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sexta-feira, 6 de março de 2015

Eliane Brum: A boçalidade do mal | Opinião | EL PAÍS Brasil

A boçalidade do mal

Guido Mantega e a autorização para deletar a diferença

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Em 19 de fevereiro, Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos governos de Lula e de Dilma Rousseff, estava na lanchonete do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, quando foi hostilizado por uma mulher, com o apoio de outras pessoas ao redor. Os gritos: “Vá pro SUS!”. Entre eles, “safado” e “fdp”. Mantega era acompanhado por sua esposa, Eliane Berger, psicanalista. Ela faz um longo tratamento contra o câncer no hospital, mas o casal estava ali para visitar um amigo. O episódio se tornou público na semana passada, quando um vídeo mostrando a cena foi divulgado no YouTube.
Entre as várias questões importantes sobre o momento atual do Brasil – mas não só do Brasil – que o episódio suscita, esta me parece particularmente interessante:
“Que passo é esse que se dá entre a discordância com relação à política econômica e a impossibilidade de sustentar o lugar do outro no espaço público?”.
A pergunta consta de uma carta escrita pelo Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP), que encontrou na cena vivida por Guido e Eliane ecos do período que antecedeu a Segunda Guerra, na Alemanha nazista, quando se iniciou a construção de um clima de intolerância contra judeus, assim como contra ciganos, homossexuais e pessoas com deficiências mentais e/ou físicas. O desfecho todos conhecem. Em apoio a Guido e Eliane, mas também pela valorização do Sistema Único de Saúde (SUS), que atende milhões de brasileiros, o MPASP lançou a hashtag #VamosTodosProSUS.
Pode-se aqui fazer a ressalva de que a discordância vai muito além da política econômica e que o ex-ministro petista encarnaria na lanchonete de um dos hospitais privados mais caros do país algo bem mais complexo. Mas a pergunta olha para um ponto preciso do cotidiano atual do Brasil: em que momento a opinião ou a ação ou as escolhas do outro, da qual divergimos, se transforma numa impossibilidade de suportar que o outro exista? E, assim, é preciso eliminá-lo, seja expulsando-o do lugar, como no caso de Guido e Eliane, seja eliminando sua própria existência – simbólica, como em alguns projetos de lei que tramitam no Congresso, visando suprimir direitos fundamentais dos povos indígenas ou de outras minorias; física, como nos crimes de assassinato por homofobia ou preconceito racial.
O que significa, afinal, esse passo a mais, o limite ultrapassado, que tem sido chamado de “espiral de ódio” ou “espiral de intolerância”, num país supostamente dividido (e o supostamente aqui não é um penduricalho)? De que matéria é feita essa fronteira rompida?
A descoberta de que aquele vizinho simpático com quem trocávamos amenidades no elevador defende o linchamento de homossexuais tem um impacto profundo
A resposta admite muitos ângulos. Na minha hipótese, entre tantas possíveis, peço uma espécie de licença poética à filósofa Hannah Arendt, para brincar com o conceito complexo que ela tão brilhantemente criou e chamar esse passo a mais de “a boçalidade do mal”. Não banalidade, mas boçalidade mesmo. Arendt, para quem não lembra, alcançou “a banalidade do mal” ao testemunhar o julgamento do nazista Adolf Eichmann, em Jerusalém, e perceber que ele não era um monstro com um cérebro deformado, nem demonstrava um ódio pessoal e profundo pelos judeus, nem tampouco se dilacerava em questões de bem e de mal. Eichmann era um homem decepcionantemente comezinho que acreditava apenas ter seguido as regras do Estado e obedecido à lei vigente ao desempenhar seu papel no assassinato de milhões de seres humanos. Eichmann seria só mais um burocrata cumprindo ordens que não lhe ocorreu questionar. A banalidade do mal se instala na ausência do pensamento.
A boçalidade do mal, uma das explicações possíveis para o atual momento, é um fenômeno gerado pela experiência da internet. Ou pelo menos ligado a ela. Desde que as redes sociais abriram a possibilidade de que cada um expressasse livremente, digamos, o seu “eu mais profundo”, a sua “verdade mais intrínseca”, descobrimos a extensão da cloaca humana. Quebrou-se ali um pilar fundamental da convivência, um que Nelson Rodrigues alertava em uma de suas frases mais agudas: “Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava”. O que se passou foi que descobrimos não apenas o que cada um faz entre quatro paredes, mas também o que acontece entre as duas orelhas de cada um. Descobrimos o que cada um de fato pensa sem nenhuma mediação ou freio. E descobrimos que a barbárie íntima e cotidiana sempre esteve lá, aqui, para além do que poderíamos supor, em dimensões da realidade que só a ficção tinha dado conta até então.
Descobrimos, por exemplo, que aquele vizinho simpático com quem trocávamos amenidades bem educadas no elevador defende o linchamento de homossexuais. E que mesmo os mais comedidos são capazes de exercer sua crueldade e travesti-la de liberdade de expressão. Nas postagens e comentários das redes sociais, seus autores deixam claro o orgulho do seu ódio e muitas vezes também da sua ignorância. Com frequência reivindicam uma condição de “cidadãos de bem” como justificativa para cometer todo o tipo de maldade, assim como para exercer com desenvoltura seu racismo, sua coleção de preconceitos e sua abissal intolerância com qualquer diferença.
Foi como um encanto às avessas – ou um desencanto. A imagem devolvida por esse espelho é obscena para além da imaginação. Ao libertar o indivíduo de suas amarras sociais, o que apareceu era muito pior do que a mais pessimista investigação da alma humana. Como qualquer um que acompanha comentários em sites e postagens nas redes sociais sabe bem, é aterrador o que as pessoas são capazes de dizer para um outro, e, ao fazê-lo, é ainda mais aterrador o que dizem de si. Como o Eichmann de Hannah Arendt, nenhum desses tantos é um tipo de monstro, o que facilitaria tudo, mas apenas ordinariamente humano.
