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quarta-feira, 28 de março de 2012

terça-feira, 27 de março de 2012

ESCOLA BASE- A CALÚNIA... O LINCHAMENTO E AS SEQUELAS!

O caso Escola Base deveria sempre tocar o fundo da consciência nacional. Um caso de combinação infeliz do mau jornalismo com um péssimo trabalho policial, carregando em seu bojo a ambição e vaidade de um delegado inescrupuloso em  busca de promoção pessoal ou de servir a interesses ocultos, além da existência de massas suficientemente aptas a servirem de objeto de manobras e manipulações.  http://videos.r7.com/jrnews-recorda-o-caso-da-escola-base-apos-18-anos/idmedina/4f7112c392bba9da0933b30c.html

terça-feira, 20 de março de 2012

Carta Maior - Política - Mobilização dos professores alcança todo o país

Carta Maior - Política - Mobilização dos professores alcança todo o país

MEC anuncia avaliação nacional da alfabetização - Yahoo! Notícias Brasil

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Juventude Marxista: Por que os Marxistas se Opõem ao Terrorismo Indivi...

Juventude Marxista: Por que os Marxistas se Opõem ao Terrorismo Indivi...: Leon Trotsky, 1911 Nossos inimigos de classe têm o costume de queixar-se de nosso terrorismo. Eles gostariam de por o rótulo de terror...

A arte da guerra por Sun Tzu



Muitos falam desse grande mestre da estratégia, normalmente de forma leviana. Citam-no para justificar ações que contrariam seus ensinamentos. Excelente vídeo introdutório ao pensamento estratégico de Sun Tzu, mas é bem melhor ler a obra de mesmo nome.

As 10 estratégias de manipulação midiática | Viomundo - O que você não vê na mídia

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Coleção 2ª Guerra Mundial V. 10- Arquitetura do Mal

segunda-feira, 19 de março de 2012

O desenho Proibido da Walt Disney - "As Crianças de Hitler"

Carta Maior - Blog do Emir Sader - A janela e o espelho

Carta Maior - Blog do Emir Sader - A janela e o espelho

Carta Maior - Blog do Emir Sader - A janela e o espelho

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The matuturbano Daily

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Carta Maior - Internacional - Tempos difíceis: a democracia social ameaçada na Europa

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ABORTO NÃO É CRIME - Um vídeo de Rita Moreira on Vimeo

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quinta-feira, 15 de março de 2012

