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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

GOVERNADOR JOGA COM OS PROFESSORES, COM A EDUCAÇÃO E COM O FUTURO DE MILHARES DE JOVENS!

 Dia 30/09, sexta feira, nova assembléia. Aguarda-se em clima de suspense. A última, em 23/09, no Aécio de Borba revelou vertiginoso crescimento da adesão ao recuo tático na greve, com sua suspensão imediata em favor da retomada das negociações com o governo do estado. Contou com frequência menor do que as anteriores, refletindo a realidade do refluxo do movimento grevista. As  professoras e professores preferiram não provar o gosto amargo da derrota, e dar ainda uma chance à vitória. Até porque, vitoriosa, essa greve  já é!
Em alguns  momentos verifiaram-se condições suficientes para que se retomassem as negociações, mas foram desperdiçadas. Em parte por conta da forte influência que os pontos de vista mais radicalizados exerceram até recentemente, criando obstáculos suficientes para promover factóides que visavam manter o impasse, como o mitológico TAC. Esse documento não garante, porque não obriga seu cumprimento pelas partes. Nesse sentido não tem mais peso que a ata assinada pelo Governador Cid Gomes, sindicato APEOC e demais integrantes do Comando de Greve. Se existe alguma  vantagem adicional, essa reside no fato de ter a autoridade do Ministério Público atuando como mediador do processo. Nada além disso. Mas em 2009, em meio a uma grande greve, o governo foi levado a assinar documento de mesma natureza junto à essa  instituição e, no entanto foi desdenhado pelos mesmos que na greve atual o elegeram como condiçaõ necessária para sua suspensão!E assim vai se mantendo a categoria marchando em círculos, promovendo eventos que se repetem e a cada repetição, mais se fragiliza e compromete as energias e a disposição para os esforços que venham a ser necessários em breve futuro.
Por outro lado, faz-se cada vez mais notória a manobra mesquinha do governo que consiste em dar com uma mão e tirar com a outra. Nãoapostou seriamente em sua primeira tentativa de negociação quando apelou para a intermediação do ministério público. Assinou a ata se comprometendo com a retomada das conversações e ao mesmo tempo providenciou a decisão judicial que exigia a suspensão da greve. Na assembléia do dia 02/09, quando apresentamos a proposta do recuo, tratou de fazer divulgar o pedido de embargo declaratório junto ao STF, gerando grande revolta na categoria que optou mais uma vez pela continuidade da greve. Isso sem falar nos comentários maldosos que fez  questão de divulgar pela imprensa. Agora mesmo, diante da possibilidade do recuo organizado da categoria, acena com o envio de mensagem à assembléia que gera fratura em nosso plano de carreira.
Essas iniciativas aparentemente desencontradas obedecem a um plano perverso por dentro de um jogo midiático em que procura se mostrar para o público como estando aberto ao diálogo e ao mesmo tempo faz provocações de modo a incendiar a assembléia da categoria mantendo-nos irredutíveis na greve. O governo leva a disputa para o campo do simbólico, empurrando-nos para o isolamento no seio da sociedade, uma vez que, através dessa manobra,  consegue demonstrar nossa aparente intransigência. 
Da mesma maneira como foi o primeiro a votar pela deflagração da greve, o Governador continua brincando com nossos destinos, com os da educação e pior ainda, com o futuro de milhares de jovens e trabalhadores que se servem da escola pública para sua formação, agitando seu voto de considerável peso, pela manutenção da greve.









O POVO Online - Fortaleza - "Tablets não vão substituir livros. Pelo menos, não agora..."

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O POVO Online - Fortaleza - Protesto contra inclusão educacional

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O POVO Online - Fortaleza - Adolescente é apreendido com arma que poderia ser utilizada para matar colegas

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

STATUS

Vi no facebook: "Status é comprar coisas que não queres, com dinheiro que não tens, para mostrar para gente que não gostas, uma pessoa que tu não és!".al

Red Red Wine - UB 40 - LYRICS ENGLISH - SUBTITULADO ESPAÑOL

Apedrejamento verbal | Direto da Redação - 10 anos

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A outra morte de Trotsky | Direto da Redação - 10 anos

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As faces do contemporâneo: Globalização e Pós-Modernidade em Fredric Jameson » cpfl cultura

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"Indignados" invisíveis: o fracasso dos caras-pintadas de setembro de 2011 é didático - Pragmatismo Político

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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

TODOS À ASSEMBLÉIA

AOS COMPANHEIROS DA RESISTÊNCIA

Extraimos da caixa de comentários do texto Não Fiquemos Apenas Olhando Para Trás Com Ira, em nosso  Blog, a mensagem de um companheiro de Itapagé que ilustra o quadro confuso que se estabeleceu na categoria antes mesmo de  esgotar-se o prazo estabelecido pelo governo para o retorno às aulas:

Aqui em Itapajé a maioria dos professores que estavam em greve desde o começo da greve estadual retornaram as aulas ainda nesta terça-feira(dia 13/09) , mas há ainda professores em greve, só que da forma como foi colocada em uma rádio local por um destes professores ficou parecendo que todos retornaram, eu mesmo liguei para a rádio e avisei que ainda haviam professores grevistas, mas a informaçã só saiu bem no final, e até mesmo alguns radialistas desta rádio parece que querem agir na contrainformação pois postaram em seus blogs a informação sem a minha ressalva , ou seja : colocaram que todos voltaram as aulsa e alguns podem voltar desde que caia a liminar, E NÓS que estamos em greve, não somos dignos nem de ser citados, obedecemos democraticamente a vontade da maioria , da Assembléia.
Peço que quem ler este desabafo e seja favorável a greve que "bombardeie" os sites destas rádios e os blogs de seus radialistas com mensagens, não ofensas, mas tornando claro que a GREVE em Itapajé ainda continua , que há professores obedientes a Assembléia geral, pode parecer pouco, eles podem até ser indiferentes a este"bombardeio" ,mas para nś aqui já seria de grande ajuda, há tb o fone de uma das rádios : a Atitude FM ,aqui de Itapajé que é
(85) 3346-1000 begin_of_the_skype_highlighting              (85) 3346-1000      end_of_the_skype_highlighting ,todos os dias a partir de 12 horas vai ao ar nela o jornal integração , que é o principal veiculo da informação da cidade, eles às vezes gravam e editam as notícias por isso, nos ajudem digam bem claro que em Itapajé há professores estaduais em greve,uma minoria,da escola monsenhor catão(GRUPÃO),mas há e que estes estão respeitando a Assembleia geral dos professores estaduais ,colaborem conosco, pois até mesmo alguns de nossos colegas não o fazem mais, liguem ,liguem, peçam para bombardear de telefonemas esta rádio e bombaredeiem principalmente este blog que discorda da verdade: http://www.blogdomardem.blogspot.com/
Os sites das rádios são: http://www.atitudefm969.com.br/
http://www.radioguanaces.com.br/novo/
http://hawaifm.com.br/


Agradeço desde já , para vcs pode parecer pouco,mas para nós uma ligação que for levada ao ar, ou uma nota de apoio já é grande coisa.


