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quinta-feira, 9 de julho de 2015

Os docentes não contribuem para o conhecimento da cultura africana - Geledés

Os docentes não contribuem para o conhecimento da cultura africana


Publicado há 2 dias - em 7 de julho de 2015 » Atualizado às 11:07 
Categoria » Lei 10639/03 e outras

cultura africana


Resumo 
O desconhecimento sobre África vem também pelo desinteresse dos docentes, que atingem fatores extremos e recuso a sua própria identidade, um dos motivos do desinteresse em abordar assuntos reais sobre a história da África é o preconceito e a religião de cada docente e a gestão escolar, gestão essa em que na maioria dos casos, não encaram o estudo da história de seus descendentes como disciplina obrigatória, mesmo ela estando sendo reconhecida pela Lei 10.639/03, prejudicando assim o conhecimento e a construção de uma cultura colonizada.
por Fabiano Correia de Araujo via Guest Post para o Portal Geledés
RESUME 
Lack of knowledge about Africa is also the disinterest of the teachers who reach extreme factors and refuse its own identity, one of the reasons for disinterest in addressing real issues on the history of Africa is the prejudice and religion of each teacher and school management, management such that in most cases, do not view the study of the history of his descendants as a compulsory subject, even though she was being recognized by Law 10.639 / 03, thus hampering the knowledge and the construction of a colonized culture.
Introdução 
Relatar sobre o tema história da África em sala de aula, encaramos algumas dificuldades, mas abordava o tema quando ministrava aulas. Preparar conteúdos sobre continente africano e compartilhar com os educandos em sala de aula é prazeroso, mesmo com as barreiras existentes.
Apesar da 2 obrigatoriedade do ensino de história da África na sala de aula ainda existem resistências por alguns educandos e do próprio corpo docente devido principalmente à religião de cada um, causando intransigência, quando deparados com a cultura africana, causando polêmicas em sala de aula e o não apoio da equipe gestora escolar. Mesmo com a recusa, ainda sim conseguimos por insistência chegar a um lugar magnifico de riqueza em conhecimento e cultura para que as barreiras culturais sejam quebradas com o esclarecimento do tema história da África.
Hoje, certamente as pessoas que admiram algo sobre o continente africano somente quando compartilham informações sobre o tema através dos noticiário fazendo julgamentos euro centristas, quaisquer publicação, seja em jornais revistas e ou rede sociais, são motivos para se colocar contra as ideias de tolerância ao racismo. 
Todo o estudante de qualquer licenciatura possui em sua na grade curricular a disciplina História Geral da África, mas depois de formados não aplicam a disciplina no seu cotidiano como educador, renegando sua descendência. Os docentes não contribuem para o conhecimento da cultura africana
Minhas palavras 
Por muito tempo ministrando aulas em escolas estaduais da periferia de São Paulo com instrumentos de trabalho precários, utilizando como único recurso lousa e giz, iniciava as aulas escrevendo a palavra África em letras garrafais, independentemente da desordem da sala os educandos paravam e me encaravam, devido a estranheza da palavra disseminavam a seguinte pergunta: África, o quem tem?
Ao perguntar aos educandos, qual o conhecimento ou o que entendiam sobre a cultura africana, obtive como resposta os absurdos que lhe foram informados somente pela mídia, sem fundamentos e ou verdade, os educandos tinham como conceito que a cultura africana era baseada em religião onde usaram o termo “macumba”, e pela fome que hoje assola o continente africano.
Para desconstruir essa visão 3 errônea sobre a cultura africana, eram criados debates em sala de aula, e o mais interessante, informar corretamente e simplesmente o que realmente significa, e o que é a cultura afro descendente, criando assim uma imagem perante aos alunos não somente de o professor de história e sim o professor de Cultura Africana.
Um fato interessante é que a dificuldade de se trabalhar sobre o tema África se dá principalmente por causa da religião e por falta de informação, cerca de 80% da população é de origem mulçumana, uma religião que se baseia no velho testamento bíblico, que é utilizado por mais de 2.000 religiões.
A falta de conhecimento sobre o continente não é culpa dos alunos, mas sim pelo descaso apresentado pelos docentes, é preferível abordar assuntos em que os alunos possuem um prévio conhecimento, ao invés de levar o educando a um mundo novo, conhecer o desconhecido, em relação aos seus próprios descendentes. Os docentes não contribuem para o conhecimento da cultura africana
Você ja leu?
Bibliografia 
Araujo, F. C. (12 de 12 de 2015). Especialista. (Professor, Artista) São Paulo, São Paulo, Brasil.
Fanon, F. (05 de 10 de 2009). Mascaras Negra Pele Brancas. Mascas Negras Pele Brancas. São Paulo, SP, Brasil: EUFB.
obrigatoriedade do ensino de hitória da África na sala de aula., 10.639 (Diário Oficail da União .Brasilia DF. 10 de 01 de 2003).