A GREVE DOS PROFESSORES DO CEARÁ 2011- A NECESSIDADE DE UM BALANÇO


É unânime entre todos os que participaram e os que testemunharam a greve dos professores do Ceará em 2011, que foi a maior da história das lutas da categoria e talvez a maior na história do movimento sindical em nosso estado. Não foi a mais longa como enganosamente pensam alguns. Aliás, sobre a duração das greves de servidores públicos existem inúmeros estudos que questionam a vantagem de se fazer greves prolongadas nesse setor, ao contrário do que pensam muitos em nosso movimento que insistem em apontar o tempo de duração como critério para medir a vitória de uma greve.
Uma vez encerrada a greve, parece ter ficado em aberto a avaliação que deveríamos fazer dela concluindo sobre sua vitória ou derrota. Afinal de contas foi vitoriosa ou não?Logrou os seus objetivos ou frustrou-se completamente? Acredito que para chegarmos a uma conclusão mais acertada e equilibrada sobre isso teremos de reconhecer o terreno sobre o qual o movimento paredista aconteceu, o seu ambiente e sua conjuntura. Mas isso sem dúvida demandará um esforço muito maior de nossa parte, exigindo uma pesquisa mais penetrante daquele momento tão importante que marcará de forma indelével a história da educação nessa parte do Brasil podendo constituir  fonte inesgotável de grandes ensinamentos para os que fazem sindicalismo nos campos da educação e do serviço público em nosso estado.
Uma ressalva se faz necessária. Não somos detentores de verdades absolutas. Em verdade ninguém o é. Nos dias de hoje isso é um lugar comum; no mundo moderno ou pós-moderno, como queiram, existe forte consciência do peso da relatividade e de quanto ela se impõe de forma tão inexorável quanto a lei da gravidade. Portanto, o que se emite aqui é uma opinião, elaborada a partir de um ponto de visualização dos acontecimentos. Entretanto, assim como a nossa, as outras visões também são verdades relativas e possivelmente, o fator diferencial dessa para as demais resida apenas no reconhecimento dos limites que são impostos à razão humana. Afinal, tem sido característica de nossos detratores a forma cabal e categórica como exprimem sua perspectiva das coisas, bem ao modo dos dogmáticos e fundamentalistas.  Portanto, não esgotaremos em uma única publicação tudo o que temos para dizer, e o presente texto servirá apenas de abertura para um ciclo mais amplo de exposição da nossa interpretação do que representou essa grande greve. 
Antecipando o que deveria ser a conclusão desse trabalho avaliamos os resultados da greve como positivos e, com isso queremos dizer que, levando-se em conta os seus objetivos e os resultados obtidos, podemos sagrá-la como  vitoriosa. Entretanto, a se basear no que afirmam os "que se acham mui revolucionários", foi um verdadeiro fracasso. Diante desse impasse, de conclusões que de  tão opostas acabam se colocando em perfeita simetria  faz-se urgente uma avaliação aprofundada e abrangente desse movimento sob pena de ficarem vigorando as versões derrotistas daqueles que no desenrolar da greve se balizaram por factóides e distorções visando a justificação de seus equívocos e fracassos. Além de fazerem uso de táticas questionáveis em todos os aspectos, desde o ponto de vista de sua eficácia quanto de seus fundamentos éticos e que visavam acima de tudo, desgastar a entidade sindical que, para o bem ou para o mal, representa a categoria. Não lhes interessava a vitória e pouco se importavam que fôssemos derrotados e os professores fossem submetidos às provações das punições e perdas materiais, contanto que tudo ficasse mais uma vez debitado na conta política da APEOC.
Em outra oportunidade já dissemos o quanto essas práticas prosperam no interior de nosso movimento desde períodos que nos remetem ainda à transição do regime autoritário para o de democracia representativa nos inícios dos 90, quando o funcionalismo público adquiriu o direito de se organizar em sindicatos através da constituição de 88. No Ceará instalou-se a disputa pelo espaço da representação sindical da categoria. De um lado a antiga associação dos professores, a APEOC,  de maior representatividade, congregando o segmento mais números e dinâmico, que de imediato tratou de converter-se à nova condição de sindicato, e de outro, a proposta de constituição de uma nova entidade a partir da fusão de diversas associações que representavam os outros segmentos da categoria assim como professores também. Erros no debate e nas formas de encaminhá-lo, quando não, pelos golpismos mesquinhos e rasteiros,  acabaram por gerar uma cisão que perdura até os dias de hoje. Em outra oportunidade detalharemos esses eventos e suas conseqüências que tendem a se perpetuar na medida em que as novas gerações de educadores permanecem  sendo o alvo do proselitismo dos que se alimentam da divisão.
Mas 2011 não foi mais um simples desdobramento dessa disputa de 20 anos. A grande novidade se deu também por conta de uma conjuntura extremamente complexa em que se assistiu ao irromper das revoluções árabes, a crise econômica européia e norte americana acompanhado do surgimento de novas formas de luta dinamizado pelos efeitos dos instrumentos liberados pela rede mundial de computadores, a Internet. Além disso, não se pode desconsiderar que justo nesse contexto se reavivaram correntes políticas ultra revolucionárias assim como também as reacionárias que jaziam latentes no interior dos processos metabólicos  da sociedade produtora de mercadorias ou  capitalista,conhecendo um novo desabrochar na circunstância da crise atual.
Os nossos detratores, bastante ativos nas redes sociais, buscam empurrar versões tendenciosas dos acontecimentos, de modo a não esclarecer nada e apenas deformar a história. Arriscam permanecer como a última palavra se por acaso a APEOC insistir em manter uma  postura de avestruz, com a cabeça enterrada no chão, como tem acontecido com freqüência nos momentos posteriores aos grandes embates que a categoria enfrentou sob sua direção, diante de sucessivos governos de variados matizes. Suas direção parece padecer da ilusão de que os fatos e os atos falam por si  e serão suficientes para que as pessoas compreendam suas intenções e avaliem de forma imparcial e criteriosa as suas ações. 
Infelizmente a mente humana não funciona assim. Carece de versões, interpretações e demonstrações que ordenem os fatos de maneira que se possa ter uma visão de conjunto dos fenômenos e a partir daí, avaliando-se  todos os seus aspectos se chegue a conclusões ao menos verossímeis  sobre eles. Muita coisa se diz pelo mundo e, com freqüência, as coisas ditas não representam exatamente o que o mundo é, enquanto o que se faz por ele deveria dizer muito mais sem precisar necessariamente se dizer nada.  Dizia Nélson Rodrigues, "se as versões não correspondem aos fatos, pior para os fatos". A  linguagem nos leva a caminhos diversos e desencontrados como na Torre de Babel ou no Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, imortalizado na obra do  escritor argentino Jorge Luiz Borges.
Fazemos esse esforço com o propósito de abrir o diálogo com aquele e aquela que se dispõe a manter a abertura necessária para o debate e o exercício saudável da divergência. Não para trocar farpas com cretinos que reivindicam o debate e o reduzem ao nível do desaforo e da intimidação, como fazem com freqüência os "que se acham...".  Esses serão nominados  e identificados na seqüência pois merecem ser denunciados pelo que promoveram e continuam promovendo impunemente nos meios educacionais e na sociedade, obedecendo a motivos e interesses escusos.
Por fim, nossa motivação obedece também ao propósito de homenagear a memória de um amigo e companheiro de luta, prematuramente recolhido ao seio de Pacha Mama. No fatídico15 de Março de 2011 deixou de brilhar a estrela do Prof. José Ribamar de Lima, mas sua luz ainda viaja pelo espaço e ilumina nossos ideais de luta por uma educação libertadora e pela escola pública, gratuita, republicana, laica e universal. Dessa aula nunca esteve ausente.
-PROFESSOR RIBAMAR
-PRESENTE!

