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segunda-feira, 2 de março de 2015

Las medidas diplomáticas de Venezuela frente a EE.UU. | Noticias | teleSUR

Trata se de um conjunto de medidas que copiam em sua maior parte aquelas que adotam os EUA em seu próprio território.
Las regulaciones anunciadas por el mandatario Nicolás Maduro están enmarcadas en el Convenio de Viena.
El presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, anunció este sábado una serie de medidas diplomáticas para Estados Unidos (EE.UU.) con el objetivo de evitar cualquier injerencia o ataque imperialista en contra de la nación suramericana.
Conozca las claves de estas medidas:
1.- Límite de funcionarios de EE.UU. en embajada de Venezuela:
El mandatario Nicolás Maduro solicitó revisar, reducir, adecuar y limitar el número de funcionarios de la Embajada de Estados Unidos en Caracas (capital).
La intención busca establecer una adecuación para que la cantidad de diplomáticos en ambos países sean iguales.
Según la Convención de Viena, que entró vigor el 24 de abril de 1964, "el Estado receptor, Venezuela, podrá exigir que ese número esté dentro de los límites de los que considere razonable y normal".
En Venezuela hay 100 funcionarios de Estados Unidos, mientras que en ese país hay apenas 17 representantes venezolanos.
2.- Notificación sobre reuniones políticas:
Los representantes diplomáticos deberán notificar al Estado venezolano sobre reuniones políticas. Toda reunión que realicen los funcionarios diplomáticos en el país, deben ser autorizadas por el Gobierno venezolano en cumplimiento de las leyes.
La medida se rige por los artículos 41 y 42 de la Convención de Viena, donde se establece que se deben respetar las leyes y reglamentos del Estado receptor, así como “también están obligados a no inmiscuirse en los asuntos internos” del país en donde están trabajando.
“Todos los asuntos oficiales de que la misión esté encargada por el Estado acreditante han de ser tratados con el Ministerio de Relaciones Exteriores del Estado receptor por conducto de él, o con el Ministerio que se haya convenido”, señala el artículo 41 del mencionado marco legal.
3.-Implementación de un sistema de visado a estadounidenses:
El mandatario venezolano anunció que se implementará un sistema de visado a los estadounidenses que deseen ingresar al país y se cobrará a la misma cifra en dólares americanos (USD) que cuesta emitir las visas para los venezolanos que viajan a EE.UU.
“Estados Unidos solicita dinero a los venezolanos solo por solicitar una visa, por lo que en Venezuela estamos pidiendo igual término, vamos a aplicar un visado y se les pedirá el mismo monto que ellos piden a los venezolanos", dijo la ministra venezolana de Relaciones Exteriores, Delcy Rodríguez.
En Venezuela los que deseen obtener visado para Estados Unidos deben cancelar un arancel consular que puede costar entre 160 dólares y 190 dólares.
4.- Prohibición de entrada a Venezuela de violadores de DD.HH y promotores de terrorismo:
Se prohibirá la entrega de visas a un conjunto de jefes políticos norteamericanos que han violado DD.HH. y han fomentado el terrorismo.
“Se prohíbe otorgar visas y que vengan a Venezuela personas que han violado los Derechos Humanos y bombardeado Irak, Siria, Vietnam”, indicó el presidente venezolano Nicolás Maduro.
Entre las personas que no podrán venir a Venezuela se encuentran: el expresidente George W. Bush, Dick Cheney, Bob Menéndez, Marco Rubio, Ileana Ross-Lethinen, George Tenet y Mario Díaz Balart.
EL DATO: Las acciones diplomáticas tomadas por el Gobierno venezolano son acciones enmarcadas en el derecho internacional y la Convención de Viena.
Las medidas diplomáticas de Venezuela frente a EE.UU. | Noticias | teleSUR

Estados Unidos elevam seu contingente militar no Peru

Peru - Resumen Latinoamericano - Washington aumentará o contingente militar no Peru de 125 para 3.200 soldados. Está previsto que esses marines desembarquem em 1° de setembro.