1 Fabiano Correia de Araujo.
2 (obrigatoriedade do ensino de hitória da África na sala de aula., 2003)
3 (Fanon, 2009)
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Gerar debates é uma competência essencial ao professor do século 21 - Geledés

Em educação, a arte de debater é menos determinante do que a arte de gerar debates. A primeira é uma arte político-individual, quase narcisista; a segunda, uma competência essencial ao professor do século 21.
por Pablo Doberti no Brasil Post
O debate é a melhor figura oposta à exposição monopólica, que governa hoje em dia os modelos didáticos. (Ao que estou chamando debate, poderíamos chamar de interação, se isso resulta mas adequado ou moderno.) Ou temos aulas expositivas ou temos aulas interativas. Este é um dos eixos mais relevantes que enfrentamos na discussão da educação do século 21.
Nas aulas expositivas, a paisagem é sempre a mesma: alguém falando com posição dominante e os outros ouvindo em posição dominada. Podemos colocar todo o folclore que queiram; falsas perguntas retóricas; distribuição espacial em círculo; espaços de trabalho em grupos; tablados ou não; microfones ou não; projeções ou não; mais ou menos aspereza no exercício da autoridade; maior ou menor grau de domínio do tema por parte do dominante e dos dominados… Podemos colocar as suas paisagens – eu dizia -, mas, ao final, é o mesmo tipo de aula, sob o mesmo tipo de proposição simbólica que organiza essa prática; é o mesmo paradigma. Essa plataforma conceitual subjacente define um tipo de concepção do conhecimento, do sujeito, do objeto, do processo de ensino e aprendizagem, da eficiência, da ordem, da participação, da evolução, da ética, da dinâmica, do ritmo, da estética, etc. Não é trivial em absoluto. O mesmo podemos dizer das aulas interativas. Por isso, o trabalho de colocá-las em contraposição é rico e basal.
Mas não farei agora a exposição completa desta contraposição. Quero me centrar em uma questão intrínseca ao modelo interativo; uma questão que pesa na discussão, sobretudo porque costumam ignorá-la ou pretendem ignorá-la. Me preocupam as falsas ou falidas interações. Me preocupam porque denigrem a intenção de mudança; porque desacreditam o modelo pedagógico que defendo. Me preocupam porque são cada dia mais habituais.
É justamente o que ainda não sabemos – o que ainda não sabemos que não sabemos: como articular, construir verdadeiros debates; como convertê-los em meios de aprendizagem. Porque não basta que sejam agradáveis e comprometidos com os aprendizes, necessitamos que os formem.
Quando propomos aulas interativas e participativas, sempre parece que todos nós estamos de acordo. O que não emerge nessas conversas são os problemas éticos e metodológicos envoltos. Parece que é questão de ter vontade de dar a palavra, de fazer perguntas aos alunos, alguma ou outra coisa pelo estilo; como se dependesse de uma simples concessão. E se nos debates as crianças aprendem ou não, de como se faz para controlar o tempo e não perder a planificação, etc, etc, etc, são os debates importantes. Por isso, vou voltar e detalhar.
Não é verdade que um professor gere uma aula interativa, atravessada pelo debate, somente perguntando; ao contrário, isso é frequentemente falso. É esmagadoramente falso quando a pergunta é retórica e muito habitual quando ela carece de sentido. A falsa pergunta é fácil de identificar; é aquela que contém em si mesma a resposta, ou que está totalmente desinteressada nas respostas. Você as reconhece, certo? São formuladas para aparentar, para fazer falar sem o menor interesse em ouvir, muito menos em perder o controle, ritmo ou direção do curso expositivo. Seu saldo ético é vexatório, ainda que não seja dramático. “Estou c… para você”, nos diz. Mais sutil é o problema da carência de sentido da pergunta. É genuína, bem intencionada, mas não move à participação; não traz debate. Ao contrário, gera um silêncio desinteressado ou faz com que vozes “adaptadas” preencham o eco angustiado com intervenções vazias. São perguntas que desconhecem o esquema psíquico; creem que as pessoas falam porque são tocadas e não porque há algo que as toca. São perguntas inodoras, insípidas e inócuas… e pretendem que saiamos a respondê-las, a tomar posição frente elas, como se tivesse peso. As reconhece?
Elas são reconhecidas por seus efeitos. Quando o debate não decola; quando cada tentativa de interação dissipa antes de começar; quando a todo momento você tem de lançar uma pergunta atrás da outra; quando acaba falando ainda que não queira; quando escuta trivialidades para agradar ou salvar; quando sente que aquilo não viraliza nem se viralizará, então o que moldou a dinâmica foi uma pergunta falida. Fracassou.
Há um debate se há problema. Quer dizer, se há algo que nos obriga a nos posicionar; se nos tem desestabilizado, incomodado, angustiado, inquietado e, por isso, nos lançamos a falar, que é tomar uma posição. Você fala porque necessita falar e porque sente que o que vai dizer incidirá no que se segue. Porque você pesa, ampara, é. Porque foi apelado. Fala porque estava sobrecarregado no seu narcisismo; porque algum assombro te ultrapassou.
Como se vê, por detrás do saturado debate genérico sobre as dinâmicas da sala de aula há outro mais complexo, rico, sutil e decisivo. Não nos conformemos somente com as aparências.