Devemos guardar respeito pela valentia de valorosos lutadores que defendem ardentemente a manutenção da greve, conforme deliberado pela assembléia. Aos que  abandonam por derradeiro o campo da batalha o general confia o arremate final na vitória ou a proteção da retaguarda de seu exército em retirada. Dão inegável prova de coragem e destemor. Nesse caso,  são um exemplo a ser seguido.
Entretanto, não se diga que os que retornam à sala de aula não já tenham dado ampla demonstração de  coragem também. Talvez a única diferença entre os dois segmentos resida no fato dos últimos serem  mais sensatos. Não retornam por medo, talvez para algum assim o seja, o que é natural, pois quem tem, tem medo. Perceberam que o movimento perdeu seu impacto inicial e tende a cair em  cansativa e perigosa queda de braço com o governo e o judiciário, perdendo-se cada vez mais do foco inicial que impulsionou a sua deflagração.   Além do mais, abrem-se novas perspectivas de retomada de negociações com o governo. Resistir a isso é nos colocar na melindrosa situação de intransigência que  poderá comprometer a situação da categoria frente à opinião pública, incluindo-se nela principalmente,  nossos alunos e seus pais. Guardemos nossas energias e disposição para  momentos mais decisivos  em que se farão  muito necessárias. Com certeza acontecerão.  O sinal está dado. A luta não deve cessar. Apenas procura outras formas de continuidade, sem desconsiderar a possibilidade de retomada da forma ainda há pouco descartada. Mas para isso temos de reparar nossos equipamentos, cuidar das provissões , curar as feridas, enfim , arrumar o acampamento e se colocar em estado de prontidão. Enfim, é na sabedoria estratégica dos antigos romanos que mais uma vez encontramos as palavras  que descrevem melhor a disposição do espírito que podemos e devemos incorporar nessa circunstância:
Si vis Pacem, Para Belum;  Se queres a paz, prepara-te para a guerra.

AOS COMPANHEIROS QUE JÁ ESTÃO EM SALA DE AULA
Indo mais amiúde na mensagem do companheiro de Itapagé, é importante esclarecer que em seu conteúdo descreve a situação que já denunciávamos no texto no qual o comentário foi postado. Como o companheiro mesmo descreve, a maioria dos professores retornou à sala de aula, enquanto uma minoria permanece em greve. Podemos concluir com base em seus argumentos, ser possível que já não creia que se logre alguma vitória por essa  via, ao menos nesse momento, uma vez que alega a permanência na greve fundamentalmente por respeito à decisão da assembléia.  
Não comungamos com a atitude dos colegas que retornaram para as escolas e, antes disso, não foram à assembléia apoiar essa proposta,  há dias defendida pelo sindicato.  Por que agem assim? Por acaso lhes é menos vergonhoso quebrar a disciplina de nosso movimento e deixar que os demais permaneçam  sozinhos em greve, do que voltar para sala de aula como se estivessem com medo das ameaças do governo? É bem provável que,  entre os que retornam  estejam muitos que aplaudiam calorosamente  àqueles que os chamavam a enfrentar até às últimas consequências, as ameaças do governo às sanções previstas por ele e o judiciário. Certamente estão os que há tempo  já atinavam com a possibilidade do recuo, mas perderam a paciência com o regime das assembléias, onde essa proposta era tratada de forma religiosa, como um verdadeiro pecado, digno de excomunhão. Se a causa é essa, até se compreende, embora com isso não se procure justificar sua conduta.
Mas não cabe a nós fazer juízo de valor sobre as atitudes de nossos colegas. Que cada um o faça consigo em sua consciência.  Mas é fato que parcela considerável da categoria retornou às escolas enquanto outra permanece em greve. Nossos esforços foram envidados no sentido de se evitar esse quadro. Se tivéssemos providenciado um recuo tático de fato, como uma ação organizada pelo conjunto  conforme viemos defendendo até aqui, não estaríamos  vivenciando essa situação. Agora, não podemos afirmar categoricamente que não haverá punições e que o temor dos companheiros é infundado, apenas para garantir a continuidade da greve até não se sabe quando; muito embora achemos, pelo andar da carruagem, que a próxima assembléia dificilmente endosse essa proposta mais uma vez.
Esta é a hora do sindicato APEOC apresentar um plano de lutas compatível com a situação, apesar das coisas estarem acontecendo fora do tempo que pretendíamos para encaminhar a resistência por dentro das escolas.  
Digno de louvor a atitude dos companheiros e companheiras que convencidos de que era hora de promover o recuo, muito embora  até a véspera apostassem na  sua continuidade, dirigiram-se à assembléia para defender e votar nessa proposta. Demonstraram correção e responsabilidade com a condução do processo. Um outro grande exemplo a ser seguido.
Quanto aos companheiros e companheiras em sala de aula ainda estão em tempo de contribuírem no sentido de  corrigir essa anomalia do movimento, se fazendo presentes na assembléia contribuindo com o debate e o fortalecimento de nossa organização e de sua instância maior. Se enfrentaram até agora o governo, suas manobras  e, até há pouco, suas ameaças, não devem temer aos colegas que promovem o assédio moral como arma de convencimento. Não podemos na qualidade de cidadãos e, entre todos os cidadãos, professores, se curvar diante desse método nefasto.
Exercitemos a divergência  mantendo profundo respeito pelo outro que pensa diferente e embora discordando de sua opinião, defender-lhe o direito de portá-la, expô-la e nela votar sem nenhum constrangimento. Respeitando esses valores estaremos cumprindo o papel de educadores que educam para a democracia porque sabemos praticá-la em nossos  espaços de debate e decisão.

TODOS À ASSEMBLÉIA!