A operação conta com a aprovação do Congresso norte-americano. Segundo declarações oficiais, o aumento servirá para melhorar a luta conjunta com os soldados da Marinha peruana contra os insurgentes e os narcotraficantes, informa Defensa.com.

As forças peruanas enfrentam regularmente o grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, e Lima manifestou que necessita de no mínimo 2.500 efetivos para dobrar a presença policial nas zonas menos acessíveis.

Segundo o pesquisador-chefe do Instituto do Peru, Miguel Santillana, a iniciativa dos EUA se fundamenta em seu interesse de conservar sua presença militar na América do Sul, à custa do povo peruano.

"Os norte-americanos têm uma presença no Peru como em qualquer país da América Latina porque sentem que somos sua zona de influência. Eles se sentem com o direito de ter presença oficial e não oficial em nosso território", disse Santillana à rede Russia Today.

Após o congresso da República ter autorizado o ingresso de tropa estrangeira em território nacional, em resolução legislativa aprovada em 29 de janeiro, as tropas norte-americanas estão chegando ao Peru em três etapas. O primeiro contingente, composto por 58 soldados, chegou ao território peruano em 1° de fevereiro passado, e permanecerá por um período de um ano. O segundo, formado por 67 soldados, chegou no dia 15 deste mesmo mês e conforme registra o documento que o autoriza, permanecerão por cerca de um mês e meio para "treinamento". O terceiro contingente desembarcará em 1° de setembro deste ano, com um total de 3.200 soldados norte-americanos, segundo solicitação, na qualidade de visitantes, ficarão no território por 6 dias.

Fruto de acordos de cooperação militar entre Peru e EUA, o Corpo de Marines dos Estados Unidos estão ajudando as forças militares peruanas no combate aos insurgentes e narcotraficantes. Após uma missão de instrução que se prolongou por seis semanas em Villa Rica, um distrito da província central de Oxapampa, em finais de novembro retornou aos EUA uma equipe do Corpo Sul dos Marines dos Estados Unidos.

Os movimentos sociais e os organismos de direitos humanos denunciaram em reiteradas ocasiões que a presença militar estrangeira no Peru busca o controle territorial e a repressão do protesto social.

Tradução: Partido Comunista Brasileiro (PCB).




Estados Unidos elevam seu contingente militar no Peru

Todos às ruas em 13 de março! - CUT - Central Única dos Trabalhadores

Todos às ruas em 13 de março!

CUT conclama trabalhadores, movimentos sociais e militantes de todo o país para atos em defesa da Petrobrás, Democracia e Direitos

Escrito por: CUT, com informações da FEM e da CUT-SP • Publicado em: 27/02/2015 - 09:50 • Última modificação: 27/02/2015 - 16:48
Paula Brandão
A Central Única dos Trabalhadores conclama as trabalhadoras e os trabalhadores, militantes e dirigentes de todo o País para realizar um ato nacional contra a retirada de direitos, em defesa dos direitos da classe trabalhadora, da Petrobrás e da Reforma Política. O ato será no dia 13 de março, em todo o Brasil. Em São Paulo, o ato será em frente ao prédio da Petrobrás, às 15h, na Avenida Paulista.
“A CUT não deixará que os trabalhadores sofram o ônus de medidas fiscais pensadas para a economia. Também não permitirá que a Petrobrás, patrimônio do povo brasileiro, seja desconstruída por vontade de especuladores internacionais. Para defender os direitos de todos os brasileiros vamos às ruas!”, afirma Vagner Freitas, presidente nacional da CUT.
Para defender os direitos de todos os brasileiros vamos às ruas!
Vagner Freitas, presidente da CUT
Pautas
O fim das Medidas Provisórias (MP´s) 664 e 665, que alteram direitos da classe trabalhadora, é uma das questões centrais. Os movimentos do Brasil estão em alerta desde que foram editadas pelo governo federal, em 30 de dezembro de 2014.
Outra das bandeiras é a defesa da Petrobrás, empresa que corresponde a 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, afirma que a defesa da soberania nacional e do emprego dos petroleiros é urgente. Da mesma forma, o controle das reservas.
Segundo ele, a empresa reúne mais de 86 mil trabalhadores diretos e milhares de indiretos que fazem a estatal ser reconhecida mundialmente por sua excelência. “A Petrobrás investe, por dia, R$300 milhões na economia brasileira e sabemos que o Petróleo por muitos anos ainda será a matriz energética do mundo. Nesse contexto, quem tem petróleo tem poder”.
A terceira bandeira é pelo Plebiscito sobre a Constituinte Exclusiva e Soberana para reforma do sistema político. A representante da Secretaria Operativa Nacional do Plebiscito Popular, Paola Estrada, explica que existe uma manobra no Congresso para que se aprove a reforma política pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 352/2013, considerada pelos movimentos como a “PEC da Corrupção” porque defende temas polêmicos, como o financiamento privado de campanha eleitoral.
“Setores conservadores e parlamentares, como Eduardo Cunha, querem constitucionalizar a corrupção, com a lógica de que pessoas jurídicas [empresas] votam neste país e tomam decisões acima de nós eleitores. Ou seja, querem constitucionalizar o poder econômico nas eleições brasileiras”, orienta.
A proposta que dialoga com a classe trabalhadora é a da Constituinte pela Reforma do Sistema Político. A consulta popular está prevista no Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1508/14, da deputada Luiza Erundina (PSB-SP).

