Conheça os senadores que aprovaram retirar a Petrobrás do Pré-Sal – O Cafezinho

Escola sem partido é golpe na escola, é o fim da educação livre, plural e democrática! - Carta Maior

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A Petrobras ressurge e frustra os seus detratores — CartaCapital

DESMENTINDO O ENTREGUISMO

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Há 154 anos nascia o advogado, escritor e filósofo cearense Farias Brito | Blog do Eliomar

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Escola expulsa deputado da escola sem partido — Conversa Afiada

Publicando outra vez, para que o exemplo possa ser compartilhado por mais pessoas. Coerência passou longe desse golpista, fascista.

Escola expulsa deputado da escola sem partido — Conversa Afiada

sábado, 23 de julho de 2016

Governo acaba com Ciência Sem Fronteiras para graduação | Brasil 24/7

Governo acaba com Ciência Sem Fronteiras para graduação | Brasil 24/7

Cotidiano - Na prática é difícil ≈ Charges.com.br, por Maurício Ricardo

Cotidiano - Na prática é difícil ≈ Charges.com.br, por Maurício Ricardo

Governo brasileiro errou ao dar visibilidade ao Estado Islâmico - Brasileiros

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Jorge André Irion Jobim: CONGRESSISTAS AMERICANOS DENUNCIAM GOLPE NO BRASIL...

Jorge André Irion Jobim: CONGRESSISTAS AMERICANOS DENUNCIAM GOLPE NO BRASIL...: Nos Estados Unidos, a denúncia sobre a farsa do impeachment de Dilma Rousseff, encampada por grandes jornais como o The New York Times,...

Jorge André Irion Jobim: ADVOGADO DE LULA: CRIMINOSO É O MORO!

Jorge André Irion Jobim: ADVOGADO DE LULA: CRIMINOSO É O MORO!

O rei está nu: a manipulação para além do escândalo Datafolha | Gilson Sampaio

As perguntas que não querem calar são: até quando esses colunistas “de esquerda” vão se prestar a esse papel ignóbil de fingir que estão em um jornal sério promovendo um debate sério sobre questões importantes para o Brasil? O rei está nu, e sua nudez contagia toda sua corte, revelando aos olhos do público, mais do que nunca, a hipocrisia e o apego mesquinho à autopromoção daqueles que com ele insistem em colaborar. Até quando os cidadãos e cidadãs progressistas do Brasil e blogueiros e jornalistas independentes vão ficar se preocupando em comentar as barbaridades publicadas e silenciadas por Folha, Globo, Estadão, Abril et caterva e continuar a agir de forma atomizada, sem coordenação qualquer, em uma luta de formiguinha contra o Golias midiático? É preciso que criemos canais de financiamento coletivo efetivos e um mínimo de coordenação para evitar muita redundância nos trabalhos. O Brasil progressista precisa se levantar puxando o cadarço das próprias botas, pois se não o fizermos, ninguém fará por nós.

O rei está nu: a manipulação para além do escândalo Datafolha | Gilson Sampaio

Moro diz que poderia já ter prendido Lula se quisesse | Brasil 24/7

Afirma que alguns diálogos "sugeriam" que Lula quisesse interferir nas investigações. É como o outro procurador, condenando o PT apenas porque é "plausível" que o PT... etc. etc. 

Argumentação insustentável em seus próprios termos.

Moro diz que poderia já ter prendido Lula se quisesse | Brasil 24/7

Prestes A Ressurgir: “El discurso posmoderno pasa, el marxismo queda”: ...

Prestes A Ressurgir: “El discurso posmoderno pasa, el marxismo queda”: ...: Las teorías van y vienen; lo que persiste es la injusticia. Y mientras esto sea así, habrá siempre alguna forma de respuesta intelectual y ...

Prestes A Ressurgir: Para download: Contos completos de Lima Barreto.

Prestes A Ressurgir: Para download: Contos completos de Lima Barreto.: Organização e introdução: Lillian Mortizs Schwarcz Link para download:  http://rmirandas.wix.com/identidafrica#!contos-completos-de-l...

