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sábado, 16 de julho de 2016

Precisamos falar sobre o jornalismo que só julga puta, preto e petista, diz Xico Sá | GGN

Precisamos falar sobre o jornalismo que só julga puta, preto e petista, diz Xico Sá

Jornal GGN - "Como pode, por exemplo, o golpe [do impeachment] seguir com esse silêncio todo? O golpe parlamentar sem um editorial contra essa safadeza, sem um jornal digno contra essa escrotidão toda. (...) O Brasil vive o maior golpe de Estado silencioso de todos os tempos..."
Essa é a avaliação do cronista Xico Sá, em artigo publicado nesta sexta (15) no El País.
Em "Precisamos falar sobre o golpe", Xico Sá também denuncia a preferência da mídia em "julgar puta, preto e petista", deixando de lado outras pautas e escândalos de corrupção que têm outros partidos políticos envolvidos.
A imparcialidade da imprensa já consolidade perante a opinião pública tem esvaziado os protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, avaliou. Para ele, só os movimentos sociais compostos por "brasileiros reais", como o povo sem terra, têm ocupado as ruas para contrariar os interesses dos grupos dominantes.
Por Xico Sá
No El País
Precisamos falar sobre o jornalismo brasileiro que só julga puta, preto e petista, quase sempre atendendo um juiz moral de primeira instância. O resto é só tornozeleira eletrônica ou, se for tucano, inimputável, jamais cadeia. Resta uma pergunta sobre a ideia de justiça: todos iguais perante a lei, não sei?
Rapaz, que prendam os petistas, mas por que só os petistas? Por que o juiz Sérgio Moro, o mesmo do escândalo do Banestado, rombo maior que o Petrolão, nunca prendeu um tucano, ave tão envolvida quanto? O Banestado talvez seja o maior roubo de todos os tempos no Brasil, mas quem diz que isso interessa à imprensa brasileira!
Chega de pergunta. Para. Parei. Moro deve ter suas razões nesse caso, que se explique.
Precisamos falar sobre o jornalismo brasileiro que só julga puta, preto e petista Não sou puta, quem dera...
Não sou porra nenhuma, mas já votei com muito gosto em Lula, o maior presidente da República do Brasil de todos os tempos, o cara que botou o Nordeste na bonita roda da ciranda do avanço, só Luiz Inácio fez a grandeza, repito, que fodido (sic), com todo respeito.
Só há uma ideia de justiça: a que vale para todos. Se não for assim, não há justiça, a humanidade toda sabe disso. Não adianta a TV foder só e sempre um lado, minha mãezinha tá de olho e sabe das coisas da vida, caro Vonnegut. Não adianta.
Deixa quieto, fica a provocação de fato, meu meu amado Kurt? Sofreria deveras se me interessasse, por exemplo, sobre como o jornalismo brasileiro cobre a realidade. Deixa o sorvete da vida popular sem cobertura. Não cobre.
Sim, andei lendo o “número zero”, livro de Umberto Eco, que porrada no jornalismo mentiroso, mas deixa quieto. Prefiro falar sobre outro tipo de ficção. O amor de fato, por exemplo, se vinga, moçada.
Golpe do golpe
Assim como no amor e na vida, o Brasil que se vê na tevê e nos jornais, ave, é um país que escolheu a fantasia do golpe político. Que triste. Óbvio que a esquerda brasileira, de tão desunida, nossa!, acaba referendando, a maior sacanagem de direita, com ajuda midiática golpista, de todos os tempos.
Deixa quieto um caralho. Epa! Sem palavrão, seu cronista. Cadê o lirismo de Paulo Mendes Campos, cadê?
Yes, sempre careço da ajuda do velho Kurt Vonnegut. Ele que me deixa instigado. Também me segura. Já iria mandar a direita pra puta q o...
Como pode, por exemplo, o golpe seguir com esse silêncio todo? O golpe parlamentar sem um editorial contra essa safadeza, sem um jornal digno contra essa escrotidão toda.
O Brasil vive o maior golpe de Estado silencioso de todos os tempos...
O que mais intriga é que o golpe, com ajuda midiática, não tenha mais ninguém nas ruas contra essa barbárie.
Perdão. Tem sim. Os brasileiros de verdade, os sem-teto e os sem terra, num país que não conseguiu fazer reformar agrária desde 1500, estão na peleja. Estou com eles, sempre.
Xico Sá, escritor e jornalista, é autor de “Big Jato” (editora Companhia das Letras), e comentarista do “Redação Sportv”.
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Mino Carta diz que Dallagnol pode ser o candidato da Lava Jato à presidência | Brasil 24/7