quarta-feira, 14 de março de 2012

O novo estudo comparativo dos salários pagos aos professores pelo Sindicato APEOC!

O sindicato APEOC mais uma vez brinda a categoria com um aporte importante para entender a luta que desenvolvemos por melhores salários, condições de trabalho e por uma carreira dígna. Isso se faz no contexto de uma campanha mais ampla e profunda pela federalização da educação em nosso país. É a que conclusão lógica a que podemos chegar diante dos impasses gerados pela implantação do PSPN(Piso Salarial Profissional Nacional). Assim como na campanha pelo PSPN em seus momentos iniciais, os detratores diziam que se pretendia desviar o foco da luta, sem deixar claro qual era seu foco,hoje dizem o mesmo sobre essa luta. Amanhã certamente tentarão desvirtuar a história, nos acusando de estarmos atrasados em relação a esse objetivo. No momento apenas desaforos, ameaças e bravatas constituem seu foco. Nos respondam então: Qual é o foco afinal?    
https://docs.google.com/file/d/0B3_JJ7nF1MJxbDdlT044cmJSN1N1R1N5UVNEN1lzZw/edit

APP repudia nota do governo estadual sobre Piso Salarial | Maria Bonita

Justiça condena governo do PSDB a pagar R$ 54 mil por promover racismo - Pragmatismo Político

E há quem se autoproclama revolucionário que se junta a isso:
Justiça condena governo do PSDB a pagar R$ 54 mil por promover racismo - Pragmatismo Político

NA SEMANA DE GRANDES LUTAS PELA EDUCAÇÃO NO BRASIL, RECORDEMOS DESSE QUE LUTOU COM VIGOR POR ELA Florestan Fernandes - O Mestre - TV Câmara

Florestan Fernandes - O Mestre - TV Câmara

PROGRAMAS POLICIAIS PROMOVEM A CULTURA DA VIOLÊNCIA Comando incentiva a criação de grupo de exterminio

educa ação: Mais exemplo e menos palavras.

educa ação: Mais exemplo e menos palavras.:         A maioria dos professores no Brasil ainda não acordaram para a  realidade. Os professores são uns dos poucos profissionais que te...

terça-feira, 13 de março de 2012

Como a ultra-direita ameaça a Europa

Um fenômeno cada vez mais comum que captura franjas de jovens seduzidos pelo discurso agressivo e pelo chamado à ação direta. Não creio que o fenômeno nazi-fascista se reduza à questão do racismo.
Como a ultra-direita ameaça a Europa

Historiadores pra quê? — Instituto Ciência Hoje#

Historiadores pra quê? — Instituto Ciência Hoje#

Historiadores pra quê? — Instituto Ciência Hoje#

Historiadores pra quê? — Instituto Ciência Hoje#

PROFESSOR HELDER MOLINA!

EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA: DIGNIDADE PARA QUEM EDUCA

Helder Molina é historiador, professor da UERJ, mestre em Educação, doutorando em Políticas Públicas e Formação Humana, educador e pesquisador sindical.

Abaixo publicamos a entrevista do professor da Universidade do Rio de Janeiro Helder Molina concedida ao jornal Folha Dirigida sobre a situação da Educação pública, a luta pela dignidade e valorização dos profissionais da escola pública, baixos salários, precarização, degradação de sua qualidade de vida, enfrentamentos com os poderes públicos, mobilizações, greves, etc:

Folha Dirigida: Qual análise o senhor faz das greves e paralisações feitas pelos professores no Brasil?

Helder Molina: Quando os trabalhadores da educação entram em greve é porque já se esgotaram todos os espaços de mediação, os canais de negociação já estão totalmente obstruídos pela intransigência dos governos. Nenhum trabalhador ou trabalhadora gosta de fazer greve, ela é uma medida extrema. Uma greve desgasta todos que vivem e precisam da escola. Os alunos, os pais, a comunidade, o currículo, o desenvolvimento das atividades pedagógicas, a produção do conhecimento, o planejamento didático, as férias, enfim. Mas a verdade é que, se os professores e funcionários de escola não fazem greve, suas vozes não são ouvidas, suas reivindicações não são seque conhecidas pela sociedade e reconhecidas pelos governos.

Vivemos uma crescente e degradante precarização das condições de trabalho e de salário, principalmente na escola pública. Mas de metade dos professores e funcionários trabalham com contratos temporários, vivem em situação de precarização, são garantias de salários, direitos fundamentais, como férias, 13o terceiro, aposentadoria, previdência, etc. Uma nova escravidão, de salários indignos e condições degradantes de trabalho.

Vejam as condições das escolas, a situação das salas de aulas, faltam equipamentos, materiais. Os concursos públicos são cada vez mais demorados, e só existem a custa de muitas lutas, denúncias, mobilizações dos próprios professores e funcionários. E os concursados ficam meses, até anos, aguardando para serem convocados, e quando são, já praticamente duplicou, ou triplicou, a falta de profissionais, e novamente os governos buscam o "exército intelectual de reserva", isto é, uma enorme quantidade de profissionais que se subordinam a trabalhar por condições precárias e contratos temporários.

Por isso todo ano tem que fazer campanha salarial, mobilização, passeatas, paralizações, greves. A terceirização, precarização, degradação dos direitos, desvio e má gestão dos recursos, e abandono da escola, este é o retrato da escola, o quadro tétrico que temos que, infelizmente, apresentar no dia do professor. A educação como prioridade é uma demagogia barata nas bocas dos candidatos e governantes. A verdade é que a escola pública ainda resiste porque os trabalhadores que nela estão são convocados, dia apos dia, a resistir e defendê-la.

Hoje a educação é tratada como mercadoria, há uma crescente mercantilização do ensino. A escola privada é um grande negócio de empresários, e a escola pública, na visão empresarial, deve ser gerida baseada na meritocracia, produtivismo, mercantilismo, e outros ismos do neoliberalismo

F.D: Fazer greve todo ano, no Brasil, já faz parte do calendário das redes públicas? Pode ter virado uma questão cultural?

H.M: Não se trata de uma questão cultural, se trata de uma luta por direitos, de um grito dos profissionais da escola. A escola pública é uma conquista da sociedade democrática, da luta contra o elitismo que impera na nossa cultura. Uma conquista de muitos movimentos, dos sindicatos, da cidadania democrática, das organizações populares, dos partidos progressistas.

O povo precisa da escola pública, os trabalhadores só terão acesso ao conhecimento, à ciência, à tecnologia, se existir a escola pública, seja ela fundamental, média ou superior. Os ricos não precisam da escola pública, eles já têm acesso aos bens culturais e educacionais, produzidos pela divisão de classes, pela segmentação dos lucros, pelo acesso ao Estado, enfim.

Não há um calendário dizendo que tem greve anotada na agenda, quem diz isso são os sacerdotes da privataria, os intelectuais que defendem a escola como mercado e a educação como mercadoria. Todos os anos nos planejamos para dar o melhor de nós, produzir boas aulas, fazer o melhor para nossos alunos, desenvolver conhecimentos, enfim.