Vaia – Wikipédia, a enciclopédia livre

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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

OS MÉTODOS COERCITÍVOS DE GRUPOS POLÍTICOS NA GREVE/2011

Esta foi minha primeira participação em assembléia na greve/2011. Apesar de frisar a unidade da categoria, atente-se para o comportamento dos professores e professoras no canto esquerdo do vídeo. Nem completara ainda 2 minutos de fala, prevista para 3 min  já forjavam impaciência e cobravam da mesa seu encerramento. Ao longo de toda a campanha o comportamento dos agrupamentos políticos de oposição tem estado pautado pela intolerância sectária e a pura e simples maleducação

http://www.youtube.com/watch?v=0dhq5p2PWpQ&feature=player_embedded

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

NÃO FIQUEMOS APENAS OLHANDO PARA TRÁS COM IRA


O fato de em duas assembléias agitarmos a proposta de recuo da greve para o  estado de greve, não quer dizer que concordemos com os companheiros e companheiras que promovem esse movimento de forma precipitada, antecipando-se  à assembléia da categoria. Não deixa de ser uma forma desorganizada de retorno, que é  justamente o que temos querido evitar. Não  nos interessa  um recuo a qualquer custo. Temos dito que o fim da greve em sua forma ostensiva, não é o fim da luta. Pensam assim aqueles que resumem seu conceito de luta  a esse instrumento  fundamental, mas não o único,  de que  os trabalhadores lançam mão para a consecução de seus objetivos.  Por essa perspectiva resválasse  facilmente no sentido do desvio espontaneista  da “greve pela greve”.  
Os  críticos do sindicato aproveitam esse momento para apontar seus dedos acusadores em nossa direção  tentando confirmar a tese segundo a qual o sindicato APEOC, mesmo deflagrando e financiando a greve, será sempre tido como inimigo das greves. Mas, das serpentes só podemos mesmo esperar a crítica rastejante que traz embutido o veneno da maledicência de efeito letal para o pensamento crítico.  
Por que defendemos o recuo tático para o estado de greve? Arrolamos a seguir  alguns motivos que nos parecem suficientes para  justificar a proposta.
A questão jurídica se mostra de modo muito mais relevante nesse momento. Alguns nos questionam sobre termos tido todo o cuidado no início do movimento em se prevenir contra as situações que poderiam nos levar à ilegalidade e,  mesmo assim, o judiciário desconsiderou  esses esforços determinando  sua suspensão, tornando-a na prática ilegal. Se recordarem bem, já  dizíamos que aquelas medidas aplicavam-se às situações previsíveis, sendo impossível prevenir -mo- nos  quanto às ações e argumentos falaciosos assacados por um governo que, por conta de sua força política, poderia exercer pressão eficaz sobre o judiciário.   
O fato é que, através de falácias e manobras ardilosas o governo,  junto com seus lacaios no judiciário, acabou por nos levar a uma situação de insegurança jurídica.  Por mais revoltante  que seja  esse resultado temos de reconhecer que vivemos em um Estado de Direito pelo qual lutamos para que se estabelecesse, em detrimento de um Estado de Exceção que dirigiu os destinos da nação por exatos vinte anos. Encontra-se assentado sobre bases muito sólidas, não havendo nada na realidade que indique uma crise do Estado burguês no Brasil, de modo a nos permitir assumir atitude aberta de desobediência civil diante de uma decisão judicial. Podemos e devemos questionar a legitimidade da lei antigreve, mas seria no mínimo voluntarista de nossa parte pensar que nessas condições iremos dobrar, agora não apenas o Governo estadual, mas o próprio arcabouço jurídico nacional e seu bastião conservador  no STF.  Já diziam os romanos, Dura Lex, Sed Lex;  a lei é dura,  mas é a lei! Uma das características das greves que pipocaram pelo país afora no último período, foi empreender  tentativas de resistir a essas decisões judiciais.  Entretanto, até agora todas malograram nesse intento; então, se é assim,  por que insistir nisso?