Ao permitir que cada indivíduo se mostrasse sem máscaras, a internet arrancou da humanidade a ilusão sobre si mesma
Ainda temos muito a investigar sobre como a internet, uma das poucas coisas que de fato merecem ser chamadas de revolucionárias, transformaram a nossa vida e o nosso modo de pensar e a forma como nos enxergamos. Mas acho que é subestimado o efeito daquilo que a internet arrancou da humanidade ao permitir que cada indivíduo se mostrasse sem máscaras: a ilusão sobre si mesma. Essa ilusão era cara, e cumpria uma função – ou muitas – tanto na expressão individual quanto na coletiva. Acho que aí se escavou um buraco bem fundo, ainda por ser melhor desvendado.
Como aprendi na experiência de escrever na internet que não custa repetir o óbvio, de forma nenhuma estou dizendo que a internet, um sonho tão estupendo que jamais fomos capazes de sonhá-lo, é algo nocivo em si. A mesma possibilidade de se mostrar, que nos revelou o ódio, gerou também experiências maravilhosas, inclusive de negação do ódio. Assim como permitiu que pessoas pudessem descobrir na rede que suas fantasias sexuais não eram perversas nem condenadas ao exílio, mas passíveis de serem compartilhadas com outros adultos que também as têm. Do mesmo modo, a internet ampliou a denúncia de atrocidades e a transformação de realidades injustas, tanto quanto tornou o embate no campo da política muito mais democrático.
Meu objetivo aqui é chamar a atenção para um aspecto que me parece muito profundo e definidor de nossas relações atuais. A sociedade brasileira, assim como outras, mas da sua forma particular, sempre foi atravessada pela violência. Fundada na eliminação do outro, primeiro dos povos indígenas, depois dos negros escravizados, sua base foi o esvaziamento do diferente como pessoa, e seus ecos continuam fortes. A internet trouxe um novo elemento a esse contexto. Quero entender como indivíduos se apropriaram de suas possibilidades para exercer seu ódio – e como essa experiência alterou nosso cotidiano para muito além da rede.
Finalmente era possível “dizer tudo”, e isso passou a ser confundido com autenticidade e liberdade
É difícil saber qual foi a primeira baixa. Mas talvez tenha sido a do pudor. Primeiro, porque cada um que passou a expressar em público ideias que até então eram confinadas dentro de casa ou mesmo dentro de si, descobriu, para seu júbilo, que havia vários outros que pensavam do mesmo jeito. Mesmo que esse pensamento fosse incitação ao crime, discriminação racial, homofobia, defesa do linchamento. Que chamar uma mulher de “vagabunda” ou um negro de “macaco”, defender o “assassinato em massa de gays”, “exterminar esse bando de índios que só atrapalham” ou “acabar com a raça desses nordestinos safados” não só era possível, como rendia público e aplausos. Pensamentos que antes rastejavam pelas sombras passaram a ganhar o palco e a amealhar seguidores. E aqueles que antes não ousavam proclamar seu ódio cara a cara, sentiram-se fortalecidos ao descobrirem-se legião. Finalmente era possível “dizer tudo”. E dizer tudo passou a ser confundido com autenticidade e com liberdade.
Para muitos, havia e há a expectativa de que o conhecimento transmitido pela oralidade, caso de vários povos tradicionais e de várias camadas da população brasileira com riquíssima produção oral, tenha o mesmo reconhecimento na construção da memória que os documentos escritos. Na experiência da internet, aconteceu um fenômeno inverso: a escrita, que até então era uma expressão na qual se pesava mais cada palavra, por acreditar-se mais permanente, ganhou uma ligeireza que historicamente esteve ligada à palavra falada nas camadas letradas da população. As implicações são muitas, algumas bem interessantes, como a apropriação da escrita por segmentos que antes não se sentiam à vontade com ela. Outras mostram as distorções apontadas aqui, assim como a inconsciência de que cada um está construindo a sua memória: na internet, a possibilidade de apagar os posts é uma ilusão, já que quase sempre eles já foram copiados e replicados por outros, levando àimpossibilidade do esquecimento
O fenômeno ajuda a explicar, entre tantos episódios, a resposta de Washington Quaquá, prefeito de Maricá e presidente do PT fluminense, uma figura com responsabilidade pública, além de pessoal, às agressões contra Guido Mantega. Em seu perfil no Facebook, ele sentiu-se livre para expressar sua indignação contra o que aconteceu na lanchonete do Einstein nos seguintes termos: “Contra o fascismo a porrada. Não podemos engolir esses fascistas burguesinhos de merda! (...) Vamos pagar com a mesma moeda: agrediu, devolvemos dando porrada!”.
O outro, se não for um clone, só existe como inimigo
O ódio, e também a ignorância, ao serem compartilhados no espaço público das redes, deixaram de ser algo a ser reprimido e trabalhado, no primeiro caso, e ocultado e superado, no segundo, para ser ostentado. E quando me refiro à ignorância, me refiro também a declarações de não saber e de não querer saber e de achar que não precisa saber. Me arrisco a dizer que havia mais chances quando as pessoas tinham pudor, em vez de orgulho, de declarar que acham museus uma chatice ou que não leram o texto que acabaram de desancar, porque pelo menos poderia haver uma possibilidade de se arriscar a uma obra de arte que as tocasse ou a descobrir num texto algo que provocasse nelas um pensamento novo.
Sempre se culpa o anonimato permitido pela rede pelas brutalidades ali cometidas. É verdade que o anonimato é uma realidade, que há os “fakes” (perfis falsos) e há toda uma manipulação para falsificar reações negativas a determinados textos e opiniões, seja por grupos organizados, seja como tarefa de equipes de gerenciamento de crise de clientes públicos e privados. Tanto quanto há campanhas de desqualificação fabricadas como “espontâneas”, nas quais mentiras ou boatos são disseminados como verdades comprovadas, causando enormes estragos em vidas e causas.