A insustentável torpeza da alma sebosa.

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Diário do Centro do Mundo A maior lição do golpe na Turquia para os brasileiros. Por Paulo Nogueira

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Noticias ao Minuto - Diretor transforma Arquivo Nacional em ‘igreja evangélica’

O Arquivo Nacional em risco.

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Projeto Escola sem Partido é mais autoritário que currículo educacional da ditadura — Rede Brasil Atual

LEI DA MORDAÇA

Projeto Escola sem Partido é mais autoritário que currículo educacional da ditadura

Para professor, em vez de disciplinas, o projeto está criando uma ideologia que propõe voltar a cultivar valores nacionalistas
por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 14/07/2016 11:58
VITOR / CB/DA PRESS
escoladitadura.jpg
Hasteamento da bandeira em escola pública do DF, em 1975, quando o nacionalismo era disciplina obrigatória
São Paulo – O projeto Escola sem Partido, que alega combater a doutrinação de esquerda nas escolas e defender uma educação supostamente neutra, tem um viés mais autoritário que o currículo educacional desenvolvido durante a ditadura (1964-1985), na avaliação do professor Alexandre Pianelli Godoy, doutor em História Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “Por incrível que pareça, embora no período da ditadura houvesse os guias curriculares e certa vigilância sobre o professor e o conteúdo que seria dado, os docentes não eram pressionados a ensinar desta ou daquela maneira”, afirmou.
O Escola sem Partido foi idealizado em 2004, pelo procurador do estado de São Paulo Miguel Nagib, que enxergou conteúdo ideológico após um professor de sua filha citar que o revolucionário argentino Che Guevara e o santo católico São Francisco de Assis, abandonaram a riqueza pela causa que acreditavam.
O projeto determina que sejam afixados em salas de aula cartazes com os deveres do professor. Os principais pontos do projeto são impedir qualquer afronta às convicções religiosas ou morais dos pais e dos alunos e impedir a apresentação de "conteúdo ideológico" para os estudantes – nesse caso há uma evidente partidarização, pois somente conteúdos considerados de esquerda são citados.
Para Godoy, ao definir o que não pode ser dito em sala de aula, impondo as convicções morais e religiosas das famílias tradicionais sobre o conteúdo das disciplinas, o Escola sem Partido expõe sua própria partidarização. “Há um retrocesso e uma visão autoritária que estão se voltando contra os conteúdos. Viver em uma democracia com práticas autoritárias acaba com o debate de ideias e com a própria democracia. É preciso que o professor tenha uma prática plural, diversa e que dê espaço para o livre debate e que os alunos se posicionem e discutam”, afirmou.
No período ditatorial, os alunos do primário – atual ensino fundamental I – conviviam com uma disciplina chamada Educação Moral e Cívica, que basicamente exaltava a nação por meio de eventos festivos e afirmação dos símbolos nacionais. No ginásio e no colegial – que hoje correspondem aos fundamental II e ensino médio – os estudantes recebiam conteúdos de Organização Social e Política do Brasil (OSPB), que reunia disciplinas da área de ciências humanas (geografia e história), com o mesmo objetivo da matéria anterior.
“A Educação Moral e Cívica pretendia moldar os alunos, mas não dispunha de atividades pedagógicas competentes”, argumentou o professor. Desse modo, os professores tinham certa “liberdade para trabalhar”, já que não havia modelos rígidos de como atuar em sala de aula. Diferentemente  do que pretende o Escola sem Partido.
“Em vez de uma disciplina, o Escola sem Partido está criando uma ideologia que propõe voltar a cultivar valores nacionalistas, mas que na verdade escondem como se formou o nosso país: por meio de lutas, de conquistas, da dizimação de indígenas, escravidão dos negros. Não se pode tomar a história brasileira por meio de eventos festivos (como se fez na ditadura), é preciso problematizar”, avaliou.
Segundo o doutor em Educação e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Antônio Cunha, a ditadura não fez grandes mudanças em relação ao modelo educacional que vinha sendo implementado no país desde o Estado Novo (1937-1945). "Não houve necessidade de um projeto, porque o que eles queriam já estava sendo aplicado: esvaziamento das matérias, unificação do ensino fundamental, adoção do modelo americano", disse.
A OSPB, inclusive, fora criada em 1962 pelo educador Anísio Teixeira (1900-1971), com o objetivo de discutir os processos democráticos, os direitos políticos e deveres do cidadão constantes da Constituição, baseado em modelos franceses e estadunidenses. A principal ação implementada pela ditadura foi a vigilância sobre os professores e a ideologização da educação como um instrumento moralizante.
Para Cunha, os valores defendidos pelo Escola sem Partido não diferem daqueles promovidos nos conteúdos de Educação Moral e Cívica, porém são mais rígidos. "Saímos de uma proposta que não era exatamente religiosa, mas sofria influência, para uma ideia de educação objetivamente religiosa. Além disso, incentivam alunos e pais a delatarem professores. O que mais vão fazer? Colocar polícia em sala de aula? Criar tribunais ideológicos?", questionou.
O professor ressaltou ainda que é preciso observar que o Escola sem Partido esvazia a escola, mas algo deve, obrigatoriamente, preencher o espaço vago. "Esta é uma perna de um projeto mais amplo. Não basta calar, é preciso colocar algo no lugar. Quem mais que está agindo para educar dentro da escola pública, nessa perspectiva que evite a crítica de fato? São aqueles grupos que pretendem desenvolver o ensino religioso", afirmou.
Hoje existem quatro propostas baseadas no Escola sem Partido em 12 Câmaras Municipais e sete Assembleias Legislativas. Na Câmara dos Deputados, há quatro projetos. E no Senado, um.
Projeto Escola sem Partido é mais autoritário que currículo educacional da ditadura — Rede Brasil Atual

