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sexta-feira, 22 de abril de 2016

Glenn Greenwald mostra ao mundo a cara do golpe: corrupto$, Globo, Goldman Sachs, Febraban, etc. | Os Amigos do Presidente Lula

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Glenn Greenwald mostra ao mundo a cara do golpe: corrupto$, Globo, Goldman Sachs, Febraban, etc.

princípios democráticos estão sendo agredidas pelasmesmas facções financeiras e midiáticas que suprimiram a democracia e impuseram a tirania neste país por décadas.
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a primeira escolha de Temer para chefiar o Banco Central é o presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme. (...) “Murilo Portugal, o chefe do mais poderoso lobby da indústria bancária do Brasil (...) surgiu como um forte candidato a assumir o Ministério da Fazenda se Temer tomar o poder.”
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organizações de mídia dominantes como Globo, Abril (Veja), Estadão (...) estão virtualmente unidas no apoio ao impeachment – como em No Dissent Allowed – e têm incitado os protestos de rua desde o início.


Do jornalista Glenn Greenwald para o intercept:

Para Entender a Verdade no Brasil, Veja Quem Está Sendo Implantado na Presidência — e na Chefia das Finanças

(This is a Portuguese translation of the article. For the original version in English, clickhere.)
Não é fácil, para quem olha de fora, compreender todas as argumentações em jogo a respeito da crise política no Brasil e os esforços para depor sua presidente, Dilma Roussef, que venceu as eleições há apenas 18 meses, com 54 milhões de votos. A melhor maneira de entender a verdadeira natureza antidemocrática do que está acontecendo, no entanto, é olhar para a pessoa que os oligarcas brasileiros e suas organizações de mídia tentam empossar como Presidente: o Vice-Presidente Michel Temer, implicado em corrupção, extremamente impopular e servo fiel dos plutocratas. Dessa forma, torna-se claro o que realmente está acontecendo e porque o mundo deveria estar profundamente angustiado.