Mas suspeito que, no que se refere ao indivíduo, a notícia – boa ou má – é que o anonimato foi em grande medida um primeiro estágio superado. Uma espécie de ensaio para ver o que acontece, antes de se arriscar com o próprio RG. Não tenho pesquisa, só observação cotidiana. Testemunho dia a dia o quanto gente com nome e sobrenome reais é capaz de difundir ódio, ofensas, boatos, preconceitos, discriminação e incitação ao crime sem nenhum pudor ou cuidado com o efeito de suas palavras na destruição da reputação e da vida de pessoas também reais. A preocupação de magoar ou entristecer alguém, então, essa nem é levada em conta. Ao contrário, o cuidado que aparece é o de garantir que a pessoa atacada leia o que se escreveu sobre ela, o cuidado que se toma é o da certeza de ferir o outro. O outro, se não for um clone, só existe como inimigo.
Na eleição de 2014, descobriu-se que os bárbaros eram até ontem os aliados na empreitada da civilização
O problema, quando se aponta os “bárbaros”, e aqui me incluo, é justamente que os bárbaros são sempre os outros. Neste sentido, a eleição de 2014, da qual derivou a tese, para mim bastante questionável, do “Brasil partido”, bagunçou um bocado essa crença. Não foi à toa que amizades antigas se desfizeram, parentes brigaram e até amores foram abalados, que até hoje há gente que se gostava que não voltou a se falar. As redes sociais, a internet, viraram um campo de guerra, num nível maior do que em qualquer outra eleição ou momento histórico. Só que, desta vez, os bárbaros eram até ontem os aliados na empreitada da civilização.
Descobriu-se então que pessoas com quem se compartilhou sonhos ou pessoas que se considerava éticas – pessoas do “lado certo” – eram capazes de lançar argumentos desonestos – e que sabiam ser desonestos – e até mentiras descaradas, assim como de torturar números e manipular conceitos. Eram capazes de fazer tudo o que sempre condenaram, em nome do objetivo supostamente maior de ganhar a eleição. Os bárbaros não eram mais os outros, os de longe. Desta vez, eram os de perto, bem de perto, que queriam não apenas vencer, mas destruir o diferente ou o divergente, eu ou você. O bárbaro era um igual, o que torna tudo mais complicado.
Não se sai imune desse confronto com a realidade do outro, a parte mais fácil. Não se sai impune desse confronto com a realidade de si, este um enfrentamento só levado adiante pelos que têm coragem. Como sabemos, enquanto for possível e talvez mesmo quando não seja mais, cada um fará de tudo para não se enxergar como bárbaro, mesmo que para isso precise mentir para si mesmo. É duro reconhecer os próprios crimes, assim como as traições, mesmo as bem pequenas, e as vilanias. Mas, no fundo, cada um sabe o que fez e os limites que ultrapassou. O que aconteceu na eleição de 2014 é que os bons e os limpinhos descobriram algumas nuances a mais de sua condição humana, e descobriram o pior: também eles (nós?) não são capazes de respeitar a opinião e a escolha diferente da sua. Também eles (nós?) não quiseram debater, mas destruir. De repente, só havia “haters” (odiadores). De novo: desse confronto não se sai impune. A boçalidade do mal ganhou dimensões imprevistas.
A experiência poderosa de se mostrar sem recalques transcendeu e influenciou a vida para além das redes
Seria improvável que a experiência vivida na internet, na qual o que aconteceu nas eleições foi apenas o momento de maior desvendamento, não mudasse o comportamento quando se está cara a cara com o outro, quando se está em carne e osso e ódio diante do outro, nos espaços concretos do cotidiano. Seria no mínimo estranho que a experiência poderosa de se manifestar sem freios, de se mostrar “por inteiro”, de eliminar qualquer recalque individual ou trava social e de “dizer tudo” – e assim ser “autêntico”, “livre” e “verdadeiro” – não influenciasse a vida para além da rede. Seria impossível que, sob determinadas condições e circunstâncias, os comportamentos não se misturassem. Seria inevitável que essa “autorização” para “dizer tudo” não alterasse os que dela se apropriaram e se expandisse para outras realidades da vida. E a legitimidade ganhada lá não se transferisse para outros campos. Seria pouco lógico acreditar que a facilidade do “deletar” e do “bloquear” da internet, um dedo leve e só aparentemente indolor sobre uma tecla, não transcendesse de alguma forma. Não se trata, afinal, de dois mundos, mas do mesmo mundo – e do mesmo indivíduo.
A mulher que se sentiu “no direito” de xingar Guido Mantega e por extensão Eliane Berger, e tornar sua presença na lanchonete do hospital insuportável, assim como as pessoas que se sentiram “no direito” de aumentar o coro de xingamentos, possivelmente acreditem que estavam apenas exercendo a liberdade de expressão como “cidadãos de bem indignados com o PT”, uma frase corriqueira nos dias de hoje, quase uma bandeira. Ao mandar Guido e Eliane para outro lugar – e não para qualquer lugar, mas “pro SUS” – devem acreditar que o Sistema Único de Saúde é a versão contemporânea do inferno, para a qual só devem ir os proscritos do mundo. Possivelmente acreditem também que o espaço do Hospital Israelita Albert Einstein deve continuar reservado para uma gente “diferenciada”. Em nenhum momento parecem ter enxergado Guido e Eliane como pessoas, nem se lembrado de que quem está num hospital, seja por si mesmo, seja por alguém que ama, está numa situação de fragilidade semelhante a deles. O direito ao ódio e à eliminação do outro mostrou-se soberano: aquele que é diferente de mim, eu mato. Ou deleto. Simbolicamente, no geral; fisicamente, com frequência assustadora.
Mas, claro, nada disso é importante. Nem é importante a greve dos caminhoneiros ou a falta de água na casa dos mais pobres. Tampouco a destruição de estátuas milenares pelo Estado Islâmico. Essencial mesmo é o grande debate da semana que passou: descobrir se o vestido era branco e dourado – ou preto e azul. Até mesmo sobre tal irrelevância, a selvageria do bate-boca nas redes mostrou que não é possível ter opinião diferente.
Já demos um passo além da banalidade. Nosso tempo é o da boçalidade.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora dos livros de não ficçãoColuna Prestes - o Avesso da Lenda, A Vida Que Ninguém vê, O Olho da RuaA Menina Quebrada, Meus Desacontecimentos e do romance Uma Duas. Site: desacontecimentos.com Email: elianebrum.coluna@gmail.com Twitter:@brumelianebrum.