Pablo Doberti 
Educador e diretor geral, UNOi

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Vendedora do adesivo contra Dilma é mulher | Brasil 24/7

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Estupro de menino de 12 anos na cadeia levou Brasil a estabelecer maioridade aos 18 | Gazeta do Povo

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Banco dos BRICS inicia desdolarização da economia mundial | O outro lado da notí­cia

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EcoePol: Richard Duncan: O esquema Ponzi de U$ 50 trilhões vai desabar?

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Pátria Educadora, Povo Soberano | Brasil de Fato

A disputa central da democracia brasileira hoje está se dando no campo da participação social. Se a Pátria Educadora estiver disputando um projeto de sociedade é aí que deve incidir. No final das contas, é o povo que educa. O povo educa quando ele se torna protagonista.
08/07/2015
Por Moacir Gadotti*

Depois da profunda tensão do segundo turno e subsequente reação da direita, negando o processo democrático que elegeu Dilma Rousseff, ouvimos, no seu discurso de posse, o brado "Brasil, Pátria Educadora", que atualiza um consenso que é aglutinador: colocar a educação na centralidade do debate.
Desde o início, foram muito variadas as interpretações e expectativas em relação a esse mote. Para entendê-lo na sua abrangência, devemos nos reportar à formulação feita por Dilma, na mesma ocasião: “Ao bradarmos 'Brasil, Pátria Educadora' estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e um sentimento republicano”.
Fica claro, nessa formulação, que a “prioridade das prioridades” será a educação, entendida como a educação formal, seja ela básica ou superior. Mas não é só isso: a Presidenta aponta para uma educação cidadã que deve envolver “todas as ações do governo”.
A sociedade foi ouvida e, por meio da Conferência Nacional de Educação, manifestou sua vontade, consolidada no Plano Nacional de Educação (PNE). Este é o caminho a seguir na educação formal. Mas, o “sentido formador” da Pátria Educadora vai além do PNE.
Entendo que o desafio lançado pela presidenta Dilma nos oferece a chance ímpar de criar uma atmosfera mais respirável, dialógica, como antídoto à intolerância, a irracionalidade e a agressividade que vivemos hoje. “Brasil, Pátria Educadora” aponta para um projeto de nação. O seu sucesso deve ser medido pela sua capacidade de unir o país em torno de um sonho, de um projeto democrático de sociedade.
Antes da expressão “Pátria Educadora” está o país “Brasil”, como povo e como nação. O país, entendido como o território de um povo ou nação que vive numa sociedade organizada politicamente, a nação, entendida como uma comunidade política autônoma cujos membros respeitam instituições compartidas e um povo, que se caracteriza por um conjunto de pessoas ligadas por laços culturais.
A pátria seria, então, o país ao qual se pertence como cidadão, a nação em relação à qual se desenvolve um sentimento de pertencimento e ligação afetiva. Nenhuma dessas características remete ao grau de instrução. Remete muito mais à identidade, à organização política, ao sentimento, do que a conhecimentos. Falar de Pátria Educadora, nesse sentido abrangente, significa, falar de um país, uma nação, com um povo formado, educado, emancipado, soberano.
O documento fundador do Brasil como Pátria Educadora é a Constituição de 1988, que consagra uma nova ordem jurídica e política fundada na democracia representativa e participativa. Para essa Constituição Cidadã o que caracteriza a Pátria Educadora é o Povo Soberano. A educação de qualidade é parte desta expressão, mas não tem suficiente abrangência para abarcar todo o seu significado. Povo Soberano não é apenas aquele que possui pós-graduação, mas aquele que tem consciência política e capacidade de exercício pleno de seus direitos.
Para isso precisamos discutir política nas escolas, nas ruas, na família, na sociedade, politizando a política para não entendê-la apenas como política partidária. Precisamos valorizar a política porque é o espaço onde pensamos a pólis, a convivência, a ética, o sonho de uma sociedade de iguais. A política é o espaço do diálogo, do conflito, da negociação, da disputa de projeto de sociedade. Política supõe mobilização, comunicação, articulação.
A disputa central da democracia brasileira hoje está se dando no campo da participação social. Se a Pátria Educadora estiver disputando um projeto de sociedade é aí que deve incidir. No final das contas, é o povo que educa. O povo educa quando ele se torna protagonista, quando passa de subalterno, de governado, a governante. Entretanto, para educar, o povo precisa ser educado, isto é, o povo também precisa ser formado para assumir a tarefa de educador. A maneira como o povo educa, como exerce a sua soberania, depende de como ele enxerga o lugar onde vive, seu país, de como ele se apropria do seu território e de quais são seus sonhos.
Precisamos entender o desafio da Pátria Educadora como uma nova oportunidade de formação político-cidadã do povo brasileiro. Trata-se de um tema eminentemente político e ideológico. Nesse contexto, faltaria desenhar uma ação conjunta, a partir da Presidência, reunindo os esforços de participação social e de formação cidadã já desenvolvidos até agora e ampliá-los. A Presidenta, conduzindo esse processo, com uma agenda específica em torno da Pátria Educadora, potencializará seu diálogo com a sociedade, fortalecendo os vínculos com os movimentos sociais, sindicais e populares. Talvez essa possa ser a melhor forma de responder à virulência de grupos políticos fascistas que hoje ameaçam a legalidade democrática e a vontade popular.