O chefe do New York Times no Brasil, Simon Romero, entrevistou Temer esta semana, e assim começa seu excelente artigo:
RIO DE JANEIRO – Uma pesquisa recente mostrou que apenas 2% dos brasileiros votariam nele. Ele está sob suspeita por conta de um depoimento que ligou seu nome a um enorme escândalo de propina. E uma alta corte da justiça decidiu que o Congresso deve considerar a abertura de impeachment contra ele.
O Vice-Presidente do Brasil Michel Temer está se preparando para assumir o Brasil no próximo mês se o Senado decidir depor a Presidente Dilma Roussef em julgamento.
Como alguém, em pleno domínio da razão, pode acreditar que o sentimento anti-corrupção é o que move os esforços da elite para depor Dilma, quando estão empossando alguém com acusações de corrupção muito mais sérias que as da Presidente? É uma farsa evidente. Mas há algo ainda pior.
BRAZIL - CHAMBER - IMPEACHMENT
Photo: Dida Sampaio/Estadao via AP
A terceira pessoa na linha de sucessão presidencial, depois de Temer, foi apontada como um corrupto descarado: o fanático evangélico e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (à direita). Foi ele quem encabeçou os procedimentos do impeachment, embora tenha sido descoberto, no ano passado, por enviar milhões de dólares oriundos de suborno para contas no Swiss Bank, depois de ter mentido ao Congresso quando negou que possuía qualquer conta em bancos estrangeiros. Quando Romero perguntou a Temer sobre sua postura diante de Cunha uma vez que assumisse o poder, ele respondeu assim:
O Sr. Temer defendeu a si mesmo e seus principais aliados que estão sob uma chuva de acusações no esquema. Ele expressou apoio a Eduardo Cunha, o infame líder da Câmara que está chefiando os esforços do impeachment no Congresso, dizendo que não pediria a renúncia a Cunha. O Sr. Cunha será o próximo na linha de sucessão presidencial se Temer sair.
Isso demonstra, por si só, a farsa que está ocorrendo aqui. Como disse meu parceiro, David Miranda, hoje pela manhã em seu editorial no Guardian: “Está claro que a corrupção não é a causa dos esforços para depor a duas vezes eleita presidente; na verdade, a corrupção é um mero pretexto”. Em resposta, as elites da mídia no Brasil vão argumentar (como fez Temer) que, uma vez que Dilma seja impedida, os outros políticos corruptos serão certamente responsabilizados, mas eles sabem que isso não é verdade: e o alarmante apoio de Temer a Cunha deixa isso claro.
De fato, reportagens indicam que Temer planeja nomear, como Advogado Geral da União – cargo chave do Governo na investigação da corrupção – um político especificamente indicado por Cunha para o cargoComo explica o editorial de Miranda, “o verdadeiro plano por trás do impeachment de Dilma é terminar com as investigações em andamento, e portanto, proteger a corrupção, não puni-la.”
Há, no entanto, mais um motivo vital na base de tudo isso. Veja quem vai herdar o controle da economia e das finanças do Brasil uma vez que a eleição de Dilma seja anulada. Duas semanas atrás, a agência Reuters reportou que a primeira escolha de Temer para chefiar o Banco Central é o presidente do Goldman Sachs no Brasil, Paulo Leme. Hoje a Reuters reportou que “Murilo Portugal, o chefe do mais poderoso lobby da indústria bancária do Brasil” – e um antigo executivo do FMI, “surgiu como um forte candidato a assumir o Ministério da Fazenda se Temer tomar o poder.” Temer também disse que vai implementar a austeridade para a população do Brasil que vem sofrendo: ele “pretende reduzir o tamanho do governo” e “cortas os gastos.”
Em uma teleconferência de resultados na sexta-feira com executivos do JP Morgan, o CEO do Banco Latinoamericano de Comércio Exterior SA, Rubens Amaral, explicitamente descreveu o impeachment de Dilma como “um primeiro passo para a normalização do Brasil” e disse que se o novo governo Temer implementar as “reformas estruturais” que a comunidade financeira deseja, então “definitivamente haverá oportunidades.” As notícias sobre os preferidos de Temer para as indicações aos cargos sugerem fortemente que o Sr. Amaral – e seus colegas plutocratas – ficarão satisfeitos.
Enquanto isso, as organizações de mídia dominantes como Globo, Abril (Veja), Estadão – profundamente discutidas no editorial de Miranda – estão virtualmente unidas no apoio ao impeachment – como em No Dissent Allowed – e têm incitado os protestos de rua desde o início. O que isso revela? Os Repórteres sem Fronteiras publicaram ontem seu Ranking de Liberdade de Imprensa de 2016, e o Brasil aparece em 103° lugar, por conta da violência contra jornalistas, mas, também, por causa deste importante fato: “A propriedade dos meios de comunicação continua muito concentrada, especialmente nas mãos de grandes famílias ligadas à indústria que são, muitas vezes, próximas da classe política”. Não é evidente o que está acontecendo aqui?
Então, em resumo: as elites financeira e midiática do Brasil fingem que a corrupção é a razão para remover a presidente eleita duas vezes, enquanto conspiram para instalar e empoderar as figuras políticas mais corruptas do país. Os oligarcas brasileiros terão êxito em tirar do poder um governo de esquerda moderada que ganhou quatro eleições consecutivas, supostamente representando os pobres do país, e estão literalmente entregando o controle da economia brasileira (a sétima maior do mundo) ao Goldman Sachs e os lobistas da indústria bancária.
A fraude que está sendo levada a cabo aqui é tão barulhenta quanto devastadora. Mas é o mesmo padrão que vem sendo repetidamente observado ao redor do mundo, particularmente na América Latina, quando uma pequena elite trava uma guerra , em seu próprio interesse e proteção, contra os fundamentos da democracia. O Brasil, quinto país mais populoso do planeta, tem sido um exemplo inspirador de como uma jovem democracia pode amadurecer e prosperar. Mas agora, essas instituições e princípios democráticos estão sendo agredidas pelas mesmas facções financeiras e midiáticas que suprimiram a democracia e impuseram a tirania neste país por décadas.
Tradução por Erick Dau
Glenn Greenwald mostra ao mundo a cara do golpe: corrupto$, Globo, Goldman Sachs, Febraban, etc. | Os Amigos do Presidente Lula

O alcoolismo é o que mata - Carta Maior

13/04/2016 - Copyleft

O alcoolismo é o que mata

Necessitamos saber diferenciar entre 'bebedores sociais' e seus pileques ocasionais e os doentes que sofrem do mal do alcoolismo.


Federico Edgardo Cavada Kuhlmann

Fabio / Flickr
Eu estava no Chile, de férias, quando me li uma notícia no jornal, que depois se repetiu na TV, e me estremeceu: o falecimento do jornalista Guillermo Espíndola Correa, que foi governador da província de Loa entre 2004 e 2006 – governo de Ricardo Lagos.
 