Prestes A Ressurgir: Golpe militar abortado na Turquia e o seu signific...

Prestes A Ressurgir: Golpe militar abortado na Turquia e o seu signific...: As nove vidas de Erdogan e o golpe de Gulen por M K Bhadrakumar [*] Autoridades turcas estão à beira de alegar que o golpe milita...

Prestes A Ressurgir: Para download: A face oculta da escola

Prestes A Ressurgir: Para download: A face oculta da escola: Educação e Trabalho no Capitalismo  Mariano Fernández Enguita Link para download: https://construindoumaprendizado.files.wordpress....

‘Terrir’, resposta brasileira ao terrorismo | Opinião | EL PAÍS Brasil

‘Terrir’, resposta brasileira ao terrorismo | Opinião | EL PAÍS Brasil

João Santana detona Sergio Moro, o juiz seletivo, frouxo e hipócrita – OBRASIL.online

O caráter seletivo da lava jato estã mais do que constatado;  É irrelevante se segue ou não em atividade. A investigação não passou de um artifício utilizado para potencializar o golpe e fazê-lo triunfar. Converteu se em uma das facções na disputa pelo comando do assalto ao poder.

João Santana detona Sergio Moro, o juiz seletivo, frouxo e hipócrita – OBRASIL.online

Idec e outras organizações criam Coalizão Direitos na Rede | Observatório da Sociedade Civil

Idec e outras organizações criam Coalizão Direitos na Rede | Observatório da Sociedade Civil

Como a mudança na Telebras pelo governo interino pode aumentar o preço da internet | GGN

ASFIXIAR A INTERNET, TANTO PELO CONTEÚDO QUANTO PELO ACESSO. 

Como a mudança na Telebras pelo governo interino pode aumentar o preço da internet | GGN

Turquia proíbe acadêmicos de viajar ao exterior - Carta Maior

Estado de exceção. Erdogan sacrifica a democracia, já sacrificada pela intentona golpista. Lamentavelmente, são muito fortes os obstáculos para a consolidação de um modelo ocidental de democracia representativa nas condições do Oriente Médio. No frigir dos ovos, até as do Ocidente ficam cada vez menos democráticas.  

Turquia proíbe acadêmicos de viajar ao exterior - Carta Maior

sexta-feira, 22 de julho de 2016

A marcha contra a liberdade na Educação - Carta Maior

22/07/2016 - Copyleft

A marcha contra a liberdade na Educação

Os criadores do projeto 'Escola Sem Partido' chegam ao ponto de atacar, na contramão do reconhecimento internacional, pensadores do quilate de Paulo Freire


Tatiana Carlotti

Protesto de 15 de março de 2015, em Brasília. Foto: Revista Fórum
Em plena marcha, o movimento Escola Sem Partido vem provocando uma forte reação de entidades científicas, educadores, pais e alunos preocupados com o a ameaça à liberdade dos professores em sala de aula. A reação não é um exagero. Há vários projetos de lei do movimento, dois em âmbito nacional.
 
Embora se digam “apartidários” e em busca de isenção ideológica, nas redes sociais e no site do movimento, nota-se a repulsa contra a esquerda e o pensamento progressista no país. Chegam ao ponto de atacar, na contramão do reconhecimento internacional, pensadores do quilate de Paulo Freire. 
 
Criado em 2004, pelo advogado Miguel Nagib, o Escola Sem Partido ganhou força em 2014, quando os irmãos Bolsonaro – o deputado estadual Flávio Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro - do PSC, apresentaram projetos de lei “Escola Sem Partido” para o estado e o município do Rio de Janeiro.
 
A iniciativa se disseminou pelo país. Projetos de lei do movimento aguardam votação em nove estados brasileiros – Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal – e um deles já está em vigor: o “Escola Livre”, em Alagoas. 





 
Além dos estados, há dois projetos de lei do Escola Sem Partido no Congresso Federal: um na Câmara dos Deputados, o PL 867/2015, apresentado pelo deputado Izalci Lucas (PSDB); e outro no Senado, o PL 193/2016, do senador Magno Malta (PR-ES). 
 