*Moacir Gadotti é presidente de honra do Instituto Paulo Freire e professor aposentado da Universidade de São Paulo
Pátria Educadora, Povo Soberano | Brasil de Fato

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Petroleiros farão greve no dia 24 contra entrega do pré-sal - CUT - Central Única dos Trabalhadores

Petroleiros farão greve no dia 24 contra entrega do pré-sal - CUT - Central Única dos Trabalhadores

Projeto de Serra transfere lucros do pré sal dos brasileiros para multinacionais - Carta Maior

Projeto de Serra transfere lucros do pré-sal dos brasileiros para multinacionais

Especialista em petróleo alerta que, se aprovado, o projeto poderá tirar até R$ 50 bilhões da saúde e educação, além de colocar o país sob risco ambiental


Najla Passos

Geraldo Magela/Agência Senado
O projeto de lei 131/2015, do senador José Serra (PSDB-SP), que tramita em regime de urgência no Senado e deve ser colocado em votação esta semana, pode transferir para as multinacionais os lucros que o povo brasileiro teria com a exploração dos recursos do pré-sal que, pela legislação atual, destinará 50% dos seus lucros para financiar as áreas de saúde e educação. E, para agravar o quadro, ainda colocar o país sob risco ambiental grave e desnecessário. 
 
Quem alerta é o consultor legislativo da Câmara, Paulo César Ribeiro Lima, especialista em petróleo e defensor da manutenção da Petrobrás como operadora única do regime de partilha do pré-sal. “Com este projeto, perde é o povo brasileiro, a receita social do país, a educação e a saúde. Quem ganha são as multinacionais que irão se apropriar dessa renda que o estado perde, e ainda com alto risco operacional”, afirma.
 
De acordo com o consultor, o regime de partilha aprovado para a exploração do pré-sal já é muito ruim, porque implica em alta lucratividade, investimentos baixos e risco praticamente zero para as multinacionais envolvidas. Entretanto, ele avalia que, com a estatal brasileira como operadora, pelo menos uma boa parte dos lucros fica com o Estado brasileiro, inclusive no fundo Social que destina 50% da sua receita à saúde e educação. 
 
Primeiro, porque o Estado brasileiro possui 47% do capital social da Petrobrás. Portanto, 53% dos lucros da empresa vai para os acionistas, mas o restante fica com a União. Segundo, porque os custos de operação da Petrobrás para o pré-sal são menores do que os de qualquer outra empresa do mundo: US$ 9,1 por barril, contra a média mundial de US$ 15 por barril. Portanto, pelas contas do consultor legislativo, se a Petrobrás não tivesse participado de Libras, o Estado arrecadaria R$ 246 bilhões a menos. “Sem a Petrobrás, o dinheiro do pré-sal vai para as mãos das multinacionais”, esclarece. 
 