Outro  fator reside no fato  da greve já estar sofrendo fissuras que só  tendem a se alargar. Isso se dá em parte devido às pressões do governo e pais pelo retorno às escolas e também,por conta da intensa propaganda negativa dos opositores contra o sindicato, semeando desconfiança e insegurança. Surte efeito na medida em que se baseiam  em querelas históricas no interior do movimento sindical dos trabalhadores em educação do Ceará além de preconceitos arraigados contra os sindicatos em geral. Se com isso pretendiam dar prorrogação à greve, na verdade acaba por gerar efeito contrário, despertando insegurança nos professores ao perderem a já tênue confiança  em quem conduz o movimento.
 Lamentavelmente muitos professores e professoras não tiveram paciência para aguardar a decisão da assembléia, e assim podermos promover um recuo  organizado.   Não é de se admirar tampouco, em face dos métodos intimidatórios que os raivosos passam a utilizar com mais intensidade à medida  em que a greve vai se estiolando. Acusam aos colegas que já não consideram possível a continuidade da greve, e esperamos que  não pensem isso  da luta, de se deixarem tomar pela covardia. Ora, se existe alguma covardia a ser denunciada, ela está justamente na omissão de quem ao considerar inútil a continuidade da greve, ao menos na forma e no sentido para onde está sendo conduzida, vira as costas para as decisões tomadas coletivamente nas assembléias, por mais equivocadas que sejam. Os companheiros e companheiras têm que entender que o sindicato não representa apenas aos trabalhadores que fazem e até podem  gostar de fazer greves, mas a todos os integrantes da categoria, inclusive a qualquer um que seja absolutamente avesso a greves. Seu espaço e seu direito de expressão nas assembléias  é sagrado e ninguém tem o direito de questioná-lo. E menos  ainda de privar os colegas do direito de ouvir as opiniões dos demais, como fazem calculadamente . Com sua presença podemos ter uma idéia mais fiel da realidade sobre a qual teremos de atuar e podermos fazer uso das táticas e estratégias adequadas para cada situação. Ao agirem assim espantam os trabalhadores do espaço da assembléia, e nos levarão a tomar decisões necessariamente enganosas que atendem às expectativas de apenas um segmento.
Sendo assim, queremos manifestar nosso repúdio  aos métodos de intimidação e ao jogo sujo de mentiras e informações truncadas de quem deseja manter a continuidade da greve por meio de artifícios que servem apenas para desgastar essa preciosa e custosa ferramenta de luta.
É verdade que a princípio os alunos e os pais prestaram total solidariedade á greve. Mas esse é o tipo do apoio que tem limites que vão se estreitando conforme se prorroga o impasse. Apóiam sim, mas na perspectiva de que não seja algo prolongado, e quando acontece,  começam a perder a paciência e transferem a pressão no sentido da finalização da greve. . Sabemos que por trás está o governo  e sua máquina de propaganda manipulando suas insatisfações.  Temos de ter essa compreensão, para que não percamos definitivamente o apoio desses segmentos e se crie uma nova frente de luta contra quem poderia vir a manter seu apoio se déssemos demonstração de nossa vontade em não prejudicá-los.
A proposta de recuo representaria um golpe na greve se ficasse reduzida a isso simplesmente. Seria de fato provocar seu  encerramento como nos acusam nossos opositores. Mas ela se dá no contexto das situações acima arroladas, devendo  implicar num plano de lutas específico para essa conjuntura.
Um dos problemas da greve reside na dispersão que muitas vezes tende a ocorrer quando se torna muito prolongada. É certo que as redes sociais atenuaram em muito essa deficiência, mas não temos ainda a estatística que nos dê a medida de seu alcance junto à categoria.
 No  interior do estado o professor sente mais de perto as pressões, pois vive em estreita relação com os alunos e seus pais,  para além dos muros da escola. Devido às relações diretas e pessoais nessas áreas, fica-se  mais suscetível às pressões. Nos centros urbanos maiores e na  capital ainda há forte resistência, mas não podemos  prever até quando.  Muitos colegas diante desse informação, procuram afirmar a resistência como algo positivo apostando em algum fato novo que possa reanimar a greve. Nesse caso, fica-se ao sabor do acaso e das contingências.  Aqui já se pode perceber uma contradição nos defensores da continuidade ostensiva da greve: se é admissível que parte da categoria permaneça em greve, a título de isso representar um ato de resistência  por que não poderia demonstrar essa resistência com a manutenção do estado de greve, que deve se seguir ao recuo tático definido pelos professores em assembléia?   Alem disso, arrazoemos,  quando uma parte decide se manter em greve enquanto outros já  retornaram  às escolas, sem falar nos que já planejam esse retorno, apesar de até votarem pela sua continuidade na assembléia,  teremos apenas uma parte atuando. Ao passo que, decidindo-se pelo recuo para o estado de greve, que é na verdade a proposta,teremos o conjunto homogêneo da categoria nessa posição O retorno à escola nos permitiria a retomada do processo interativo direto entre os professores e alunos. Devemos aproveitar para nos rearticularmos, reforçando a organização no local de trabalho e nos zonais, debatendo os rumos do movimento e a evolução das negociações que devem ser retomadas junto ao governo. É a oportunidade também de se reforçar as finanças do movimento diante da possibilidade de uma possível retomada do enfrentamento direto. Cabe ao sindicato principalmente a tarefa de cimentar essa articulação, mas não somente a ele, que deverá contar com a colaboração dos comandos locais e de um geral, conforme os já existentes agora.
Isso exposto não entendemos quando companheiros insistem em dizer que isso é uma tática derrotista.  Será mesmo!? Não seria derrotista a estratégia copiada de movimentos que já foram derrotados justamente por ir no sentido que apontam os companheioros que defendem a manutenção da greve na forma em que ela está sendo conduzida, batendo de frente com o governo e a justiça?
É fundamental que os companheiros mais radicalizados e empolgados com a continuidade ostensiva da greve , percebam que sem a participação dos colegas que já retornaram e dos demais  que preparam um retorno "à francesa", ou seja , "de fininho", continuarão em um movimento que já se apresenta numa curva declinante , contribuindo para que ao seu final  encontre-se  apenas a dispersão.  E essa tem sido historicamente a marca mais negativa de nossas greves.  
Olhemos e andemos para frente, lembrando que sempre haverá tempo para modificarmos nosso modo de ver as coisas e de criarmos novas maneiras de agir sobre elas.

domingo, 18 de setembro de 2011

CONSCIÊNCIA CRÍTICA PARA LUTAR (Nova edição)