Mas, vejam os salários dos professores e professoras? Vejam os salários dos profissionais de apoio?
Acha que dá apara viver com essa miséria no final do mês? ter que trabalhar em três ou quatro escolas, para poder pagar as contas no final do mês de trabalho?

Como se qualificar? trabalhando em tantos lugares, parecendo mascates, peregrinos andarilhos, de ônibus, de trem, de carona, pagando de seu próprio bolso, pois os penduricalhos que pagam como benefício mal dá para pegar ônibus, muitas viajam de carona, ou mesmo a pé.

Dá para falar em questão cultural? quem diz isso não conhece o cotidiano de quem vivem com R$ 800, 00, R$ 900,00 por mês. Nenhum profissional merece condição tão degradante, sem falar no assédio moral, no adoecimento psíquico, na depressão, insônia, angústia por ver a situação da escola como está, na violência que cerca a escola, e a invade e a domina?
F. D: Por que estes movimentos ainda são tão ineficazes e pouco rentáveis?
H. M: Depende do ponto de vista que se olha. Como disse anteriormente, só existe escola pública porque milhares de profissionais se dedicam a ela, e não é só pelo salário, é pela ideologia da defesa do público, pelo compromisso da garantia do espaço de produção do conhecimento útil aos trabalhadores, aos pobres, único espaço onde os pobres podem sonhar em serem sujeitos, terem futuro.

Pensemos sinceramente: há futuro para os pobres, para os excluídos, se deixam de existir a escola pública? E não se trata de pensar que as greves sejam rentáveis, se trata de lutar pela sobrevivência material, mais que isso, de garantir que o conhecimento, a ciência, a tecnologia seja protagonizada pelos trabalhadores.

E verdade que as greves se arrastam, pois os governos viram as costas, greve de educadores não mexe na taxa de lucros, não produz mais valia, enfim, não se trata de um setor produtivo, do ponto de vista de mercadorias, como uma fábrica, um banco, enfim. Mas se tratam de um setor extremamente importante para a democracia, a cidadania, os direitos sociais.

São eficazes porque denuncia os descasos, os desrespeitos, a escravidão vivida pelos profissionais de apoio, e pelos educadores, nas injustas e indignas condições de vida e de trabalho. Do ponto de vista do mercado, rentável é taxa de juros altos, financeirização da educação, vender ações nas bolsas de valores, trocar professor de carne e osso, por televisão, aulas à distância, tutoria, etc. Não produzimos para o mercado, produzimos para a sociedade, para os setores mais marginalizados, mais abandonados pelo Estado oficial e pela lógica econômica da eficácia e da eficiência.

F. D: A sociedade ainda é insensível às causas da educação e dos professores?

H.M: Há uma espécie de anestesiamento social, de individualismo, de domínio da lógica do consumo, do que vale é o indivíduo, o mérito individual, cada um por si. A lógica da competição, do mercado, do lucro. Vale mais o ter do que o ser. O direito à propriedade está acima do direito à vida. Um banqueiro que lucra 1 bilhão de reais, com juros altos, câmbio e bolsa de valores, não é criminoso, mas um sem teto que pede esmolas na porta de um banco é preso como perigo à propriedade privada e à riqueza individual.

Daí se explica o desprezo pelo público, pelo coletivo, um esvaziamento da esfera pública, a morte da política como bem comum, com vontade geral. Quem pode, paga escola particular, quem não pode, que suporte a degradante escola pública. Greve? coisa de preguiçosos, baderneiros, vagabundos, quem mandou escolher ser professor? O desdém e o desprezo com a "rés” pública, isto é, com a coisa púbica, são grandes aliados da privatização e do elitismo, e da exclusão.

F. D: O senhor acha que os alunos são mesmo os grandes prejudicados nesta queda de braço entre professores e o poder público?

H.M: Não vejo como queda de braços, vejo como uma luta justa por direitos. os alunos são muito mais prejudicados pela falta de professores, pela carência de material, pela degradante condição física da escola atual,, É degradada pela violência, pelo desemprego, miséria social ausência de políticas pública, enfim. Os professores e os alunos não são inimigos, são aliados, parceiros, na defesa da escola pública, inimigos são os que a querem privatizar, ou simplesmente destruí-las, tornar uma escola pobre para os pobres, e outra escola rica, para os ricos, aprofundando o dualismo educacional.