Plano de Educação paulista revela descompromisso de Alckmin com o setor — Rede Brasil Atual

FALTA RECURSO

Plano de Educação paulista revela descompromisso de Alckmin com o setor

Secretário anunciou dificuldade no cumprimento de metas, irritando estudantes e educadores, que querem novas fontes de financiamento
por Redação RBA publicado 15/07/2016 10:15, última modificação 15/07/2016 15:58
REPRODUÇÃO/TVT
pee
Plano estadual estabelece 21 metas que deverão ser cumpridas pelo governo de SP nos próximos dez anos
São Paulo – O Plano Estadual de Educação (PEE) de São Paulo, sancionado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) na semana passada, desagradou a comunidade acadêmica, estudantes e professores, que reclamam da falta de previsão de novas fontes de financiamento. Irritou ainda mais a declaração do secretário da pasta, José Renato Nalini, que diz ser difícil o cumprimento das metas constantes do plano, principalmente aquelas que exigem maiores investimentos, como a valorização dos profissionais de ensino.
"Essa declaração demonstra pouco interesse, de fato, do governador em cumprir essas 21 metas", afirma Emerson Santos, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), em entrevista à repórter Michelle Gomes, para o Seu Jornal, daTVT.
O PEE estabelece 21 metas que deverão ser cumpridas pelo governo de São Paulo nos próximos dez anos, entre elas, a erradicação do analfabetismo, universalização do ensino em todos os níveis, ampliação do ensino em tempo integral, gestão democrática da educação e plano de carreira para os profissionais da educação básica e superior da rede pública estadual.
O Fórum Estadual de Educação apresentou proposta que previa novas fontes de financiamento para o cumprimento das metas, mas o projeto foi ignorado pelo secretário de Educação e pela Assembleia Legislativa, que votou o PEE. "Havia, por exemplo, a previsão de revisar alguns impostos, como de transmissão de herança e o IPVA, ampliando fontes de financiamento que agregassem às atuais. Esse debate não aconteceu", afirma Luis Serrao, da Ação Educativa, entidade que compõe o Fórum.
O deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), membro da comissão de Educação da Assembleia Legislativa, destaca que o Plano Estadual, aprovado com um ano de atraso, foi elaborado pelo governo apenas para garantir os recursos do governo federal.
"Como agora tem essa punição – o estado que não aprovar o Plano Estadual de Educação não recebe dinheiro do governo federal – então, o governo Alckmin resolveu, a toque de caixa, aprovar um plano muito ruim para o estado de São Paulo, que veio de cima para baixo, sem a participação dos estudantes, dos alunos e da comunidade escolar", denuncia Giannazi.
Plano de Educação paulista revela descompromisso de Alckmin com o setor — Rede Brasil Atual

Escola sem Partido quer calar professores e é parte de um projeto maior, alerta professor — Rede Brasil Atual

LEI DA MORDAÇA

Escola sem Partido quer calar professores e é parte de um projeto maior, alerta professor

Docente da UFRJ avalia que a instituição do ensino religioso vem ganhando força e pode ocupar o espaço das Ciências Sociais e Biológicas, atacadas pelo projeto
por Rodrigo Gomes, da RBA publicado 14/07/2016 08:58, última modificação 15/07/2016 16:07
CESAR OGATA/SECOM/PMSP
escola