Foi encontrado morto em frente a uma loja de materiais de construção, na cidade de Arica. Segundo a matéria, ele viveu seus últimos dias “em situação de rua”, como a imprensa chilena chama os sem teto. Outras fontes diziam que sua tragédia pessoal e também a sua morte foram resultados da sua dependência às bebidas alcoólicas.
 
Certamente, a grande maioria dos que leram ou viram as matérias sobre o caso, na imprensa escrita e na televisão, disseram: “foi o vício que o matou”.
 
Sim, essa certeza nasce da visão que a maior parte da comunidade tem sobre o consumo “excessivo” de álcool.

 
Por isso, pensei em escrever este artigo. Queria contar a vocês que, se por um lado é verdade que em todos os lugares do planeta há muitas pessoas, homens, mulheres e até mesmo adolescentes e crianças que são consumidores “excessivos”, nem todos são o que podemos chamar “bebedores sociais”, esses que aproveitam uma festa de aniversário, ou um funeral, um encontro com amigos ou qualquer motivo especial para tomar além da conta. Há outra grande porcentagem de consumidores que são os alcoólicos doentes, e suponho que Guillermo Espíndola fazia parte desse grupo.
 
Alcoolismo, a doença
 
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que existem três enfermidades que são de origem desconhecida, são incuráveis e mortais. Esses três males que afetam a humanidade são o câncer, a diabetes e o alcoolismo.
 
Sim, o alcoolismo. Segundo os estudiosos, uma porcentagem importante da população mundial – cerca de 5%, estimas os cálculos – sofre com o problema. Essa estatística pode variar de um país para outro, mas é importante definir que essas pessoas não são o que chamamos “bebedores sociais”, e sim doentes, que nasceram com um fator que os torna dependentes do álcool e que esse fator nunca os abandonará. A única diferença entre essa doença e as outras duas citadas – câncer e diabetes – é que ela é recuperável.
 
Essa descoberta foi feita justamente por dois doentes alcoólicos, que antes provaram de tudo, sem sucesso, e se sentiam derrotados. Eles eram William Griffith Wilson e o doutor Bob Smith, dois alcoólatras que um dia se reuniram e descobriram que seu intercâmbio de dolorosas experiências alcoólicas lhes permitiu juntar forças para se afastar todos os dias da bebida. Descobriram que essa compreensão de sua debilidade diante do consumo, que entender como “perdiam o controle” ao beber, que seu apoio mútuo, eram os fatores com os quais estavam conseguindo o que não haviam encontrado nem na medicina, nem na religião e nem em suas próprias decisões. Descobriram que a “perda de controle” se produzia logo após o “primeiro copo”, ali nascia a ânsia por continuar bebendo, e o estágio seguinte já era algo que não podiam controlar voluntariamente. Muitos médicos e científicos acreditam hoje que isso tem uma raiz biológica. Haveria, segundo estudos, uma porcentagem da população mundial que nasce con um fator orgânico que torna as pessoas dependentes do álcool.
 
Nem Bill Wilson e tampouco Bob Smith sabiam disso, mas sim sabiam que a colaboração entre duas pessoas que sofrem desse mesmo mal permite uma melhor recuperação. Foi por isso que no ano de 1935, na cidade de Akron (estado de Ohio, nordeste dos Estados Unidos), junto com outros doentes, eles criaram um grupo que denominaram Alcoólicos Anônimos, ou somente AA, onde seus membros só se conhecem pelo nome: Bill, Bob, Miguel ou João. Como regra básica, propuseram dizer “não ao primeiro copo” todos os dias. A esposa de Bill, que também sofria do mesmo mal que o marido e seguiu atentamente o que Bill e Bob faziam, percebeu que a família dos doentes também necessitava apoio, para que cada um deles pudesse entender como ajudar o doente. Assim foi criado o Al-Anon, com esse objetivo. Dessa forma, surgiram os dois caminhos que permitem a recuperação dos doentes.
 
Por isso, a revista Time, anos depois, incluiu Bill entre os 20 primeiros heróis e ícones do Século XX, que dão exemplo de “coragem, autodomínio, exuberância, habilidade sobre humana e graça maravilhosa”, por esses doze passos criados pelo AA, que se iniciam com um: “admito que sou impotente diante do álcool, que minha vida se tornou ingovernável” que empurram no caminho da salvação.
 
Uma verdade dramática
 
Durante alguns anos, trabalhei para uma associação média que se dedicava a trabalhar com pessoas alcoólicas. Eu era o assessor de imprensa da entidade, encabeçada por dois eminentes psiquiatras biólogos argentinos: os doutores Rozados e Rodríguez Casanova – ambos já falecidos –, que trabalhavam, assim como os demais colegas, derivando os pacientes aos grupos de AA.
 