Petrobrás como garantia de segurança operacional
 
Paulo César aponta um outro fator importante para a manutenção da Petrobrás como operadora única do pré-sal: a segurança operacional oferecida pela empresa. “A exploração do pré-sal não é para qualquer um. Exige uma perfuração complexa, que irá ultrapassar uma camada de sal. Não é algo nem perto de trivial. Tecnologicamente, para a Petrobrás não tem problema nenhum porque ela já domina a tecnologia, mas com outra empresa, os riscos ambientais são imensos”, alerta. 
 
Ele afirma que não faltam exemplos da inabilidade das demais empresas em operarem camadas profundas. No golfo do México, a multinacional BP, com ampla experiência em perfuração profunda, foi responsável pelo vazamento de óleo que se transformou no maior desastre ambiental dos Estados Unidos. “E lá a BP estava perfurando em uma condição muito menos hostil que a do pré-sal”, ressalta ele. 
 
Na bacia de Campos, foi a Chevron, outra multinacional muito conhecida, que tentou aprofundar a extensão de um poço e causou uma fratura na rocha do entorno. O resultado foi que começou a vazar óleo do fundo do mar. “Nós demos uma sorte danada, porque Deus é brasileiro, e essa fratura não abriu tanto. Se tivesse aberto mais, ia ser pior do que nos Estados Unidos, porque o poço você fecha. Mas aqui ia vazar pelo fundo do mar”, alerta. 
 
Para o especialista, a Petrobrás como operadora é garantia de segurança operacional. “Com outra operadora no pré-sal, é muito grande o risco para o país de que ocorra um acidente ambiental de grandes proporções”, afirma.
 
As falácias sobre a saúde financeira da estatal
 
O PL 131/2015, que tramita em regime de urgência, revoga a participação obrigatória da Petrobrás no regime de partilha do pré-sal, abrindo espaço para a participação de outras multinacionais. A justificativa é que, devido aos recentes escândalos de corrupção, a estatal brasileira acumula uma dívida cinco vezes maior do que seu patrimônio e, por isso, não possui os recursos necessários para investir na exploração do pré-sal. 
 
Paulo César Ribeiro Lima, porém, garante que esta premissa é falaciosa. Segundo ele, a Constituição Federal diz, no seu artigo 20, que o petróleo é um bem da União. E, sendo um bem da União, não pode ser lançado como ativo da Petrobrás antes de ser produzido e estocado. “Ainda que a Petrobrás tenha o direito reconhecido de explorar pelo menos os 46 milhões de barris já descobertos no pré-sal - o que renderia, por baixo, R$ 615 bilhões - a Petrobrás não pode lançar nada disso na sua contabilidade”, informa ele. 
 
Para o consultor, as dívidas e investimentos feitos pela Petrobrás são perfeitamente justificáveis, quando são considerados os recursos que ela têm a explorar. Ele lembra que, há poucos dias, a empresa colocou umas notas globais no mercado e capitou US$ 2,5 bilhões, sendo que a demanda foi de US$ 13 bilhões. “Isso quer dizer que, se a Petrobrás tivesse colocado US$ 13 bilhões, teria vendido essas notas globais todas”, explica. 
 
O modelo predominante no mundo é o estatal
 
Paulo César lembra também que, no mundo, são as operadoras estatais que comandam a exploração de petróleo. De acordo com dados do Banco Mundial de 2010, as estatais têm 90% das reservas provadas e controlam 75% da produção mundial. “Por que nós, que temos este tesouro aqui e uma estatal com capacidade para explorá-lo, vamos colocá-lo nas mãos das multinacionais?”, questiona.
 
O especialista argumenta que até mesmo os Estados Unidos, país tido como altamente liberal, possui amplo controle da produção de petróleo. “Nos Estados Unidos, a exportação de petróleo é proibida. Então, as empresas que lá produzem têm que refinar nos Estados Unidos. E é isso qie cria um mercado próprio e faz com que o preço fique muito mais baixo do que no Brasil. Precisamos acabar com essa ideia de que petróleo é livre-mercado”, afirma.
 
A título de comparação, ele cita também o modelo norueguês, que aumenta a rentabilidade do Estado e permite que o país ostente o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do mundo.  “O modelo norueguês não é o de partilha de produção e nem o de concessão. É uma joint venture, uma associação conjunta, um empreendimento conjunto. E na Noruega, ao contrário do Brasil, o Estado norueguês é o grande parceiro da Statoil, que é a Petrobrás de lá”, explica. 
 