Para o professor, maior objetivo da proposta é a limitação de conteúdos ligados às ciências naturais e sociais
São Paulo – O doutor em Educação e professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Luiz Antônio Cunha avalia que o projeto Escola sem Partido, que alega combater a doutrinação de esquerda nas escolas e defender uma educação neutra, pretende "calar os professores", mas não só isso. "Esta é uma perna de um projeto mais amplo. Não basta calar, é preciso colocar algo no lugar. Quem mais que está agindo para educar dentro da escola pública, nessa perspectiva que evite a crítica de fato? São aqueles grupos que pretendem desenvolver o ensino religioso", afirmou.
Para o professor, não se trata exatamente de uma articulação de um grupo específico. Ele ressalta que a proposta Escola sem Partido vem ganhando força ao mesmo tempo que o ensino religioso vem obtendo mais espaço nas diretrizes e legislações que tratam da educação.
"O ensino religioso é o único conteúdo textualmente previsto na Constituição Federal. Foi incluído na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996. Agora, a proposta da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – em discussão no Ministério da Educação – detalha o ensino religioso como conteúdo dos nove anos do ensino fundamental, enquanto limita a Filosofia e a Sociologia ao ensino médio", argumentou Cunha.
Além desses, o Decreto Federal 7.107, de 2010, que promulgou o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, determina que o Estado brasileiro deve respeitar o ensino religioso "católico e de outras confissões religiosas", e constituí-lo como "disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental"Completa o pacote o Projeto de Lei 309, de 2011, do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que determina o ensino religioso como "disciplina obrigatória nos currículos escolares do ensino fundamental" e regulamenta o exercício da docência deste conteúdo.
O Escola sem Partido propõe que sejam afixados em salas de aula cartazes com os deveres do professor. Os principais pontos do projeto são impedir qualquer afronta às convicções religiosas ou morais dos pais e dos alunos e impedir a apresentação de conteúdo ideológico para os estudantes – nesse caso há uma evidente partidarização, pois somente conteúdos considerados de esquerda são citados.
Para Cunha, o maior objetivo dessa proposta é a limitação de conteúdos ligados às ciências naturais e sociais, pois ambas conflitam-se diretamente com os dois objetivos principais da proposta. "O ensino científico é profundamente atacado. Já é muito difícil para professores de Biologia ensinar o básico em qualquer lugar do mundo, que é a teoria de evolução das espécies. Mais ainda em relação às Ciências Sociais, História, Sociologia", argumentou.
Hoje existem quatro propostas baseadas no Escola sem Partido em 12 Câmaras Municipais e sete Assembleias Legislativas. Na Câmara dos Deputados, há quatro projetos. E no Senado, um. O programa Escola sem Partido foi idealizado em 2004, pelo procurador do estado de São Paulo Miguel Nagib, após um professor de sua filha comparar o revolucionário argentino Che Guevara com o santo católico São Francisco de Assis, em virtude de ambos abandonarem a riqueza pela causa em que acreditavam.
Escola sem Partido quer calar professores e é parte de um projeto maior, alerta professor — Rede Brasil Atual