Atividades da CUT previstas para março:
02/3 – Dia de Mobilização Nacional das Centrais Sindicais nas Superintendências Regionais do Trabalho (“DRTs”) – atos conjuntos em todas as capitais
03/3 – Lançamento pela CUT do Dossiê sobre Terceirização – Congresso Nacional – Brasília/DF
04/3 – Abertura Política do 12º CONCUT – 19h -Auditório Petrônio Portela – Brasília
das 9h às 17h: Seminário sobre Economia e Política; às 19h: Solenidade de Abertura Política do 12º CONCUT
08/3 – Dia Internacional da Mulher – atos em todo o país
09 a 11/3 – Jornada de Lutas da Agricultura Familiar e Camponesa
13/3 – Ato Nacional em defesa da Petrobrás, dos Direitos e da Reforma Política – atos da CUT, com a FUP e Movimentos Sociais em todo o país (em especial nas capitais)
18/3 – Mobilização no Congresso Nacional





Todos às ruas em 13 de março! - CUT - Central Única dos Trabalhadores

Se cadeia resolvesse, o Brasil seria exemplar — CartaCapital

Se cadeia resolvesse, o Brasil seria exemplar

O País é o segundo que mais prendeu em 15 anos, mas continua sendo recordista mundial de homicídios
por André Barrocal — publicado 02/03/2015 04:31, última modificação 02/03/2015 09:52
Luiz Silveira/CNJ
O mineiro A.M.P. foi preso em flagrante em 2013 ao tentar furtar uma moto no Rio de Janeiro. Dois anos antes, entrara em vigor uma lei que estimula os juízes a aplicar penas alternativas, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica ou o pagamento de fiança. A ordem de prisão, supunha-se, deveria ficar reservada a situações mais graves. Para A.M.P., não adiantou. Por ser réu primário e não ter antecedentes, a promotoria sugeriu uma punição inicial branda, mas a juíza condenou-o a 12 meses de prisão preventiva, sob o argumento de evitar ameaças à sociedade, até a decisão final sobre o caso. O rapaz foi solto em 2014 e hoje mora em local incerto, o que impede sua intimação para um julgamento no qual o Ministério Público propõe anular todo o processo.
A história de A.M.P. é ilustrativa de uma epidemia que tomou conta do Brasil nos últimos anos. O País ficou viciado em prender e faz pouco caso de outras soluções, talvez mais produtivas e inteligentes, situação que já causa desconforto em autoridades. Entre delegacias e presídios, os cárceres brasileiros amontoavam 581 mil detentos em dezembro de 2013, último dado oficial disponível. Segundo estimativas extraoficiais, no fim de 2014 esse total já havia ultrapassado os 600 mil, entre condenados e réus à espera de julgamento. É a quarta maior população prisional do planeta, atrás de Estados Unidos, China e Rússia. E cresce em ritmo alucinante. De 1995 a 2010, subiu 136%, porcentual abaixo apenas daquele registrado na Indonésia (145%). No ritmo atual,
o Brasil chegará ao bicentenário de sua independência com 1 milhão de reclusos.
O que para alguns parece boa notícia não justifica festejos. O fantasma da cadeia como punição não tem conseguido conter os assassinatos, o crime mais danoso que se pode cometer. O País é recordista mundial em homicídios, cerca de 60 mil por ano. O número só aumenta, apesar do encarceramento massivo. Foram 37 mil mortes em 1995, 45 mil em 2000 e 56 mil em 2012, último dado conhecido. “Estamos naturalizando o superencarceramento no Brasil e isso é preocupante. Prendemos muito e errado. O sistema não consegue se concentrar nos crimes contra a vida”, diz o diretor do Departamento Penitenciário Nacional, Renato de Vitto.