Essa doença é uma verdade dramática que a sociedade ignora, e também a maioria dos médicos, por isso a triste morte de Guillermo, em Arica, me pareceu um tema importante, que merecia destaque, para que muitos saibam que ele provavelmente era um doente que não recebeu o tratamento adequado para seguir o caminho correto. Nem ele, nem sua família. Carolina, sua esposa, declarou à imprensa que Espíndola “era um homem brilhante, e que foi o álcool que o levou a se perder”. Talvez, se ela tivesse chegado a tempo ao Al-Anon, saberia que foi a sua doença, e não o álcool, que o matou.
 
Eu poderia contar aqui mil casos pude conhecer, durante os quarenta anos em que me relaciono com o tema. Por exemplo, o de uma mulher – fotógrafa de profissão – que iniciou sua carreira alcoólica quando era apenas uma menina, tinha 7 ou 8 anos, e roubava garrafas de vinho do avô. Não podia parar, até que chegou ao AA.
 
Me lembro de outro doente que era condutor de trens em Mendoza, província no centro-oeste da Argentina. Além de passageiros, ele transportava vagões com grandes quantidades de vinho. Num dia em que o trem teve descarrilhou, e ele não resistiu à tentação de aproveitar para tomar o vinho. Passou uma semana nas proximidades do local do acidente.
 
Outro caso foi o de uma mulher, arquiteta, que estava em transe alcoólico desatado. Pelas noites, em sua casa, quando não havia bebida, ela tomava perfumes. Tiveram que interná-la no hospital em uma oportunidade, para um tratamento de desintoxicação. Depois disso, a puseram em terapia intensiva no AA. Ela ia aos grupos ao meio-dia, de tarde e de noite. Conseguiu se recuperar, e chegou a ser a primeira mulher decana de arquitetura na mais importante universidade da América do Sul.
 
No Hospital Borda, o centro psiquiátrico de Buenos Aires, havia um grupo de AA onde acudiam muitos internados que sofriam de males mentais. Lá, o problema era o pessoal auxiliar, que entrava com licores e outras bebidas e vendia aos pacientes. Lembro que o doutor Rozados, então chefe do setor de psiconeuroendocrinologia, lutava contra esse comércio ilegal, e que muitos dos homens do grupo iniciaram sua recuperação do alcoolismo a partir de então.
 
Sobre o tema médico, eu recordo que há muitos anos atrás, na véspera de um natal, em Mendoza, quando eu visitei um grupo de Alcoólicos Anônimos, durante uma reunião, percebi que um jovem contava como o seu médico havia recomendado o uso de barbitúricos como elemento útil para sua tranquilidade e distanciamento da bebida. Quando eu disse que poucos médicos sabiam sobre o alcoolismo, que o que receitavam era prejudicial para ele, agregando que podia dar o nome de algum médico da cidade que fizesse outro tipo de tratamento, vi que a coordenadora do grupo, uma senhora de uns cinquenta anos, pediu a palavra. Imaginei que perguntaria quem era eu para falar assim dos médicos, mas ela voltou seus olhos à minha direção e disse algo assim: “vocês me conhecem – dizia a todos os participantes da reunião –, por isso quero falar sobre o que o Federico falou. Vocês sabem que sou médica e asseguro que se não houvesse encontrado o AA ainda estaria presa ao vício, e ele tem razão quando diz que nossa classe pouco sabe sobre o alcoolismo”.
 
O caminho a percorrer
 
Sem dúvidas, o caminho é esse, o que foi pavimentado em 1935 por Bill Wilson e Bob Smith, os Alcoólicos Anônimos, e tudo o que os grupos entregam a cada pessoa que sofre desse mal, que permite que elas vençam sua dependência e possam dizer às outras que se somam ao grupo: “não ao primeiro copo”, mantendo diariamente esse compromisso consigo mesmo. É verdade que isso não elimina a doença da vida dessas pessoas, mas pode deixá-la guardada numa caixinha de lembranças ruins, sem nunca esquecer que é um mal que pode reaparecer, e por isso todo cuidado deve ser permanente.
 
Também devemos aprender a não nos deixarmos enganar pelos tratamentos que prometem curas milagrosas, quase mágicas. Houve um caso de um futebolista, um famoso ex-jogador do River Plate, que fez um desses tratamentos, no Chile, mas nunca conseguiu sua recuperação.
 