Para Procuradoria, governo Alckmin deve 'reorganizar gestão' da Secretaria da Educação — Rede Brasil Atual

EVIDÊNCIAS

Para Procuradoria, governo Alckmin deve 'reorganizar gestão' da Secretaria da Educação

Em pedido de auditoria, procuradora de Contas do Estado aponta "grande número de crianças e adolescentes" fora da escola, não alfabetizadas e trabalhando, e "risco de danos ao educando e ao erário"
por Redação RBA publicado 16/07/2016 10:10, última modificação 16/07/2016 11:40
GOVERNO DE SP/A2IMG CIETE SILVÉRIO
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Alckmin e o secretário Nalini devem planejar e executar políticas de educação conforme a lei
São Paulo – A tentativa frustrada de reorganização da rede estadual com o fechamento de 94 escolas neste ano, que levou à onda de ocupações em 2015, e a chamada "reorganização disfarçada", contatada pelo acentuado fechamento de turmas em janeiro, além do escândalo da merenda, configuram irregularidades da gestão em curso da Secretaria Estadual da Educação (SEE) do governo paulista de Geraldo Alckmin (PSDB). Com esse entendimento, a procuradora Élida Graziane Pinto, da 2ª Procuradoria de Contas de São Paulo ingressou com pedido de representação no Tribunal de Contas do Estado para a realização de auditoria na pasta atualmente comandada por José Renato Nalini.
Em sua petição, a procuradora elenca os motivos que justificam a investigação do órgão. Além da extinção de turmas principalmente no ensino médio em escolas localizadas na periferia, que agravou a situação de superlotação das salas, ela destaca o alto percentual de evasão escolar, de crianças e adolescentes sem alfabetização, o atraso na aprovação do Plano Estadual de Educação, o desrespeito à gestão democrática, a falta de material escolar no início do ano letivo, infraestrutura precária e falta de mobiliário escolar, gestão da merenda, alto índice de temporários entre os servidores e a falta de acessibilidade nas escolas – tudo em meio à omissão do Conselho Estadual de Educação consultivo, deliberativo e fiscalizador que na realidade não fiscaliza.
Élida anota, na folha 38 da petição, que a "SEE deve, sim, realizar uma reorganização escolar, mas adstrita à gestão do órgão, o qual se revela, na prática e contudo, desatento ao princípio basilar do planejamento; desatendimento este que possui um impacto negativo para o trabalho educacional e pedagógico, o que reflete na aprendizagem dos alunos."
Conforme ela, o planejamento merece destaque principalmente quanto ao fato de que a gestão da educação de São Paulo caminha para um cenário ainda mais grave de desajustes, em que pese a recente aprovação pela Assembleia Legislativa do Plano Estadual de Educação (PEE).
"Há um descasamento, no aspecto orçamentário, entre o aludido plano setorial da educação com o Plano Plurianual que regerá a administração pública paulista no período de 2016 a 2019, notadamente pela falta de integração normativa entre ambos para tratar dos programas de duração continuada que visam à satisfação das metas e estratégias do PEE."
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Élida solicita que o Tribunal de Contas determine à SEE a formulação de planejamento e respectiva execução conforme as normas vigentes, bem como às determinações judiciais que impliquem na execução da política pública educacional do Estado, sob pena de aplicação de multa e rejeição das contas da unidade orçamentária do órgão no respectivo exercício financeiro.