Uma parcela ínfima, 12%, está presa por assassinato. O índice de resolução desse tipo de crime é ridículo, entre 5% e 8% dos casos. O latrocínio, roubo com morte, representa 3%. O grosso da massa carcerária é formado por criminosos menos agressivos. Roubo e tráfico de drogas representam cada um 26%. Há ainda 14% por furtos (roubo sem violência) e 20% de casos considerados leves.
O sistema é um sumidouro de verbas. Entre presídios e unidades socioeducativas, em 2013 foram gastos 4,9 bilhões de reais, segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. A despesa média com cada preso, informa o Depen, situa-se entre 2,5 mil e 3 mil reais por mês (valor aproximado do investimento anual com alunos da rede pública).
Os gastos não dão conta, porém, da sanha encarceradora. São necessárias 340 mil vagas novas para acomodar em condições decentes a massa hoje presa. Sem isso, assistem-se à superlotação das cadeias e a um ciclo vicioso. Do jeito que as cadeias brasileiras estão – lotadas, sem controle do poder público e entregues ao domínio do crime organizado –, não resta dúvida, dali ninguém sai melhor, só pior. “Presídio é um ambiente criminógeno. Prender deveria ser exceção, não regra”, defende o juiz Luís Geraldo Sant’ana Lanfredi, coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Conselho Nacional de Justiça. “O sistema é medieval. Nele não existe nenhuma possibilidade de ressocialização”, afirma Maria Laura Canineu, diretora no Brasil da Human Rights Watch, entidade que há um mês divulgou um relatório sobre a caótica situação no País.
O complexo penitenciário de Curado, no Recife, é o exemplo mais recente do risco de o encarceramento lotar as cadeias e estas se transformarem em escolas de crime. O governo de Pernambuco enfrenta uma rebelião desde o início do ano, motivada pela superlotação. O local tem capacidade para 2 mil detentos, mas abriga quase 7 mil. Na fúria intramuros, não faltaram foices, facões e barbárie. O preso Marco Antonio da Silva, de 52 anos, foi decapitado pelos colegas.
É sintomático que a crise tenha eclodido em Pernambuco. O estado apostou nas prisões em massa no combate ao crime. Sob o comando do falecido Eduardo Campos, criou-se o programa Pacto Pela Vida, para coibir assassinatos. De lá para cá, a população carcerária triplicou. Soma hoje 31 mil. Suas cadeias aguentam, porém, não mais que 11 mil detentos. A situação ficou tão crítica que o governo tem repensado sua estratégia. “É importante adotarmos mais as penas alternativas, para os jovens não serem capturados por quadrilhas nos presídios”, especula Pedro Eurico, secretário estadual de Justiça.
A  tornozeleira eletrônica, de monitoramento por GPS, é uma opção. Segundo estimativas, 21 mil estão em funcionamento e outras 30 mil, prontas para uso. É uma opção mais econômica também. Custa 10% das despesas com encarcerados. Prisão domiciliar é outro caminho, percorrido por 147 mil presos. Uma lei de 2011 tentou estimular a aplicação de medidas alternativas. Em vão, pelo que indicam as estatísticas.
A explicação talvez esteja na “cultura do encarceramento”, apontada recentemente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, como um dos “problemas mais sérios” do Judiciário. Nunca um chefe da mais alta Corte do País havia se pronunciado assim sobre o tema, nem perante colegas de toga. A manifestação pública deu-se no lançamento de um programa-piloto que tentará “quebrar” essa “cultura”.