Segundo o consultor, a Statoil, assim como a Petrobrás, tem ações em bolsas, mas muito menos do que a Petrobrás: 70% do capital social é do estado Norueguês. Além disso, na Noruega, o Estado pode investir em parceria com a estatal petrolífera, aumentando os seus rendimentos finais. “O Estado põe dinheiro e ganha dinheiro, porque a receita líquida é muito alta na indústria do petróleo. E esse modelo de parceria Estado com a Statoil faz com que a receita petrolífera lá, para o mesmo valor de produção, seja o dobro do que é no Brasil. Se o petróleo da Noruega fosse explorado por multinacionais, ela jamais teria um fundo nesse valor”, compara. 
 
Quem é o inimigo?
 
Paulo César alerta ainda que não são apenas os senadores que apoiam o projeto de José Serra que querem colocam em xeque a existência da estatal brasileira, tida como verdadeiro patrimônio do povo. Segundo ele, a atual diretoria da Petrobrás também tem dado sinais de que participa do movimento entreguista liderado pela direita brasileira. Exemplo seria o próprio plano de investimentos lançado agora pela Petrobrás, que corta a produção em oito unidades operacionais. 
 
“Eu costumo dizer que a maior inimiga da Petrobrás é sua atual diretoria. A empresa não precisava cortar a curva de produção como cortou. E nós precisamos entender que não estamos lutando apenas contra os senadores entreguistas. Este novo plano de investimentos da Petrobrás é criminoso. A luta também tem que ser contra a atual diretoria da Petrobrás, que é entreguista também”, conclui.


Projeto de Serra transfere lucros do pré sal dos brasileiros para multinacionais - Carta Maior

Deputado tucano quer criminalizar o que chama de "assédio ideológico" nas escolas - Carta Maior

Deputado tucano quer criminalizar o que chama de "assédio ideológico" nas escolas

No texto do projeto apresentado na Câmara, Rogério Marinho (PSDB-RN) acusa o PT de 'lavagem cerebral'. Professores reagem temendo censura.


Da Redação

George Gianni/PSDB
Rogério Marinho (PSDB-RN), acusando o PT de 'lavagem cerebral' com base em textos do Caderno de Teses para o quinto Congresso do partido, pretende alterar o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) e o Código Penal contra o "assédio ideológico" em ambiente escolar. Temendo censura e um ataque à liberdade de cátedra, garantida na Constituição, professores lançaram manifesto acusando o projeto do peessedebista de "anulador da subjetividade e da crítica". 

Leia abaixo.

O Deputado Federal Rogério Marinho (PSDB-RN), titular da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, apresentou, no dia 6 de junho, o Projeto de Lei nº 1411/2015, que torna crime o “assédio ideológico” em ambiente escolar, caracterizado pela conduta de “expor aluno a assédio ideológico, condicionando o aluno a adotar determinado posicionamento político, partidário, ideológico ou constranger o aluno por adotar posicionamento diverso do seu, independente de quem seja o agente”. 

O Projeto prevê pena de detenção de três meses a um ano e multa, com possibilidade de aumento da punição, caso o ato seja praticado por educadores ou “afete negativamente a vida acadêmica da vítima”. Sugere ainda alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Observamos pela mensagem do PL 1411/2015 que o mesmo parece ser dirigido contra o debate e à abordagem de teses de vieses socialistas ou “esquerdistas” nos ambientes escolares (ou teses de qualquer outra natureza que venham assim a ser consideradas). O Deputado cita trechos de material de apoio elaborado para o V.º Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, intitulado “Caderno de Teses”, para a sua justificativa, o qual, no seu entender, promove uma incitação à "doutrinação" ideológica.

Percebemos que o referido projeto de lei já nasce do inconformismo eleitoral de 2014. Representa também um ato de covardia, eis que substitui a disputa partidária, no seu terreno, pela criminalização do adversário.
Sob o prisma jurídico, é evidente que o Projeto é inconstitucional: um autêntico e violento atentado à liberdade de cátedra, protegida constitucionalmente. A liberdade de cátedra constitui valor constitucional, e a mesma só foi objeto de controle e criminalização nos períodos obscuros de nossa história política, como no macartismo e na ditadura militar.