Pede ainda a readequação do Plano Plurianual 2016-2019, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e na Lei Orçamentárias Anual de 2016, já vigentes – bem como haja previsão nas Leis Orçamentárias dos exercícios seguintes –, de modo a especificar as dotações orçamentárias necessárias e suficientes a cumprir as metas e as estratégias do Plano Nacional e do Plano Estadual de Educação.
Para a presidenta do Sindicato dos Professores no Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel de Azevedo Noronha, a Bebel, o pedido de auditoria converge com denúncias do sindicato sobre o desrespeito dos sucessivos governos paulistas aos direitos dos estudantes e de suas famílias, a desvalorização dos profissionais da educação, sem, condições de trabalho e de ensino-aprendizagem.
"No atual governo, promovem o fechamento de classes, fechamento de escolas, superlotação de salas de aula e virtual extinção do turno noturno em muitas unidades, prejudicando os estudantes que trabalham", destacou.
Um levantamento do sindicato mostra que pelo menos 1.412 classes foram fechadas desde o início do ano, grande parte delas no período noturno.
Segundo Bebel, o Ministério Público, por meio do Grupo de Educação e da Procuradoria de Contas, bem como a Defensoria Pública do Estado de São Paulo, têm sido grandes parceiros da comunidade escolar ao preservar direitos e exigir do Estado o cumprimento de suas obrigações.
"Foi a ação conjunta do MP e da Defensoria, utilizando dados da Apeoesp, que garantiu na Justiça a suspensão da reorganização. O sindicato ainda participa nos autos como ‘amicus curiae, ou seja, parte interessada que apoia a iniciativa", disse.
O pedido de instauração de auditoria foi encaminhado ao gabinete do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo Edgard Camargo Rodrigues. Sua tramitação pode ser acompanhada pelo site do Tribunal de Contas do Estado.
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Para Procuradoria, governo Alckmin deve 'reorganizar gestão' da Secretaria da Educação — Rede Brasil Atual

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Golpe na Turquia manterá o poder? — Conversa Afiada

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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Manifesto de repúdio à venda de ativos da Petrobrás e à privatização do pré sal - Carta Maior

15/07/2016 - Copyleft

Manifesto de repúdio à venda de ativos da Petrobrás e à privatização do pré-sal

Manifesto desmonta os argumentos daqueles que são favoráveis ao desmonte da empresa e à abertura do pré-sal ao capital estrangeiro.


Sindipetro-RJ e Federação Nacional dos Petroleiro (FNP)

Geraldo Falcão / Agência Petrobras
Os petroleiros e centenas de entidades dos movimentos sociais e sindicais que integram a campanha Todo o Petróleo Tem que Ser  Nosso divulgam manifesto que desmente os argumentos de Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás, e do ministro interino José Serra, ambos favoráveis ao desmonte da empresa e à abertura do pré-sal ao capital estrangeiro, retirando a estatal brasileira da condição de operadora única do pré-sal.
 