Desde a terça-feira 24, o Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, o maior da América Latina, passou a realizar as chamadas audiências de custódia. Presos em flagrantes têm de ser levados pela Polícia Civil a um juiz em até 24 horas após a detenção. Normalmente o suspeito espera em uma delegacia de 100 a 120 dias, antes do tête-à-tête em São Paulo. Nas audiências, uma equipe de nove juízes faz uma primeira triagem. Com base nos antecedentes do acusado, no relato da polícia e na versão do preso, decide se há razões para uma prisão até o processo ser julgado ou se podem ser aplicadas alternativas. O procedimento está previsto em tratados internacionais e busca prevenir sobretudo a tortura. Um efeito colateral positivo poderia ser o desestímulo ao encarceramento. Ao menos na expectativa de Lewandowski, pois a decisão não será tomada só com base em papéis.
Uma experiência pioneira no Maranhão levada adiante após a crise em Pedrinhas, no verão passado, sugere que a iniciativa pode dar algum resultado. Relatório concluído em janeiro contém um balanço de 84 audiências realizadas entre outubro e dezembro. Desse total, 48,8% terminaram sem ordem de prisão. Para o juiz autor do relatório, Fernando Mendonça, o resultado foi positivo. Como as prisões maranhenses estão dominadas pelo crime organizado, é benéfica a seletividade no encarceramento e a separação entre quem é perigoso e quem praticou um crime ocasional ou episódico. Se as audiências forem adotadas como regra no País, escreveu Mendonça, “ficará para trás o estigma das prisões abundantes, inúteis e de qualidade técnica duvidosa”.
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Nem tudo é otimismo. Responsável por implantar o projeto em São Paulo, a juíza Márcia Helena Bosch, da Corregedoria do Tribunal de Justiça, vê um “equívoco” na ideia de que a audiência de custódia vai agir para esvaziar cadeia, pois há “um problema muito grave de criminalidade”. “A audiência de custódia tem sido vendida como uma panaceia para o encarceramento e isso não é verdade”, concorda Paulo Malvezzi, assessor jurídico da Pastoral Carcerária. Ele aponta, porém, outra razão: o conservadorismo de toga. “Os mesmos juízes que hoje prendem provisoriamente e condenam por motivos absurdos são os mesmos que estarão na audiência.”
A opção pelas prisões em massa remonta aos anos 80 e 90, em linha com uma tendência mundial. A ideia de recuperação dos criminosos enfraqueceu-se, em boa medida, por causa de iniciativas surgidas nos Estados Unidos, a exemplo da política de tolerância zero. Venceu a “linha-dura”, defensora da segregação de quem comete um delito. Para Salo de Carvalho, professor de Direito Penal da Universidade Federal do Rio de Janeiro e especialista em criminologia, apesar de seguir uma tendência mundial, o encarceramento massivo no Brasil tem suas peculiaridades, a começar pelo foco em crimes contra o patrimônio (furtos, roubos) e drogas. “O aumento do encarceramento aumenta a violência, todos os estudos mostram isso.”
Segundo o acadêmico, uma medida imediata de desafogo das prisões deveria ser a descriminalização da posse de drogas, como acontece em Portugal há anos, no estado norte-americano do Colorado desde 2014 e no Uruguai a partir deste. A lei em vigor, de 2006, foi um dos principais combustíveis do abarrotamento das cadeias. Desde sua edição, somaram 100 mil as prisões por tráfico.
A lei atual criminaliza o uso, embora não chegue a prescrever punição com cadeia nestes casos. Determina advertências sobre os malefícios, prestação de serviços comunitários e a participação em cursos educativos. O problema é existir uma linha tênue de interpretação entre quem é usuário e quem é traficante, riscada pelo policial, primeiro, e pelo juiz, depois. É bem mais comum o enquadramento como traficante, crime para o qual a pena é a de reclusão.