Congresso Nacional
 
Em seu artigo “Escola sem partido é golpe na escola”, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) qualifica o PL 867/2015, da Câmara dos Deputados, como “um dos maiores retrocessos que o nosso país vivenciou após 21 anos de ditadura”. 
 
Sobre o texto da proposta, ele destaca que sob “alegação da ocorrência de doutrinação ideológica e partidária nas escolas”, o PL 867/2015, “proíbe propostas curriculares que apresentem conteúdos, atividades, livros ou qualquer outro recurso pedagógico que esteja em desacordo com a posição política, ideológica, moral ou religiosa da família, devendo qualquer veiculação nesse sentido ser autorizada pelos pais ou responsáveis dos estudantes” (leia o artigo). 
 
Mas, o PL 867/2015 do Escola Sem Partido não está sozinho. Outros projetos com teor semelhante também aguardam votação na Câmara, como mostra reportagem de Talita Bedinelli, no El País, intitulada “A educação brasileira no centro de uma guerra” (ELPAÍS, 26.06.2016). 
 
Dois desses projetos são de autoria do deputado Erivelton Santana (PSC-BA), assim como Izalci, membro da bancada evangélica no Congresso. O primeiro é o PL 7180/2014 (leia aqui) que pretende incluir entre os princípios da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) o seguinte trecho: 
 
“Respeito às convicções do aluno, de seus pais ou responsáveis, dando precedência aos valores da ordem familiar sobre a educação escolar nos aspectos relacionados à educação moral, sexual e religiosa”. 
 
No mesmo ano, Santana apresentou um segundo projeto, o PL 7181/2014 que, além de reforçar o primeiro, pretende mudar os parâmetros curriculares nacionais (confira aqui). 
 
O PL 867/2015, do Escola Sem Partido, está adensado ao PL 7180/2014 de Santana, aponta a reportagem. Ele será analisado por uma Comissão Especial na Câmara dos Deputados.
 
O El País também destaca o PL 1859/2015 (confira), apresentados pelos deputados Izalci, Givaldo Carimbão (PROS-AL), João Campos (PSDB-GO), Alan Rick (PRB-AC), que defende a inclusão na LDB do seguinte princípio:  
 
“A educação não desenvolverá políticas de ensino, nem adotará currículo escolar, disciplinas obrigatórias, ou mesmo de forma complementar ou facultativa, que defendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo ´gênero´ ou ´orientação sexual´. (ELPAIS, 26.06.2016).
 
Há também os projetos de lei PL 5484/2016, do deputado Victório Galli (PSC-MT) que “institui a proibição de orientação e distribuição de livros às escolas públicas pelo Ministério da Educação e Cultural que verse sobre orientação de diversidade sexual para crianças e adolescentes” (confira). E o PL 1411/2015, apresentado pelo deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que tipifica o crime de “assédio ideológico” e dá “outras providências” (confira).
 
Questões de gênero, diversidade e orientação sexual
 
A ameaça de retrocesso na área da Educação, representada por esses projetos, também se encontra no Senado Federal. Neste ano, o senador Magno Malta apresentou o PL 193/2016, outro projeto do Escola Sem Partido. 
 
Segundo Fernando Penna, professor de Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e autor da página Professores Contra o Escola Sem Partido no Facebook, esse projeto apresentado no Senado “é uma versão mais atualizada do projeto de lei apresentado na Câmara”.
 
A novidade? 
 
“Ele abrange a proibição da discussão de gênero nas escolas”, explica Penna, ao destacar que o movimento Escola Sem Partido vem ganhando força junto à parcela mais conservadora da sociedade, justamente, por “abranger pautas como a proibição da discussão de gênero e diversidade sexual nas escolas”. 
 
O caráter ideológico é evidente: “Não discutir práticas hegemônicas, homofóbicas e toda a variedade de desigualdades significa o quê? Não combater essas desigualdades é reforçá-las na sociedade. É naturalizar essas desigualdades”, analisa em entrevista concedida aqui na Carta Maior (confira).
 