O poder público, com a lógica privatista, é o grande inimigo da escola pública, da universidade pública, veja o caso da UERJ, onde mais de 50% dos professores são precarizados, com contratos de seis meses, sem direito a pesquisa, sem carreira, sem dignidade profissional, não podem sequer votar nas questões que decidem os destinos de universidade onde trabalham, isso não é uma nova forma de escravidão? escravidão neoliberal, fica bonito falar desse jeito pós moderno

F. D: Estamos atrasados nas nossas demandas, e também nas formas de reivindicação?

H.M: Existem muitas formas de lutas, como abaixo assinados, internet, festivais, corridas. passeatas, enfim. Mas a greve ainda é fundamental, não perdeu a validade, e só nela, infelizmente, saímos da invisibilidade, do ostracismo, sem gritar, morremos, matam-nos a voz, depois a alma, depois podem fechar a escola. Nossa alma está no nosso trabalho, nele nos identificamos.

Produzimos nossas vidas, somos dignos pelo nosso trabalho, amamos ser professores, trabalhamos com a produção do conhecimento, com a produção de subjetividade, sensibilidade, buscamos produzir a solidariedade, a troca que gera vida, quer sentido melhor? semear solidariedade, para gerar vida plena?

F. D: É possível fazer um paralelo entre as ações sindicais no Brasil e no exterior?

H.M: Sim, os trabalhadores continuam lutando, as crises são dos ricos, dos patrões, dos banqueiros, dos governos que gastam o dinheiro público para salvar e aumentar riquezas privadas, e querem que nós paguemos a conta. Os trabalhadores da educação lutam no Brasil, na América Latina, no mundo, em defesa do direito à educação, pela manutenção da escola pública, dos direitos sociais, dos direitos humanos, enfim, da vida. Só a vida se ela for partilhada. Somos trabalhadores da vida partilhada.

--
Helder Molina
> Assessoria > Formação Política > Planejamento Estratégico de Gestão >
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Blog: heldermolina.blogspot.com
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terça-feira, 6 de março de 2012

Raymundo Netto: AlmanaCULTURA: "Debates Universitários O POVO", abertos a todos.

Raymundo Netto: AlmanaCULTURA: "Debates Universitários O POVO", abertos a todos.

Raymundo Netto: AlmanaCULTURA: "Debates Universitários O POVO", abertos a todos.

Raymundo Netto: AlmanaCULTURA: "Debates Universitários O POVO", abertos a todos.

Altamiro Borges: “Fora disso, a situação já está superada” | Viomundo - O que você não vê na mídia

Se a justiça realmente funcionasse nesse país, os donos das grandes mídias escritas e televisionadas já deveriam estar mofando nas cadeias. Eles sim, são os grandes responsáveis pela degeneração social, pelo rebaixamento das mentalidades, pela inversão de valores que prospera entre determinados meios de nossa sociedade. Possivelmente essa seja a realidade da grande imprensa no mundo inteiro,mas no Brasil, a hipocrisia e o cinismo do 4° poder não tem limites. Os que não se enquadram nos seus esquemas são acusados e estigmatizados pelos supostos crimes que eles de fato promovem e acobertam!

Altamiro Borges: “Fora disso, a situação já está superada” Viomundo - O que você não vê na mídia

domingo, 4 de março de 2012

Um direito pelos ares — Rede Brasil Atual

Fazer greve é um direito do qual não podemos abrir mão.
Um direito pelos ares — Rede Brasil Atual

Tragédias na hora do almoço — Rede Brasil Atual

PELO FIM DOS PROGRAMAS POLICIAISProgramas policiais são uma excrescência generalizada pelas TVs brasileiras. Constituem trampolins para o parlamento, elegendo políticos comprometidos com a agenda da direita mais reacionária. Pregadores da pena de morte e da redução da maioridade penal, além de promotores de mais violência e revolta, a eles não interessa a redução dos índices de violência e a adoção da cultura de paz. Afinal, o que venderiam se isso acontecer?
Tragédias na hora do almoço — Rede Brasil Atual

redecastorphoto: Espionagem e propaganda utilizando o “Facebook” e ...