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Eduardo Cunha quer substituir Forças Armadas por Exército da Universal | Sensacionalista: um jornal isento de verdade

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Rogério Correia: "Nós entregamos pessoalmente no gabinete do Janot as provas do envolvimento de Aécio no caixa 2 de Furnas" | Viomundo - O que você não vê na mídia

Você acreditou em Janot?

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quinta-feira, 5 de março de 2015

China expulsa a EE.UU. del mercado latinoamericano

Esquece o inglês...o bicho agora é o mandarim





China ha superado en términos de comercio a EE.UU. en Brasil, Argentina, Perú y Venezuela y sigue acercándose a países latinoamericanos mediante ayudas y financiamiento, afirman analistas.
Los bancos chinos aumentaron sus inversiones en América Latina en un 71% el año 2015, mientras que se observa el proceso inverso en los capitales estadounidenses, que están abandonando la región, explica CNN
"Esto se produce a medida que el poder de EE.UU. en América Latina está empezando a erosionarse", agrega.
Según el autor de artículo Patrick Gillespie, el potencial de relaciones entre Pekín y la región de América Central y del Sur a largo plazo es fuerte. "El presidente de China, Xi Jinping, se ha comprometido a duplicar el comercio entre su país y América Latina en la próxima década hasta 250.000 millones de dólares", escribe el experto.
El vicepresidente del Consejo de Política Exterior de Estados Unidos en Washington, Ilan Berman, por su parte recalcó que China ya ha ayudado a financiar una central nuclear en Argentina, a lanzar el primer satélite de Bolivia y que asimismo planea ayudar a Venezuela a iniciar su propio programa de drones. 
De acuerdo con Margaret Myers, experta de Inter-American Dialogue, los bancos chinosprestaron 22.000 millones de dólares a América Latina el año 2014, más de lo que el Banco Mundial y el Banco Interamericano enviaron a la región en conjunto. 




China expulsa a EE.UU. del mercado latinoamericano

Quem financia campanha do Impeachment e protesto de Caminhoneiros? | Lemos Ideias

Os homens mais ricos do Brasil estão tentando minar a Presidência, investindo muito dinheiro para promover as greves de caminhoneiros e o ato pró Impeachment marcado para 15/03. Junto com setores da mídia, estão instalando uma falsa sensação de instabilidade política e econômica, fazendo parecer que o Governo está fragilizado e que é incompetente.
A elite mais rica do país quer, mais uma vez, controlar a opinião pública, manipulando fatos, distorcendo a realidade e comprando apoios.
Essa é uma questão que poucos têm levantado nos últimos dias: Quem está financiando o movimento “Vem pra Rua”, favorável ao impeachment da presidenta Dilma? Pode parecer uma ação meramente civil  e apartidária como tentam pregar, mas informações disponíveis na internet desmentem isso e provam que há uma tentativa gigantesca de manipulação da opinião pública para jogar a maioria dos brasileiros contra o Governo, gerar instabilidade e dar a sensação de fraqueza das instituições democráticas.
Posso afirmar com certeza que os empresários mais ricos de nosso país estão por trás, financiando este movimento diretamente, não por interesse cívico, mas pessoal, econômico e em favor de um projeto deliberado em voltar o Brasil para as condições pré governos do PT.
Continua







Quem financia campanha do Impeachment e protesto de Caminhoneiros? | Lemos Ideias