A greve dos professores do Ceará vive sua conjuntura mais complexa. Do lado do governo adotou-se o silêncio de quem espera ver o adversário se consumir no cansaço e na cizânia. De sua parte o poder judiciário  forneceu a mais eloqüente prova de sua subserviência, decretando a suspensão da greve com base em argumentos falhos  que se impõem apenas por conta do poder discricionário que se concede a um desembargador.Poder discricionário esse que, não raras vezes,  age em benefício do mais poderoso. Do lado dos grevistas, passou a predominar a visão e a ação por vezes inconsciente e inconseqüente de quem, na prática, ajuda o governo no seu propósito de espremer e asfixiar o movimento.  
Temos de reconhecer que o sindicato foi atropelado na direção da greve por agrupamentos políticos que, através de discursos ardilosos e manobras capciosas, confundiram a base, confundindo-se com ela, capturando as ilusões de amplos setores da categoria.  Suas concepções dogmáticas não lhes permitem captar a variedade cromática do mundo porque só conseguem percebê-lo em duas cores;  Pintando assim, um quadro conceitual de natureza morta, e mortal, pois ao almejar o impossível, impede a categoria de vislumbrar e de se empenhar na construção do possível. 
A APEOC, infelizmente, contribuiu de maneira decisiva para que chegássemos a esse estado de coisas, cometendo graves equívocos. Seria mais correto dizer, um grave equívoco, que foi se desdobrando em outros menores que têm comprometido todos os esforços posteriores para levar o movimento à vitória.
Não falhou no cumprimento de suas obrigações para com o esforço de greve, como leviana e cinicamente acusam seus raivosos opositores.  Pelo contrário, encerradas as negociações de forma unilateral pelo governo, não hesitou em deflagrar a greve, garantindo-lhe toda a estrutura necessária para que de fato acontecesse. No entanto, a se basear no que dizem os da patuléia de oposição que se alimentam do afã de difamar o sindicato, acusam-no de ser contrário à greve, de estar sabotando a luta e de estar se eximindo de disponibilizar os recursos necessários para sua sustentação financeira. Acusações falsas baseadas em ilações, hipóteses e futricas temperadas com discursos  carregados de chavões e ideologismo vazio. Para se comprovar isso não se precisa de muito esforço; afinal, quem pagou pelos ginásios onde se realizam as assembléias, equipamentos e carros de som, boletins e outros materiais, transporte e infra-estrutura em geral!? Em alguns locais, muitas vezes por conta da celeridade das ações a serem realizados, eventualmente  companheiros e companheiras se cotizaram junto com  as comunidades   para dar encaminhamento a uma ou outra atividade de menor envergadura.
Portanto não foi por aí que a APEOC pecou. Seu erro se deu justamente no excesso de confiança e de boa vontade depositadas em quem não merecia gozar de nenhum desses benefícios. Em quem desde o início do processo demonstrou desconfiança e má vontade com a linha de trabalho e de luta adotados pela entidade. Depreciaram e ainda depreciam os resultados das negociações e tentaram antecipar a deflagração da greve visando abortá-la em seu nascedouro. Paradoxalmente, depois de deflagrada, foram alçados à sua direção através  de um comando que passou a ser composto em sua maioria pelos inimigos da APEOC na categoria. Fracassados em sua tentativa de abortá-la passaram a atuar no sentido de impedir qualquer possibilidade de resultado positivo para a greve, com manobras que visam manter o movimento radicalizado e imune a qualquer brecha que permita a superação do impasse com o governo. A unidade que até recentemente representava para eles uma palavra maldita, pois não podiam se misturar aos “pelegos” da APEOC, agora é arrotada acintosamente e manipulada para promover a “unidade” para derrotar.
 É a mesma "unidade" que o parasita promove junto ao corpo hospedeiro para sugar sua seiva vital até reduzi-lo à inação. 
Costumam demonizar ou menosprezar alguns dos procedimentos e ações que se apresentam como recursos fundamentais para levar a luta sindical à vitória. Em seu entendimento, toda negociação p ex, nãopassa de “negociata”. Foi a APEOC quem reabilitou na categoria o conceito de negociação como um momento fundamental da luta, e até mesmo fazê-la reconhecer como próprio da rotina da atividade sindical. Antes disso, fizemos ver a importância da unidade nas lutas, numa época que se encerravam as assembléias do SINDIUTE religiosamente com a proposta protocolar de desfiliação em massa da APEOC. Promovendo-se um verdadeiro concurso entre as correntes ultras esquerdistas para saber quem batia com mais força e gás no sindicato. Nos dias de hoje tentam se apresentar como os campeões da unidade repetindo mecanicamente essa palavra, sem que expliquem qual o significado que ela tem para eles. Mas não precisam explicar nada, pois a cada dia que passa fica mais claro que invocam a unidade para derrotar e não para aumentar as possibilidades de vitória. Isso porque a vitória dos professores do estado significaria um terrível contraste com a derrota acachapante da greve do magistério municipal, conduzida, melhor dizendo, mal conduzida por eles.  Derrotados por  lá, correram para garantir seu espaço no Comando de Greve dos  estaduais, encampada pela APEOC. Encontraram seu Cavalo de Tróia, introduzido na greve para sabotá-la a partir de dentro. É isso precisamente o conteúdo de seu conceito deformado de unidade.
Que defendemos nesse momento um recuo tático da categoria para o Estado de Greve não é estranho a ninguém.  No desenrolar de um confronto essa possibilidade não pode ser de maneira alguma desconsiderada, tanto na luta sindical, como em diversas outras esferas da vida social. Seja na guerra, no esporte, e até mesmo no embate cotidiano pela sobrevivência e conquista de seu espaço na vida em sociedade, qualquer indivíduo é forçado a promover algum movimento de recuo diante de uma dificuldade que se revele de difícil superação. Como já dissemos em outra ocasião, ter coragem e estar com a razão é condição necessária, mas não suficiente para se obter êxito  em um enfrentamento. Quando este se revela longo e cheio de percalços então se deve mais ainda levar em conta essa possibilidade.
 Hoje atacam essa tática como uma verdadeira heresia que sequer pode ser considerada e posta para discussão. Quem a sugerir arrisca ser xingado, maltratado e atingido em sua honra e dignidade.  Adota-se um senso comum enrijecido, que não permite  qualquer tipo de questionamento. Enfim, uma postura dogmática que serve de campo de cultura para o florescimento de doutrinas de matriz proto fascistas que nessa fase,  costumam se confundir com pretensos ativismos de esquerda. Uma espécie de fascismo vermelho, por mais estranho que possa parecer esse conceito.
 Ora, esse modo de ver e tratar as coisas são extremamente prejudiciais ao andamento da luta, funcionando como um antolho que impede de se enxergar algo além daquilo que está imediatamente a frente, se andando como um rebanho que marcha celeremente em direção ao matadouro. Não consideram cenários que se apresentem como alternativos àquele que o antolho lhes permite ver, de tal maneira que não se ocupam a dar ouvidos a quem possa lhes sugerir caminhos diferentes.
Afinal, os professores, mais do ninguém, sabem o quanto a ignorância é arrogante!
Em face do exposto, mais uma vez chamamos a atenção para o diferencial de nossa categoria em relação aos demais setores da classe trabalhadora, justamente por ter o saber e a cultura como a matéria prima de seu trabalho. Sendo assim, ao menos deveria contar com ferramentas intelectuais minimamente suficientes para imunizá-la desse tipo rude e grosseiro de pensar e agir.
Em um momento como esse é que devemos exercer com toda propriedade o que sempre alegamos querer desenvolver em nossos alunos no dia a dia da sala de aula, mas que vemos não passar de um discurso desprovido de qualquer conteúdo na boca de alguns de nossos colegas: a consciência crítica.
   

sábado, 17 de setembro de 2011

.:: Justiça diz que greve é ilegal ::.

Nova decisão em caráter liminar torna greve dos companheiros mineiros ilegal. Mais um capítulo da novela promovida em torno dessa legislação imoral e autoritária.
.:: Justiça diz que greve é ilegal ::.

Anuncian estudiantes colombianos paro nacional similar al de Chile | WEBGUERRILLERO

Anuncian estudiantes colombianos paro nacional similar al de Chile WEBGUERRILLERO

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Blog da Militância: Brasília passa a ter acesso gratuito à internet na região central da cidade

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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Camila Vallejo: “No basta con cambiar la educación” ( + video) | La pupila insomne

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TERRA BRASILIS EDUCACIONAL: Pontuação e Acentuação Gráfica - Prof. DiAfonso

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A religião contra o Estado « Cirandeiras

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A Contra-Cultura na crise de Civilização « Cirandeiras

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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