CRÔNICA DE UM ESTUPRO ANUNCIADO
 
A nova diretoria da Petrobrás, comandada por Pedro Parente, prepara um verdadeiro estupro da empresa,  à  vista da sociedade brasileira. Para isso, tem a ousadia de buscar o consentimento pacífico dos próprios petroleiros. As propostas de Parente são um acinte à consciência de todo o brasileiro empenhado no desenvolvimento do país. Curiosamente, enquanto Bendine, seu antecessor, preparava o desmonte da Petrobrás sem avisar, Parente tem o desplante de avisar previamente sobre o desmonte, recorrendo a um rosário de falsidades. Ei-las:
 
1. Parente afirma que a Petrobrás está em crise financeira, na linha do que vem pregando há meses seu mentor, o ministro interino José Serra.





 
É falso. A Petrobrás tem um patrimônio gigantesco de óleo e gás no pré-sal, sendo que a dívida da empresa, somada aos desvios estimados,  representa não mais que 1% desse patrimônio.
 
2. Parente sustenta que o petróleo do pré-sal é menos do que se dizia, tendo sido furados muitos poços secos.
 
É absolutamente falso. As estimativas são de que há muito mais petróleo no fundo do mar do que se imagina. A produção do pré-sal cresce em ritmo impressionante (8% em maio sobre abril), o que não corresponde à ideia de que as reservas sejam menores do que as anunciadas anteriormente. O custo de extração vem caindo e a produção de óleo e gás bateu novo recordo em junho de 2016, alcançando a marca dos 2,9 bilhões de barris. Em relação ao mês de maio, o volume apresentou um aumento de 2%.
 
3. Parente e seus diretores dizem que têm como missão “salvar a Petrobrás”
 
Falso. A Petrobrás está no pico de sua produtividade operacional e não precisa de nenhum salvador da pátria.
 
4. Parente quer a privatização da BR, dos gasodutos, da indústria de fertilizantes,  “em nome do saneamento da Petrobrás”.
 
Nada mais falso. O que ele pretende é repassar ao setor privado os setores mais rentáveis do sistema de petróleo, pois o maior lucro está no valor agregado em derivados, petroquímicos, transporte e fertilizantes.
 
5. Parente sustenta que a construção do Comperj e da Refinaria Abreu e Lima não deve ser retomada, porque não seria rentável para a Petrobrás. Diz que “refinaria não dá lucro”.
 
Completamente falso. O Comperj interessa à Petrobrás como investimento rentável na área petroquímica. A Refinaria Abreu e Lima aumentaria a produção de combustíveis da empresa, reduzindo a necessidade de importações. O que Parente pretende, portanto, é enfraquecer a Petrobrás, colocando-se na contramão de todas as grandes petrolíferas do mundo que procuram diversificar, buscando fusões e incorporações.
 
As propostas da nova Diretoria da Petrobrás são repelidas por petroleiros e por todos os cidadãos que têm o mínimo conhecimento da área do petróleo e compromisso com o interesse nacional. São propostas entreguistas, destinadas a favorecer os interesses estrangeiros.
 
Privatizar a rede de gasodutos construída pela Petrobrás, que interliga o país de norte a sul, privatizar a BR, que garante a distribuição de gasolina em todo o território nacional, além de constituir em ameaça à compra do óleo refinado no Brasil, são crimes inomináveis e a sociedade precisa tomar conhecimento disso.
 
Até mesmo num campo tão estratégico para o Brasil, como no dos fertilizantes, sendo o país agrário, as intenções de Parente são aviltantes, pois pretendem colocar o agronegócio totalmente nas mãos dos produtores estrangeiros de fertilizantes.
 
Os petroleiros e todos aqueles comprometidos com o futuro e a soberania nacional repudiam veementemente o desmonte da Petrobrás e a entrega do pré-sal a empresas estrangeiras.
 
Campanha Todo o Petróleo Tem que Ser Nosso
Sindipetro-RJ e Federação Nacional dos Petroleiro (FNP)


Créditos da foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras


Manifesto de repúdio à venda de ativos da Petrobrás e à privatização do pré sal - Carta Maior

quinta-feira, 14 de julho de 2016

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