Certa vez, quando fazia uma palestra sobre alcoolismo, nós dissemos: “uma pessoa muito pobre, que caminha pela rua há vários dias, que não come e se desmaia de fome. A polícia chama uma ambulância e o leva a um hospital. Aparece outro, em estado ébrio, anda aos tropeções, a polícia chama um furgão e o leva à cadeia”. Enquanto o que sofre de fome recebe um tratamento adequado ao seu estado, e está bem que assim seja, aquele que padece de uma doença mortal, como é o alcoolismo, vai parar numa cela.
 
Todos, absolutamente todos – sobretudo nesta região – necessitamos saber diferenciar entre “bebedores sociais” e seus pileques ocasionais e os doentes que sofrem do mal do alcoolismo, e que morrem por ele, como morreu Guillermo Espíndola, em Arica. Esses doentes abundam em todo o mundo, e nós ainda não os descobrimos. Devemos saber que há diferenças entre uns e outros.
 
Tradução: Victor Farinelli
 


Créditos da foto: Fabio / Flickr



O alcoolismo é o que mata - Carta Maior

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

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STF poderá ser julgado pela Corte Internacional de Direitos Humanos | bloglimpinhoecheiroso

O que resultou dessa iniciativa? Ela foi tomada de fato ou revelou se inócua? A OEA, embora em tese possa dispor de prerrogativas que permitam por em questão decisões judiciais tomadas no âmbito dos seus estados membros, até que ponto são efetivamente aplicáveis? Enfim, criaram se expectativas, mas...



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Imprensa mundial: sedento por ataques, o imperialismo teme explosão da luta de classes

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terça-feira, 19 de abril de 2016

Por que Temer tem de agora apoiar a Lava Jato?

O que Michel Temer assegura na ligação é o aprofundamento da seletividade na lava jato e a blindagem dos golpistas. O que já é uma realidade. Qual a novidade? Não aparece na ligação, mas as restrições e a severa vigilância da internet impedirão que seus nomes circulem nos espaços públicos, por obra da mídia alternativa.

Por que Temer tem de agora apoiar a Lava Jato?

Lindbergh relata que comunidade internacional não consegue entender “golpe dos corruptos”

No Brasil há muito que é assim. Inúmeras pessoas foram cassadas em 64 e acusadas de corrupção para dissimular a perseguição política.  

Lindbergh relata que comunidade internacional não consegue entender “golpe dos corruptos”

MICO GLOBAL: CNN DETONA O GOLPE DE CUNHA ~ Verdades Ocultas

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Os discursos mais corajosos na votação do impeachment

DOMINGO SOMBRIO

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Presidente da Anatel sinaliza fim da era da internet ilimitada no Brasil - Economia - Estado de Minas

Logo no dia seguinte ao golpe na câmara, um golpe na internet. Reduzir e restringir o alcance das mídias alternativas. 

Presidente da Anatel sinaliza fim da era da internet ilimitada no Brasil - Economia - Estado de Minas

Democracy Spring: Polícia detém ativistas de movimento em Washington - Portal Vermelho

A inquietude democrática 

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Virada na opinião pública pode influenciar decisão no Senado, diz consultoria - Portal Vermelho

Ainda as inexplicáveis expectativas positivas em torno da lava jato.

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Frente Brasil Popular e Frente Brasil Sem Medo reagem ao golpe