CONSCIÊNCIA CRÍTICA PARA LUTAR

A greve dos professores do Ceará vive sua conjuntura mais complexa. Do lado do governo adotou-se o silêncio de quem espera ver o adversário se consumir no cansaço e na cizânia. De sua parte o poder judiciário  forneceu a mais eloqüente prova de sua subserviência, decretando a suspensão da greve  com base em argumentos falhos  que se impõem apenas por conta do poder discricionário que se concede a um desembargador.Poder discricionário esse que, não raras vezes,  age em benefício do mais poderoso. Do lado dos grevistas, passou a predominar  a visão e a ação por vezes inconsciente e inconseqüente de quem, na prática, ajuda o governo no seu propósito de espremer  e asfixiar  o movimento.   
Temos de reconhecer que o sindicato foi atropelado na direção da greve por setores que, através de discursos ardilosos e manobras capciosas, capturaram as ilusões de amplos setores da categoria, confundindo a base ao se confundir com ela.  Suas concepções dogmáticas não lhes permite captar a variedade cromática do mundo porque só conseguem percebê-lo em  duas cores.  Pintando assim  um quadro conceitual de natureza morta e mortal,  pois  ao almejar o impossível, impede a categoria de vislumbrar e de se empenhar na construção do possível. 
A APEOC, infelizmente, contribuiu de maneira decisiva  para que chegássemos a esse estado de coisas, cometendo graves equívocos. Seria mais correto dizer, um grave equívoco, que foi se desdobrando em outros menores que têm comprometido todos os esforços posteriores para levar o movimento à vitória.
Não falhou no cumprimento de suas obrigações para com o esforço de greve, como leviana e cinicamente acusam seus raivosos opositores.  Pelo contrário, encerradas as negociações de forma unilateral pelo governo, não hesitou em deflagrar a greve, garantindo-lhe toda a estrutura necessária para que de fato acontecesse. No entanto, a se basear no que dizem  os da patuléia de oposição que se alimenta do afã de difamar o sindicato, acusam-no de ser contrário à greve, de estar sabotando a luta e de estar se eximindo de disponibilizar os recursos necessários para sua sustentação  financeira. Acusações falsas baseadas em ilações, hipóteses e futricas temperadas com discursos  carregados de chavões e ideologismo vazio. Para se comprovar isso não se precisa de muito esforço, afinal quem pagou pelos ginásios onde se realizam as assembléias, ou acham que foram e são cedidos gratuitamente? Além disso, financiou os carros de som, boletins e outros materiais utilizados em manifestações, transporte e infraestrutura em geral. Em alguns locais, mais por conta da celeridade das ações a serem realizadas, companheiros se cotizaram para dar encaminhamento a uma ou outra atividade de menor envergadura.
Portanto não foi por aí que a APEOC  pecouSeu erro se deu justamente no excesso de confiança e de boa vontade depositadas em quem não merecia gozar de nenhum desses benefícios. Em quem desde o início do processo demonstrou desconfiança e má vontade com a linha de trabalho e de luta adotados pela entidade. Depreciaram e ainda depreciam os resultados das negociações e tentaram antecipar a deflagração da greve visando abortá-la em seu nascedouro. Paradoxalmente, depois de deflagrada a greve, foram alçados à sua direção através  um comando  que passou a ser composto em sua maioria pelos inimigos da APEOC na categoria. Fracassados em sua tentativa de abortá-la passaram a atuar no sentido de impedir qualquer possibilidade de resultado positivo para a greve, com manobras que visam manter o movimento radicalizado e imune a qualquer brecha que permita a superação do impasse com o governo. A  unidade que até recentemente representava para eles uma palavra maldita, pois não se podiam se misturar aos “pelegos” da APEOC, agora é arrotada acintosamente e manipulada para promover a “unidade”para derrotar. 
 É a "unidade" que o corpo hospedeiro tem com o parasita que lhe  suga a seiva  até reduzi-lo à inanição. 
Costumam demonizar alguns procedimentos e ações que se apresentam como recursos fundamentais para levar uma luta à vitória. Foi a APEOC quem reabilitou na categoria o conceito de negociação como um momento fundamental da luta,e até mesmo fazê-la reconhecer como próprio da rotina da atividade sindical. Antes disso, fizemos ver a importância da unidade nas lutas, numa época que se encerravam as assembléias do SINDIUTE religiosamente com uma proposta protocolar de desfiliação em massa da APEOC. Promovia-se um verdadeiro concurso entre as correntes ultra esquerdistas para saber quem batia com mais força e gás no sindicato. Nos dias de hoje tentam se apresentar como os campeões da unidade repetindo mecanicamente essa palavra, sem que expliquem qual o significado que ela tem para eles. Mas não precisam explicar nada pois a cada dia que passa fica mais claro que invocam a unidade para derrotar e não para aumentar as possibilidades de vitória. Isso porque a vitória dos professores do estado significaria um terrível contraste com  a derrota acachapante da greve dos professores do município de Fortaleza conduzida por eles. Derrotados lá, correram para garantir seu espaço no comando de greve da APEOC, transformando-o num verdadeiro Cavalo de Tróia.
Que defendemos nesse momento um  recuo tático da categoria nessa greve não é estranho a ninguém. No desenrolar de um confronto essa possibilidade não pode ser de maneira alguma desconsiderada, tanto na luta sindical, como em diversas outras esferas da vida social. Seja na guerra, no esporte, e até mesmo no embate cotidiano pela sobrevivência e conquista de seu espaço na vida em sociedade, qualquer indivíduo é forçado a promover algum movimento de recuo diante de uma dificuldade que se revele de difícil superação. Como já dissemos em outra ocasião, ter coragem e estar com a razão são condições  necessárias, mas não suficientes para se obter êxito  em um enfrentamento. Quando este se revela longo e cheio de percalços então deve mais ainda levar-se em conta essa possibilidade.
 Hoje atacam essa tática como uma verdadeira heresia que sequer pode ser considerada e posta para discussão. Quem a sugerir arrisca ser xingado, maltratado e atingido em sua honra e dignidade.  Adota-se um senso comum enrijecido, que não permite  qualquer tipo de questionamento. Enfim, uma postura dogmática que serve de campo de cultura para o florescer das doutrinas de matiz protofascistas que nessa fase,  costumam se confundir com pretensos ativismos de esquerda. Uma espécie de  fascismo vermelho, por mais estranho que possa parecer esse conceito.
 Ora, esse modo de ver e tratar as coisas é extremamente prejudicial ao andamento da luta, funcionando como um antolho que impede de se enxergar algo além daquilo que está imediatamente  a frente, se andando  sempre  em marcha de rebanho que caminha celeremente na direção do matadouro. Não considera cenários que se apresntem como alternativos àquele que o antolho lhes permite ver, de tal maneira que não se ocupam a dar ouvidos a quem possa lhes sugerir caminhos diferentes. Os professores mais do ninguém sabem o quanto a ignorância é arrogante. 
Em face do exposto, mais uma vez chamamos a atenção para o diferencial de nossa categoria em relação aos demais setores da classe trabalhadora, justamente por ter o saber e a cultura como a matéria prima de seu trabalho. Sendo assim, ao menos deveria contar com ferramentas intelectuais que a imunizassem desse tipo rude e grosseiro de pensar e agir.
Em um momento como esse é que devemos exercer com toda propriedade o que sempre alegamos querer desenvolver em nossos alunos no dia a dia da sala de aula, mas que vemos não passar de um discurso desprovido de qualquer conteúdo na boca de alguns de nossos colegas, a consciência crítica.
   