O exemplo de Niterói
 
Fernando Penna também destaca a dificuldade de se mensurar o avanço de propostas semanas nos projetos de lei municipais. O fato é que o ataque contra a discussão de gênero, diversidade e orientação sexual nas escolas é uma realidade nas Câmaras Municipais do país.
 
Prova disso foi a conturbada votação, na semana passada, do Plano Municipal de Educação (PME) na Câmara dos Vereadores de Niterói. Uma emenda apresentada pelo vereador Carlos Macedo (PRP) proibia a distribuição e o uso de material relaciona a discussão de gênero e orientação sexual nas escolas.
 
Diz o texto: “Art. 6° Fica proibida a distribuição, utilização, exposição, apresentação, recomendação, indicação e divulgação de livros, publicações, projetos, palestras, folders, cartazes, filmes, vídeos, faixas ou qualquer tipo de material, lúdico, didático ou paradidático, físico ou digital, que versem sobre o termo gênero, diversidade sexual e orientação sexual, nos estabelecimentos de ensino da rede pública e privada do município de Niterói”. 
 
A matéria foi aprovada pelos parlamentares. Por sorte, cabe ao prefeito Rodrigo Neves (PV), a sanção ou não da medida. Ele já se posicionou-se contra: 
 
“Eu acho que é uma emenda talibã, uma Lei da Mordaça nos profissionais de Educação de Niterói, seja das escolas públicas ou escolas privadas. Imagina, se até o Papa Francisco fala em acolhimento, em diálogo e tolerância...” (OFLUMINENSE, 20.07.2016).
 
Em tempos de eleições municipais, a mobilização contra a censura à liberdade nas escolas é de suma importância. Confira aqui o manifesto “Em Defesa da Liberdade de Expressão na Sala de Aula”, subscrito por mais de 160 entidades ligadas à área de Educação (leia aqui). 
 
Também é possível votar, no site Consulta Pública do Senado Federal, “a favor” ou “contra” o PL 193/2016 do senador Magno Malta. Até às 15h29 desta sexta-feira (22.07), 178.877 pessoas votaram contra e 168.911 a favor (acesse e vote aqui).





Créditos da foto: Protesto de 15 de março de 2015, em Brasília. Foto: Revista Fórum







A marcha contra a liberdade na Educação - Carta Maior

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quinta-feira, 21 de julho de 2016

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Deputado da ‘escola sem partido’ é expulso ao tentar realizar convenção do PHS em universidade do Paraná |

Uma .lei esdrúxula como essa só pode sair de mentes incapazes de discernir o certo do errado, Mesmo na perspectiva da lei que pretendem implantar, 



 Deputado da ‘escola sem partido’ é expulso ao tentar realizar convenção do PHS em universidade do Paraná |

Primeiro-ministro turco busca fazer as pazes com Síria

Uma mudança que se deu na política externa turca pouco antes da intentona golpista. 
Seria uma cilada montada por Erdogan para capturar os virtuais golpistas? 
Não é de todo inverossímil. Manobras políticas no mundo conectado e globalizado, devem ser medidas a partir dessa escala. 
Por esse ângulo, é possível considerar alguma intencionalidade do governo turco na consecução do golpe que ao fim e ao cabo, terminaria por favorecê-lo. 
Mas então a mudança diplomática anunciada seria somente uma peça de sua manobra e, portanto,  sem valor efetivo, 
Por outro lado. pode ser o caso de serem verdadeiras suas pretensões geopolíticas, mas ciente de que determinados setores hostis a essa mudança, e provavelmente ao "conjunto da obra", poderiam se precipitar numa reação violenta preparou se para ela.  
De qualquer maneira o golpe já existia latente. A não ser que se queira considerar os golpistas como atores que atuaram em combinado com Erdogan, e a paga é ficarem no risco de perderem as vidas ou, no mínimo, a liberdade. 
Tudo por conta de uma encenação. É ruim, hein!

Deve ser coisa de fundamentalista...

Primeiro-ministro turco busca fazer as pazes com Síria