Frente Brasil Popular e Frente Brasil Sem Medo reagem ao golpe

Frente lembra que o dia 17 de abril marca os 20 anos do Massacre de Carajás. Em nota, as frentes dizem que hoje será mais um “dia da vergonha”
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Frente Brasil Popular e Frente Brasil Sem Medo reagem ao golpe
Postado por Agência PT, em 18 de abril de 2016 às 00:08:47
Frente Brasil Popular e a Frente Brasil sem Medo divulgaram nota pública, na noite deste domingo (17), afirmando que a luta vai continuar nas ruas para derrotar o golpe nas ruas.
Na nota, a Frente Brasil Popular e a Frente Brasil sem Medo lembram que a data de hoje coincide com o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, e entrará para a história do país como mais um “dia da vergonha”. A nota reafirma que a luta continua.
Leia a íntegra da nota:
“Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos!
Vamos derrotar o golpe nas ruas!
Este 17 de abril, data que lembramos o massacre de Eldorado dos Carajás, entrará mais uma vez para a história da nação brasileira como o dia da vergonha. Isso porque uma maioria circunstancial de uma Câmara de Deputados manchada pela corrupção ousou autorizar o impeachment fraudulento de uma presidente da República contra a qual não pesa qualquer crime de responsabilidade.
As forças econômicas, políticas conservadoras e reacionárias que alimentaram essa farsa têm o objetivo de liquidar direitos trabalhistas e sociais do povo brasileiro. São as entidades empresariais, políticos como Eduardo Cunha, réu no STF por crime de corrupção, partidos derrotados nas urnas como o PSDB, forças exteriores ao Brasil interessadas em pilhar nossas riquezas e privatizar empresas estatais como a Petrobras e entregar o Pré-sal às multinacionais. E fazem isso com a ajuda de uma mídia golpista, que tem como o centro de propaganda ideológica golpista a Rede Globo, e com a cobertura de uma operação jurídico-policial voltada para atacar determinados partidos e lideranças e não outros.
Por isso, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo conclamam os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, e as forças democráticas e progressistas, juristas, advogados, artistas, religiosos a não saírem das ruas e continuar o combate contra o golpe através de todas as formas de mobilização dentro e fora do País.
Faremos pressão agora sobre o Senado, instância que julgará o impeachment da presidente Dilma sob a condução do ministro Lewandowski do STF. A luta continua contra o golpe em defesa da democracia e nossos direitos arrancados na luta, em nome de um falso combate à corrupção e de um impeachment sem crime de responsabilidade.
A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo desde já afirmam que não reconhecerá legitimidade de um pretenso governo Temer, fruto de um golpe institucional, como pretende a maioria da Câmara ao aprovar a admissibilidade do impeachment golpista.
Não reconhecerão e lutarão contra tal governo ilegítimo, combaterá cada uma das medidas que dele vier a adotar contra nossos empregos e salários, programas sociais, direitos trabalhistas duramente conquistados e em defesa da democracia, da soberania nacional.
Não nos deixaremos intimidar pelo voto majoritário de uma Câmara recheada de corruptos comprovados, cujo chefe, Eduardo Cunha, é réu no STF e ainda assim comandou a farsa do impeachment de Dilma.
Continuaremos na luta para reverter o golpe, agora em curso no Senado Federal e avançar à plena democracia em nosso País, o que passa por uma profunda reforma do sistema político atual, verdadeira forma de combater efetivamente a corrupção. Na história na República, em vários confrontos as forças do povo e da democracia sofreram revezes, mas logo em seguida, alcançaram a vitória. O mesmo se dará agora: venceremos o golpismo nas ruas!
Portanto, a nossa luta continuará com paralisações, atos, ocupações já nas próximas semanas e a realização de uma grande Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, no próximo 1º de maio.
A luta continua! Não ao retrocesso! Viva a democracia!
Frente Brasil Popular
Frente Povo Sem Medo”

Frente Brasil Popular e Frente Brasil Sem Medo reagem ao golpe

É um golpe sem prisões nem tanques, diz Fernando Morais | Brasil 24/7

UM GOLPE LIMPINHO&CHEIROSO

Ainda não mostra a violência  escancarada...Mas seguirá lenta e paulatinamente nesse sentido. Vão começar pela Internet, descaracterizando o marco civil que não mais será regulamentado. Em nome do combate aos crimes digitais que eles mesmos estimularão, imporão restrições e criminalização. Vão calar aos poucos. Aí terão o território livre para promoverem os abusos que quiserem. Imporão o silêncio pela censura e pela intimidação. Essa virá dissimulada como "crime comum". 
Matam um ali, e o repórter aludirá simplesmente a uma suspeita de ser usuário de drogas, ou de andar em mas companhias... Até o dia em que bastará se tratar de um petista, sendo suficiente pra justificar a execução, o linchamento ou a chacina.
Nunca será no estilo que já se viu antes. Novas formas já estão sendo adotadas.

É um golpe sem prisões nem tanques, diz Fernando Morais | Brasil 24/7

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Maria Rita Kehl: Brasil ainda pode acordar desse pesadelo | Brasil 24/7

Maria Rita Kehl: Brasil ainda pode acordar desse pesadelo | Brasil 24/7

O que pretendem os setores dominantes com o impeachment de Dilma: notas preliminares

O que pretendem os setores dominantes com o impeachment de Dilma: notas preliminares

Indiretas Já! – ou a crônica do gigante que despertou e foi golpeado na nuca - Brasileiros