:: Le Monde Diplomatique Brasil ::

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Ao vivo: abertura de seleção para unidades de educação infantil e quadras poliesportivas do PAC 2 » Blog do Planalto

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OpenSante: OEA não condena mais Belo Monte: “faltou informaçã...

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Carta Maior - Marcelo Salles - Ultra-capitalismo: do terrorismo ao calote mundial

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Carta Maior - Laurindo Lalo Leal Filho - Internet assusta os poderosos

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Carta Maior - Blog do Emir Sader - Minhas lembranças do 11 de setembro

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Carta Maior - Internacional - O relato de um jornalista chileno que viajou pelo inferno de Pinochet

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Carta Maior - Internacional - O espectro da moratória percorre a Europa

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

E AGORA, QUE FAZER?

E AGORA, QUE FAZER?
A cada dia que passa complica-se a situação de nossa greve. Gostaríamos  de estar dizendo algo diferente. Seria ótimo se pudéssemos dizer que está de vento em popa, que tudo aponta para uma provável, quando não, para uma vitória certa. Até tentam nos obrigar a isso, ou seja, mentir para manter artificialmente a greve em sua forma clássica. Na verdade encontramo-nos diante de uma perigosa encruzilhada onde o quadro de indecisão que se instalou tende a nos empurrar para uma opção cega, ao sabor dos acontecimentos e da revolta sectária que se confunde com a simpatia pelo discurso revolucionário que pensam fazer alguns de nossos companheiros. Seria melhor dizer que se trata de um discurso  pseudo revolucionário. Assim o é porque proferido pela ultra esquerda que ao longo da história, e não apenas do movimento sindical, provou sua esterilidade.  É a idologia dos dogmáticos , que não conseguem ultrapassar os limites do pensaento manikqueísta e dualista. Não captam a variedade cromática do mundo porque só conseguem percebê-lo em  duas cores, inserido por demntro de um quadro conceitual de natureza morta e mortal pois  ao almejar o impossível, impede a categoria de vislumbrar e de se empenhar na construção do possível. 
A greve dos professores do ceará vive sua conjuntura mais complexa. Do lado do governo adotou-se o silêncio de quem espera ver o adversário se consumir no cansaço e na cizânia. A justiça, por sua vez forneceu a mais eloqüente prova de sua subserviência, declarando a greve ilegal com base em argumentos falhos e fracos que se impõem apenas por conta do poder discricionário que se concede a um desembargador,  que age muitas vezes de modo a beneficiar o mais poderoso. Do lado dos grevistas, a ação por vezes inconsciente e inconseqüente de quem, na prática, ajuda o governo no seu propósito de espremer  e asfixiar o sindicato.   
O sindicato cometeu graves equívocos. Não que tenha falhado ou faltado em suas obrigações para com o movimento grevista em si. Pelo contrário, encerradas as negociações de forma unilateral pelo governo, não hesitou em deflagrar a greve, garantindo-lhe toda a estrutura necessárria para que de fato acontecesse, muito embora a se basear no que dizem seus  raivosos opositores no  afã de difamar o sindicato, acusa-o cinicamente de ser contrário à greve, de estar sabotando a luta e de estar se eximindo de oferecer os recursos necessários para sua sustentação  financeira.acusações falsas baseadas em ilações, hipóteses e futricas temperadas com discursos de carregado de ideologismo vazio e chavões igualmente. Portanto não foi por aí que a APEOC  errou.   seu mais grave erro se deu justamentei pelo excesso. Excesso de confiança e de boa vontade. Confiança e boa vontade dedicadas a quem não merecia gozar de nenhum desses benefícios. A quem desde o início demonstrou desconfiança e má vontade com a linha de trabalho e de luta adotados pela entidade. Depreciaram e ainda depreciam os resultados das negociações e tentaram antecipar a deflagração da greve visando abortá-la em seu nascedouro. Paradoxalmente, depois de deflagrada a greve, foram alçados à sua direção através De um comando  que passou a ser composto em sua maioria pelos inimigos da APEOC na categoria. Fracassados em sua tentativa de abortá-la passaram a atuar no sentido de impedir qualquer possibilidade de resultado positivo com manobras que visam manter o movimento radicalizado e imune a qualquer brecha que permita a superação do impasse com o governo.  A  unidade que até recentemente representava para eles uma palavra maldita, pois não se podia se misturar aos “pelegos” da APEOC, agora é arrotada levianamente e manipulada para promover a “unidade”para derrotar.  É a unidade que o parasita promove para sugar a seiva de um organismo saudável até reduzi-lo à inanição.
 e podem ser adotadas legitimamente com o intuito de fazer vitorioso o movimento. Foi a APEOC quem reabilitou na categoria o conceito de negociação como um momento fundamental da luta,e até mesmo fazê-la reconhecer como próprio da rotina da atividade sindical. Antes disso, fizemos ver a imoportância da unidade nas lutas, numa época que se encerravam as assembléias do SINDIUTE, com uma proposta protocolar de desfiliação em massa da APEOC. Promovia-se um verdadeiro concurso entre as correntes ultra esquerdistas, para ver quem batia com mais força e gás no sindicato. Nos dias de hoje tentam se apresentar como os campeões da unidade repetindo à boca forra essa palavra, sem que expliquem qual o significado que ela tem para eles. Mas não precisam explicar nada pois a cada dia que passa fica mais claro que invocam a unidade para derrotar e não para aumentar as possibilidades de vitória. Isso porque a vitória dos professores do estado significaria um terrível contraste com  a derrota acachapante da greve dos professores do município de fortaleza conduzida por eles que agora infestam o verdadeiro Cavalo de Tróia que é esse comando.