Os intelectuais sempre são alvo de perseguição porque, conhecedores dos processos por meios dos quais atuam as forças conservadoras, não aceitamos que o jogo democrático seja suplantado pela cruzada dos ricos contra os pobres, ou da violência e da irracionalidade sobre a liberdade. É impossível que um educador não revele as suas preferências pessoais e as suas opções políticas, religiosas etc. Não existe neutralidade na academia, mas sim compromisso com a verdade e a imparcialidade científicas.

O Projeto de Lei do Deputado Rogério Marinho significa uma anulação da subjetividade e da crítica. Implica em transformar os ambientes escolares em meros reprodutores do conhecimento, confinando-os no obscurantismo. Uma ameaça ao “esclarecimento”, que escancara as portas para o dogmatismo e o autoritarismo, o que nos leva a assinar este manifesto. 

Cynara Monteiro Mariano - Professora da UFC
Gilberto Bercovici - USP
Marcelo Cattoni - Professor da UFMG
Martonio Mont'Alverne Barreto Lima - Professor da Unifor
Otávio Luiz Rodrigues Júnior - USP
Rubem Murilo Leão Rego - Professor da Unicamp
Walquíria Gertrudes Domingues Leão Rego - Professora da Unicamp
 


Créditos da foto: George Gianni/PSD
Deputado tucano quer criminalizar o que chama de "assédio ideológico" nas escolas - Carta Maior

terça-feira, 7 de julho de 2015

Richa chama professores para briga, e diz que culpa de educação ruim é deles | Gazeta do Povo

Richa chama professores para briga, e diz que culpa de educação ruim é deles

O governador Beto Richa (PSDB) parece ter achado um inimigo para colocar a culpa de tudo que vai mal em seu governo: os professores. A escolha, além de inusitada, tem tudo para ser um desastre político.
Nesta terça-feira, em discurso, o governador fez mais dois ataques à categoria. Por um lado, falando da greve, encerrada no mês passado, disse que o movimento se encerrou em parte porque o governo teria desmontado a farsa de que se tratava de um “salário de fome”.
O repórter Chico Marés registrou assim a fala:
“O fim da greve começou na hora que mostramos os salários dos professores. Muitas pessoas estavam solidárias achando que era um salário de fome. Na hora que viram que em 111 municípios o maior salário é do professor, a greve começou a perder força.”
Curiosamente, a fala veio 24 horas depois de a Justiça ter dito que os salários divulgados pelo governo eram fraudados para mais, e de o juiz da 4.ª vara da Fazenda Pública ter dito que o governo agiu politicamente na ocasião. O governo, aliás, tem obrigação judicial de corrigir os salários errados que divulgou.
Mas Richa disse mais. Pôs nos professores a culpa pelo Ideb ruim do estado. Disse que os professores nunca põem a qualidade da educação em pauta, dando a entender que se interessam apenas por salários – como se a qualidade da educação não tivesse relação com o salário que se paga a quem ensina.
“Em Curitiba, quando era prefeito, dei 70% de aumento aos professores. E, lá, atingimos o maior Ideb do Brasil. Aqui, não conseguimos, porque na pauta dos sindicatos, nunca consta a qualidade do ensino. É só salário, gratificação e hora-atividade”, disse.
A estratégia de Richa tem tudo para dar errado não só porque a categoria tem, sozinha, 100 mil profissionais (que são, assim, 1,5% do eleitorado – sem contar maridos, mulheres, filhos e demais parentes que possam ter seu voto influenciado por eles). Também não é só porque os professores são formadores de opinião.
A estratégia é um pesadelo político porque faz o governador brigar com uma profissão que, mesmo desvalorizada profissionalmente, tem uma aura impressionante e que prestam um serviço de primeira necessidade a um milhão de alunos paranaenses.
Seria o caso de o governador achar outro inimigo…
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Richa chama professores para briga, e diz que culpa de educação ruim é deles | Gazeta do Povo

Aderbal Freire-Filho - Comissão Internacional de Anti-Televisão inspeciona o Arte do Artista

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Negociação avança e frente de esquerda é batizada de 'Grupo Brasil' - 27/06/2015 - Poder - Folha de S.Paulo

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segunda-feira, 6 de julho de 2015

Sobre intolerância, por Guido Mantega | GGN

Pois é pessoas. Se têm opiniões para emitir sobre as coisas que acontecem em torno aproveitem para fazê-lo. Pode estar chegando a hora em que esse direito lhes será sonegado e talvez venham a ter de pagar retroativamente pelo já dito. No mais, a futilidade não será atingida em suas prerrogativas democráticas e até será estimulada como algo saudável, divertido e familiar. Vai treinando. 