Indiretas Já! – ou a crônica do gigante que despertou e foi golpeado na nuca

Em vez de reforma política, manifestações de junho de 2013 culminam em afronta à soberania do voto popular
Manifestantes lotam o Largo da Batata, em Pinheiros, SP, no ato de 17 de junho de 2013. Foto: Camila Picolo
Manifestantes lotam o Largo da Batata, em Pinheiros, SP, no ato de 17 de junho de 2013. Foto: Camila Picolo
Neste dia 17 de abril de 2016 que, para mim e para muitos, entrará para a história do País como um domingo de melancólico retrocesso democrático, parte expressiva da população sairá às ruas do Brasil para manifestar apoio a um processo de impeachment presidencial que, para mim e para muitos, beira o surrealismo, uma ação vil, conduzida por um parlamentar que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e há mais de 200 dias se esquiva de provas incontestáveis para se manter no poder, não sem o auxílio basilar de grandes corporações de comunicação que, diariamente, manipulam a opinião pública em nome de interesses escusos bilaterais e fazem milhões de brasileiros acreditarem nas famigeradas pedaladas fiscais como argumento razoável para abreviar o mandato de uma presidenta eleita pela soberania do voto popular.
Mas, afinal, o que nos trouxe a esse domingo? Como cidadão que participa do processo democrático desde o pleito presidencial de 1989, quando aos 16 anos pude participar do momento histórico em que, enfim, foi devolvido ao povo brasileiro o direito a eleições diretas depois de 25 anos de governos biônicos, tenho algumas suposições.
A meu ver, o processo que culminou neste fatídico domingo foi deflagrado, sobretudo, pela incapacidade de vários setores de nossa sociedade, incluindo-se aí o PT de Dilma, de compreender o significado, paradoxalmente explícito, das jornadas de junho de 2013.
Vamos então a um pequeno retrospecto. Em 06 de junho daquele ano, o Movimento Passe Livre foi à Avenida Paulista, em São Paulo, para realizar o primeiro ato contra o aumento da tarifa dos transportes públicos, que passaria de R$ 3,00 para R$ 3,20, mas que foi revogado, 13 dias depois, devido à pressão popular. Na contagem do MPL, naquela noite de quinta-feira, cinco mil manifestantes foram às ruas. Número não cravado pela Polícia Militar paulista que, no entanto, demonstrou eficácia em outro expediente, recorrente nos meses seguintes e ao longo dos últimos três anos, o uso seletivo da força repressiva em manifestações de cunho social ou de pautas progressivas.
“O transporte público de São Paulo é um dos mais caóticos, precários e caros do Brasil, como se vê noticiado todos os dias pela imprensa da cidade, e se vive todos os dias dentro dos ônibus e trens. Todos os dias as periferias sofrem com a falta de transporte público, com trânsito e violência policial. Ontem, o outro lado da cidade ficou sabendo como essa periferia se sente”, afirmava o comunicado enviado pelo MPL à imprensa na manhã seguinte.
Sete dias depois, no hoje histórico 13 de junho de 2013, o uso da força repressiva foi ainda maior e fez com que veículos da grande imprensa, como os jornais Folha de S. Paulo e O Estado de São Paulo, recuassem o pedido, expresso em editoriais no dia anterior, de uso da força para a contenção de “vândalos” e “baderneiros”. A reação popular ao excesso de violência do dia 13 foi surpreendente. Na manifestação seguinte, realizada na noite do dia 17, uma segunda-feira, milhões de brasileiros tomaram as ruas de diversas capitais para bradar pautas difusas, como o combate à corrupção, toda sorte de reivindicações sociais e, em menor proporção, o ódio ao PT e intervenção militar. “Querem o impossível? Não. Os brasileiros insatisfeitos com o já alcançado querem agora que os serviços públicos sejam como os do primeiro mundo”, afirmou, no artigoPorque o Brasil e Agora?, o jornalista Juan Arias, correspondente brasileiro do jornal espanhol El País
Dos milhões que foram às ruas em junho de 2013, parte significativa devia ter consciência das dívidas históricas da classe política para com a população em serviços essenciais como Saúde e Educação. No entanto, parte expressiva desses cidadãos decidiu que a gorda conta de nossas mazelas seculares devia cair no colo de Dilma, que, um ano antes, tinha atingido o índice recorde de popularidade com a aprovação dos dois primeiros anos de mandato por 75% do eleitorado.   
Na capa da edição 72 de Brasileiros, de julho de 2013, a manchete “O País Quer Mais Vitórias” deixava claro que após as marchas de junho nada seria como antes. Como diziam os cartazes de muitos manifestantes, a luta não era só pelos vinte centavos. Em 31 páginas, o significado da onda de insurreições do mês anterior foi analisado por personalidades de diversas áreas do pensamento, como Almir Pazzianotto Pinto, Antonio Bivar, Antonio Risério, Marilena Chauí, Giuseppe Cocco, Lincoln Secco, Maria Victoria Benevides e Teresa Caldeira.