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A história do publicitário gaúcho Alexandre Thomaz é um exemplo desse rigor excessivo. Em 2002, ele descobriu um câncer na garganta. Deixou de sentir sabores, perdeu a fome e peso. Por conselho médico, descobriu na internet que a maconha estimula o apetite. Plantou pés de cannabis em um sítio. Em 2009, graças a uma denúncia anônima, foi preso como traficante. Está em liberdade, mas responde a processo por tráfico e pode pegar de 5 a 15 anos. “Os cidadãos não sabem o que é tráfico. Têm uma imagem a respeito, mas não sabem o que se encarcera como tráfico no Brasil”, explica Carvalho.
Essa mistura da imagem entre usuário e traficante tem alguns responsáveis, entre eles a mídia, que estimula o clima de medo alimentador das políticas públicas de encarceramento em massa. O papel de jornalistas no tratamento da criminalidade dispensado por governos, tribunais e parlamentares mereceu um estudo em 2012 na Fundação Escola do Ministério Público do Paraná. O trabalho intitula-se “A influência da mídia no processo penal brasileiro e seus reflexos no julgamento dos crimes” e deixa os meios de comunicação em maus lençóis, especialmente aqueles programas “pseudojornalísticos” na linha Ratinho, Datena e congêneres.
O autor do estudo, Fernando Michalizen, analisou uma série de leis aprovadas no Congresso e identificou, quase sempre, algum escândalo midiático por trás. Dois casos relatados: a Lei de Crimes Hediondos surgiu em 1990 após uma onda de sequestros de figurões, incluídos aqueles dos empresários Roberto Medina e Abilio Diniz, noticiados sem trégua dia e noite. Quatro anos depois, o Congresso incluiu na lista de crimes hediondos o homicídio qualificado, resultante da intenção de matar. Motivo? O assassinato em 1992 da atriz global Daniela Perez por um colega de novela.
A tentativa de mudar a Lei de Crimes Hediondos para moderar a onda encarceradora caiu, ela mesma, na armadilha midiática, segundo o estudo. Em 2004, o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, defendeu a revisão da lei, que lista uma série de crimes que podem ser chamados de “os piores” para os brasileiros. Homicídio doloso, latrocínio, estupro e extorsão mediante sequestro ou seguida de morte, entre outros. Para estes, a lei de 1990 não admitia nem redução da pena após certo tempo de cadeia. Bastos defendia o combate à cultura do encarceramento e o desafogo dos presídios. Foi alvejado pela mídia, segundo Michalizen, que enxergou no noticiário uma predileção por mostrar o ministro como alguém disposto a soltar milhares de criminosos.
A cultura do medo disseminada pelos meios de comunicação é só um dos obstáculos ao debate do encarceramento massivo. E não só no Brasil. Ministro da Corte Suprema da Argentina e vice-presidente da Associação Internacional de Direito Penal, Eugenio Raúl Zaffaroni acredita que o mundo moderno no fundo gosta da situação. As sociedades atuais são excludentes e precisam se livrar dos indesejados. Sistema prisional que não recupera ninguém e parece um matadouro ou uma universidade do crime seria o bueiro perfeito. As elites políticas e econômicas não sujam as mãos. “Quanto mais se matem os pobres, melhor. Esse é o programa das sociedades excludentes”, resume Zaffaroni.
Colaborou Marcelo Pellegrini