O pré-sal não vale mais nada? Os arábes estão quebrando o “shale” dos EUA | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

ré-sal não vale mais nada? Os arábes estão quebrando o “shale” dos EUA

4 de março de 2015 | 14:30 Autor: Fernando Brito
presaljan
Lembra que, há uns dois meses, quando a cotação do petróleo acentuou sua queda e os nossos jornais aqui começaram a decretar o “fim do pré-sal”, porque não seria viável economicamente extrair óleo de lá com as baixas cotações internacionais?
Pois a extração do pré-sal vai muito bem, obrigado e atingiu, em janeiro, entre óleo e gás, 814 mil barris diários.
Um terço de tudo o que se extrai no país. E quase o dobro (exatos 86,7% a mais) do que era produzido um ano antes.
E ninguém se espante se, no meio do ano, forem 1 milhão de barris por dia.
Enquanto isso, com dois meses de baixa forte nos preços, o “shale oil” que ia acabar com o petróleo convencional, cambaleia.
No Valor de hoje:
“A queda recente do preço do petróleo já inviabiliza parte relevante da produção americana de “shale oil” (óleo não convencional, também chamado de xisto). O produto, que surgiram no mercado global nas últimas décadas como concorrentes do petróleo no mercado global, garantia bom retorno aos produtores nos últimos anos, com preço do petróleo acima de US$ 100 por barril. Agora, o cenário é bem diferente.
Com o barril do petróleo tipo Brent a US$ 51 e o WTI abaixo de US$ 50, diversas operações de xisto deixam de ter viabilidade econômica, afirma o analista Virendra Chauhan, da Energy Aspects. Nas contas dele, um preço de US$ 60 por barril prejudica três das seis mais importantes áreas de produção de xisto nos EUA.
“O preço que torna a produção de xisto inviável varia de acordo com a região, mas certamente, em Bakken, o valor atual faz com que a produção não seja lucrativa”, afirma o analista sobre a área responsável por pouco menos da metade da produção americana de óleo de xisto, com cerca de 1,1 milhão de barris por dia de pouco mais de 2,4 milhões de barris diários, segundo estimativas da Agência Internacional de Energia.”
As que ainda permanecem viáveis, estão com um lucrinho mixuruca, menos que 10%, quando ganhavam entre 40 e 50% do valor de um barril de 90 dólares.
Preço, aliás, que os analistas da Energy Aspects acham que voltará a ter no último trimestre de 2015.
As ações das duas maiores empresas de shale oil caíram mais de 90% em relação ao que valiam no início de 2013.
Os nossos “adivinhos” são incríveis…




O pré-sal não vale mais nada? Os arábes estão quebrando o “shale” dos EUA | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Presidente Nicolás Maduro. Venezuela celebra la captura del asesino Anto...

perdemos o melhor por delicadeza

perdemos o melhor por delicadeza

Ferrovia Norte-Sul entra em operação comercial — Portal Brasil





O país está funcionando devagar. Mas está andando, Vive se uma fase difícil, como muitos estão também passando. Notícias da Alemanha nos diz que lá as coisas não estão correndo, longe disso. Se as obras de infra estrutura não existem em grande quantidade, o que talvez nem seja o caso, mas as que estão em andamento são estruturantes de uma sequência de muitas outras. No entanto os inimigos do governo do povo, estão fazendo tudo por onde faça o Brasil parar. Assim ficarão mais a vontade para aplicar o golpe final no governo do PT. Por enquanto estão numa fase que implica em atentar contra as prerrogativas do cargo. Em breve, a presidência da república não passará de um cargo de Chefia de Estado, a exemplo do da Rainha da Inglaterra, mas sem a dignidade e o respeito que devota se a ele. Assim  como fizeram com o golpe parlamentarista para anular os poderes de Jango,que ficou para a história como o governo do golpe... E nada mais!



Ferrovia Norte-Sul entra em operação comercial — Portal Brasil

quarta-feira, 4 de março de 2015

STF julga destino de 78 mil contratados por Aécio em MG

STF julga destino de 78 mil contratados por Aécio em MG

Manifesto dos movimentos sociais sobre o Dia 13 de Março

DIA 13 DE MARÇO – DIA NACIONAL DE LUTA EM DEFESA:
- Dos Direitos da Classe Trabalhadora
- Da Petrobrás
- Da Democracia
- Da Reforma Política
CONTRA O RETROCESSO!
 
TODOS NA PAULISTA
Avenida Paulista, 901
Horário: a partir das 16h00*
 
Um dos maiores desafios dos movimentos sindical e social hoje é defender, de forma unificada e organizada, o projeto de desenvolvimento econômico com distribuição de renda, justiça e inclusão social. É defender uma Nação mais justa para todos.
Defender os Direitos da Classe Trabalhadora
A agenda dos trabalhadores que queremos ver implementada no Brasil é a agenda do desenvolvimento, com geração de emprego e renda.
Governo nenhum pode mexer nos direitos da classe trabalhadora. Quem ousou duvidar da nossa capacidade de organização e mobilização já viu do que somos capazes.
Defender os trabalhadores é lutar contra medidas de ajuste fiscal que prejudicam a classe trabalhadora.
As MPs 664 e 665, que restringem o acesso ao seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, são ataques a direitos duramente conquistados pela classe trabalhadora.
Se o governo quer combater fraudes, deve aprimorar a fiscalização; se quer combater a alta taxa de rotatividade, que taxe as empresas onde os índices de demissão imotivada são mais altos do que as empresas do setor, e que ratifique a Convenção 158 da OIT.
Lutaremos também contra o PL 4330, que da maneira como está imposto libera a terceirização ilimitada para as empresas, aumentando osubemprego, reduzindo os salários e colocando em risco a vida dos/as trabalhadores/as.
 