Reportagem de capa da edição de 72 de Brasilerios, que abordou as manifestações de junho de 2013. Leia aqui o conteúdo na íntegra
Reportagem de capa da edição de 72 de Brasilerios, que abordou as manifestações de junho de 2013. Leia aqui o conteúdo de todas as matérias e artigos na íntegra
“Uma nova possibilidade política está aberta. Algumas observações merecem ser feitas para que fiquemos alertas aos riscos de apropriação e destruição dessa possibilidade pela direita conservadora e reacionária”, disse a filósofa Marilena Chauí à Brasileiros. Nas eleições de 2014, o prognóstico alarmante de Marilena foi confirmado nas urnas. Depois de ignorar a urgência da luta por reforma política, a principal saída para a crise institucional deflagrada em 2013, o eleitorado brasileiro foi capaz da sandice de eleger a bancada mais conservadora desde o golpe civil-militar de 1964. Fato que só agravou as perspectivas de governabilidade de Dilma Rousseff, então reeleita à Presidência da República com mais de 54 milhões de votos. Fato que só abriu caminho para a ascensão da chamada “Bancada BBB” (do boi, da bíblia e da bala) e de sua maior liderança, o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).   
Em entrevista exclusiva para aquela edição de Brasileiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se mostrava cético à possibilidade de transformação do sistema político: “Quando eu estava na Presidência, cheguei a discutir com a minha equipe uma Constituinte só para fazer a reforma política. Mas não se consegue passar isso no Congresso. Muita gente prefere que fique do jeito que está”, disse Lula.  
No artigo Nas Ruas, o historiador Lincoln Secco também alertava para uma eventual inocuidade da tentativa de reformas políticas e sociais. “O fato de que a direita midiática tenha conseguido por algum tempo sequestrar um movimento que também tinha potencialidade de esquerda comprova que, apesar da maioria dos jovens manifestantes usarem a internet para combinar os protestos, os temas continuam sendo produzidos pelos monopólios de comunicação, afirmou Secco.
Na opinião da socióloga Maria Victoria Benevides, expressa no artigo Em Defesa da Política, na estrada pavimentada em junho de 2013 havia a bifurcação entre os caminhos do avanço e do retrocesso “Estou convencida de que essa mobilização de hoje, por mais heterogênea que seja, pode favorecer o exercício da cidadania ativa democrática, assim como alcançar respostas dos governantes. Mas pode também abrir caminho para saídas autoritárias e elitistas. Fora da política não há salvação. Só a violência”, alertou Maria Victoria.   
Sem exigir reforma política e cultivando o ódio seletivo, sob as rédeas da grande imprensa do País, da judicialização da política e da manipulação midiática da Operação Lava Jato, os que hoje defendem o fim do mandato de Dilma, com a justificativa rasa das pedaladas fiscais, compactuam o delírio coletivo de acreditar que terão contribuído civicamente para salvar o País da corrupção a partir de amanhã. Doce ilusão.
Depois de, há 26 anos, participar de um momento histórico, a reconquista do direito ao voto, lamento profundamente que este domingo seja simbolizado por espécie de auge do processo de “Indiretas Já!” conduzido por aqueles que, desde 2013, estão dopados pela incompreensão de nossa realidade histórica e imbuídos em uma sanha justiceira alimentada diariamente com o vergonhoso espetáculo midiático denunciado em grandes veículos da imprensa mundial, como o jornal The New York Times que, na capa da edição de sexta-feira (15), explicitou que Dilma será julgada por um “bando de ladrões” ao revelar para os leitores norte-americanos que “60 % dos 594 membros do Congresso brasileiro são processados por sérias acusações” (saiba mais).
Enquanto isso, a TV Câmara exibe, nesse momento, a imagem soturna de Eduardo Cunha a conduzir a votação do impeachment. Imagem que pode levar muitos a constatar que o gigante despertou, porém, atônito, vacilou por três anos e hoje cai, em praça pública, nocauteado com um golpe na nuca. Independentemente do resultado da votação na Câmara, não há dúvida, estamos vivendo um dos dias mais tristes de nossa jovem democracia, reconquistada com o sangue e a resiliência de milhares de brasileiros.
Veja o perfil de Eduardo Cunha, em reportagem exibida pela TV Brasil na última sexta-feira (15)
   
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Indiretas Já! – ou a crônica do gigante que despertou e foi golpeado na nuca - Brasileiros