redecastorphoto: Espionagem e propaganda utilizando o “Facebook” e ...: Inteligência tática de captação de informações nas mídias sociais por Julie Lévesque Um novo estudo feito pelo Conselho Medi...

las torturas de la inquisicion (espanol espana) parte 1

sexta-feira, 2 de março de 2012

Marco Maia criará comissão para discutir piso salarial do professor - Agência Câmara de Notícias

Marco Maia criará comissão para discutir piso salarial do professor - Agência Câmara de Notícias

Crack, epidemia de desinformação | Outras Mídias - Outras Palavras

Crack, epidemia de desinformação Outras Mídias - Outras Palavras

Adital - Relatório da Campanha Mundial da Educação ressalta discriminação de gênero na educação

As mulheres em situação de vulnerabilidade:
Adital - Relatório da Campanha Mundial da Educação ressalta discriminação de gênero na educação

Tecedora: PIG é parceiro de empresa de inteligência?

Isso é real e explica as formas sutis, às vezes nem tanto, utilizadas por agências de espionagem paraestatais(diga-se, mercenários)para influir na vida interna das nações que se tornam objetos dos interesses das grandes corporações e Estados promotores de políticas imperialistas.
Tecedora: PIG é parceiro de empresa de inteligência?: Do Luis Nassif Por @StanleyBurburin Veja o e-mail vazado pelo WikiLeaks que mostra que existe um gra...

Sem Juízo, por Marcelo Semer: ....populismo penal explode sistema penitenciário....

É o centro do programa político dos apresentadores de programas policiais. Um discurso fácil e superficial, lastreado nos preconceitos e senso comum desvirtuado pela desinformação que eles promovem. O Ceará tem brindado muitos desses demagogos com cadeiras no parlamento para propagandear ilusões em soluções truculentas e intempestivas para os problemas sociais. Estão por trás das gangs que começam a agir dentro dos movimentos sociais, disfarçados e confundidos com ativistas.
Sem Juízo, por Marcelo Semer: ....populismo penal explode sistema penitenciário....: Discurso por penas rigorosas pode ser mantra eleitoral. Mas crescimento desenfreado do direito penal promete aprofundar quadro à beira do ab...

quinta-feira, 1 de março de 2012

BLOG DA DILMA: 2º WebFor - inscrição gratuita

BLOG DA DILMA: 2º WebFor - inscrição gratuita: O 2º WEBFOR será o maior e melhor evento do Norte e Nordeste do Brasil. A sociedade tá convidada a debater de forma democrática o II WebFor ...

Sul 21 » Tem cara de 1964, cheiro de 1964, mas é 2012… Ou não?

Infelizmente apesar do razoável sucesso dos últimos governos em diversos campos, inclusive com políticas que reforçam a área militar, além de sua fidelidade aos princípios constitucionais, vários segmentos adotam postura intolerante e golpista. Não são apenas setores militares das forças armadas. Na recente greve dos policiais apelou-se para métodos questionáveis que puseram em risco a população e conhecemos vários exemplos de grupos que não se submetem às regras estabelecidas inclusive por seus iguais. Como no caso da invasão da USP, quando um grupo favorável à invasão não se conformou com a decisão da assembléia pela desocupação e encaminhou contrariamente à ela. Atá mesmo na apuração de desfile de escolas de samba, como em São Paulo podemos sentir o ar de orquestração e provocação. Para eles, tumultuar para desestabilizar é a regra.
Sul 21 » Tem cara de 1964, cheiro de 1964, mas é 2012… Ou não?

Carta Maior - Internacional - Europa sindical na rua contra o neoliberalismo

Na Europa em crise, os sindicatos intervém;
Carta Maior - Internacional - Europa sindical na rua contra o neoliberalismo

DOCVERDADE - Documentários: O Segredo das 7 Irmãs / Secret of Seven Sisters (2...

DOCVERDADE - Documentários: O Segredo das 7 Irmãs / Secret of Seven Sisters (2...: (EUA, 2010, 4 documentários de cerca de 52 min. - Direção: Frédéric Tonolli) Importantíssimo! Série de 4 documentários que detalha a his...

Blood in the Mobile Official Trailer (Subtitulado)

Movimento Zeitgeist Brasil

Movimento Zeitgeist Brasil

'Globalização é um fenômeno econômico e biológico', diz analista americano