Sobre intolerância, por Guido Mantega

Na democracia convivem análises, percepções e posições diferentes. Essa é uma disputa entre forças que tonifica a política e engrandece a sociedade
A muito custo o Brasil conseguiu construir uma democracia sólida, com instituições fortes e ampla participação popular. Na democracia convivem análises, percepções e posições diferentes. Essa é uma disputa entre forças que tonifica a política e engrandece a sociedade.
Manifestações e protestos são partes integrantes do regime democrático. O contraditório é sempre necessário e muito bem-vindo, estimula o debate e constitui um avanço para o país. A democracia criou mecanismos e instituições que permitem esse debate e garantem a pluralidade de ideias, um pilar que vem sendo erguido há 30 anos.
O Brasil, no entanto, parece caminhar em terreno perigoso. Há algo diferente no ar. Algo que ameaça essa pluralidade. Trata-se do fantasma do autoritarismo, raiz de golpes, que, infelizmente, se manifesta de forma corriqueira, sempre pronto a agir no dia a dia das pessoas.
Atitudes autoritárias podem ocorrer no trânsito, na porta de uma escola, num museu, num hospital ou num restaurante. Não é porque a democracia está consolidada que devemos descuidar dela. Nós, cidadãos, temos que regar essa planta frágil todos os dias –o que nem sempre tem acontecido.
O aumento da intolerância tem provocado atitudes antidemocráticas praticadas por cidadãos que se acham acima do bem e do mal. Alguém escreveu esses dias que o brasileiro está deixando de ser cordial. No Rio, uma pedra foi atirada na cabeça de uma menina de apenas 11 anos por intolerância religiosa.
Eu mesmo, em episódios que nem de longe têm a mesma gravidade, tenho sido alvo de uma intolerância que extrapola o limite da convivência e o direito à liberdade.
Quem é a principal vítima? A menina? O ex-ministro? Não. A vítima é a democracia. Não podemos permitir que essa intolerância se instaure na sociedade brasileira, sob pena de estarmos nos descuidando do mais precioso dos bens.
É oportuna a advertência do teólogo protestante alemão Martin Niemöller diante da escalada do autoritarismo. "Primeiro perseguiram os socialistas, e não protestei porque não era socialista. Então perseguiram os sindicalistas, e não protestei porque não era sindicalista. Então perseguiram os judeus, e não protestei porque não era judeu. Então vieram atrás de mim, e não tinha sobrado ninguém para falar por mim."
Não podemos nos permitir acordar tarde demais para essa realidade. Na França, o ataque ao jornal satírico "Charlie Hebdo" fez com que as pessoas adotassem prontamente, em repúdio à intolerância, o lema "Je suis Charlie". Nos EUA, o presidente Barack Obama se engajou no repúdio ao massacre racista em um templo religioso.
Se deixarmos nos apedrejar, física ou moralmente, daqui a pouco estaremos diante de um Estado fascista. O fascismo, como bem definiu Hannah Arendt, nasceu muito antes de sua existência formal.
Não podemos permitir que se instaure entre nós esse espírito autoritário. Atitudes como essas são perniciosas para o convívio democrático na sociedade brasileira.
Qualquer cidadão tem o direito de discordar do que fiz como ministro da Fazenda, mas no terreno das ideias, do debate. A agressão, a injúria, a difamação são inaceitáveis e devem ser respondidas dentro da lei.
Em nove anos à frente do Ministério da Fazenda, esforcei-me para aumentar o emprego e expandir a produção do país, mesmo num cenário de grave crise internacional, que aliás ainda não acabou.
O resultado foi que o PIB cresceu, a renda subiu e a situação dos brasileiros, ricos ou pobres, melhorou. Apesar dos problemas que nós e outros países enfrentamos, o Brasil deu um salto de qualidade e nos tornamos a sétima economia do mundo.
O Brasil passa hoje por problemas conjunturais que podem perfeitamente ser superados com determinação do governo e da classe política. O país continua sólido para enfrentar qualquer turbulência internacional, como a que pode ser provocada pela Grécia.
Temos US$ 370 bilhões em reservas, somos credores do FMI, nossa dívida externa é pequena, nosso sistema financeiro é saudável e temos um dos maiores mercados consumidores do mundo, que continua atraindo investimento.
Ninguém é obrigado a concordar com essas análises e perspectivas, mas temos que nos manifestar de acordo com as regras democráticas, além de dizer não ao autoritarismo.
GUIDO MANTEGA, 66, economista, é professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV. Foi ministro da Fazenda (governos Lula e Dilma) e ministro do Planejamento (governo Lula)

Sobre intolerância, por Guido Mantega | GGN

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