Defender a Petrobrás
Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária.
Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional.
Defender a Petrobrás é defender ativos estratégicos para o Brasil. É defender um patrimônio que pertence a todos os brasileiros e a todas as brasileiras. É defender nosso maior instrumento de implantação de políticas públicas que beneficiam toda a sociedade.
Defender a Petrobrás é, também, defender a punição de funcionários de alto escalão envolvidos em atos de corrupção. Exigimos que todos os denunciados sejam investigados e, comprovados os crimes, sejam punidos com os rigores da lei. Tanto os corruptores, como os corruptos.  A bandeira contra a corrupção é dos movimentos social e sindical. Nós nunca tivemos medo da verdade.
Defender a Petrobrás é não permitir que as empresas nacionais sejam inviabilizadas para dar lugar a empresas estrangeiras. Essas empresas brasileiras detêm tecnologia de ponta empregada na construção das maiores obras no Brasil e no exterior.
 
Defender a Democracia – Defender Reforma Política
Fomos às ruas para acabar com a ditadura militar e conquistar a redemocratização do País. Democracia pressupõe o direito e o respeito às decisões do povo, em especial, as dos resultados eleitorais. A Constituição deve ser respeitada.   
Precisamos aperfeiçoar a nossa democracia, valorizando a participação do povo e tirando a influência do poder econômico sobre nosso processo eleitoral.
Para combater a corrupção entre dirigentes empresariais e políticos, temos de fazer a Reforma Política e acabar de uma vez por todas com o financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A democracia deve representar o Povo. Não cabe às grandes empresas e as corporações aliciar candidatos e políticos para que sirvam como representantes de seus interesses  empresariais em detrimento das necessidades do povo.
No dia 13 de março vamos mobilizar e organizar nossas bases, garantir a nossa agenda e mostrar a força dos movimentos sindical e social. Só assim conseguiremos colocar o Brasil na rota de crescimento econômico com inclusão social, ampliação de direitos e aprofundamento de nossa democracia.
Estamos em alerta, mobilizados e organizados, prontos para ir às ruas de todo o país defender a democracia e os interesses da classe trabalhadora e da sociedade sempre que afrontarem a liberdade e atacarem os direitos dos/as trabalhadores/as.
Não aceitaremos retrocesso!
 
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FUP – Federação Única dos Petroleiros
CTB - Central dos Trabalhadores do Brasil
UGT - União Geral dos Trabalhadores
NCST - Nova Central Sindical dos Trabalhadores
CSB - Central dos Sindicatos Brasileiros
UNE - União Nacional dos Estudantes
MST – Movimento dos Trabalhadores Sem Terra
CMP – Central dos Movimentos Populares
MAB – Movimento de Atingidos por Barragem
LEVANTE Popular da Juventude
FAF – Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar
MNPR - Movimento Nacional das Populações de Rua
FDE - Fora do Eixo MÍDIA Ninja


Manifesto dos movimentos sociais sobre o Dia 13 de Março

Árvores ancestrais: mulher passa 14 anos fotografando as árvores mais antigas do mundo - Awebic

Árvores ancestrais: mulher passa 14 anos fotografando as árvores mais antigas do mundo - Awebic

O ESTADO LAICO EM PERIGO - O APARELHAMENTO DA TV CÂMARA PELA TEOCRACIA EVANGÉLICA EM GUERRA SANTA DE POSIÇÃO

Eduardo Cunha entrega comunicação da Câmara para bancada evangélica

Deputado Cleber Verde deve ser nomeado para gerir emissoras, jornal, site e relações públicas da Casa, em medida que atenta contra laicidade e ameaça a produção artística e cultural
por Intervozes — publicado 02/03/2015 20:08, última modificação 02/03/2015 21:16
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por Mayrá Lima*