Se cadeia resolvesse, o Brasil seria exemplar — CartaCapital

Ceará Pacífico: reunião integra várias áreas e especialistas em segurança do País

Ceará Pacífico: reunião integra várias áreas e especialistas em segurança do PaísPDFImprimir
Seg, 23 de Fevereiro de 2015 00:00
Abraça Camilo1O Ceará Pacífico realiza neste sábado (21), no Palácio da Abolição, a segunda reunião do ano do projeto, que tem como objetivo planejar a segurança do Estado com base na integração intersecretarial e em experiências nacionais exitosas. “Envolvemos todas as entidades da sociedade civil na discussão e vamos apresentar as ações focadas nos locais mais críticos do Ceará. É fundamental integrarmos as diversas áreas do Governo e vamos juntar, ainda, exemplos exitosos do Brasil para traçarmos o plano estratégico para o estado”, afirmou o governador Camilo Santana. O primeiro encontro do Ceará Pacífico foi realizado no dia 18 de janeiro.

Participaram da reunião, além do governador Camilo Santana, da vice-governadora Izolda Cela e de 12 secretários estaduais e comandantes dos órgãos de segurança, o presidente do Iplanfor e coordenador do Plano de Governo, Eudoro Santana; o professor César Barreira, do Laboratório de Estudos da Violência da UFC; Renato Sérgio Lima e Samira Bueno, do Fórum Brasileiro de Segurança; Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas e José Luiz Raton, idealizador do programa Pacto Pela Vida, entre outros especialistas.
"A solução para a violência não vem de maneira rápida e imediata, mas precisa de planejamento estratégico e o Governo tem um projeto para traçar ações concretas e objetivas", afirmou Luís Flávio Sapori, coordenador do Centro de Estudos e Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas. A reunião começou com uma apresentação feita pela secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Delci Teixeira, sobre os dados dos últimos anos no Ceará. 

Secretários
Estiveram presentes na reunião os secretários Élcio Batista (Chefia de Gabinete), Delci Teixeira (Segurança), Hélio Leitão (Justiça), Carlile Lavor (Saúde), Josbertini Clementino (Trabalho), Hugo Figueiredo (Planejamento), Maurício Holanda (Educação), Ivo Gomes (Cidades), Guilherme Sampaio (Cultura), Túlio Studart (Casa Militar), Juvêncio Viana (PGE) e Socorro França (CGD). 

Ceará PacíficoO programa fez parte da elaboração do Plano de Governo, que conta ainda com o Ceará Sustentável, de Oportunidades, o Democrático, o Acolhedor, o do Conhecimento e o Saudável. O Ceará Pacífico vai atuar, principalmente, no combate à violência, um dos maiores desafios no Brasil, e vai integrar ações de saúde, segurança, esporte e cultura. O projeto engloba, ainda, a atuação das entidades de classe, Poder Judiciário e sociedade.

21.02.2015

Coordenadoria de Imprensa do Governo do Estado do CearáCasa Civil
  comunicacao@casacivil.ce.gov.br / 85 3466.4898




Ceará Pacífico: reunião integra várias áreas e especialistas em segurança do País

Campanha da Constituinte realiza VI Plenária Nacional | Plebiscito Constituinte

Por Comunicação - Secretaria Nacional.

No próximo dia 06 de março (sexta-feira) a Campanha pela Constituinte realiza sua VI Plenária Nacional. O encontro faz parte da jornada nacional de lutas, que acontece de 1 a 15 de março, e tem como intuito sinalizar e organizar as tarefas necessárias para a retomada das atividades dos comitês estaduais e regionais, além de discutir outras ações de divulgação da nova etapa da campanha.

Com o slogan “Tem que ser Oficial”, a Campanha reunirá os comitês no Auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP). A Plenária discutirá os novos desafios da luta por uma Constituinte do Sistema Político e organizará o plano de ação nacional para os Comitês Populares. O dia será finalizado com o Ato Político-Cultural “Chávez Vive”, em convergência com a Semana Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana, no Memorial da América Latina.

No dia 07 (sábado), os comitês se somarão à Plenária Nacional de Forças Populares para Mobilização de Massas para encaminhar lutas em conjunto. A atividade ocorrerá no Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários de São Paulo. A ação discutirá a conjuntura política e estabelecerá uma plataforma de bandeiras e calendário de lutas unitário.