 Hoje atacam a possibilidade de um recuo tático como uma heresia que sequer pode ser considerada e posta para discussão. Quem levantar essa possibilidade arrisca ser xingado, maltratado e atingido em sua honra e dignidade. A massa adota esse comportamento como algo natural e obrigatório, próprio de um senso comum enrijecido, que não permite  qualquer tipo de questionamento. Enfim, uma postura dogmática que serve de campo de cultura para o florescer das doutrinas de matiz protofascistas que, nessa fase  se confundem muitaas vezes com pretensos ativismos de esquerda. Ora, esse modo de ver e tratar as coisas é extremamente prejudicial ao andamento da luta, funcionando como um antolho que impede de se enxergar algo além daquilo que está imediatamente  a frente, se andando  sempre  em marcha de rebanho que caminha célere na direção do matadouro. Não considera cenários variáveis daquele que o antolho lhe permite ver, de tal maneira que não se ocupa a dar ouvidos a quem possa lhe sugerir caminhos diferentes. Os professores mais do ninguém sabem o quanto a ignorância é arrogante. E mais uma vez chamamos a atenção para o diferencial de nossa categoria em relação aos demais setores da classe trabalhadora, justamente por ter o saber e a cultura como a matéria prima de seu trabalho.Justamente por ser a categoria que deveria contar com ferramentas intelectuais que a imunizassem desse tipo rude e grosseiro de pensar e agir.
Defendemos um  recuo tático isso não é estranho a ninguém mais. No desenrolar de um confronto essa possibilidade não pode ser de maneira alguma desconsiderada, tanto na luta sindical, como em diversas outras esferas da vida social. Na guerra, no esporte, e até mesmo no embate cotidiano pela sobrevivência e conquista de seu espaço na vida em sociedade qualquer indivíduo é forçado a promover algum movimento de recuo diante de uma dificuldade que se revele de difícil superação. Ter coragem e estar e estar com a razão é condição necessária, mas nem sempre suficiente para se obter êxito imediato em um enfrentamento. Quando este se revela longo e cheio de percalços então, deve se levar em conta mais ainda o recuo tático como alternativa necessária em alguns momentos do embate.
Em nosso caso, vários fatores se impõem no sentido de fazer com que trilhemos  esse caminho. Sem dúvida que o mais forte nesse momento  é a questão jurídica. Vivemos num Estado de Direito pelo qual lutamos e que se encontra assentado sobre bases sólida, não havendo nada na realidade que indique uma crise do Estado burguês no Brasil, de modo a nos permitir assumir atitude aberta de desobediência civil diante de uma decisão judicial. Podemos e devemos questionar a legitimidade da lei antigreve, mas seria no mínimo presunçoso de nossa parte pensar que nessas condições iremos dobrar, agora não apenas o Governo estdual, mas o próprio arcabouço jurífdico nacional. Dura Lex, Sed Lex, a lei é dura,  mas é a lei! Quem pensa assim certamente não conta com o pleno funcionamento das faculdades mentais.
O fato da greve já estar sofrendo fissuras que só têm se alargado e que, ao que tudo indica,  tendem a se alargar mais ainda. Lamentavelmente muitos professores e professoras não tiveram paciência para aguardar a decisão da assembléia, no sentido de um retorno organizado às aulas.      não contamos com essa cultura, e infelizmente, as práticas intimidatórias e gangsteristas que voltam a ser adotadas nas assembléias não permite que ninguém se sinta a vontade para expor honestamente seu ponto de vista, sob pena  de ser trucidado. No  interior onde o professor sente mais de perto a pressão dos alunos e  pais, dos diretores e da CREDE, por conta principalmente, da proximidade física e das relações primárias entre as pessoas nessas áreas, fica mais suscetível ao retorno.  Nos centros urbanos maiores e na  capital ainda há forte resistência, mas não podemos  prever até quando.  Muitos colegas diante desse informação, procuram afirmar a resistência como algo positivo apostando em algum fato novo que possa reanimar a greve. Nesse caso, fica-se ao sabor do acaso e das contingências. A resistência seria positiva, se está se resistindo em função de algo certo de acontecer em determinado instante e que depende da permanência do movimento de pé até àquele instante. Ou então é o caso de quem não tem absoluitamente outra alternativa afora aquela. Aqui já se pode perceber uma contradição nos defensores da continuidade ostensiva da greve: se é admissível que parte da categoria permaneça em greve, a título de isso representar um ato de resistência  por que não poderia demonstrar essa resistência com a manutenção do estado de greve, que deve se seguir ao recuo tático definido pelos professores em assembléia?   Alem disso, arrazoemos  quando uma parte decide se manter em greve enquanto outros já decidiram retornar às escolas, teremos apenas uma parte atuando. Ao passo que, decidindo-se pelo recuo para o estado de greve, que é na verdade a proposta,teremos o conjunto homogêneo da categoria nessa posição. Mantendo-se as aulas em horário reduzido, teremos o tempo necessário para ciscutirmos entre nós as variadas táticas que poderão ser utilizadas para o fortalecinento do movimento, e mais, reatar  o diálogo com os alunos e pais, até porque quando recuamos o fazemos também em função deles, pois havendo a possibilidade de renegociação, estaremos evitando que se perca mais dias letivos desnecessariamente.
É fundamental que os companheiros mais radicalizados e empolgados com a continuidade ostensiva da greve , percebam que sem a participação dos colegas que já retornaram e de outros que, apesar  de votarem pela continuidade, já planejam seu retorno, continuarão em um movimento que já se apresenta numa curva declinante , contribuindo para que ao seu final  encontre-se  apenas a dispersão.  Sabemos , porque já conhecemos o procedimento. acaba-se com a torreunindo-se com seus grupos de escola, decidindo a boca miúda, receoso do julgamento dos militantes e dos demais companheiros ainda embriagados com seu canto estridente  de sereia  em forma de discursos coléricos , falseados e apenas disfarçados de revolucionários. Retornando junto com os companheiros já  hesitantes, mas não derrotados, poderão reanimá-los para a continuação da luta nas formas que ela assumir daí pra frente.
É possível que a essa altura, no estado em que se encontra o movimento, dificilmente se consiga encaminhnar uma manobra como essa


Mas não deixa de ser uma reação justificável diante da realidade do que se tornaram as assembléias mais recentemente
O que mais podem  querer do sindicato?
  

domingo, 11 de setembro de 2011

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

NO FACEBOOK

Amo ser professor, por isso cuido dos meus alunos e alunas como se fossem filhos e filhas que Deus me deu de presente. Amo e cuido mesmo!!! Exijo a felicidade e sucesso de vocês!!! Quem Ama, cuida!!!

  • Você, Eveltana Freitas e outras 2 pessoas curtiram isso.
    • Fabio Libertario Que ninguém faça uso indevido do amor implícito e condicional para o exercício da mais nobre das profissões tentando justificaruma política slarial que nos relega à condição de mais pobres. Ninguém se torna professor visando ficar rico, é verdade, mas teremos de pagar com a qualidade de nossas vidas, o preço do amor que distribuimos de graça?
      há ± um minuto ·
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