Considerado o inimigo n.º 1 um do Marco Civil da Internet na Câmara Federal, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atual presidente da Casa legislativa, protagoniza agora outra medida polêmica na área da comunicação. De acordo com o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), é dada como certa a indicação do deputado Cleber Verde (PRB-MA) para gerir todo o sistema de comunicação da Câmara – composto por uma emissora de TV, uma de rádio, um jornal impresso, o site da Câmara e toda a estrutura de relações públicas da Casa.
Cleber Verde é membro da chamada bancada evangélica. Vem do Partido Republicano Brasileiro, que possui ligação com a Igreja Universal do Reino de Deus, e foi um dos apoiadores de Cunha, também integrante da bancada formada por parlamentares orientados por dogmas religiosos.
A nomeação de Verde faz parte de uma série de mudanças nas chefias da Câmara. A disputa de cargos pela bancada neste processo visa dificultar a aprovação de leis que contrariem os interesses dos evangélicos, como o projeto de criminalização da homofobia e os de descriminalização do aborto, ou que ampliem o conceito de família, com a inclusão em leis de direitos aos casais homossexuais.
É a primeira vez, desde que a Câmara dos Deputados instituiu um sistema próprio de comunicação, que ocorre este nível de ingerência política em sua estrutura, historicamente dirigida por profissionais de carreira – ainda que a indicação fosse feita pela Mesa Diretora.
Com a estrutura de chefia ocupada por servidores, mesmo que não garantida, conseguia-se uma espécie de equilíbrio entre as forças políticas ali presentes, já que os funcionários da Câmara não podem sofrer pressões político-partidárias na execução de suas funções.
Ao ser indagado pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) sobre a medida, durante reunião do Colégio de Líderes na semana passada, Cunha justificou a entrega da Secretaria de Comunicação ao PRB de uma forma, no mínimo, inusitada. Segundo ele, “esta é a Câmara dos Deputados e não a Câmara dos Servidores". Para o novo presidente, eleito com os votos de mais da metade da nova legislatura, "não faz sentido a TV Câmara, por exemplo, apresentar, aos domingos, programa sobre chorinho para concorrer com o Domingão do Faustão".
Ainda que o cargo de Cleber Verde não interfira, diretamente, na tramitação de projetos de lei, seu papel será definidor na maneira de como a Câmara passará a divulgar e cobrir jornalisticamente debates que interessam politicamente à bancada evangélica.
O risco não pára por aí. Segundo Jean Wyllys, Cunha ainda pretende contratar uma pessoa de fora do quadro concursado da Casa para comandar a programação da TV Câmara. Este profissional, denunciou o deputado em uma rede social, seria um dos diretores da Rede Record, também ligada à Igreja Universal. Tal jornalista assumiria um cargo Comissionado de Natureza Especial, cuja faixa salarial chegaria a 16 mil reais.
É importante lembrar que a TV Câmara, ainda que com dificuldades de transmissão em sinal aberto, é uma das emissoras com maior audiência entre o conjunto das legislativas. Em março do ano passado, conseguiu ter mais pontos no Ibope que canais como Sony, ESPN, GNT e até mesmo a HBO.
Mesmo com a missão de divulgar, prestar contas e atribuir transparência aos atos legislativos dos deputados federais, o sistema de comunicação da Câmara dos Deputados conseguiu, nos últimos anos, imprimir uma lógica de prestação de serviços públicos e até mesmo educativos à sua programação geral e cobertura jornalística. Tanto que é no campo público que a TV Câmara se autodescreve quando buscamos informações sobre a TV.
Além do conteúdo essencialmente jornalísticoa emissora veicula um número importante de debates que não se vêem costumeiramente nos canais comerciais e uma programação cultural que prioriza a produção nacional, além de dispor de um acervo considerável de filmes documentais produzidos por seu corpo de funcionáriosA diversidade e pluralidade de conteúdos e materiais que atendem a diversos públicos é justamente um dos principais diferenciais da comunicação da Câmara. E, o melhor, sem a vinculação à propaganda comercial que condicione sua produção.
Ao contrário do que entende o deputado Eduardo Cunha, a régua para a medição da qualidade do sistema de comunicação da Câmara nunca pode ser a mesma de uma emissora privada, pois tem objetivos e compromissos de caráter público, construídos pelo próprio legislativo, incomparáveis com os canais comerciais. Caráter este que atende ao propósito de dar visibilidade à extensão do que acontece na sociedade, que é mais ampla e complexa que o lugar do pronto atendimento de seus representantes – no caso, o conjunto dos deputados.
Ao entregar todo sistema para um representante da bancada evangélica, Cunha não só atenta contra a laicidade da comunicação da Câmara como também ameaça a produção artística e cultural que tem na TV e na Rádio Câmara um potencial distribuidor que ameniza o cerco imposto pela mídia comercial à diversidade necessária a este setor.
* Mayrá Lima é jornalista, mestra em Ciências Sociais e integrante do Conselho Diretor do Intervozes.




Eduardo Cunha entrega comunicação da Câmara para bancada evangélica — CartaCapital

Altamiro Borges: Dilma deveria se inspirar em Cristina | Viomundo - O que você não vê na mídia



Dilma deveria se inspirar em Cristina
Diante da excitação golpista na Argentina, bem parecida com a que agita o Brasil, a presidenta Cristina Kirchner assumiu seu papel de liderança política na defesa da legalidade. Neste domingo (1), ela falou diretamente à nação num pronunciamento na sede do Congresso Nacional, que foi transmitido em rede nacional de rádio e televisão.
Do lado de fora, mais de 400 mil pessoas tomaram as ruas num vibrante ato pela democracia. Até o jornal Clarín, arqui-inimigo da presidenta, foi obrigado a reconhecer a força do ato antigolpista: “O kirchnerismo lotou a Praça do Congresso para demonstrar apoio à presidenta”.
Segundo a matéria, “o kirchnerismo conseguiu uma maciça mobilização na tarde de domingo para acompanhar a presidenta Cristina Kirchner em sua última abertura das sessões ordinárias do Congresso… A mobilização teve início logo cedo. Muitas organizações kirchneristas e sindicatos já tinham se aglomerando diante do Congresso quando a presidenta chegou ao meio-dia. Milhares de pessoas continuaram afluindo à praça pelas ruas laterais quando o discurso da chefe de Estado já estava em curso”. Meio a contragosto, a reportagem destaca a participação de várias entidades juvenis e sindicatos de trabalhadores.
“Por meio de telões instalados na praça, a multidão acompanhou o discurso presidencial. Após um longo relato das políticas de cada área de governo, a primeira explosão de entusiasmo da multidão foi quando, quase aos gritos (sic), Cristina Kirchner defendeu sua atuação em torno da investigação do atentado contra a Amia [entidade judia que foi alvo de ataque terrorista em 1992]”, relata a matéria.
A presidenta também lamentou a sinistra morte do procurador Alberto Nisman, que apurava o caso, e tem sido utilizada como pretexto pela feroz direita argentina para desestabilizar politicamente o país.
Já o jornal Página/12, menos venenoso, descreveu o ato como uma prova de força do atual governo. “A chuva não assustou a multidão que se concentrou diante do Congresso da Nação para acompanhar o discurso da presidenta Cristina Kirchner. Com uma majoritária presença de juventude, que marcou o tom da mobilização, colunas de La Cámpora, Kolina, Movimento Evita e Unidos e Organizados se reuniram naquele espaço público com milhares de outros manifestantes entre lemas como ‘Cristina somos todos’ e ‘Yankees nem se atrevam’… Às organizações juvenis se somaram os trabalhadores de sindicatos”.
O massivo ato de domingo confirma que a situação no país é polarizada e que nada está definido para a eleição presidencial do final deste ano. Nas últimas semanas, a direita argentina estava na ofensiva, aproveitando-se do cenário de dificuldades na economia e explorando oportunisticamente o caso da suspeita morte do procurador Alberto Nisman.
Muitos analistas já davam como liquidada a disputa sucessória, como retorno da direita ao poder. Agora, o jogo volta a ficar mais equilibrado, com a presidenta Cristina Kirchner retomando a iniciativa política e as organizações sociais ocupando seu papel na contenda.
A atitude combativa da presidenta argentina até poderia inspirar Dilma Rousseff, que também é alvo da ofensiva golpista da direita. Desde sua posse, a presidenta brasileira optou pelo silêncio diante das constantes provocações. Ela chegou a pregar a “batalha da comunicação”, mas se manteve distante dos movimentos sociais e das grandes polêmicas.
Apenas nos últimos dias ela se expos um pouco mais. “Dilma apareceu mais do que nos 50 dias anteriores do ano”, reagiu a Folha tucana, como se quisesse calar a mandatária reeleita pela maioria dos brasileiros. Mesmo assim, sua postura ainda é tímida, acanhada.
Diante da onda golpista – seja no Brasil, na Argentina ou na Venezuela –, é urgente retomar a iniciativa política. Como afirma o internacionalista Max Altman, que conhece bem as tramoias da direita local e alienígena na região, não basta o movimento social sair às ruas para denunciar os golpistas. “Também é preciso que a própria Dilma se coloque à frente dessa mobilização. É preciso fazer como Cristina Kirchner está fazendo. Defender firme, corajosa e vibrantemente seu governo, seu programa de governo e o projeto de nação em função do qual foi eleita recentemente pela maioria dos brasileiros, em grande medida graças ao esforço incansável dos setores populares e de esquerda organizados”.
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terça-feira, 3 de março de 2015