Confira a programação:

VI Plenária Nacional
9h - Mesa “Novos desafios da luta por uma Constituinte do Sistema Político” – Local: APEOESP
14h – Formação, Organização e Jornada de lutas: PLANO DE AÇÃO NACIONAL para os Comitês Populares pelo Plebiscito Constituinte. – Local: APEOESP
19h – Ato Político-Cultural “Chávez Vive” – Semana Mundial de Solidariedade com a Revolução Bolivariana. Local: Memorial da América Latina


Serviço
06 de março - sexta-feira, às 9h.
Auditório do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) - Praça da República, 282, São Paulo/SP.
Taxa de inscrição:
 Delegado/a
Valor (R$)
Estado de São Paulo
30,00
Sul e Sudeste
20,00
Nordeste, Norte e Centro-Oeste
10,00
Entidades nacionais
30,00



Campanha da Constituinte realiza VI Plenária Nacional | Plebiscito Constituinte

domingo, 1 de março de 2015

Alienígenas à vista — CartaCapital



Alienígenas à vista

Punem-se os corruptos mas salvem-se as empresas, a bem do trabalho, do emprego e da independência do Brasil
por Mauricio Dias — publicado 28/02/2015 06:43
Há uma forte reação em movimento para conter a sede de vingança política, inoculada na oposição e sustentada pela mídia, com o objetivo de, ao fim e ao cabo, atingir a presidenta Dilma Rousseff. Em razão disso, os oposicionistas mantidos por falso sentimento de reação à corrupção brasileira, essa nossa velha conhecida, estão dispostos a sacrificar o que for preciso. Inclusive, a democracia.
Punir corruptos e corruptores fará bem ao País. Para isso, no entanto, não é preciso provocar milhares de desempregados e jogar fora todo o conhecimento de tecnologia produzido pelas empresas brasileiras e seus funcionários, ao longo de mais de meio século.
Não é preciso estar enrolado na bandeira nacional para perceber que, sem as empresas brasileiras, acorrerão para cá poderosos grupos estrangeiros “expulsos” daqui pela competição legítima. Nos anos 1950, quando as empreiteiras emergiram, a engenharia internacional ocupava esse espaço. Despontou, então, naquele momento o que foi chamado de “Império das Empreiteiras” embaladas, entre outras atividades, pela criação e afirmação da Petrobras.
“A chamada Operação Lava Jato (...) desencadeou um processo político que coloca em risco conquistas da nossa soberania e a própria democracia.”
“ (...) há uma campanha para esvaziar a Petrobras, a única das grandes empresas de petróleo a ter reservas e produção continuamente aumentadas. Além disso, vem a proposta de entregar o pré-sal às empresas estrangeiras, restabelecendo o regime de concessão, alterado pelo atual regime de partilha, que dá à Petrobras o monopólio do conhecimento da exploração e produção de petróleo em águas ultraprofundas.”
Esses dois trechos apontam para o que “está em jogo”.
O documento, em circulação pelas redes sociais, ignorado pela imprensa conservadora, é assinado, entre outros, por Celso Amorim, dom Demétrio Valentini, Fábio Konder Comparato e João Pedro Stedile.
Os argumentos favoráveis à sobrevivência das empresas citadas na Operação Lava Jato foram sustentados, primeiramente, pela presidenta Dilma Rousseff. A ideia propagou-se. Lula também se jogou na história.
Surge agora, no Rio de Janeiro, o movimento “Aliança pelo Brasil”, já com ramificações em São Paulo e Belo Horizonte. Além de diversas organizações sociais, tem apoio da maioria das centrais sindicais, com projeto de mobilizar a população “em defesa da Petrobras, da política do petróleo e do Estado social-desenvolvimentista”.
Caso haja fôlego, vão botar o bloco na rua.
Essa aliança apresenta-se como representante de 500 mil trabalhadores “com o emprego em risco como consequência da crise na Petrobras”. Para os organizadores já há “milhares de demissões” nas empreiteiras com contratos “de construção ou de prestação de serviços” na estatal.
A aliança também apoia as investigações e os processos contra os supostos corruptos e corruptores que, “comprovadamente”, participaram de ações criminosas. E faz um alerta: “A empresa é um instrumento de organização do processo produtivo; é um meio para produzir bens e serviços, não um fim em si mesma”.
Decretar o fim dessas empresas atinge e abala os projetos da Petrobras.


Alienígenas à vista — CartaCapital

Os sete governos derrubados pelos EUA - Carta Maior

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