Lassance: Impeachment é um bom negócio para esconder a corrupção sob o tapete | Viomundo - O que você não vê na mídia

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Creches brasileiras começam a receber suplementação nutricional | Luizmuller's Blog

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CLAUDICANDO: Dilma, a Presidência é um cargo político!

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Creches brasileiras começam a receber suplementação nutricional | Luizmuller's Blog

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Leitora denuncia tentativa de arrancar bandeiras de sacada em Chapecó | Abra o link para assistir ao vídeo

EMBRIÃO DE UM CENÁRIO SOMBRIO E POSSÍVEL DE ACONTECER.
O processo está se aprofundando. Como a militância corretamente não tem reagido às constantes provocações dirigidas contra o PT, e tudo que for tido como seu afim, o fascismo está partindo para dar na nossa cara e invadir nossas casas, apenas por sermos petistas. Como já disse, a mídia está manipulando o imaginário das pessoas, demonizando petistas, assim como fizeram no passado com comunistas, de modo a gerar reações pretensamente espontâneas, embora na verdade sejam articuladas. Um fato como esse não é noticiado pela imprensa, como também não foi, o assassinato de um ativista do PT no Paraná, por conta do processo eleitoral do ano passado. Mas bastará uma reação, por mínima que seja, para estamparem manchetes escandalizadas sobre a "violência" dos petistas "fanáticos". Será o mote para a possível intervenção oficial das forças armadas, policias e antes disso, de milicias que estão se armando em todo o território nacional.



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Sábado, dia 28 de fevereiro, ocorreu uma manifestação anti-Dilma e anti-PT, convocada por empresários de Chapecó-SC, muitos dos quais obrigaram seus funcionários a participar. Num certo momento a turba passou em frente a um prédio onde um dos dos apartamentos exibia uma bandeira do PC do B e outra do MST.
Um dos manifestantes, pasmem, invadiu o prédio, chegou até o apartamento, agrediu verbal e fisicamente as duas moradoras e tentou arrancar as bandeiras à força, sendo impedido pela dona do apartamento.


Leitora denuncia tentativa de arrancar bandeiras de sacada em Chapecó | Viomundo - O que você não vê na mídia

segunda-feira, 2 de março de 2015

Donos da Mídia



O mapa da comunicação social


Projeto Donos da Mídia reúne dados públicos e informações fornecidas pelos grupos de mídia para montar um panorama completo da mídia no Brasil. Aqui estão detalhadas diversas informações sobre os seguintes tipos de veículos: emissoras e retransmissoras de TV; rádios AM, FM, Comunitárias, OT e OC; operadoras de TV a cabo, MMDS e DTH; canais de TV por assinatura; e as principais revistas e jornais impressos.
Nas próximas páginas, o internauta irá encontrar um amplo e exclusivo quadro da comunicação social brasileira, onde não apenas as relações econômicas entre os grupos privados foram mapeadas. Os regimes de informação, os quais as populações estão submetidas, aparecem identificados e analisados de forma preliminar.
Este projeto nasceu ainda na década de 80, a partir de um trabalho pioneiro elaborado pelo jornalista Daniel Herz. Sua fase pública tornou-se viável após o surgimento de recursos disponibilizados pelas novas tecnologias de informação e de comunicação. Também contribuiu para isso a publicização de dados sobre concessões e permissões de emissoras de rádio e televisão, além das participações societárias destas entidades, que passaram a ser difundidos por sistemas interativos da Agência Nacional de Telecomunicações e do Ministério das Comunicações.


O esforço que aqui iniciamos inclui a necessidade de permanente atualização e validação destes dados, proporcionando informações consistentes e confiáveis sobre este panorama. Para isso, esperamos contar com todos os cidadãos e entidades dispostos a colaborar com a construção de uma sociedade onde a democratização da comunicação não seja apenas uma quimera.
Donos da Mídia